A História e as informações que você sempre quis saber sobre seu Artista/Banda preferidos, Curiosidades, Seleção de grandes sucessos e dos melhores discos de cada banda ou artista citado, comentários dos albúns, Rock Brasileiro e internacional, a melhor reunião de artistas do rock em geral em um só lugar.
Tudo isso e muito mais...
A trama é uma sátira inspirada na obra clássica de Shakespeare, mas logicamente a inspiração está apenas na alusão às personagens,
Tromeo que é um pobre punk, cheio de tatuagens e piercings. Juliet Capulet é uma menina rica vegetariana que é forçada pelo seu pai a casar com um talhante, ao mesmo tempo em que desenvolve uma relação lésbica com a cozinheira da família.
Quando os Capulet organizam um baile de máscaras, Tromeo consegue infiltrar-se na casa da família rival mascarado de vaca, e conhece Juliet. O amor nasce no meio do ódio. Shakespeare deve estar a dar voltas no seu túmulo.
Uma curiosidade, a narração está a cargo de Lemmy, vocalista da banda Motörhead.
Um filme de baixíssimo orçamento, Tromeo and Juliet é grosseiro e violento, mas também é provavelmente um dos melhores filmes de série-B de sempre da produtora Troma.
O Carioca Club não estava de todo lotado, com alguns espaços ao fundo da pista, mas, pelo tamanho da casa, o público era bom, a começar pela fila que percorreu o quarteirão antes do show. Dentro da casa, enquanto a expectativa crescia, alguns vibravam hilariamente com os lances de América-MG x Internacional, transmitido no telão em paralelo com outras músicas. Com um pequeno atraso, suficiente para empurrar para dentro aqueles que não conseguiam entrar, o PAIN OF SALVATION sobe ao palco para presentear seus fãs em um show muito inspirado.
O set list já fora escolhido com muita inteligência. Aqueles que não gostaram do “Road Salt One” pelo menos devem assumir a boa mescla que as músicas desse último disco produziram com o restante do repertório. Além disso, a banda conseguiu visitar vários momentos de sua bem eclética carreira, por assim dizer.
Iniciando com a tríade “Remedy Lane”, “Of The Two Beginnings” e “Ending Theme”, a banda conseguiu mostrar desde o peso de suas guitarras, o volume de seu som e o ar mais atmosférico em alguns momentos da última. Apesar do bom começo, o aniversariante do dia, Daniel, parecia um pouco desconfortável em sua guitarra, cometendo alguns erros até que perceptíveis. Na sequência, a animada “America” talvez justificara o que vinha ocorrendo, com o rompimento de uma das cordas da guitarra de Daniel. Bem humorado, o vocalista chama uma pausa forçada com um solo de bateria. Sem se desligar o palco, aproveita para molhar o solista e sua bateria, agitando o público também, que correspondia. No entanto, as cordas se quebram 3 ou 4 vezes ao longo da apresentação, dando um toque de improviso ainda maior.
Aliás, durante todo o show foi grande a conexão entre o vocalista e o público, com um Daniel falante que comparecia frequentemente à parte mais baixa do palco para cumprimentar alguns fãs, tanto durante como, principalmente, ao final do show como gratidão. Em uma das pausas, recebeu um Kinder Ovo (além de pronunciar “ovo” em português), passou pelo camarote tocando a centímetros dos fãs. Por outro lado, o guitarrista Johan, teve uma performance agitada, porém mais reservada. No entanto, sua conexão com o público se deu pelos seus vocais, surpreendentemente bons ao vivo e pelos seus solos instrumentais, muito bem executados.
Voltando ao set, seguiram “Handful Of Nothing” e “Of Dust”, preparando o público para a perfeita e vivaz “Kingdom Of Loss”, com todas as suas passagens muito bem exibidas pela banda. A essa altura, o público já se surpreendia com a qualidade de execução dos músicos. A sinistra “Blach Hills” serviu para comprovar tal visão. Na mesma linha, “Idioglossia” foi tão “apelação”, como comentaram próximo de mim, que não merece nem ser comentada. O único fator que comprometia um pouco a audição era a falta de clareza em algumas partes mais intrincadas e soantes da música, não sei se pelo alto volume, pela acústica da casa, pela disposição do som o use de fato se desejava criar essa rapsódia poluída. Mas isso não comprometeu de maneira alguma a grande apresentação. Até porque, o tamanho da casa e o som proporcionado, permitiram momentos praticamente intimistas como na própria “Her Voices” e, especialmente na mega balada “Second Love”, com Daniel brilhando como convencional.
O peso volta em “Diffidentia”, outra faixa que, ganha tanta vida ao vivo, que funciona muito melhor que no álbum (como a maioria, afinal). “No Way”, por sua vez, introduz um lado mais bluesy da banda, que tem seu set inteligente justamente por levar tudo do que produz de melhor, com boas variações nos andamentos, na atmosfera, dos timbres das vozes, das batidas da bateria e dos solos, como já mencionado. A parte mais pausada dessa música, também foi passada com maestria. A tradicional “Ashes” volta a exibir essa alternância. É interessante também notar a motivação dos músicos, sempre à vontade no palco e com suas canções, se doando em cada momento do show, se divertindo.
Em seguida, “Linoleum” e a “Road Salt” proporcionam novamente emoções diferentes ao público, que soube aproveitar cada uma das faixas escolhidas (até pela boa presença de casais, para as mais lentas, talvez). Para finalizar o set, com a ameaça de despedida da banda, a dobradinha “Falling” e “The Perfect Element” volta trazendo o prog metal mais propriamente dito. Após o bom set já apresentado, a banda sai de cena e volta para finalizar em grande estilo o fim de semana dos paulistanos. “Tell Me You Don’t Know” toma uma faceta mais rocker, enquanto as palavras “Let’s Disco” pronunciadas por Daniel abrem “Disco Queen”, que fez a audiência pular.
Encerrando de vez o show, “Nightmist”, que não deixa a desejar, mas poderia ser a primeira do bis, deixando o momento disco para o fim. Apesar disso, a banda soube trabalhar bem o fim da faixa, despedindo-se em alto nível, acompanhando o restante da apresentação.
Ainda, em algum momento do bis, o público canta parabéns a Daniel, que recebe ainda um bolo surpresa e comemora que o terá após o show, mostrando mais uma vez o bom humor que cativou a plateia.
Ao final, só resta dizer que, se não foi uma apresentação perfeita, foi perto disso de modo que os fãs saíssem com a sensação de que a noite valeu a pena. Dá gosto de ver também o prazer e a simpatia dos integrantes do PAIN OF SALVATION que, sem dúvida, merecem muito mais reconhecimento do que já têm (até mesmo dez vezes mais como “pedira” a matemática de Daniel, como bem sabem os que estavam presentes lá). Um grande show, que fez jus à expectativa que se tem em se tratando de PoS. Tomara que não demorem a voltar para o Brasil!
Ela começou sua carreira em 1964 com "As Tears Go By", canção composta por Mick Jagger e Keith Richards. Ela então lançou uma série de compactos bem-sucedidos, incluindo "This Little Bird", "Summer Nights" e "Sister Morphine". Em 1967 foi convidada pelos Beatles para participar do coro da música All You Need Is Love, na primeira transmissão mundial de TV via satélite, juntamente com outros artistas como Mick Jagger, Keith Moon, Eric Clapton e Graham Nash.[1]Em 1969, ela interpretou Ofélia na adaptação cinematográfica de Hamlet de Nicol Williamson.[2]
Depois de se separar de Jagger, Faithfull parou de gravar durante um tempo e tornou-se viciada em drogas.[2]Ela mudou-se para Dublin nos anos 70, obtendo algum sucesso com o álbumDreaming my Dreams, disco que ela não gosta muito hoje em dia. Faithfull retornaria com força total em 1979 com Broken English, álbum aclamado pela crítica mas que não vendeu muito nos grandes mercados musicais. O mesmo aconteceu com Strange Weather (1987), considerado um de seus melhores trabalhos.
Sua carreira teve novo fôlego nos anos 90, com a gravação de Blazing Away e com uma participação em 1997 no álbum Reload, do Metallica, na canção The Memory Remains (e também no videoclipe da música).. Faithfull continua com sua carreira de atriz e cantora, fazendo aparições ocasionais em seriados de TV e filmes e lançando novos álbuns.
Discografia
Marianne Faithfull (1965)
Go Away From My World (1966)
North Country Maid (1966)
Faithfull Forever (1966)
Love in a Mist (1967)
The World of Marianne Faithfull (1969)
Dreamin' My Dreams (1977)
Faithless (1978)
Broken English (1979)
As Tears Go By (1980)
Dangerous Aquaintances (1981)
A Child's Adventure (1983)
Rich Kid Blues (1985)
The Very Best of Marianne Faithfull (1987)
Strange Weather (1987)
Marianne faithfull's Greatest Hits (1987)
Blazing Away (1990)
This Little Bird (1993)
Faithfull: A Collection of Her Best Recordings (1994)
A Secret Life (1995)
20th Century Blues (1997)
A Perfect Stranger (1998)
Vagabond Ways (1999)
The Best of Marianne Faithfull (1999)
It's All Over Now, Baby Blue (2000)
True - The Collection (2000)
Stranger On Earth: An Introduction to Marianne Faithfull (2001)
Kissin' Time (2002)
The Best of Marianne Faithfull: The Millenium Collection (2003)
Before the Poison (2005)
Easy Come,Easy Go (2009)
Horses And High Heels (2011)
Filmografia
Made in U.S.A. (1966)
Anna (1967)
I'll Never Forget What's 'is Name (1967)
La Motocyclette / The Girl on a Motorcycle (a.k.a. Naked Under Leather) (1968)
Estamos frente a uma banda que tem tudo para estourar, não só no Brasil, como no exterior. Poucas sãos as bandas brasileiras que estão nesta condição, principalmente em se tratando do primeiro CD. Porém, o Axxioma mostrou que é perfeitamente possível conceber seu primeiro álbum com a experiência de banda veterana, tal a perfeição que Insight mostra em sua conteúdo. É incrível! Formada por Hardy (vocal e guitarrista), Delmer Valentim (baixo e backing vocals) e Vagner Alba (Bateria), a banda esbanja talento e musicalidade, pois seus músicos são tão fantásticos quanto o som que fazem, sem soarem chatos e exibicionistas.
Basicamente, pode-se dizer que o vocalista é muito parecido ao que Eddie Vedder (Pearl Jam) faz; as melodias vocais nas músicas são impressionantes. A bateria existente nas composições é absolutamente perfeita - em certos momentos e músicas, temos a impressão de estar ouvindo aquela batida a lá Van Halen, devido a ser uma marca registrada do rock. O baixo segue a mesma linha de pensamento, pois é preciso. O estilo é hard rock, pesado; em certos momentos, chega a ser sujo. Pode-se notar todo o poderio da banda ao ouvir Awing Times, que tem um clima pesado e quebrado; Reflexions, num clima de peso e hard potentoso que a transforma rapidamente num clássico do Axxioma; Solitude Standing, outro clássico absoluto com uma melodia de teclado maravilhosa e dedilhados no meio de sua estrutura musical, além de melodia vocal muito bem definida; Voices of Experience, com uma leve pitada grunge e recheada do peso característico existente no álbum; Hiding Inside Oneself, outro clássico com um riff inesquecível e bateria muito bem trabalhada; Again, hard pesadão e sujo com ritmo empolgante e variações inteligentes; Tears, com um clima mais lento e com certa dose de progressividade; A Cry For Help, com melodias geniais que compõem sua estrutura. Enfim, um pequeno passo que, desde já, projetou a banda para saltos ainda maiores. As vezes, nos perguntamos porque bandas tão boas ficam de fora do cast das grandes gravadoras. Com certeza, o Axxioma prosperará. É esperar para ver.
Para visitar o site da banda: Http://sites.uol.com.br/axxioma
Quando recebi o CD achei que fosse uma banda americana engraçadinha. Tipo um mamonas assassinas da vida. Também, com um nome desses, o que você poderia imaginar? Bralalalala é realmente algo inimaginável para se colocar numa banda de Metal. Sim! Eles tocam Metal! Agora... é uma coisa completamente insana. Os riffs são bem Megadeth na época de Killing... e Peace Sells... . Os vocais são "falados" parecendo um lance meio rap, só que mais agressivo. Entretanto, não é agressivo como Death Metal. Ou seja, é um meio termo indescritível. O batera é um monstro! Toca demais! Usa bumbo duplo numa velocidade impressionante. É, sem dúvida, o ponto alto deste álbum. Sugiro que você ouça por curiosidade. É interessante, porém, muito doido.
O álbum "Mastercutor", lançado por Udo Dirkschneider em 18 de maio de 2007, foi muito bem recebido mundo afora, tanto pela crítica especializada quanto pelos fãs do lendário ex-vocalista do Accept. Nada mais natural, portanto, que Udo colocasse no mercado também o registro ao vivo da turnê do disco, e é justamente isso que assistimos no DVD duplo "Mastercutor Alive".
Contando com a mesma formação do álbum de 2007 - Udo nos vocais, Stefan Kaufmann e Igor Gianola nas guitarras, Fitty Wienhold no baixo e Francesco Jovino na bateria -, o show presente no DVD é um deleite para todo e qualquer fã de música pesada. Extremamente inspirada, certamente pelo gás extra que a ótima recepção de "Mastercutor" causou, a banda se entrega de corpo e alma naapresentação, tocando com paixão, repleta de tesão pelo som que executa.
Ainda que a presença de palco de Udo Dirkschneider não seja das mais marcantes, a simples visão de sua figura - que mais parece um duende diminuto saído de algum conto de fantasia, devidamente trajado com a indefectível roupa militar - comandando a banda com a experiência que só figuras emblemáticas para um gênero como ele possuem, é extremamente gratificante.
O principal destaque, no entanto, vai para a dupla de guitarristas formada pelo ex-parceiro de Accept Stefan Kaufmann e pelo ótimo Igor Gianola. Os dois agitam bastante, interagem com a plateia e tocam de maneira sublime, entregando bases faiscantes e solos repletos de melodia, na melhor tradição do heavy metal alemão dos anos oitenta - cena cuja qual o Acceptfoi, se não a maior figura, certamente a mais emblemática.
Outro ponto que merece menção é a participação do personagem Mastercutor, que serve de mestre de cerimônias para o show, apresentando a banda, além de voltar algumas vezes ao palco para agitar com os músicos. Sua figura, muito bem produzida, causa calafrios com um visual que cairia como uma luva em qualquer bom filme de terror. A figura que ele reproduz, a do palhaço assassino, é um clichê iconográfico do cinema e faz parte da nossa memória mesmo de maneira inconsciente, tal a assiduidade com que monstros semelhantes habitaram o cast de produções ao longo dos anos.
Entre as faixas destaque para "Mastercutor", a empolgante "24/7", "Mission No. X", "Winterdreams", "Animal House" e, é claro, para os clássicos do Accept tocados com perfeição pelo quinteto - "Breaker", a linda "Princess of the Dawn", "Metal Heart", "Balls to the Wall", "Fast as a Shark" e "I´m a Rebel". Além disso, o disco dois ainda traz diversos bônus, como imagens de bastidores, documentário, etc, além de existir também um CD duplo com o mesmo título e com as mesmas faixas mostradas no show.
Concluindo, "Mastercutor Alive" é, sem fazer muita força, um dos melhores DVDs lançados por um artista de heavy metal desde sempre. Mais que um item obrigatório, é um bálsamo para ouvidos calejados como os meus, vindos de uma época em que peso e melodia andavam juntos. E, podem crer, isso ainda faz uma enorme diferença.
Em plenos anos 80, bandas de hard rock como BON JOVI, RATT, WARRANT, MOTLEY CRÜE, EUROPE, CINDERELLA e afins eram chamadas de Heavy Metal, inclusive – ou principalmente – pela MTV que, hoje, não abre mão de fazer chacota com o estilo sempre que pode.
Bom, o tempo passou, o termo Heavy Metal continuou sendo utilizado para bandas que fazem rock pesado, com guitarras roncadoras e gritadoras. O hard rock praticado nos ’80 não era mais moda e perdeu o direito de ter um nome sério e forte como Heavy Metal. E os ’90, como é comum na transição de décadas, pregou uma filosofia inversa. Bandas como Nirvana, Pearl Jam, Faith No More traziam um visual mais “sujo”, mais “sarjeta” e letras que cantavam, de várias maneiras, sobre como a vida era uma merda.
Nada mais da filosofia “Let’s Party” da década anterior. Nada de caras com cabelos de poodle, calças de couro coladas, jaquetas abertas sem camisa por baixo e olhar de rapaz sensualmente perigoso. Nada de solos de guitarra muito elaborados, quase nada de sorrisos durante os shows. A onda era uma camisa rota, calça jeans e All Star pra lá de surrados e cabelo ensebado. Ah, e uma blusa de flanela amarrada na cintura.
O termo Heavy ficou para o PANTERA, MEGADETH, METALLICA. Para as bandas que ficaram pra trás, algo mais caricato: Hair Metal, Glam Metal e Pop Metal. No Brasil, Metal Farofa. Hoje, o grunge continua sendo grunge, mas também ficou no passado.
Bom, para celebrar esse meu ótimo gosto por hard rock dos anos 80, resolvi comentar a discografia básica da banda que mais consumiu maquiagem e batom naquela década: POISON
O visual dos caras era pra lá de exagerado, principalmente na época dos dois primeiros discos. Um cara que trabalhou com eles na época chegou a dizer que quando a banda começou a ficar em evidência no circuito de Los Angeles, os caras saíam pela Sunset Strip querendo dar uns pegas nas garotas do Poison. Muito compreensível, a julgar pela foto do primeiro disco.
"Look What The Cat Dragged In" (1986)
Esse foi o debut da banda, formada por Bret Michaels (vocal), CC DeVille (guitarra), Bobby Dall (baixo) e Rikki Rocket (bateria). A foto dos caras dá total razão aos rapazes da Sunset Strip, mencionados acima. O fotógrafo dessa capa contou no documentário Metal: A Headbanger’s Journey que a banda chegou com uma revista Vogue pra ele e disse: “Queremos ficar assim”. Bom trabalho.
Musicalmente, esse é um disco muito bom. “Cry Tough” abre o disco com competência. “I Want Action” se tornou clássico e é executada até hoje. O disco também conta com a primeira balada da banda, “I Won’t Forget You”, que também virou clipe e trás na letra todo aquele discurso cafajeste, cuidadosamente projetado pra conquistar mulheres em profusão. Isso é hard rock.
“Talk Dirty To Me” também emplacou, e é a cara da banda. Riffs que não saem da sua cabeça e clima de festa e diversão. No mesmo clima, temos “Let Me Go To The Show”, uma música de clima deliciosamente animado e letra meio bobinha, mas importante para a construção da identidade Rock & Diversão All Night Long, No Matter What.
Mas a música que dá nome ao álbum merece destaque. “Look What The Cat Dragged In” trás um riff pesado e gostoso de se ouvir, pois mantém o clima animado de todo o disco e flui que é uma beleza ao longo de seus 3:08. A letra... ah, a letra... É a síntese da época. Nenhuma letra define melhor o que era viver nos anos 80 na Sunset Strip.
Abaixo, o clipe de “Cry Tough”. Dá pra notar que eles ainda não haviam atingido o ponto certo do glam. Muito biquinho, muita maquiagem e muitas plumas em todo canto, até na ferragem da bateria. Hoje, depois de conferir seus trabalhos posteriores, o vídeo de Cry Tough soa muito exagerado e até mesmo imaturo. Depois, eles foram acertando a mão e aprendendo a usar o estilo melhor. Mas, na época, funcionou muito bem.
"Open Up And Say... Ahh! (1988)
O segundo disco marcou o auge da banda. Na minha opinião, o disco anterior conta com mais músicas de destaque. Mas, nesse, as músicas boas são muito boas e bem trabalhadas.
“Love On The Rocks” abre bem o disco, mas não chega a chamar atenção de tão boa, tanto que foi esquecida pela banda em seus shows. Mas, numa festa, ela desce que é uma beleza. Mas, a segunda sim. Ela é, para muitos, “O” clássico da banda. “Nothing But a Good Time” é um dos hinos do estilo como um todo e reflete muito do espírito da época. O discurso “Ralei a semana inteira aguentando um chefe de merda e agora vou enfiar o pé na jaca mesmo!” é muito atual. Vai por mim, ouvir essa música às 18h de uma sexta-feira é pra lá de libertador. Até hoje, ela é usada na trilha sonora de filmes. Sr. & Sra. Smith, Minhas Adoráveis Ex-Namoradas e Zé Colméia, O Filme, só pra citar alguns dos mais recentes.
O disco também conta com “Look But You Can’t Touch”, que segue a linha da primeira. Boa, divertida e animada, mas não emplacou. A ótima “Fallen Angel”, o blues quase nas coxas de “Your Mama Don’t Dance” e o clássico seminal “Every Rose Has It’s Thorn”.
No mesmo caminho de Nothing But..., “Every Rose Has It’s Thorn” sempre foi e sempre será um dos pontos altos dos shows da banda. É uma balada irrepreensível nos padrões comerciais. Letra covarde, pra conquistar as rádios e as menininhas, melodia que não sai da cabeça e fácil de tocar e de cantar. Também vive figurando em filmes de Hollywood.
"Flesh And Blood" (1990)
O apocalipse se aproximava e dava pra sentir isso no ar. O visual da banda, que já estava ligeiramente mais contido em Open Up..., fica bastante comportado em Flesh And Blood. Nada de plumas e batom, e o laquê já não era tanto. O visual country começa a ser apropriado para o hard rock, agora dos anos 90. A contracapa do disco mostra essa mudança. Nos videoclipes e nos shows, o POISON ainda é glam, mas já não como antes. A sobriedade no visual era clara e necessária. O que antes era muito cool, já soaria ridículo e, para financiar a farra de cada dia, era justo ser razoável com o mercado.
Esse é o disco que fecha a discografia básica da formação clássica da banda em sua era de ouro. Mas, apesar de ter mais músicas que os anteriores, é o disco do qual retiro menos destaques. Dos três, é de longe o disco mais bluesy. Muitas frases de guitarra galgadas no blues e músicas que começam no blues e só depois caem no rock. É o caso de “Ball And Chain” e “Let It Play”, com seu coro Delta do Mississipi. Já a Poor Boy Blues é todinha o estilo.
De hard rock, podemos destacar “(Flesh And Blood) Sacrifice”, “Come Hell Or High Water”, e a semi-balada “Life Goes On”.
Agora, os reais destaques, as músicas que a banda continua executando em seus shows, são outras. A irrepreensível balada “Something To Believe In” é, na minha opinião, mais completa e “madura” que Every Rose... A presença do piano dá um toque mais bem acabado à produção da música, e a letra deve ser um dos únicos sucessos que não falam de festa ou mulher. “Ride The Wind” é uma pérola do hard rock. Bom trabalho de guitarras e um solinho de baixo discreto, mas cativante. Ótima música pra se ouvir na estrada.
Pra fechar, temos “Unskinny Bop”. Se Bret Michaels e Cia. resolvessem montar um grupo de funk carioca, podiam aproveitar a letra na íntegra, sem tirar nem por nada. É uma sacanagem só, o tempo todo, mostrando um pouco do que era muito mostrado nos discos anteriores. A música é muito legal. O baixo simples caminha linear durante toda a música, fazendo a cama para um bom trabalho de guitarra de CC DeVille. Bobby Dall nunca foi conhecido por sua técnica espantosa no baixo, até porque esta simplesmente não existe. Mas ele reconhece suas limitações e se vira muito bem com a filosofia “menos é mais”. Quero aprender a tocar baixo só pra tocar Unskinny Bop. Estimo demorar uns dois dias entre o zero e estar tocando-a.
Além da letra, o videoclipe dessa música é um resgate ao POISON de um par de anos antes. Algum desavisado poderia achar que Bret Michaels é uma menininha bem ajeitadinha, de tanta maquiagem e brilho labial. Além disso, antes e depois da música, tem uma historinha curtinha, mostrando que os anos 90 chegavam, mas o estilo de vida Look What The Cat Dragged In continuava.
É o último suspiro do POISON como fora concebido. A banda ainda lançou um álbum ao vivo, que chegou a ter boa divulgação pela mídia. Logo depois, a chegada da besta-fera chamada grunge enterrou toda e qualquer diversão sem culpa que havia no mundo da música.