Por Ivan Carlos SC
Na capital baiana, a segunda edição do Bahia Rock Festival deu espaço para o heavy metal e suas vertentes. Realizado no espaço “Oba Oba Music Hall” o evento contou com um bom público, mas poderia ter uma presença maior de pessoas apoiando o metal nacional.
Texto: Humberto Amorim
Às 01:30 da madrugada, eis que a banda mais esperada da noite sobe no palco e com os riffs de “Generation Dead” do recente e ótimo "Aequelibrium" fez com que o ambiente pegasse fogo e se transformasse em um “inferno”.
A experiente Torture Squad fez o público enlouquecer em moshs seguido de moshs, e no momento de “Raise Your Horns” já não havia mais controle, não tinha como não bater cabeça. Vítor Rodigues é um grande frontman e sabe como ter o público nas mãos e de modo eloquente foi apresentando a banda nos intervalos de uma música e outra. De forma interessante a banda soube explorar os anúncios de cada membro do grupo, destaque para a performance de Castor (baixo) e Amilcar Christófaro (bateria), pois ao invés de solos desnecessários e longos, a banda emendava já com um pertardo. Foi assim que “Pandemonium” quase desaba o espaço levando a alguns seguranças terem muito trabalho e não havia trégua ou pausa dos paulistanos.
O grupo parecia ensandecido no palco e com imenso prazer despejava a fúria de suas músicas para o público baiano, que é mais voltado para as vertentes extremas do metal. Em “Living For the Kill” o guitarrista novato André Evaristo mostrou já estar bem integrado e muito bem encaixado na proposta sonora da Torture Squad. Após um pequeno solo do estreante André, “Chaos Corporation” não deixou os espectadores respirarem e já se notava a satisfação das pessoas que resolveram ir ao show. Muitos dos que não forma perderam uma apresentação perfeita recheada de composições que primam o Thrash / Death Metal e brindam o público a violência dos riffs e licks de cada nota executada com técnica apurada. Os fãs já estavam em delírio e muitos presentes se sentiam revigorados com um show carregado de feeling e ótima postura de palco. Foi com Storms, que a banda paulistana encerrou a noite deixando, certamente o público com sensação dever cumprido e satisfação garantida. Que ocorram mais shows desse porte na capital baiana, já que nem todos compartilham da música praticada na cidade e mostram que na Bahia, tem sim metal.
Fotos do show podem ser vistas no link abaixo:
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