Por Luiz Figueiredo
Umas das casas de shows mais tradicionais da noite belo-horizontina, o Lapa Multishow não abrigará mais espetáculos de música. A casa foi entregue ao proprietário do terreno. As especulações giram em torno de que o Lapa dará lugar a um empreendimento imobiliário.
O prédio foi construído em 1945 e é um dos poucos do estilo arquitetônico que sobrevivem até hoje. Na época, funcionava o Cinema Santa Efigênia que foi desativado, como muitos pela cidade afora e o local foi usado como sacolão, depósito, etc.
Musicalmente, no Lapa rolava de tudo. Mas os mais importantes eram os shows de metal. Existente desde 1999, o Lapa foi marcante para os headbangers da cidade e do interior do estado, pois nomes mais do que consagrados mundialmente se apresentaram lá e proporcionaram momentos inesquecíveis.
Como não poderia deixar de ser, foi aos headbangers que o Lapa deu adeus no sábado, dia 20 de maio. O Eminence subiu ao palco para apresentar o show que já rodou a Europa, Japão e outros países sulamericanos. Músicas dos seus três discos formaram o set do Eminence que soltou porrada atrás de porrada em direção ao público. Um show primoroso e com muita energia, uma banda excelente que conquista cada vez mais o mundo. O Eminence já prepara a ida para a Nova Zelãndia e Austrália em agosto.
Para abrir o espetáculo, a primeira banda a subir ao palco foi a paraense Madame Saatan. A banda de rock pesado, trouxe à noite riffs interessantes de guitarra, um baixo imponente, batera violenta e uma vocalista que esbanjou sensualidade e no, primeiro olhar, ganhou o coração dos headbangers presentes. Com uma voz nada forçada e bem potente, a vocalista Sammliz mostrou muita personalidade; interagindo muito com o público. Não se trata de uma garota bonita que usa apenas disso para ter destaque, estamos falando aqui de uma grande frontwoman.
Nenhum comentário:
Postar um comentário