1 de abril de 2011

Cavalera Conspiracy (Estádio do Morumbi, SP, 26/03/11)

Por Rafael Stabolito

Essa daqui é a primeira resenha de um show postada no PROMETAL, e é com orgulho que ela se refere a uma imensa surpresa! Estou me referindo ao Cavalera Conspiracy, que nesse último sábado, dia 26, abriu o show do Iron Maiden.


Tenho de fazer a ressalva de que, ultimamente, os shows internacionais praticados em solos brasileiros tem apresentado uma pontualidade incomparável. Presenciei isso no Metallica, mais tarde vi isto no Iced Earth, Épica,Bon Jovi, Dragonforce (este em 2009), e todos estes tiveram no máximo 10 minutos de atraso, o que se tratando de shows internacionais, praticamente entraram no horário combinado.
Ok, os irmãos Cavalera estavam programados para subir no palco, para uns as 21:15h, para outros as 21:30h, poisbem, fizeram a mediana de tudo e entraram as 21:20h. Quem esperava um som agressivo, cru e brutal (que é o som do CAVALERA CONSPIRACY), mas com aquela péssima qualidade de som, típica de banda de abertura, se enganou: o som estava perfeito, todos osinstrumentos  eram facilmente discerníveis, Max não regurgitou as letras, mas sim cantou-as na sua melhor performance urrada, mostrando que dá pra se entender o que ele passa nas letras. Iggor Cavalera foi um show à parte, mostrando porque é considerado um dos melhores bateristas do gênero que já apareceu nomundo. Marc Rizzo mostrou perfeito controle das seis cordas de sua guitarra e Johny Chow acompanhou-o lado a lado no seu contra-baixo.
Iniciaram com “Warlord” do último álbum, o “Blunt Force Trauma”, e emendaram “Inflikted” do primeiro álbum, também chamado “Inflikted”, “Kiling Inside” voltou ao trabalho mais recente emendada em “Torture” de mesma origem, assim como “Thrasher”. Uma pequena distorção na guitarra de Rizzo anunciava a chegada de “Sanctuary”, sucesso do primeiro álbum, assim como a sua sucessora, “Terrorize”. Eis que nos vem a surpresa, Max Cavalera anuncia um sucesso antigo que muitos sonhavam em ver ao vivo sob o comando de sua voz e as baquetas de Iggor, e “Refuse/Resist” entrou destruindo tudo.
Para quem achou que a sessão Sepultura  tinha terminado ai, veio a introdução de bateria mais famosa já composta por origens brasileiras, e “Territoty” em uma versão mais rápida e pauleira levou o público a loucura. O show continuou desenrolando, e seguiu-se “Wasting Away”, “Doom Of All Fires” (Com direito a pedidos de Max para que a platéia repetisse um monte de palavrões), quando eles terminaram esta última, o público aguardava ansioso para saber o que viria para fechar o show, e qual foi a surpresa de todos ao ouvir “Troops Of Doom” emendada em “Roots Blood Roots”, mais dois sucessos históricos do mundo do heavy, sob o comando da voz e da percussão original.
Fechando com chave de ouro um show de uma hora, que demonstrou qualidade tanto em aspectos sonoros quanto em presença de palco da banda, o Cavalera Conspiracy saiu mais do que aplaudido, e o publico mostrou claramente que estavam mais do que satisfeitos com a volta dos irmãos Cavalera, e que a parceria de ambos é quase uma benção para o metal nacional e mundial.
Fonte desta matéria: Prometal

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