27 de novembro de 2010

Timo Kotipelto: "Jorg é um lutador e não irá desistir"



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O frontman do STRATOVARIUS, Timo Kotipelto, concedeu entrevista recemente ao site Bravewords.com onde ele fala do novo álbum da badna "Elysium", dá uma indireta em Timo Tolkki ao falar que o novo guitarrista Matias Kupiainen é "o melhor guitarrista com quem já tocou ao vivo e não comete erros", e, claro, fala do baterista Jorg Michael.
Nada mais vai como o planejado, mas isso pode ser algo positivo. É o caso com o STRATOVARIUS, que tinha planejado terminar 2010 trabalhando no novo álbum com olançamento marcado para fevereiro/maio de 2011. Em vez disso, a banda fez uma jogada surpresa para lançar o novo singles em novembro de 2010 contando com as faixas inéditas “Darkest Hours” e “Infernal Maze” em antecipação de uma turnê europeia como banda de apoio para os veteranos alemães doHELLOWEEN. Na mesma época o novo álbum, “Elysium”, foi impulsionado para frente para chegar às lojas em janeiro de 2011.
O frontman Timo Kotipelto saúda o familiar caos pré-lançamento, especialmente agora que oSTRATOVARIUS  tem um importante segundo álbum contando com o novo guitarrista Matias Kupiainen. Ele admite, no entanto, que o burburinho gerado até agora em antecedência ao novo álbum é uma surpresa.
“Isso começou junho passado quando nós recebemos uma ligação da galera do HELLOWEEN  perguntando se queríamos excursionar com eles. Nós estávamos planejando lançar o álbum no próximo ano, mas nada estava definido, então quando surgiu a oferta tínhamos algo faltando. O álbum não estaria finalizado antes que a turnê começasse, então decidimos lançar o single. A ideia para o EP veio da gravadora, e eu acho que foi uma boa ideia. O álbum em si está sendo masterizado, como falamos. Está concluído.”
Kotipelto concorda que o STRATOVARIUS tem sorte de ter assinado com a Edel/earMusic, um selo que tem mostrado cada vez mais sua presença na cena do metal ao longo dos últimos anos. Como com o lançamento de “Polaris”, a Edel investiu consideráveis tempo e dinheiro na promoção da turnê com oHELLOWEEN e no single “Darkest Hours”; uma raridade atualmente na era das gravadoras serem excessivamente cautelosas sobre como investir suas finanças.
“Nós estamos muito felizes com o trabalho que a Edel está fazendo. Como você mesmo disse: os álbuns não estão vendendo tantas cópias como costumavam vender, muitos selos não estão contratando novas bandas, e se eles contratam novas bandas não as promovem muito bem. A Edel fez um monte de trabalho para Polaris e nós temos um ótimo relacionamento com eles. Nós estamos felizes que eles realmente estão fazendo esse tanto de trabalho para nós. Parece que vão ser cinco a seis meses inteiro de turnê para o novo álbum, que é muito, mas é bom para nós”
Muitos dos fãs concordam que “Polaris” foi uma tentativa legal, mas não o completo álbum doSTRATOVARIUS old school pelo qual todos estavam aguardando. “Elysium” é, no entanto, o ‘inferno ou paraíso’ da banda. Questionado se ele aprendeu alguma coisa da experiência que foi aplicada – ou não - no “Polaris” para o novo álbum, Kotipelto diz que foi circunstância de negócios como de costume em certa medida, apesar de ter um ambiente de trabalho diferente.
“Eu fiz 12 a 13 álbuns em minha vida e é basicamente sempre a mesma correria agitada para cumprir com o prazo. É muito estressante, então basicamente eu não aprendi nada (risadas). Trabalhar no novo álbum foi diferente do ‘Polaris’, certamente, pois o Matias tinha acabado de se juntar à banda quando começamos a fazer demos para o último álbum. Nós não tínhamos a experiência com essa formação como temos agora. O novo álbum não é totalmente diferente do ‘Polaris’, mas ele é diferente. Diria que o novo álbum é meio que um álbum que o ‘Polaris’ deveria ter sido, mas certamente não foi possível naquela época. Espero que ele não soe tão diferente do que as pessoas esperam. O material soa como o passado mas ele é apresentado meio que de maneira moderna.”
“Muito do novo material é na verdade composto por Matias”, ele revela. “Há duas músicas do Jens (Johansson, tecladista) e uma minha. Há uma extensa música no álbum, a qual é em torno de 18 minutos divididos em três diferentes partes. Nós estávamos pensando que elas deveriam ser indexadas separadamente, mas acabou no álbum apenas como uma extensa canção.”
“Fiquei agradavelmente surpreendido”, Kotipelto fala de Kupiainen. “Ele é provavelmente o melhor guitarrista com quem já toquei ao vivo. Não sei qual é o problema dele, mas ele não comete nenhum erro (risadas). Quando ele se juntou à banda nós não estávamos firmes como um grupo por que não tínhamos tocado juntos ao vivo, mas fizemos em torno de 100 shows para o ‘Solaris’. Aqueles quatro ou cinco meses nos fizeram mais firmes e Matias está mais relaxado por que ele sabe o que esperamos e o que os fãs esperam.”
O próximo álbum é também um passo importante no sentido de apagar o drama dos últimos anos e as consequências que perseguem a banda desde que eles decidiram continuar sem o guitarrista Timo Tolkki.
“Eu acho que a mídia nos levará mais a sério novamente. Alguns deles acharam que nós estávamos apenas vivendo de nosso passado com o ‘Polaris’, achando que não poderíamos compor nada sem o Tolkki. Se você escutar o novo álbum você verá que nós não precisamos mais dele na banda. Nós o respeitamos como um compositor, mas definitivamente nós seguimos em frente.”
O foco está sobre a turnê, porém, não no que a mercenária mídia pensa.
“Eu vejo a turnê como uma oportunidade realmente ótima para nós – e para o HELLOWEEN – alcançarmos mais pessoas juntos. Especialmente para nós, pois eles já tinham essa turnê marcada; foi fácil para nós entrarmos nela. Os fãs estão muito entusiasmados a respeito dessa ideia de ter duas bandas da antiga de power metal sairem por aí juntas. O power metal não tem sido muito popular ao longo dos últimos anos, mas algumas das bandas que foram maiores no passado ainda estão lá. Eu não acho que há muitas opções para os fãs deste tipo de música quando se trata de shows, então eu acho que essa vai ser uma ótima turnê.
Infelizmente, souberam duas semanas antes da turnê que o baterista Jörg Michael foi diagnosticado com câncer. Um duro golpe para a banda em seu caminho de volta, mas Kotipelto diz que Michael não estava disposto a assistir o STRATOVARIUS ficar paralizado por sua causa.
“Jörg nos disse que não deveríamos cancelar a turnê, que deveríamos começar a turnê sem ele, e ele está planejando se juntar a nós em janeiro. Acredito que ele vencerá o câncer. Agora ele está fazendo tratamento com iôdo [N.T.: a tireoide produz hormônios à base de iodo, daí o porquê dele fazer uso desse tratamento] e ele não pode estar na primeira perna [da turnê] com a gente, mas o vi durante o fim de semana e ele estava muito otimista a respeito de seu retorno. Os ensaios com (o substituto temporário) Alex Landenburg estão indo bem; ele é um ótimo baterista e um cara muito legal. Nós tentaremos fazer tão ótimos shows quanto possível, considerando a situação. A doença de Jörg veio com um choque total para nós e levou dias para entender o sentido disso tudo. Ele é um lutador e não desistirá, e aguarda ansiosamente seu retorno triunfal”.
Fonte desta matéria (em inglês): BW&BK / Bravewords.com

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