9 de abril de 2010

Johnny Cash







John R. Cash, mais conhecido como Johnny Cash, (Kingsland, 26 de fevereiro de 1932 — Nashville, 12 de setembro de 2003) foi um cantor e compositor norte-americano de música country, conhecido por seus fãs como "O Homem de Preto". Em uma carreira que durou quase cinco décadas ele foi para muitas pessoas a personificação do country. Sua voz sepulcral e o distintivo som "boom chicka boom" de sua banda de apoio "Tennessee Two" são algumas de suas "marcas registradas".

Informação geral

Nome completo:John R. Cash
Data de nascimento:26 de Fevereiro de 1932 Kingsland, AR Estados Unidos
Data de morte: 12 de Setembro de 2003 (71 anos)Nashville, TN Estados Unidos
Gêneros:Country, Blues, Folk, Rock and Roll, Gospel
Instrumentos: voz, violão
Período em atividade: 1955 - 2003
Gravadoras:Sun Records, Columbia Records, Mercury Records, American Records
Página oficial: JohnnyCash.com

Biografia

Juventude

Cash nasceu no estado do Arkansas, filho de um fazendeiro pobre. Sua família mudou-se pouco depois para uma fazenda em Dyess, no mesmo estado. O pai de Cash era alcóolatra e abusava física e emocionalmente de seus filhos. Com cinco anos de idade, Cash começou a trabalhar em um campo de algodão, cantando com sua família enquanto cultivavam. Ele era muito próximo a Jack, seu irmão mais velho, e um acidente ocorrido em 1944 o afetaria pelo resto de sua vida. Jack foi puxado por uma serra de madeira no moinho em que trabalhava, sendo quase partido ao meio. Jack ainda sofreria uma semana antes de morrer. Cash sempre falou da enorme culpa que sentia pelo incidente porque tinha saído para pescar nesse dia. Em seu leito de morte, o jovem teve visões do céu e de anjos, e quase sessenta anos depois do acontecido Cash ainda falava esperar encontrar Jack no paraíso. Suas memórias de infância eram dominadas pela música gospel. Cash começou a tocar violão e a compor ainda jovem. Ele passou a ser chamado de "John" depois de entrar para a Força Aérea Americana (que recusava iniciais como nome). Antes disso ele era conhecido como Johnny ou John R. Enquanto servia na Alemanha Cash compôs uma de suas músicas mais famosas, "Folsom Prison Blues".

Princípio de carreira

Depois de ser dispensado Cash casou-se com Vivian Liberto em 1954 com quem teria 4 filhas, mudou para Memphis, Tennessee, onde vendia ferramentas e estudava para ser locutor de rádio. Durante a noite, Cash tocava com o guitarrista Luther Perkins e o baixista Marshall Grant, enquanto criava coragem para visitar os estúdios da Sun Records para tentar conseguir um contrato. Um produtor da Sun, Cowboy Jack Clement, foi quem tratou com o jovem cantor da primeira vez, e sugeriu que Cash voltasse e conversasse com Sam Phillips. Depois de fazer um teste, cantando na maioria músicas gospel, Phillips disse à Cash para "voltar para casa e pecar, e depois voltar com uma música que eu possa vender". Cash conseqüentemente convenceria Clement e Phillips com suas canções frenéticas, e as gravações de "Hey Porter" e "Cry Cry Cry" (lançadas em 1955) tornariam-se um destaque nas paradas de sucesso Rock.No início da década seguinte ele se divorcia de Vivian Liberto.

A gravação seguinte de Cash, "Folsom Prison Blues", entrou para o Top 5 do country e "I Walk the Line" conseguiu a primeira colocação na mesma parada de sucesso. Em 1957 Johnny Cash tornou-se o primeiro artista da Sun Records a lançar um álbum completo. Embora fosse o cantor mais prolífico e mais lucrativo da gravadora na época, Cash começou a se sentir limitado por seu contrato. Elvis Presley já havia deixado o selo, e Phillips estava focando sua atenção em promover Jerry Lee Lewis. No ano seguinte, Cash saiu da Sun e acertou com a Columbia Records depois de uma lucrativa proposta. Ali, seu compacto "Don't Take Your Guns to Town" tornaria-se um de seus maiores sucessos.

Vício

Quando sua carreira começou a decolar no começo dos anos 60, Cash viciou-se em anfetaminas e barbitúricos. Seus amigos brincavam sobre seu "nervosismo" e comportamento estranho, ignorando os claros sinais de seu vício. Por um breve período, Cash dividiu um apartamento em Nashville com Waylon Jennings, também dependente de anfetaminas. Embora praticamente fora de controle, a criatividade frenética de Cash ainda conseguia criar hits. Sua "Ring of Fire" foi um tremendo sucesso, alcançando o primeiro lugar nas paradas country e entrando no Top 20 de canções pop. Co-escrita por June Carter e Merle Kilgore e originalmente cantada pela irmã de Carter, a música teve seu arranjo de trompete composto por Cash, que disse tê-lo ouvido durante um sonho.

Embora Cash cultivasse cuidadosamente sua imagem romântica de fora-da-lei, muitos fãs ainda se surpreendem ao saber que ele nunca cumpriu pena na prisão, apesar de sua selvageria e mau comportamento terem rendido a ele algumas noites na cadeia. O problema mais sério de Cash com a lei foi em 1965 quando um esquadrão antinarcóticos em El Paso, Texas, o pegou em flagrante. Os oficiais pensavam que Cash trazia heroína do México, mas na verdade eram apenas anfetaminas, escondidas na caixa de seu violão. Cash também foi preso no ano seguinte em Starkville, Mississippi, ao invadir propriedade privada para apanhar flores. O mais notável foi que Cash voluntariamente ia a diversas prisões para tocar para os presos, pelos quais ele sentia imensa compaixão.

Durante os anos 60 Cash lançou vários álbuns conceituais, como Bitter Tears, de 64 e Ballads Of The True West, de 65. Entretanto o vício continuava, e seu comportamento destrutivo provocou o divórcio, além de causar várias confusões durante seus shows.

Cristianismo

Os problemas pessoais e os desastres seguiram Cash em sua nova casa em Old Hickory Lake, Handersonville, Tennessee. A casa de seu vizinho e grande amigo, Roy Orbison, desabou, com a morte de dois dos seus três filhos caçulas. Cash foi profundamente afetado por esses incidentes, e decidiu começar a longa e difícil jornada rumo à reabilitação. Ele se trancou em casa para tentar se desintoxicar, contando com o apoio irrestrito dos amigos e da que se tornaria sua esposa nos próximos anos, June Carter. A balada romântica "Flesh and Blood" foi uma das primeiras de inúmeras músicas que Cash dedicaria à sua amada.

Com a ajuda da esposa e influenciado por uma conversão religiosa alcançada depois de uma tentativa fracassada de suicídio, Cash começou a batalha contra o vício. Nos dois anos seguintes ele gravaria e lançaria seus dois álbuns ao vivo mais bem-sucedidos, Johnny Cash at Folsom Prison, de 1968 e Johnny Cash at San Quentin, de 1969, mesmo ano do nascimento de seu primeiro e único filho homem, John Carter Cash.

"O Homem de Preto"

De 1969 a 1971 Cash estrelou seu próprio programa televisivo pela rede ABC, que contava com a participação de vários astros da música, como Neil Young e Bob Dylan. Cash apoiava o trabalho de Dylan antes mesmo de conhecê-lo, e os dois tornaram-se amigos depois de morarem na mesma vizinhança de Woodstock, em Nova Iorque, no final dos anos 60. Em complemento às aparições de Dylan em seu programa, Cash gravou um dueto com ele em Nashville Skyline, além de escrever o encarte do álbum vencedor do Grammy. Outro artista que recebeu grande apoio do The Johnny Carson Show foi o compositor Kris Kristofferson. Durante uma apresentação ao vivo da "Sunday Morning Coming Down" de Kristofferson, Cash provocou polêmica ao se recusar a mudar um dos versos para satisfazer os executivos da emissora, preservando intacta a canção com suas referências controversas à maconha: "On the Sunday morning sidewalks / Wishin', Lord, that I was stoned" ("Nas calçadas das manhãs de domingo / Pedindo, por Deus, que eu esteja chapado").

Imensamente popular e uma figura imponentemente alta, no começo dos anos 70 ele havia conseguido cristalizar sua imagem pública. Cash se apresentava na maioria das vezes vestido de preto, calçando uma bota igualmente preta de cano longo, o que o levou a ser apelidado de "O Homem de Preto". Esta vestimenta era um total contraste às usadas pela maioria dos astros country da época - chapéus, roupas claras e botas de caubói. Em 1971 Cash compôs a música "Man In Black" para tentar explicar um pouco seu estilo: "I wear the black for the poor and the beaten down, / Livin' in the hopeless, hungry side of town, / I wear it for the prisoner who has long paid for his crime, / But is there because he's a victim of the times" ("Eu me visto de preto pelos pobres e oprimidos/ Que vivem no lado faminto e sem esperanças da cidade / Eu me visto assim pelo prisioneiro que há muito pagou por seu crime / Mas está ali pois é uma vítima dos tempos").

Em meados dos anos 70 a popularidade e as canções de sucesso de Cash começaram a diminuir, mas ainda assim sua autobiografia, intitulada Man in Black (de 1975), vendeu 1,3 milhão de cópias. Sua amizade com Billy Graham levou à produção de um filme sobre a vida de Jesus chamado The Gospel Road, que Cash co-escreveu e narrou. Ele continuou a aparecer na televisão, estrelando um especial de Natal na CBS durante os anos 70.

Andarilho

Após o nascimento de seu único filho homem, John Carter Cash (1969), estrelou seu próprio programa musical televisivo pela rede ABC (1969-1971). Em 1980, aos 48 anos de idade, Cash tornou-se o mais jovem indicado ao "Hall da Fama da Música Country". Apesar disso, durante os anos 80 suas gravações não conseguiram provocar um impacto signficativo nas paradas musicais; ainda assim, ele continuava suas turnês bem-sucedidas. Durante esta década ele gravou e viajou com Waylon Jennings, Willie Nelson e Kris Kristofferson no grupo The Highwaymen.

Foi também durante essa época que Johnny Cash começou a participar, como ator, de uma série de filmes televisivos. Em 1981, ele estrelou The Pride Of Jesse Hallam e em 1983 no papel de um heróico xerife em Murder In Coweta County (filme baseado em um caso real de assassinato que Cash tentou por vários anos levar às telas).

Cash recaiu no vício no começo dos anos 80 depois de um ferimento no estômago, que o fez começar a abusar de drogas para aliviar as dores. Durante sua recuperação em 1986, ele se tornou amigo de Ozzy Osbourne, um dos cantores favoritos de seu filho. Durante outra visita ao hospital - desta vez por causa de Waylon Jennings, que recuperava-se de um infarto - Cash decidiu, por sugestão de Jennings, fazer um check-up. Os médicos indicam uma cirurgia cardíaca preventiva. Durante sua recuperação Cash se recusou a tomar qualquer tipo de remédio, temendo viciar-se novamente. Ele recordaria mais tarde que durante a operação ele passou por uma experiência "próxima da morte". Cash disse que teve visões celestes tão belas que ficou com raiva quando acordou e percebeu que estava vivo.

Quando seu relacionamento com as gravadoras e com a indústria musical de Nashville começou a azedar, Cash chegou a entrar no terreno da auto-paródia (como no álbum Chicken In Black). Depois que seu contrato com a Columbia Records terminou, ele passou um breve e mal-sucedido período na Mercury Records.

Em 1986 Cash publicou seu único romance, Man in White, um livro sobre Saulo e sua conversão ao tornar-se o apóstolo Paulo.

American Recordings

Sua carreira ganhou novo fôlego nos anos 90. Embora indesejado pelas grandes gravadoras, Cash se aproximou do produtor Rick Rubin e ganhou um contrato com seu selo, American Recordings, mais conhecido por seus lançamentos de rap e hard rock. Sob a supervisão de Rubin, ele gravou em 1994 o álbum American Recordings em sua sala, acompanhado apenas do violão. O álbum foi aclamado pela crítica, enquanto as versões de Cash para sucessos de artistas modernos como Tom Waits e a banda de heavy metal Danzig ajudaram-no a conquistar um novo público. Foi o começo de uma década de recordes de vendas e grande sucesso comercial. Além disso, Cash e sua esposa apareceriam em diversos episódios do popular seriado de televisão Doctor Quinn Medicine Woman.

Para seu segundo álbum com Rubin, Unchained de 1996, Cash convocou o acompanhamento da banda "Tom Petty and the Heartbreakers". Em complemento às diversas composições de Cash, Unchained apresentava canções do Soundgarden ("Rusty Cage") e Beck ("Rowboat"), assim como a participação especial do baixista Flea, do Red Hot Chili Peppers. Embora tenha sido virtualmente ignorado pelas rádios de country e pelo meio musical de Nashville, Unchained ganhou um Grammy como o "Melhor Álbum Country". Cash e Rubin compraram um anúncio de página inteira na revista Billboard aonde sarcasticamente agradeciam à indústria da música country por seu apoio irrestrito, acompanhado de uma fotografia de Cash mostrando seu dedo médio.

Doença e morte

Em 1997 Cash foi diagnosticado com Síndrome de Shy-Drager, uma doença neuro-degenerativa - diagnóstico que mais tarde seria alterado para problemas no sistema nervoso associados à diabetes. Seu estado de saúde o forçou a encurtar uma turnê; ele foi hospitalizado em 1998 com grave pneumonia, que prejudicou seus pulmões. O álbum American III: Solitary Man, lançado em 2000, apresentava sua resposta à doença, representada por uma versão de "I Won't Back Down" de Tom Petty assim como uma releitura poderosa de "One", do U2.

Cash lançou American IV: The Man Comes Around em 2002, que consistia metade de material original e metade de covers, algumas bem surpreendentes. O videoclipe de "Hurt", canção composta por Trent Reznor do Nine Inch Nails, foi indicada em sete categorias do Video Music Awards da MTV, ganhando o prêmio de "Melhor Fotografia". Em 2004 "Hurt" também venceu o Grammy de "Melhor Videoclipe".

A esposa de Johnny, June Carter, faleceu de complicações decorrentes de uma cirurgia do coração em 15 de maio de 2003, aos 74 anos de idade.

Menos de quatro meses depois Johnny Cash morreu devido ao diabetes aos 71 anos de idade enquanto estava hospitalizado no Baptist Hospital em Nashville, Tennessee. Ele foi enterrado ao lado de sua esposa no Hendersonville Memory Gardens, perto de sua terra natal, Hendersonville, Tennessee.

Legado

Desde seus primórdios como um pioneiro do rockabilly e rock and roll nos anos 50 à sua transformação em um representante internacional da música country e até sua reconquista da fama nos anos 90 tanto como uma lenda viva como ícone do country alternativo, Cash influenciou incontáveis músicos e deixou um trabalho igualado apenas pelos maiores artistas de sua época.

Cash promovia e defendia os artistas que beiravam os limites do que era aceitável na música country, mesmo enquanto era o símbolo mais conhecido do estilo. Em um concerto em 2002 vários astros prestaram-no tributo, incluindo Bob Dylan, Chris Isaak, Wyclef Jean, Norah Jones, Willie Nelson e U2. Dois discos-tributo foram lançados pouco depois de sua morte: Kindred Spirits, com trabalhos de artistas famosos, e Dressed In Black, com versões de músicos menos conhecidos.

Embora ele tenha composto mais de uma centena de músicas e lançado dúzias de álbuns, o trabalho criativo de Cash não conseguiu ser silenciado por sua morte. Um box set, intitulado Unearthed, foi lançado postumamente. Incluía quatro CDs de matérial inédito gravado com Rubin, assim como um CD retrospectivo, nestes cds constam versões de músicas de Bob Marley, Cat Stevens, Simon and Garfunkel, sendo que um dos quatro cds de músicas inéditas trata-se de um álbum gospel, onde interpreta canções religiosas que sua mãe cantava para ele quando criança, conta ainda com Best of Cash on American. Johnny Cash American V: A Hundred Highways, com mais material das sessões com Rubin, foi lançado em 04 de Julho de 2006, trazendo canções do próprio Cash e mais covers de Bruce Springsteen e Hank Williams e chegou ao topo da parada da Billboard - o primeiro album de Cash a alcançar este posto desde "Johnny Cash at San Quentin" de 1969. Em 23 de Fevereiro de 2010 (três dias antes da data em que Cash faria 78 anos) saiu "American VI: Ain't No Grave", anunciado como contendo de fato as últimas gravações de Johnny Cash, que incluiam covers de Sheryl Crow e Claude Ely e músicas antes gravadas por Elvis Presley e Hank Snow.

Em 2005 foi lançado o filme Walk the Line (no Brasil Johnny & June) com Joaquin Phoenix no papel de Cash e Reese Witherspoon como June Carter, dirigido por James Mangold, uma biografia filmada. Filme que recebeu o Oscar de melhor atriz para Witherspoon e uma indicação de melhor ator para Joaquin Phoenix.

Em 2006, o quadrinhista alemão Reinhard Kleist lançou "Cash - I see a darkness", biografia em quadrinhos de Johnny Cash, abrangendo as décadas de 1950 e 1960, mostrando o início da carreira do cantor. O livro recebeu diversos prêmios, dentre os quais o de Melhor Graphic Novel alemã de 2008. Em outubro de 2009, o livro ganha sua edição em português, no Brasil, pela editora portoalegrense 8INVERSO. A Música 'Til Kingdom Come do álbum X&Y do Coldplay, lançado em 2005, foi escrita especialmente para que ele interpretasse. Contudo, ele morreu antes de ter a chance de entrar no estúdio.

Discografia

Álbuns

* 1957 - Johnny Cash and His Hot and Blue Guitar
* 1958 - Johnny Cash Sings the Songs That Made Him Famous
* 1959 - The Fabulous Johnny Cash
* 1959 - Hymns by Johnny Cash
* 1959 - Songs of Our Soil
* 1959 - Greatest Johnny Cash
* 1960 - Johnny Cash Sings Hank Williams
* 1960 - Ride This Train
* 1960 - Now There Was A Song
* 1961 - Now, Here's Johnny Cash
* 1962 - Hymns from the Heart
* 1962 - The Sound of Johnny Cash
* 1962 - All Aboard the Blue Train
* 1963 - Blood, Sweat and Tears
* 1963 - Ring of Fire
* 1963 - The Christmas Spirit
* 1964 - Keep on the Sunny Side
* 1964 - I Walk the Line
* 1964 - The Original Sun Sound of Johnny Cash
* 1964 - Bitter Tears: Ballads of the American Indian
* 1965 - Orange Blossom Special
* 1965 - Ballads of the True West
* 1965 - Mean as Hell
* 1966 - Everybody Loves a Nut
* 1966 - Happiness is You
* 1967 - Johnny Cash & June Carter: Jackson
* 1967 - Johnny Cash's Greatest Hits
* 1967 - Carryin' on with Cash and Carter
* 1968 - From Sea to Shining Sea
* 1968 - At Folsom Prison
* 1968 - The Holy Land
* 1969 - At San Quentin
* 1969 - Johnny Cash
* 1969 - Original Golden Hits, Volume I
* 1969 - Original Golden Hits, Volume II
* 1969 - Story Songs of the Trains and Rivers
* 1969 - Got Rhythm
* 1970 - Johnny Cash Sings Folsom Prison Blues
* 1970 - The Blue Train
* 1970 - Johnny Cash Sings the Greatest Hits
* 1970 - Johnny Cash and June Carter Cash: Jackson
* 1970 - Johnny Cash: The Legend
* 1970 - The Walls of a Prison
* 1970 - Sunday Down South
* 1970 - Showtime
* 1970 - Hello, I'm Johnny Cash
* 1970 - The Singing Storyteller
* 1970 - The World of Johnny Cash
* 1970 - Johnny Cash Sings I Walk the Line
* 1970 - The Rough Cut King of Country Music
* 1970 - The Johnny Cash Show
* 1970 - I Walk the Line - Movie Soundtrack
* 1970 - Little Fauss and Big Halsy - Movie Soundtrack
* 1971 - Man in Black
* 1971 - Johnny Cash and Jerry Lee Lewis Sing Hank Williams
* 1971 - Johnny Cash: The Man, His World, His Music
* 1971 - The Johnny Cash Collection: Greatest Hits Volume II
* 1971 - Understand Your Man
* 1971 - Original Golden Hits, Volume III
* 1972 - A Thing Called Love
* 1972 - Give My Love to Rose
* 1972 - America
* 1972 - The Johnny Cash Songbook
* 1972 - Christmas: The Johnny Cash Family
* 1973 - The Gospel Road
* 1973 - Any Old Wind That Blows
* 1973 - Now, There Was a Song
* 1973 - The Fabulous Johnny Cash
* 1973 - Johnny Cash and His Woman
* 1973 - Sunday Morning Coming Down
* 1973 - Ballads of the American Indian
* 1974 - Ragged Old Flag
* 1974 - Five Feet High and Rising
* 1974 - The Junkie and the Juicehead Minus Me
* 1975 - Johnny Cash Sings Precious Memories
* 1975 - The Children's Album
* 1975 - John R. Cash
* 1975 - Johnny Cash at Osteraker Pirsion
* 1975 - Look at Them Beans
* 1975 - Strawberry Cake
* 1976 - One Piece at a Time
* 1976 - Destination Victoria Station
* 1977 - The Last Gunfighter Ballad
* 1977 - The Rambler
* 1978 - I Would Like to See You Again
* 1978 - Greatest Hits, Volume III
* 1978 - Gone Girl
* 1979 - Johnny Cash - Silver
* 1979 - A Believer Sings the Truth
* 1980 - Rockabilly Blues
* 1980 - Classic Christmas
* 1981 - The Baron
* 1981 - Encore
* 1982 - The Survivors
* 1982 - A Believer Sings the Truth, Volume I
* 1982 - The Adventures of Johnny Cash
* 1983 - Johnny Cash - Biggest Hits
* 1983 - Johnny 99
* 1983 - Songs of Love and Life
* 1984 - I Believe
* 1985 - Highwayman
* 1986 - Rainbow
* 1986 - Class of '55: Cash, Perkins, Orbison & Lewis
* 1986 - Heroes: Johnny Cash and Waylon Jennings
* 1986 - Believe in Him
* 1987 - Johnny Cash: Columbia Records 1958-1986
* 1987 - Johnny Cash is Coming to Town
* 1988 - Classic Cash
* 1988 - Water From the Wells of Home
* 1990 - Johnny Cash: Patriot
* 1990 - Boom Chicka Boom
* 1990 - Johnny Cash: The Man in Black 1954-1958
* 1991 - The Mystery of Life
* 1991 - Johnny Cash: The Man in Black 1959-1962
* 1991 - Come Along and Ride this Train
* 1992 - The Essential Johnny Cash
* 1994 - American Recordings
* 1995 - Highwaymen: The Road Goes on Forever
* 1996 - Unchained
* 1996 - Johnny Cash: The Hits
* 1998 - VH1 Storytellers: Johnny Cash and Willie Nelson
* 1998 - Johnny Cash at Folsom Prison and San Quentin
* 1998 - Johnny Cash: Crazy Country
* 1998 - Johnny Cash: Timeless Inspiration
* 1998 - Johnny 99
* 1999 - Johnny Cash: Super Hits
* 1999 - Johnny Cash and Carl Perkins: I Walk the Line/Little Fauss and Big Halsy
* 1999 - Just as I am
* 1999 - Rockabilly Blues
* 1999 - Cash on Delivery: A Tribute
* 1999 - The Legendary Johnny Cash
* 1999 - Johnny Cash and June Carter Cash: It's All in the Family
* 1999 - Johnny Cash at Folsom Prison
* 1999 - Sixteen Biggest Hits
* 2000 - Return to The Promised Land
* 2000 - Love, God and Murder
* 2000 - At San Quentin
* 2000 - Super Hits
* 2000 - American III: Solitary Man
* 2001 - Sixteen Biggest Hits: Volume II
* 2002 - American IV: The Man Comes Around
* 2004 - Unearthed
* 2006 - American V: A Hundred Highways
* 2007 - Cash: Ultimate Gospel
* 2010 - American VI: Ain't No Grave

(149 Álbuns lançados)

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