Todo mundo adora odiar rótulos. Milhares de pessoas bradam aos quatro ventos que rótulos servem apenas para limitar a arte, mas ao mesmo tempo, dizem com orgulho que amam rótulos como rock e/ou metal. Partindo da premissa de que rótulos são importantes para a subdivisão deste estilo variado e fascinante que é o rock 'n' roll, abordarei aqui alguns subgêneros ou movimentos musicais que, bem sucedidos ou não, conseguiram deixar sua marca no estilo. E o rótulo do dia é: Riot Grrrl!
Bikini Kill
Betty Blowtorch
Não é de hoje que as mulheres conseguiram seu espaço no rock. Ainda nos anos 70, artistas como Suzi Quatro e Runaways chocaram o mundo ao mostrar que garotas podem fazer um rock de qualidade. Com o advento do grunge, no início dos anos 90, as garotas também conseguiram o seu "pedaço da torta", realizando uma mistura que incluía o já citado grunge, o punk rock, e algo de rock alternativo. Nasceu assim o movimento Riot Grrrl, calcado em letras com atitude e uma boa dose de feminismo.
Entrando nos anos 2000, tínhamos ainda duas boas representantes daquilo que restou do movimento: The Distillers e Betty Blowtorch. Bastante fiéis à essência do gênero, com vocais rasgados - e algumas vezes, até desafinados - e produção crua, os grupos lembravam o ouvinte de que o Riot Grrrl continuava vivo e forte! Porém, este foi o último suspiro do gênero, visto que as duas bandas encerraram as suas atividades após os seus melhores trabalhos.
Atualmente, ainda temos as conhecidas californianas do The Donnas, com a sua sonoridade mais limpa e polida, mas com a atitude punk do bom e velho Riot Grrrl ainda intacta. Mas, como o estilo se encontra em baixa no momento, está na hora da nova geração do rock feminino trazer em definitivo a essência do Riot Grrrl para os dias atuais, não acham? Ainda mais nesses tempos de "machos coloridos"...
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