Publicado originalmente no Metal Sucks.
Se você perguntar a qualquer pessoa normal na rua, todas elas sabem que músicos são falidos, disfuncionais, presunçosos, egocêntricos, arrogantes, sujos, elitistas, perdedores socialmente inaptos sem futuro algum. Por mais que eu acredite na voz do povo, eu pensei: o que a CIÊNCIA tem a dizer sobre esse assunto? Claramente, caras em bandas são perdedores, mas o que podemos aprender nos aprofundando no assunto? Exatamente qual é a triste trajetória de vida do típico mané de banda?
Para responder a essa pergunta, eu fiz uma rigorosa análise estatística de dois grupos aleatórios de homens: um grupo que devotou sua vida à música, o outro que era de gente normal, saudável, pessoas do dia-a-dia cuja associação com música começou e terminou com o que quer esteja tocando na rádio.
Tópicos de interesse:
A: “O garotinho esquisito” (5 anos de idade)
B: O Show de Talentos no Ensino Médio (16 anos de idade)
Esse é o primeiro momento no qual o 'fator legal’ de um cara de banda excede o que um cara normal – o cara da banda toca um cover muito do mal-feito de uma canção popular no show de talentos de sua escola e percebe que segurar uma guitarra ou um microfone é tudo que é preciso para conseguir a atenção de fêmeas com problemas paternos e baixa auto-estima. O cara normal coça a cabeça, porque ele se lembra de quando o cara da banda era o moleque esquisito que comia suas próprias catotas, e não entende porque as garotas estão de repente prestando atenção nele. Apesar dele não entender, ele apenas dá de ombros e volta a estudar para a prova de química.
C: Primeira grande turnê (23 anos de idade)
D: Os semelhantes começam a se acasalar (26 anos de idade)
E: A fase do ninho (32 anos de idade)
F: ‘Aquele cara que ainda está numa banda’ (40 anos de idade)
Agora eu sei que você sabe pra onde essa trágica história vai. Os filhos do cara normal estão no começo do ensino médio, ele é gerente sênior em seu emprego, e sua vida é bem legal – nada muito excitante, mas ele está sossegado com isso. O cara da banda, enquanto isso, trabalha em alguns empregos menores (bartender/ promotor de shows do boteco classe C da cidade), e na maior parte do tempo anda com pessoas que são 10-20 anos mais jovens do que ele porque ninguém da idade dele tem nenhuma vontade de pôr os pés nas espeluncas que ele trabalha ou se diverte.
G: O alcoólatra triste e velho/meus pais (50 anos de idade)
Eu acho que nem preciso continuar, porque nessa altura do campeonato a trilha está bem clara. A menos que eles fiquem espertos e saiam de vez do lance de música, os caras de banda estão fadados a ser ‘o figurinha de plantão’ que está sempre no bar, falando merda sobre os grandes dias do passado para qualquer um infeliz o suficiente pra chegar a uma distância de onde seus gritos sejam audíveis. Se isso parece bom pra você, então continue tocando em sua bandinha, eu tenho certeza que você vai estourar qualquer dia desses. Mas lembre-se: a escolha é sua! Nunca é tarde demais pra virar um cara normal.
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