Jorge Duílio Lima Meneses (Rio de Janeiro, 22 de março de 1942), conhecido como Jorge Ben e atualmente Jorge Ben Jor é um guitarrista, cantor e compositor popular brasileiro. Seu estilo característico possui diversos elementos, entre eles: rock and roll, samba, samba rock (termo que gosta de usar), bossa nova, jazz, maracatu, funk, ska e até mesmo hip hop, com letras que misturam humor e sátira, além de temas esotéricos.
A música de Jorge Ben tem uma importância singular para a música brasileira, por incorporar elementos novos no suingue e na maneira de tocar violão, com características do rock, soul e funknorte-americanos. Além disso, influência árabes e africanas, oriundas de sua mãe, nascida na Etiópia.
Influenciou o sambalanço e foi regravado e homenageado por inúmeros expoentes das novas gerações da música brasileira, como Mundo Livre S/A ("Samba Esquema Noise") e Belô Velloso, em "Amante Amado".
Informação geral | |
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Nome completo | Jorge Duílio Lima Meneses |
Apelido | Ben Jor, Babulina |
Data de nascimento | 22 de março de 1942 (68 anos) |
Origem | Rio de Janeiro, RJ |
País | Brasil |
Gêneros | MPB, Samba Rock, Samba Funk;[1] |
Ocupação | músico, cantor, guitarrista,compositor, percussionista |
Instrumentos | vocal, guitarra, violão, pandeiro |
Período em atividade | 1963–atualmente |
Gravadora(s) | Universal Music, Som Livre, Sony Music, Warner Music, Phonogram,Movieplay |
Afiliações | Tropicália, Jovem Guarda, Trio Mocotó, Os Mutantes, Tim Maia,Wilson Simonal, Sérgio Mendes,Caetano Veloso, Gilberto Gil,Toquinho |
Influência(s) | Cartola Tom Jobim The Beatles Sly & the Family Stone Elis Regina Stevie Wonder João Gilberto Little Richard Ronnie Self |
Página oficial | www.jorgebenjor.com.br |
História
Carioca de Madureira, mas criado no Rio Comprido, Jorge Ben queria ser jogador de futebol e chegou a integrar o time infanto-juvenil do Flamengo. Mas acabou seguindo o caminho da música, presente em sua vida desde criança. Ganhou seu primeiro pandeiro aos treze anos de idade e, dois anos depois, já cantava no coro de igreja. Também participava como tocador de pandeiro em blocos de carnaval. Aos dezoito, ganhou um violão de sua mãe e começou a se apresentar em festas e boates, tocando bossa nova e rock and roll. É conhecido como Babulina, por conta da pronúncia do rockabilly Bop-A-Lena de Ronnie Self (apelido que Tim Maia tinha pelo mesmo motivo).
Seu ritmo híbrido lhe trouxe alguns problemas no início, quando a música brasileira estava dividida entre a Jovem Guarda e o samba tradicional, de letras engajadas. Ao passar a ter interesse pela música, o artista vivenciou uma época na qual a bossa nova predominava no mundo. A exemplo da maioria dos músicos de então, ele foi inicialmente influenciado por João Gilberto, mas desde o início foi bastante inovador.
O início com o sucesso de "Mas que Nada"
No início da anos 60 apresentou-se no Beco das Garrafas, que se tornou um dos redutos da bossa nova. Em 1963, ele subiu no palco e cantou "Mas que Nada" para uma pequena plateia, que incluía um executivo da gravadora Philips. Dois meses depois, era lançado o primeiro compacto de Jorge Ben, que inclui ainda "Por Causa de Você Menina". No mesmo ano lançou o primeiro LP, Samba Esquema Novo, acompanhado pelo conjunto de samba jazz Meirelles e os Copa Cinco.
"Mas que Nada" foi seu primeiro grande sucesso no Brasil e também é uma das canções em língua portuguesa mais executadas nos Estados Unidos até hoje, na versão do pianista brasileiroSérgio Mendes com o grupo de hip hop norte-americano Black Eyed Peas. E também foi uma das poucas a obterem êxito neste país (como "Garota de Ipanema"), tendo ainda sido regravada por artistas como Ella Fitzgerald, Dizzy Gillespie, Al Jarreau, Herb Alpert, José Feliciano e Trini Lopez. Outras composições como "Zazueira" e "Nena Naná" fizeram relativo sucesso no país.
Era de Festivais e fase esotérica-experimental
Em 1968, Jorge Ben quando foi convidado para o programa Divino, Maravilhoso que Caetano Veloso e Gilberto Gil faziam na Tupi. Ele também participou d"O Fino da Bossa" (comandado porElis Regina) e da Jovem Guarda (de Roberto Carlos). Nesta época, Jorge Ben obteve enorme sucesso com "Cadê Tereza?", "País Tropical", "Que Pena" e "Que Maravilha", além de concorrer com "Charles, Anjo 45" no festival Internacional da Canção, da TV Globo, em 1969.
Na década de 1970, venceria este festival com "Fio Maravilha", interpretado por Maria Alcina. "País Tropical" também teve êxito, na voz de Wilson Simonal. Ainda nos anos 70, Jorge Ben lançou álbuns mais esotéricos e experimentais, como A Tábua de Esmeralda (1974), Solta o Pavão (1975) e África Brasil (1976). Embora não obtivessem sucesso comercial, estes álbuns são considerados clássicos da música brasileira.
Mudança de nome e fase pop
Na década seguinte, Jorge Ben dedicou-se a divulgar suas músicas no exterior. Em 1989, ele mudou o nome artístico de "Jorge Ben" para "Jorge Benjor", logo depois alterado para "Jorge Ben Jor". Na época, foi dito que a mudança teria sido provocada pela numerologia, mas o mais plausível é que tenha ocorrido para evitar confusões com o músico americano George Benson, Jorge Ben estava começando a se tornar muito conhecido nos Estados Unidos na época.
Nesta nova fase, sua música tornou-se mais pop, ainda que com estilo suingue. Sua música "W/Brasil (Chama o Síndico)", lançada em 1990, estourou nas pistas de dança em 1991 e 1992, tornando-se uma verdadeira febre na época. A canção é também uma homenagem ao cantor Tim Maia. Além disso, foi realizada devido a um pedido pessoal de Washington Olivetto, proprietário daW/Brasil, que o pediu para criar uma música sobre a agência.
Em 2004, Jorge Ben Jor lançou Reactivus Amor Est (Turba Philosophorum), primeiro álbum com canções inéditas desde 1995. Ainda na ativa, seus shows costumam durar cerca de três horas, para plateias formadas principalmente por jovens.
Fez uma participação especial no DVD 1000 Trutas, 1000 Tretas, do grupo de rap Racionais MC's, onde cantou a música "Abenção Mamãe, Abenção Papai".
Discografia
Álbuns de estúdio
- Samba Esquema Novo (1963)
- Ben É Samba Bom (1964)
- Sacundin Ben Samba (1964)
- Big Ben (1965)
- O Bidú: Silêncio no Brooklin (1967)
- Jorge Ben (1969)
- Força Bruta (1970)
- Negro É Lindo (1971)
- Ben (1972)
- A Tábua de Esmeralda (1974)
- Solta o Pavão (1975)
- África Brasil (1976)
- Salve Simpatia (1979)
- Alô Alô, Como Vai? (1980)
- Bem-vinda Amizade (1981)
- Dádiva (1984)
- Sonsual (1985)
- Ben Brasil (1986)
- Ben Jor (1989)
- 23 (1993)
- Homo Sapiens (1995)
- Músicas Para Tocar Em Elevador (1997)
- Reactivus Amor Est (Turba Philosophorum) (2004)
- Recuerdos de Asunción 443 (2007)
Álbuns ao vivo
- On Stage (1972)
- 10 Anos Depois (1973)
- Gil & Jorge: Ogum, Xangô (1975)
- Jorge Ben à l'Olympia (1975)
- Dal Vivo Al Sistina (1975)
- A Banda do Zé Pretinho (1978)
- Energia (1982)
- Live in Rio (1992)
- Mestres da MPB (1993)
- Roda Viva (1995)
- Acústico MTV (2002)
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