9 de dezembro de 2009

Discos Marcantes do 13th Floor Elevators






The 13th Floor Elevators - The Psychedelic Sounds Of The 13th Floor Elevators (1966)

Origem: EUA

Produtor: Lelan Rogers

Formação Principal no Disco: Roky Erickson - Tommy Hall - Stacy Sutherland - John
Ike Walton - Ronnie Leatherman

Estilo: Rock / Acid Rock

Relacionados: Love; Iron Butterfly; Led Zeppelin

Destaque: You're Gonna Miss Me

Melhor Posição na Billboard: Não encontrado


O disco abre com o hit “You’re Gonna Miss Me”, na mesma versão lançada em compacto – mas que dá somente uma esparsa idéia do banho de ácido e loucura que vem depois. A produção totalmente tosca – com certeza uma das piores já realizadas na história do rock! - não impede que o ouvinte deleite o verdadeiro mundo bizarro e esquizofrênico de alucinações que sai da mente de Erickson e do som de sua banda.

“Roller Coaster”, que vem depois, é uma pérola magnética, em andamento vertiginoso, que embarca o ouvinte em uma viagem encharcada de narguilé indiano pela montanha-russa do descobrimento interior. A capa multi-colorida, junto ao encarte original do álbum, trazem uma enigmática figura que reflete tudo isso e a concepção original do rock piscodélico segundo Erickson: é quando, como ele mesmo dizia, “a pirâmide encontra o olho”. Em meio a um riff de guitarra super marginal e um crescendo ensandecido, ouvem-se os gritinhos esganiçados de Erickson e o jug ensandecido de Tommy Hall emoldurando a loucura sonora. Já “Splash (Now I’m Home)” é uma das mais belas baladas que o rock psicodélico dos anos 60 já urdiu, reflexiva e bucólica, exaltando um encontro com a “consciência superior”.

Músicas como “Fire Engine” e “Reverberation”, por sua vez, estão envoltas em uma tensão rítmica pulsante e sempre em ebulição, especialmente a última, com o seu refrãozinho grudento. Já “You Don’t Know”, “Monkey Island” e “Tried to Hide” visitam parâmetros do rythim n’ blues já há muito esquecidos, reconduzindo-os à realidade do LSD e dos experimentalismos sonoros de leves pinceladas folk, com uma batida simplesmente atmosférica. Outra faixa mais lenta do disco, “Kingdom of Heaven”, talvez seja uma das melhores músicas de Erickson em todos os tempos – diante da introdução de guitarra mais espacial e alienígena já criada que dá entrada a uma letra pra lá de etérea (prova inconteste dos contatos de Erickson com seres cósmicos!), o cantor filosofa sobre os mistérios da reinterpretação do homem sobre a imagem bíblica de Deus, levado por um rito cadenciado de baixo, bateria e jug, lisérgico à última potência. “...And the kingdom of heaven is within’ you” (...E o reino dos céus está dentro de você”) é a revelação que Erickson despeja sobre ouvidos desavisados.

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