20 de fevereiro de 2011

Rock em Análise: álbuns nem um pouco injustiçados


Se você é um leitor assíduo de matérias sobre música em geral, creio que esteja cansado de ler resenhas e mais resenhas sobre álbuns supostamente "injustiçados". Como tais matérias costumam ser redigidas por fãs das bandas citadas, ou por pessoas que simplesmente se acostumaram com a "bomba", após várias audições, resolvi retomar a questão da qualidade (hum...) de algumas dessas "pérolas". Preparado? Vamos lá!
The X Factor (Iron Maiden)
Iron Maiden possui pelo menos três álbuns de qualidade altamente questionável, mas o "The X Factor" certamente foi o ganhador das glórias em cima do seu suposto brilhantismo musical - talvez como uma forma de fazer alguma justiça à "fase Blaze". Faixas entediantes, passagens estranhas e clima pseudo-progressivo marcam este que é um dos piores álbuns da banda. Com o perdão do trocadilho, corra para as montanhas!
Eye II Eye (Scorpions)
O álbum mais "experimental" do Scorpions é um verdadeiro exemplo de indecisão musical, um trabalho que atira para os lados do hard rock, do pop, do alternativo, do rock industrial, e do soft rock meloso. E o pior: a banda erra feio em quase tudo! Aí está um exemplo de pseudo-liberdade artística que leva o grupo a um "lugar" onde os integrantes simplesmente se esquecem de como se faz boa música. Evite!
Sr. Anger (Metallica)
Ao escutar aquela "belíssima" produção de banda que parece ter gravado no interior de uma lata de lixo, podemos até pensar que tal inconveniente nos distrai da (suposta) qualidade das músicas em si. Porém, avaliando unicamente as músicas - e imaginando uma produção mais polida para as mesmas -, chegamos a apenas uma conclusão: "What a fuck?"
Rock In A Hard Place (Aerosmith)
O fato de o Aerosmith ainda estar em sua fase de hard rock direto e espontâneo, acaba tornando o álbum em questão levemente divertido. Porém, devido ao estado de degradação da banda - provocado pelo uso abusivo de drogas -, unido à falta dos guitarristas originais Joe Perry e Brad Withford, além da produção torta das músicas, temos como resultado um disco bem fraquinho... Desconsidere!
Helldorado (W.A.S.P.)
A obra do W.A.S.P.  foi marcada por vários álbuns consistentes, com exceção deste "Helldorado". Em um momento no qual a banda se encontrava perdida no excesso de maturidade, e precisava retornar urgentemente à sua essência mais divertida, o resultado foi um álbum que exagerou na dose de "rock 'n' roll descompromissado", soando forçado, artificial, e muito repetitivo. Ignore!
Hot Space (Queen)
Na estréia de sua fase "pop", o Queen falha na tentativa de criar uma atmosfera "dançante", visto que o grupo nunca foi - e nem precisou ser - especialista em "grooves" e afins, embora tenha acertado em algumas faixas ao longo dessa fase mais comercial. Levando em conta a maior quantidade de erros no trabalho em questão, temos aqui o ponto mais baixo de uma discografia quase impecável. Esqueça!
Music from 'The Elder' (Kiss)
Em um momento de baixa, o Kiss resolveu abandonar sua sonoridade básica, e apostou em um álbum conceitual. O resultado poderia ser impressionante, porém... 'fail'! O álbum é chato, pouco inspirado, chato, arrastado, chato, brega e... chato! Ironicamente, até os álbuns mais "farofentos" do Kiss parecem verdadeiras obras de arte, se comparados ao "The Elder". Pule para o próximo...
Concluindo, os álbuns citados podem até trazer algumas músicas memoráveis, mas isso não muda o fato de serem bem fracos... Então, não se engane, se um álbum possui uma quantidade considerável de músicas ruins, e se você ainda o mantém entre os mais fracos (ou "menos bons", como muitos fãs desprovidos de senso crítico falam) da sua querida banda, uma coisa é certa: essa "obra prima" não é nem um pouco injustiçada, é ruim mesmo!

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