Ivan Chopik, do site GuitarMessenger.com, recentemente entrevistou o lendário guitarrista SLASH (VELVET REVOLVER, GUNS N' ROSES). Seguem alguns trechos da conversa.
GuitarMessenger.com: Você está de volta dessa extensa turnê, foi difícil manter o estilo de vida mais saudável que você adotou nos últimos anos?
Slash: Foi como um furação essa turnê que acabamos de fazer – de uma turnê européia para a Ásia para os EUA tudo dentro de basicamente oito meses. Com exceção dos dias em que estávamos voando, tocamos tipo seis noites por semana. Você tem de diminuir o passo. A única coisa realmente na qual me foco é na apresentação. Eu não faço mais nada, exceto lidar com a imprensa e coisas assim. Havia muito trabalho a fazer nessa turnê. Por ser meu disco solo, não havia ninguém mais com quem dividir as tarefas [risos]. Dependia de mim fazer tudo além do show propriamente dito. Foi muito trabalho. Basicamente, tudo que você tem de fazer é diminuir o passo e tentar conseguir descansar aqui e ali – e tentar não comer um monte de bobagem [risos]".
Slash: Não, sempre achei que eu estava no topo [risos]. Eu faço coisas agitadas um pouco, mas eu não tenho realmente uma abordagem concentrada sobre como faço as coisas uma vez estando lá fazendo, sabe? A forma como toco é espontanea, de pura sensação – é o que é. Eu não penso muito naquilo. Dito isso, fico muito focado quando se trata da execução em si ou o que quer que seja que esteja tocando, e estar afinado com a banda e todo esse tipo de coisa. É tudo muito, muito importante. É meio que parte da minha apresentação: nós entramos, certificamos de que tudo soa bem e então nos trancamos – e então eu não penso nesse aspecto muito mais depois disso".
Slash: Tenho minha guitarra bem aqui, e eu sento e simplesmente vejo o que sai ou vejo se há alguma idéia – meio que fico de bobeira. Eu sigo um regime. Eu não tenho uma linha de pensamento focada sobre como eu abordo a guitarra, eu simplesmente meio que faço coisas com ela e espero pelo melhor e espero que algo inspirador surja ou tropece em algo. Você me entende? A melhor coisa, eu acho, é simplesmente manter uma guitarra por perto tanto quanto possível.
Slash: Eu realmente gostei de fazer um som com o AIRBOURNE. Quando estávamos na turnê de festivais européia, estávamos fazendo todos esses show com aquela banda. Aquilo foi bem legal. Aqueles caras são a coisa mais próxima a algo do tipo de uma banda de hard rock estilo AC/DC, aquele tipo de coisa cheia de energia que já vi há muito tempo. É como a nova banda do Jack White, DEAD WEATHER, BULLET FOR MY VALENTINE é bacana, e o disco novo do AVENGED SEVENFOLD é bom. Há uma banda da Austrália que está começando a aparecer lá chamada KARNIVOOL, que é muito, muito bacana. Há uma coisa aqui e ali – não há nada que eu tenha ficado tipo: uau” como quando da primeira vez que ouvi ALICE IN CHAINS. Não houve nenhum movimento assim, mas há coisas legais que estão começando a acontecer que são baseadas no rock and roll. Espero que nos próximos anos quando as coisas desenvolverem, que haja mais disso acontecendo.
GuitarMessenger.com: Com esses altos e baixos da indústria por tantos anos, qual conselho você poderia dar a jovens artistas tentando deixar sua marca?
Slash: Não sei. Agora estou ocupado meio que segurando as pontas até me firmar no que é que eu faço, e realmente não me ajustar a tudo mais que está se passando na música nesse ponto. É difícil para mim saber o que dizer a alguém tentando se manter nesse momento, porque parece tão corporativo agora. Muitos discos estão sendo feitos onde as pessoas sequer sabem tocar. Há muita tecnologia envolvida e atualmente parece que tudo mundo está tentando atender ao padrão da indústria musical. Costumava ser um negócio de um lado e os músicos do outro e os dois não se misturavam. Agora parece que todos estão misturados, e é realmente focado no dinheiro. É difícil para mim dizer o que alguém deve almejar fazer no negócio da música nesse ponto [risos]. Eu posso presumir que o mais importante é aprender a tocar seu instrumento, e saber o que é que você quer produzir musicalmente, e então sair por aí e batalhar. Exige muito trabalho e muito comprometimento e dedicação, e você tem de estar preparado para lidar com isso tudo e querer isso.
Leia a entrevista na íntegra (em inglês) no link abaixo:
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