Rolling Stone: O que fez você a querer escrever um livro?
Sammy Hagar: Fui, talvez, um dos roqueiros mais incompreendidos de todos os tempos, porque sempre fui reservado na minha vida pessoal. Eu nunca fui perseguido pela imprensa. Nunca publicaram coisas sobre mim; para ser sincero. Passar despercebido sempre foi minha filosofia. E se você nunca estiver dentro, nunca vai está fora.
E em alguns estágios da vida, você diz “Eu quero que minha estória seja contada” e aqui está. Eu acho que é por isso que as pessoas vão se surpreender quando forem ler. Nós sabemos de tudo de Tommy Lee (baterista do Mötley Crue). Nós sabemos tudo de Keith Richards (guitarrista do Rolling Stone). Mas, não sabemos tudo de Sammy.
Rolling Stone: Como é trabalhar com o Joel Selvin (co-autor do livro)?
Sammy Hagar: Ele é um amigo de longa data e um crítico do canto onde cresci. Ele vinha e dizia “Okay, vamos falar sobre o Montrose”. E nós conversávamos por três ou quatro horas. Ele transcrevia e dizia “Eu preciso de mais coisas. Fale o que estava acontecendo com sua esposa” ou “Mais sobre sua mãe” ou “Eu preciso saber o que aconteceu naquela turnê”.
Rolling Stone: Você realmente derramou a sujeira no Eddie Van Halen. E claramente não se preocupou com as pontes destruídas
Sammy Hagar: Eu não me preocupo. Quando entrei na banda, a sujeira foi indo e vindo entre nós e o ex-vocalista (David Lee Roth). Eu não destruí a ponte. Eles colocaram a ponte de volta. O tempo limpou tudo. Para ser franco, Valerie (Bertinelli) disse a mesma coisa no livro que ele escreveu sobre o Ed.
A única coisa que eu fiz foi falar sobre a nossa relação. Eu tive 10 anos fantásticos com a banda. Era um sonho para qualquer músico do planeta. Nós tivemos um ótimo relacionamento, uma ótima execução e escrevemos boas músicas. Tivemos cinco discos número um e vendemos 50 e 60 milhões de cópias juntos. Esgotamos todos os shows ao redor do mundo.
Nos últimos dois anos foram difíceis. Todo mundo vai diretamente para sujeira, mas sinceramente, o Van Halen foi uma das melhores experiências de minha vida e eu não trocaria isso por nada. E eu levarei a sujeira deles.
Voltando sobre pontes quebradas: Se você escrever uma biografia, como a minha, esta será a única chance de falar tudo. Se você não contar tudo, você vai ter o resto de sua vida contando estórias e as pessoas vão ficar dizendo “Por que você não colocou isso no livro?”. Eu não quero fazer isso. O livro conta tudo.
Rolling Stone: Quais são as chances de você tocar com o Van Halen de novo?
Sammy Hagar: Em torno de 90%. Eu amaria gravar outro disco com o Van Halen. Se Eddie estiver totalmente legal e voltar a ser aquele cara que eu conhecia e não aquele que vi na última vez (risos). Ele não pode ser aquele cara. Eu não faria isso se fosse assim.
A entrevista completa (em inglês) está no site da Rolling Stone e o link está aqui embaixo:
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