Eu desejava um show do Rammstein há muito tempo, e desde que começaram os rumores que a turnê deles passaria pelo Brasil em 2010, eu decidi que iria. Tanto que comprei o ingresso logo que começaram a serem vendidos e para isto abri mão de outros shows que gostaria de ter ido, podendo ver, ao vivo, estes alemães, coisa que quase consegui em 1999, quando abriram o show do Kiss, mas que, por incompetência da organização na entrada, não pude entrar a tempo.
Só que estas dimensões reduzidas do palco e o fato do local ser fechado não afetou em nada toda a pirotecnia (piromania para ser mais exato) da banda, principalmente do performático vocalista Till Lindeman, que não se cansa de brincar com o fogo, chegando inclusive a queimar o tecladista Flake Lorenz na música Weisses Fleisch (de mentirinha) e um figurante na Benzin (daí de verdade, apesar dele usar uma roupa apropriada).
Fica claro que tudo é muito bem ensaiado e pensado, pois uma falha ou descuido pode gerar uma tragédia. Mas nada disto acontece, e a cada ato, a platéia fica mais impressionado e atônita. Era possível ver a cara de surpresa e contentamento a cada lado que se olhasse num Via Funchal totalmente lotado, extremamente quente e esfumaçado. Mas não é que além disso, existe a música?
Com um repertório multi-linguístico, combinando o francês na Frühling In Paris, inglês na Pussy e espanhol na Te Quiero Puta, além do alemão, o que se ouvia na galera era uma mistura de canto com embromation a cada música, mas até que algumas canções conseguiram ter seus refrões cantados em uníssono, como Du Hast e Ich Will, o que não é pouca coisa, considerando o número mínimos de pessoas lá que deveriam falar o alemão.
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