Ryan: Esquecendo um pouco que o último trabalho de vocês juntos foi "Hey Man" de 1996 e os lançamentos posteriores (sem o guitarrista Paul Gilbert), devo comentar que "What If..." é, definitivamente, um retorno à sonoridade clássica dos dois primeiros discos.
Billy: Eu acho que você está certo por uma porção de motivos. Fizemos esse disco de uma forma bem semelhante aos dois primeiros, bem como uma banda, quatro caras na sala. Depois disso começamos a seguir caminhos diferentes. Ainda gosto muito de "Bump Ahead" e "Hey Man" mas nos dois primeiros discos estávamos muito próximos. "What If..." também foi composto e gravado assim. A produção de Kevin Shirley também ajudou, porque ele trabalha sem quase nenhum overdub. Sem ele, provavelmente faríamos algo como os outros grupos, que consertam tudo em estúdio.
Ryan: Você afirma então que essa é a principal diferença entre os quatro primeiros álbuns? Você acha que o sucesso comercial gerou pressão e isso fez com que os discos demorassem mais a ser lançados?
Billy: Por um lado você está correto. Seu pensamento está no caminho certo. Acho que quando a gravadora começa a farejar dinheiro e hits, os empresários intrometidos começam a botar o nariz no que está sendo feito em estúdio. Esse é um enorme engano, é como um cliente ir a um restaurante e dizer como o chef deve cozinhar. Ele já sabe cozinhar, não se pode simplesmente ir lá e tentar ensiná-lo como fazer. Não se pode entrar no estúdio e tentar ensinar como fazer um disco, porque nós já fizemos e aspessoas que colocavam o nariz, não. Pressão positiva, vindo de dentro, é boa. De fora, não.
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