A História e as informações que você sempre quis saber sobre seu Artista/Banda preferidos, Curiosidades, Seleção de grandes sucessos e dos melhores discos de cada banda ou artista citado, comentários dos albúns, Rock Brasileiro e internacional, a melhor reunião de artistas do rock em geral em um só lugar.
Tudo isso e muito mais...
Estamos frente a uma banda que tem tudo para estourar, não só no Brasil, como no exterior. Poucas sãos as bandas brasileiras que estão nesta condição, principalmente em se tratando do primeiro CD. Porém, o Axxioma mostrou que é perfeitamente possível conceber seu primeiro álbum com a experiência de banda veterana, tal a perfeição que Insight mostra em sua conteúdo. É incrível! Formada por Hardy (vocal e guitarrista), Delmer Valentim (baixo e backing vocals) e Vagner Alba (Bateria), a banda esbanja talento e musicalidade, pois seus músicos são tão fantásticos quanto o som que fazem, sem soarem chatos e exibicionistas.
Basicamente, pode-se dizer que o vocalista é muito parecido ao que Eddie Vedder (Pearl Jam) faz; as melodias vocais nas músicas são impressionantes. A bateria existente nas composições é absolutamente perfeita - em certos momentos e músicas, temos a impressão de estar ouvindo aquela batida a lá Van Halen, devido a ser uma marca registrada do rock. O baixo segue a mesma linha de pensamento, pois é preciso. O estilo é hard rock, pesado; em certos momentos, chega a ser sujo. Pode-se notar todo o poderio da banda ao ouvir Awing Times, que tem um clima pesado e quebrado; Reflexions, num clima de peso e hard potentoso que a transforma rapidamente num clássico do Axxioma; Solitude Standing, outro clássico absoluto com uma melodia de teclado maravilhosa e dedilhados no meio de sua estrutura musical, além de melodia vocal muito bem definida; Voices of Experience, com uma leve pitada grunge e recheada do peso característico existente no álbum; Hiding Inside Oneself, outro clássico com um riff inesquecível e bateria muito bem trabalhada; Again, hard pesadão e sujo com ritmo empolgante e variações inteligentes; Tears, com um clima mais lento e com certa dose de progressividade; A Cry For Help, com melodias geniais que compõem sua estrutura. Enfim, um pequeno passo que, desde já, projetou a banda para saltos ainda maiores. As vezes, nos perguntamos porque bandas tão boas ficam de fora do cast das grandes gravadoras. Com certeza, o Axxioma prosperará. É esperar para ver.
Para visitar o site da banda: Http://sites.uol.com.br/axxioma
Quando recebi o CD achei que fosse uma banda americana engraçadinha. Tipo um mamonas assassinas da vida. Também, com um nome desses, o que você poderia imaginar? Bralalalala é realmente algo inimaginável para se colocar numa banda de Metal. Sim! Eles tocam Metal! Agora... é uma coisa completamente insana. Os riffs são bem Megadeth na época de Killing... e Peace Sells... . Os vocais são "falados" parecendo um lance meio rap, só que mais agressivo. Entretanto, não é agressivo como Death Metal. Ou seja, é um meio termo indescritível. O batera é um monstro! Toca demais! Usa bumbo duplo numa velocidade impressionante. É, sem dúvida, o ponto alto deste álbum. Sugiro que você ouça por curiosidade. É interessante, porém, muito doido.
O álbum "Mastercutor", lançado por Udo Dirkschneider em 18 de maio de 2007, foi muito bem recebido mundo afora, tanto pela crítica especializada quanto pelos fãs do lendário ex-vocalista do Accept. Nada mais natural, portanto, que Udo colocasse no mercado também o registro ao vivo da turnê do disco, e é justamente isso que assistimos no DVD duplo "Mastercutor Alive".
Contando com a mesma formação do álbum de 2007 - Udo nos vocais, Stefan Kaufmann e Igor Gianola nas guitarras, Fitty Wienhold no baixo e Francesco Jovino na bateria -, o show presente no DVD é um deleite para todo e qualquer fã de música pesada. Extremamente inspirada, certamente pelo gás extra que a ótima recepção de "Mastercutor" causou, a banda se entrega de corpo e alma naapresentação, tocando com paixão, repleta de tesão pelo som que executa.
Ainda que a presença de palco de Udo Dirkschneider não seja das mais marcantes, a simples visão de sua figura - que mais parece um duende diminuto saído de algum conto de fantasia, devidamente trajado com a indefectível roupa militar - comandando a banda com a experiência que só figuras emblemáticas para um gênero como ele possuem, é extremamente gratificante.
O principal destaque, no entanto, vai para a dupla de guitarristas formada pelo ex-parceiro de Accept Stefan Kaufmann e pelo ótimo Igor Gianola. Os dois agitam bastante, interagem com a plateia e tocam de maneira sublime, entregando bases faiscantes e solos repletos de melodia, na melhor tradição do heavy metal alemão dos anos oitenta - cena cuja qual o Acceptfoi, se não a maior figura, certamente a mais emblemática.
Outro ponto que merece menção é a participação do personagem Mastercutor, que serve de mestre de cerimônias para o show, apresentando a banda, além de voltar algumas vezes ao palco para agitar com os músicos. Sua figura, muito bem produzida, causa calafrios com um visual que cairia como uma luva em qualquer bom filme de terror. A figura que ele reproduz, a do palhaço assassino, é um clichê iconográfico do cinema e faz parte da nossa memória mesmo de maneira inconsciente, tal a assiduidade com que monstros semelhantes habitaram o cast de produções ao longo dos anos.
Entre as faixas destaque para "Mastercutor", a empolgante "24/7", "Mission No. X", "Winterdreams", "Animal House" e, é claro, para os clássicos do Accept tocados com perfeição pelo quinteto - "Breaker", a linda "Princess of the Dawn", "Metal Heart", "Balls to the Wall", "Fast as a Shark" e "I´m a Rebel". Além disso, o disco dois ainda traz diversos bônus, como imagens de bastidores, documentário, etc, além de existir também um CD duplo com o mesmo título e com as mesmas faixas mostradas no show.
Concluindo, "Mastercutor Alive" é, sem fazer muita força, um dos melhores DVDs lançados por um artista de heavy metal desde sempre. Mais que um item obrigatório, é um bálsamo para ouvidos calejados como os meus, vindos de uma época em que peso e melodia andavam juntos. E, podem crer, isso ainda faz uma enorme diferença.
Em plenos anos 80, bandas de hard rock como BON JOVI, RATT, WARRANT, MOTLEY CRÜE, EUROPE, CINDERELLA e afins eram chamadas de Heavy Metal, inclusive – ou principalmente – pela MTV que, hoje, não abre mão de fazer chacota com o estilo sempre que pode.
Bom, o tempo passou, o termo Heavy Metal continuou sendo utilizado para bandas que fazem rock pesado, com guitarras roncadoras e gritadoras. O hard rock praticado nos ’80 não era mais moda e perdeu o direito de ter um nome sério e forte como Heavy Metal. E os ’90, como é comum na transição de décadas, pregou uma filosofia inversa. Bandas como Nirvana, Pearl Jam, Faith No More traziam um visual mais “sujo”, mais “sarjeta” e letras que cantavam, de várias maneiras, sobre como a vida era uma merda.
Nada mais da filosofia “Let’s Party” da década anterior. Nada de caras com cabelos de poodle, calças de couro coladas, jaquetas abertas sem camisa por baixo e olhar de rapaz sensualmente perigoso. Nada de solos de guitarra muito elaborados, quase nada de sorrisos durante os shows. A onda era uma camisa rota, calça jeans e All Star pra lá de surrados e cabelo ensebado. Ah, e uma blusa de flanela amarrada na cintura.
O termo Heavy ficou para o PANTERA, MEGADETH, METALLICA. Para as bandas que ficaram pra trás, algo mais caricato: Hair Metal, Glam Metal e Pop Metal. No Brasil, Metal Farofa. Hoje, o grunge continua sendo grunge, mas também ficou no passado.
Bom, para celebrar esse meu ótimo gosto por hard rock dos anos 80, resolvi comentar a discografia básica da banda que mais consumiu maquiagem e batom naquela década: POISON
O visual dos caras era pra lá de exagerado, principalmente na época dos dois primeiros discos. Um cara que trabalhou com eles na época chegou a dizer que quando a banda começou a ficar em evidência no circuito de Los Angeles, os caras saíam pela Sunset Strip querendo dar uns pegas nas garotas do Poison. Muito compreensível, a julgar pela foto do primeiro disco.
"Look What The Cat Dragged In" (1986)
Esse foi o debut da banda, formada por Bret Michaels (vocal), CC DeVille (guitarra), Bobby Dall (baixo) e Rikki Rocket (bateria). A foto dos caras dá total razão aos rapazes da Sunset Strip, mencionados acima. O fotógrafo dessa capa contou no documentário Metal: A Headbanger’s Journey que a banda chegou com uma revista Vogue pra ele e disse: “Queremos ficar assim”. Bom trabalho.
Musicalmente, esse é um disco muito bom. “Cry Tough” abre o disco com competência. “I Want Action” se tornou clássico e é executada até hoje. O disco também conta com a primeira balada da banda, “I Won’t Forget You”, que também virou clipe e trás na letra todo aquele discurso cafajeste, cuidadosamente projetado pra conquistar mulheres em profusão. Isso é hard rock.
“Talk Dirty To Me” também emplacou, e é a cara da banda. Riffs que não saem da sua cabeça e clima de festa e diversão. No mesmo clima, temos “Let Me Go To The Show”, uma música de clima deliciosamente animado e letra meio bobinha, mas importante para a construção da identidade Rock & Diversão All Night Long, No Matter What.
Mas a música que dá nome ao álbum merece destaque. “Look What The Cat Dragged In” trás um riff pesado e gostoso de se ouvir, pois mantém o clima animado de todo o disco e flui que é uma beleza ao longo de seus 3:08. A letra... ah, a letra... É a síntese da época. Nenhuma letra define melhor o que era viver nos anos 80 na Sunset Strip.
Abaixo, o clipe de “Cry Tough”. Dá pra notar que eles ainda não haviam atingido o ponto certo do glam. Muito biquinho, muita maquiagem e muitas plumas em todo canto, até na ferragem da bateria. Hoje, depois de conferir seus trabalhos posteriores, o vídeo de Cry Tough soa muito exagerado e até mesmo imaturo. Depois, eles foram acertando a mão e aprendendo a usar o estilo melhor. Mas, na época, funcionou muito bem.
"Open Up And Say... Ahh! (1988)
O segundo disco marcou o auge da banda. Na minha opinião, o disco anterior conta com mais músicas de destaque. Mas, nesse, as músicas boas são muito boas e bem trabalhadas.
“Love On The Rocks” abre bem o disco, mas não chega a chamar atenção de tão boa, tanto que foi esquecida pela banda em seus shows. Mas, numa festa, ela desce que é uma beleza. Mas, a segunda sim. Ela é, para muitos, “O” clássico da banda. “Nothing But a Good Time” é um dos hinos do estilo como um todo e reflete muito do espírito da época. O discurso “Ralei a semana inteira aguentando um chefe de merda e agora vou enfiar o pé na jaca mesmo!” é muito atual. Vai por mim, ouvir essa música às 18h de uma sexta-feira é pra lá de libertador. Até hoje, ela é usada na trilha sonora de filmes. Sr. & Sra. Smith, Minhas Adoráveis Ex-Namoradas e Zé Colméia, O Filme, só pra citar alguns dos mais recentes.
O disco também conta com “Look But You Can’t Touch”, que segue a linha da primeira. Boa, divertida e animada, mas não emplacou. A ótima “Fallen Angel”, o blues quase nas coxas de “Your Mama Don’t Dance” e o clássico seminal “Every Rose Has It’s Thorn”.
No mesmo caminho de Nothing But..., “Every Rose Has It’s Thorn” sempre foi e sempre será um dos pontos altos dos shows da banda. É uma balada irrepreensível nos padrões comerciais. Letra covarde, pra conquistar as rádios e as menininhas, melodia que não sai da cabeça e fácil de tocar e de cantar. Também vive figurando em filmes de Hollywood.
"Flesh And Blood" (1990)
O apocalipse se aproximava e dava pra sentir isso no ar. O visual da banda, que já estava ligeiramente mais contido em Open Up..., fica bastante comportado em Flesh And Blood. Nada de plumas e batom, e o laquê já não era tanto. O visual country começa a ser apropriado para o hard rock, agora dos anos 90. A contracapa do disco mostra essa mudança. Nos videoclipes e nos shows, o POISON ainda é glam, mas já não como antes. A sobriedade no visual era clara e necessária. O que antes era muito cool, já soaria ridículo e, para financiar a farra de cada dia, era justo ser razoável com o mercado.
Esse é o disco que fecha a discografia básica da formação clássica da banda em sua era de ouro. Mas, apesar de ter mais músicas que os anteriores, é o disco do qual retiro menos destaques. Dos três, é de longe o disco mais bluesy. Muitas frases de guitarra galgadas no blues e músicas que começam no blues e só depois caem no rock. É o caso de “Ball And Chain” e “Let It Play”, com seu coro Delta do Mississipi. Já a Poor Boy Blues é todinha o estilo.
De hard rock, podemos destacar “(Flesh And Blood) Sacrifice”, “Come Hell Or High Water”, e a semi-balada “Life Goes On”.
Agora, os reais destaques, as músicas que a banda continua executando em seus shows, são outras. A irrepreensível balada “Something To Believe In” é, na minha opinião, mais completa e “madura” que Every Rose... A presença do piano dá um toque mais bem acabado à produção da música, e a letra deve ser um dos únicos sucessos que não falam de festa ou mulher. “Ride The Wind” é uma pérola do hard rock. Bom trabalho de guitarras e um solinho de baixo discreto, mas cativante. Ótima música pra se ouvir na estrada.
Pra fechar, temos “Unskinny Bop”. Se Bret Michaels e Cia. resolvessem montar um grupo de funk carioca, podiam aproveitar a letra na íntegra, sem tirar nem por nada. É uma sacanagem só, o tempo todo, mostrando um pouco do que era muito mostrado nos discos anteriores. A música é muito legal. O baixo simples caminha linear durante toda a música, fazendo a cama para um bom trabalho de guitarra de CC DeVille. Bobby Dall nunca foi conhecido por sua técnica espantosa no baixo, até porque esta simplesmente não existe. Mas ele reconhece suas limitações e se vira muito bem com a filosofia “menos é mais”. Quero aprender a tocar baixo só pra tocar Unskinny Bop. Estimo demorar uns dois dias entre o zero e estar tocando-a.
Além da letra, o videoclipe dessa música é um resgate ao POISON de um par de anos antes. Algum desavisado poderia achar que Bret Michaels é uma menininha bem ajeitadinha, de tanta maquiagem e brilho labial. Além disso, antes e depois da música, tem uma historinha curtinha, mostrando que os anos 90 chegavam, mas o estilo de vida Look What The Cat Dragged In continuava.
É o último suspiro do POISON como fora concebido. A banda ainda lançou um álbum ao vivo, que chegou a ter boa divulgação pela mídia. Logo depois, a chegada da besta-fera chamada grunge enterrou toda e qualquer diversão sem culpa que havia no mundo da música.
O Blog Destroyer elegeu 50 discos do bom e o velho Rock N' Roll que você deve ouvir antes de morrer. Em uma pesquisa que inclui gosto pessoal, rockeiros e alguns críticos do Rock, a lista não classifica os melhores álbuns de todos os tempos, e sim, 50 imperdíveis.
Não querendo repetir as bandas e pegando cada ponto da história do Rock, o blog chegou a essa conclusão :
Dessa vez, Alvin e os Esquilos dicidiram executar um clássico do Metal. A música escolhida foi "Crazy Train", do OZZY. Acompanhe a versão da música do principe das trevas executada por esquilo fofinhos:
Dando sequência e finalizando nossa tradução para a entrevista de Mitch Laffon da revista canadense BRAVE WORDS & BLOODY KNUCKLES com o primeiro empresário do GUNS N’ ROSES, Alan Niven (primeira parte publicada no ultimo dia 30 de maio), o LOKAOS traz a segunda – e mais reveladora - parte do verdadeiro interrogatório ao qual Mitch submeteu Niven.
BraveWords.com: Você tem falado com ele (Steven Adler)?
Alan Niven: Não, a última vez que falei com ele foi provavelmente quatro anos atrás.
BraveWords.com: A razão pela qual eu pergunto é que eu tenho a impressão de que ele está querendo contato com todas as pessoas inicialmente envolvidas com o Guns N’ Roses e meio que querendo fechar as chagas.
Alan Niven: Eu não acho que Steven queira fechar as chagas. Eu acho que Steven quer sua juventude de volta. Eu acho que Steven quer a mágica daquele momento e que aquele momento do ápice seja recriado, o que claro, absolutamente não vai acontecer. Todo mundo está mais velho e mudou de vida e mesmo no extraordinariamente improvável evento da banda de fato fazer uma reunião – seria diferente. Você não pode reviver o passado e você deveria, pelo menos numa empreitada artística, ter um pé no presente. Se o GUNS N’ ROSES se reunisse, eu pessoalmente esperaria que fosse algo substanciado por criatividade válida e nova no estúdio com um novo disco e que não fosse algo pra viver de memórias.
BraveWords.com: No improvável caso deles se reunirem de fato – se eles te ligassem e dissesse ‘Hey Alan, você nos ajudou no começo. Você pode nos ajudar de novo?’ Você consideraria isso ou seria simplesmente ‘não’?
Alan Niven: Eu só consideraria isso depois de conversas muito longas com Axl Rose. Giraria totalmente em torno disso e eu não sei se leopardos perdem suas manchas. Há mais na vida do que dinheiro e eu odiaria pensar que eu estava fazendo algo simplesmente por um troco e não pelo espírito, senso de aventura e não pela diversão. Se fosse algo de maldade e sem diversão, eu não iria querer fazer parte disso.
BraveWords.com: Depois que a banda te demitiu, você foi e trabalhou com Izzy, Slash e eventualmente ‘o projeto’ (que mais tarde viria a ser o VELVET REVOLVER).
Alan Niven: Deixe-me esclarecer o que rolou com ‘o projeto’. Eu vim para Los Angeles com minha filha e jantamos com Slash e Duff. Duff me olhou do outro lado da mesa e disse ‘O que você acha, Niv?’ Eu fiquei muito lisonjeado por ser solicitado, mas me parecia que não era uma boa ideia. Eu não curti o prospecto de todo mundo, menos Axl estar envolvido. Eu acho que isso acabaria numa banda injusta e expectativas não-razoáveis para todo mundo, então foi algo com o qual eu me senti muito muito nervoso.
Bravewords.com: É por isso que, no fim das contas, você acha que o Velvet Revolver falhou (porque todo mundo esperava que a banda fosse o Guns N’ Roses(?
Alan Niven: Eu não acho que você possa chamar o Velvet Revolver de um completo fracasso.
BraveWords.com: Mas eles de fato falharam…
Alan Niven: Sim, mas eles tiveram um disco em número #1 e venderam mais de um milhão de cópias e isso é respeitável. Era melhor que o SLASH’S SNAKEPIT, por exemplo. Eu acho que a fraqueza no Velvet Revolver era o material e a composição. Sob esse aspecto, eu fiquei muito nervoso sobre Scott Weiland também. Eu não tenho certeza sobre o que ele tem para contribuir como compositor...
BraveWords.com: Essa escolha pra vocalista te deixou em alerta? Você sai de Axl Rose que é um cantor problemático para um cara com um notório vício em heroína que abandonou sua banda. Fazia sentido pra você?
Alan Niven: Eu achei que era um compromisso infeliz pra se assumir. Eu senti que havia um aspecto de marketing por detrás da idéia que poderia ter funcionado, mas você tem que olhar pros caras como indivíduos e quando um deles está chegando chapado pro ensaio com uma ‘babá’ é bem óbvio que eles ainda estão usando drogas. Essa é outra razão pela qual eu fiquei muito pouco animado com a idéia de Velvet Revolver. A outra coisa foi... que o coração da alma do Guns N’ Roses era o Izzy e muitas daquelas canções funcionam bem por causa de sua inteligência musical e seu sentimento. Ele tem uma bela sensibilidade rock n’ roll que informava e influenciava a composição de todo mundo e sem Izzy estar envolvido no Velvet Revolver eu não tinha certeza de onde aquilo iria. Eu serei franco, eu acho que Slash é um dos maiores guitarristas que já viveu. Eu amo a alma dele. Eu amo a seleção de notas dele. Eu amo o jeito que ele toca – mas ele não é um grande compositor. Duff não vai curtir que eu diga isso, mas por si próprio, Duff não é um grande compositor – brilhante pra linhas de baixo e estruturas de bateria mas não um grande compositor. Você só tem que olhar pro primeiro disco solo dele pra notar isso. O GUNS N’ ROSES era um coletivo fabuloso e uma química que funcionava e qualquer organização de sucesso pode ser observada com a analogia da molécula. Você pode pegar a menor parte de uma molécula e aquela molécula irá se despedaçar e isso é o Guns N’ Roses.
BraveWords.com: Você escutou o Chinese Democracy?
Alan Niven: Uma das pessoas que me procurou nos últimos anos é um grande fã de Guns N’ Roses que vive na Austrália e que parece ter uma vida normal respeitável, além de ser um fã do Guns N’ Roses, mas ao longo dos anos eu o achei interessante e cativante. Ele foi extraordinariamente eficaz ao me copiar todas as faixas que vazaram na net. Eu já conhecia o Chinese Democracy muito tempo antes de o disco sair. Tinha tanta coisa por aí. Não era como o Chinese Democracy que foi lançado e naquele dia eu tive a oportunidade de decidir se eu ia sentar e avaliá-lo inteiro. Eu estava completamente ciente de seu conteúdo antes do lançamento. Isso responde à sua pergunta ou isso nos leva à segunda parte da pergunta – o que eu achei do disco?
BraveWords.com? Bem, sim. É ‘permitido’ a você dizer?
Alan Niven: Eu achei que era bem complexo e difícil de digerir, mas era bem Axl.
BraveWords.com: Pra mim era mais uma questão daquilo ser o que eu esperei por quatorze anos. Aquelas músicas poderiam ter sido construídas em seis meses.
Alan Niven: Eis o que eu arrisco a dizer sobre Chinese Democracy: Axl fez dois grandes erros. Um foi lançar o disco e o outro foi Irving Azoff.
BraveWords.com: Irving Azoff? Mesmo? Por quê?
Alan Niven: Se eu estivesse numa posição responsável por aconselhar Axl, eu teria feito tudo a meu alcance para fazer com que Chinese Democracy fosse algo que as pessoas sempre falassem a respeito e imaginassem, mas que nunca ouvissem, que nunca fosse lançado. As gravações demoraram tanto que não havia maneira alguma que o disco que ele estava fazendo fosse atender às suas expectativas. Mo minuto que ele foi lançado, Mitch, ele se tornou apenas mais um disco. Antes de seu lançamento ele era um mito. Era fascinante. As pessoas falavam nele. As pessoas queriam ouví-lo. O terceiro erro foi que ele deveria ter se certificado de que todas suas fitas e discos estivessem sob seu controle e bem trancados, de modo que não houvesse nenhum vazamento. Daí ele poderia ter lançado uma faixa ocasionalmente e ele poderia ter trabalhado nelas ‘ao vivo’ por mais dez anos. Isso teria sido mais misterioso, mais cativante, mais fascinante...
Essa matéria pode ser lida na íntegra no site do LoKaos Rock Show:
01 Balaclava 02 Fake tales of San Francisco 03 Teddy Pickers 04 D Is For Dangerous 05 I bet you look good on the dancefloor 06 If You Found This It´s Probably Too Late 07 Brianstorm 08 When the sun goes down 09 Leave before the lights come on 10 A Certain Romance
É impressionante como o Brasil tem revelado grandes bandas nos últimos tempos, as quais muitas vezes acabam não tendo a atenção merecida. E o thrash metal tem sido o estilo mais promissor, revelando grandes bandas, que nada devem às internacionais. Só para citar algumas dessa nova safra podemos mencionar: VIOLATOR, WOSLOM, BLASTHRASH, SLASHER, SACRARIO, MORTAGE, REVIOLENCE, ANCESTTRAL, HICSOS, FACÍNORA e este DECIMATOR.
Trata-se do segundo álbum desta banda gaúcha, e seu primeiro pela batalhadora Kill Again Records, gravadora da Capital da República que presta grande serviço para o nosso underground, tendo bandas excelentes (muitas das quais desconhecidas do grande público) em seu cast.
Neste novo álbum, sucessor de “Killing Tendency”, de 2007, a evolução do DECIMATOR é notável, sendo que conseguiram mesclar com maestria um thrash metal moderno com influências old school (principalmente de KREATOR e SLAYER), fazendo com que a audição do álbum seja extremamente prazeirosa.
Os riffs dos guitarristas Rodrigo Weiler e Paulo Hendler são excelentes, com todo o peso e agressivade necessários no estilo, aliando passagens rápidas e agressivas commomentos mais cadenciados, mas extremamente pesados. A cozinha, por sua vez, formada por Patrícia Bressiani (baixo) e Alceu Martins (bateria) é destruidora, levando o som a níveis ainda mais extremos. Por fim, os vocais de Leornado Schneider, novo integrante da banda e autor de todas as letras do álbum, são muito agressivos, lembrando em alguns momentos Mille do KREATOR, mas com muita personalidade, acrescentando muito ao som da banda.
A qualidade de gravação do álbum, realizada pela própria banda e por Sebastian Carsin, no Hurricane Studio, de Porto Alegre, também merece aplausos, permitindo que todos os instrumentos sejam ouvidos com perfeição, inclusive o baixo (que por muitas vezes acaba fazendo jus ao nome nas gravações), ressaltando ainda mais o peso e a qualidade das músicas.
Em um álbum tão homogênio, fica difícil apontarmos destaques, mas não há como não se empolgar ouvindo pedradas thrash como “Banner of Terror”, “Call to War” e a destruidora “Insane Orders”. O único “defeito” fica para o fato de serem apenas 8 músicas, deixando aquela gostinho de quero mais...
Enfim, o álbum merece todos os elogios, sendo feito com muita garra e paixão, e tem tudo para estar na lista de melhores álbuns de thrash metal do ano, não só no âmbito nacional, mas também no internacional. Por isso, amigo, não perca tempo e corra atrás do seu.
Lembro com muita saudade de 2002, ano em que comecei a ouvir rock and roll pra valer e, por conta disso, iniciei minha trajetória como músico. Entre as primeiras bandas que ouvi estava o The Vines, que juntamente com Strokes e The Hives encabeçava o chamado revival do rock de garagem. Mas ao contrário dessas duas, o Vines era mais pesado, mais sujo, tinha mais atitude – o hit “Get Free” que o diga – e, por isso, era a minha predileta das três.
O primeiro álbum dos caras, "Highly Evolved" (2002), consistia em uma mistura de Beatles com Nirvana e ainda incorporava um pouco da complexidade sonora de seus compatriotas do Silverchair. A recepção foi a melhor possível, tanto pelo público quanto pela crítica. O trio recebeu prêmios – incluindo discos de ouro e platina em alguns países – e se estabeleceu como uma das principais lideranças do então “novo rock”.
Mas assim como o Strokes e o Hives, que após estourarem com "Is This It" e "Veni Vidi Vicious" começaram a decair em popularidade e vendas – mais o Hives do que o Strokes –, o Vines nunca mais conseguiria repetir o feito de seu álbum de estreia. Com um teor mais introspectivo "Winning Days" (2004) e "Vision Valley" (2006) só não passaram despercebidos porque “Ride” – que remete ao estilo de "Highly Evolved" – fez um sucesso moderado. Pra piorar, ovocalista Craig Nicholls, portador da síndrome de Asperger, pareceu ter surtado de vez e a banda ficou à beira do abismo.
As fotos da nova formação do Vines, bem como as primeiras notícias a respeito de um novo trabalho, surgiram no final de 2009. Em meados de 2010, três canções do vindouro Future Primitive foram apresentadas ao vivo. No começo do ano, o clipe da faixa-título começou a ser veiculado na TV. Com lançamento previsto para o próximo dia 3, "Future Primitive" representa um resgate do som que consagrou o The Vines em 2002 e os elevou ao status de líderes de um movimento que acabou não dando certo – infelizmente. A selvageria não voltou com tudo, mas o som recuperou a atitude outrora perdida no meio de tanta introspecção e tentativa de soar maduro.
A voz de Craig continua sendo o principal atrativo. Espécie de Damon Albarn mais alucinado e inconstante, o cara, que há 10 anos atrás parecia Edward Furlong em Detroit Rock City, hoje tem 33 anos e demonstra que é possível soar maduro sem perder a pegada jovem que torna o som atraente para todos os públicos. Os refrões voltaram a ser vigorosos e muitas das canções de Future Primitive se sairiam super bem ao vivo – “Gimme Love” é a faixa de abertura perfeita. Mais longa para os padrões do grupo, “Black Dragon” promete agradar também. E para não perder o costume, temos aqui uma nova “Autumn Shade” - a quarta, desta vez batizada como “A.S.4”.
É com um sorriso no rosto que eu digo que, quase uma década após fazerem parte da trilha-sonora de uma das melhores épocas da minha vida, o The Vines voltou não a ser o que era, mas a tocar com prazer. Craig e seus novos colegas estão mesmo dispostos a produzir material de qualidade e apropriado para todas as horas e pessoas – o que eu considero muito mais válido do que o auto-plágio que alguns andam fazendo por aí. Como diria o mestre Ivan Proença: “Nostalgia em arte é decadência”.
Primeiro álbum desta banda de Embu das Artes (SP), este “Lobisomem em lua cheia” é um trabalho diferenciado no Metal nacional. Com a proposta de abordar temas sombrios como monstros e mortos-vivos, moldados sob puro Rock and roll com pegada punk rock bem sacada e tosca, eles conseguiram ser originais diante de tantos rótulos que vemos hoje em dia. Além disso, eles tem atitude para executar o seu som, coisa que falta muitas vezes em garotos prodígios/ultra-virtuose da cena Rock/Metal.
O início do álbum com "O mundo dos mortos" é composto por riffs facilmente assimiláveis, seguido do clima insano e variado de "O médico e o monstro". A faixa intitulada "Rock and roll" é uma das melhores do álbum, sendo pesada, deletra forte e solo bem elaborado. "De volta ao mundo dos mortos" tem uma pegada rápida de bateria, é mais cadenciada e com um vocal lírico em algumas partes, que lhe conferiu um ar assombroso. A faixa título é agressiva e rápida, além de ser muito cheia de energia e contagiante, e é seguida de forma harmônica por "F62". O encerramento com é "Énoizé", dá um clima descontraído e bem Rock and roll.
É fato que ainda necessitam se aprimorar em termos de técnica e composição, mas é um trabalho muito bem feito, vejam também a arte gráfica da capa e do encarte e autenticidade da banda como já foi dito. Força e sorte ao MUQUETA NA OREIA, uma boa promessa da safra atual do verdadeiro Rock and roll/Metal brazuca.