Cornell: É diferente das outras músicas que fizemos, e o que as torna semelhantes a nossos outros álbuns é que sempre estamos tentando seguir adiante. Nunca fomos uma banda que tem aquele aspecto confortável de fazer o que é do "nosso estilo" e então se fixar nisso. Nós sempre meio que fizemos o oposto, e, potencialmente, ainda estamos fazendo isso. Temos muitas sensações musicais diferentes. É parecido «com nosso material anterior» porque somos nós quatro – é quem somos e como soamos – mas eu não posso pensar em uma música sequer que eu diria que me lembra diretamente de alguma outra música do SOUNDGARDEN. Então, nesse aspecto, é o SOUNDGARDEN que eu conheço. Está simplesmente seguindo em frente e partindo de onde paramos.
Dallas Observer: Você está achando que tocar juntos agora está mais agradável do que foi há 12 anos atrás?
Cornell: Em alguns sentidos acho que sim. Há menos stress envolvido em termos de sentir uma leveza. Estamos nesse ciclo interminável de composição e gravação de álbuns, e turnês para divulgá-los. O ciclo «do álbum» realmente começa com a composição e daí com a gravação, então com a mixagem e masterização, e enquanto o processo de composição e gravação está acontecendo, as turnês vão sendo agendadas para datas próximas ao lançamento, o que significa que então haverá uma data de lançamento, que significa que você marcou no calendário a data em que estará pronto e você nem sequer terminou de compor ainda. Muita música é criada dessa forma, mas, como uma banda que acabou de começar, estamos só compondo música. Não temos aonde lançar – o que é tipo que o problema oposto. Agora é mais como uma reminiscência de como era no período inicial, onde o importante é a composição das músicas e não temos nenhuma data de lançamento e sem uma temporada na qual o CD sairá. Então, enquanto estamos compondo e gravando, estamos simplesmente focando na música e nas gravações. Não tem stress do tipo "isso tem de ser assim!" e "tem que ter tal significado!" e tem de estar pronto até quinta-feira.
Dallas Observer: Você acha que essa turnê solo acústica – e em um menor grau que o material do SOUNDGARDEN – ajudará a ganhar de volta a aprovação de fãs que talvez não tenham recebido bem seu álbum electro-pop produzido pelo Timbaland, "Scream", tanto quanto seu material anterior.
Cornell: Eu não me importo com isso, na verdade. Eu nunca fiz nada preocupado sobre a "aprovação", e realmente acho que há muitas pessoas que me vêem quando eu faço shows solo e que adoram aquele disco. Eu tenho pedidos de fãs de músicas daquele disco para essa turnê em um monte de sites. Novamente, é claro, eu não presto muita atenção «na internet», então eu não sei se vou tocar as músicas que estão lá. No mais, «fazer shows acústicos solo» une todos meus diferentes discos e todos meus diferentes períodos com artista solo e como membro de bandas porque você tem de interpretar tudo através da guitarra acústica e dos vocais. Deixa cada música em um ponto similar.
Leia a entrevista na íntegra no Dallas Observer.
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