17 de dezembro de 2010

Revista Mojo lista as melhores músicas sobre drogas


A revista inglesa "Mojo" traz em sua edição de dezembro uma reportagem especial de 40 páginas sobre as melhores músicas sobre DROGAS de todos os tipos - álcool, anfetaminas, maconha, ácido, cocaína etc.
A lista, que inclui 100 títulos, traz "Purple Haze", de Hendrix; "Cold Turkey", de Lennon; "Sister Morphine" dos Stones e Marianne Faithfull, e, em primeiro lugar, "White Rabbit" da banda Jefferson Airplane.
A música, que chegou às paradas de sucesso em 67, mistura personagens do livro "Alice no País das Maravilhas" com referências a DROGAS alucinógenas: "Uma pílula te faz crescer, uma te faz encolher, e a que a mamãe te dá não faz nada -pergunte para Alice", diz a letra.
De brinde, a revista dá um CD com 10 músicas da listagem.
Veja abaixo um ranking comentado das 10 melhores músicas brasileiras sobre DROGAS, selecionadas por UOL Música:
TOP 10 NACIONAL DO VÍCIO
10º "Puro Êxtase" com Barão Vermelho
(Guto Goffi/Maurício Barros)
Esta música do disco "Puro Êxtase", de 98, representou uma tentativa do grupo carioca de aderir à onda clubber, com sua referência explícita à droga das baladas, o ecstasy, no refrão "ela é puro êxtase".

9º "Eu Bebo Sim" com Elizeth Cardoso
(Luiz Antonio/Luiz Vieira)
Incursão da "Divina" Elizeth no gênero do samba-rock com uma divertida interpretação da música, entre conformada e apologética, que diz "eu bebo sim, estou vivendo, tem gente que não bebe está morrendo"

8º "Lama" com Maria Bethênia
(Paulo Marques/Aylce Chavez)
Interpretação definitiva desse hino da dor-de-cotovelo e do deboche que menospreza a opinião alheia e afirma: "se eu quiser fumar, eu fumo, se eu quiser beber, eu bebo, não me interessa mais ninguém"

7º "Moda da Pinga" com Inezita Barroso
(Ochelsis Laureano/Raul Torres)
Enquanto as músicas americanas e inglesas sobre DROGAS têm em sua maioria um tom mais dramático e sombrio, as canções brasileiras sobre o tema preferem o escracho. Também conhecida como "Marvada Pinga", esta música é um clássico do conformismo alcoólico

6º "Veneno da Lata" com Fernanda Abreu
(Fernanda Abreu/Will Mowat)
Esta música remete ao episódio ocorrido em 1987, quando milhares de latas de maconha foram dar no litoral brasileiro entre o Espírito Santo e Santa Catarina. A carga era levada pelo navio "Solana Star", e foi despejada no mar depois que os tripulantes da embarcação foram "avisados" de que a polícia costeira iria interceptá-los. Depois de "dispensar" as latas, a tripulação abandonou o barco, literalmente. Quando a polícia o interceptou, apenas o cozinheiro estava a bordo. O episódio deu origem à expressão "da lata", utilizada para designar maconha (ou, por extensão, qualquer outra coisa) de boa qualidade.

5º "Malandragem Dá um Tempo" com Bezerra da Silva
(Bezerra da Silva)
Este pagode é uma espécie de guia de boas maneiras e comedimento para os maconheiros mais afoitos e ensina: "se segura, malandro, pra fazer a cabeça tem hora"

4º "Como Vovó Já Dizia" com De Falla
(Raul Seixas)
Apesar de não fazer referência explícita a nenhuma droga, o refrão da música dispensa esclarecimentos: "quem não tem colírio, usa óculos escuro"

3º "O Mal é o que Sai da Boca do Homem" com Pepeu Gomes 
(Galvão/Baby Consuelo/Pepeu Gomes)
O casal mais cuca fresca do Brasil escandalizou o país ao apresentar em 80, no festival de músicas da Rede Globo, esta pérola sacrílega da apologia ao uso da maconha, com título extraído do Evangelho de São Mateus. A música rendeu a Baby e a Pepeu um processo (do qual foram absolvidos em 81)

2º "Lança Perfume" com Rita Lee
(Rita Lee/Roberto de Carvalho)
Em 1980, Rita Lee estourou nas paradas com essa música que chegou a ganhar versão em francês e inglês. A letra mistura lança perfume com brincadeiras eróticas quase inocentes e versos quase barrocos: "vem cá, neném, só sossego com beijinho, vê se me dá o prazer de ter prazer contigo"

1º "A Cocaína" com Fabiana Lian
(José Barbosa da Silva, o Sinhô)
Esta música, que traz em sua partitura original uma dedicatória "ao carinhoso amigo Roberto Marinho", foi composta na década de 20 pelo precursor do samba Sinhô. A cantora Marlene, hesitante em incluí-la no repertório de seu show, com medo de ser criticada por apologia à droga, recebeu certa vez um recado do poeta Carlos Drummond de Andrade: "Diga para a Marlene cantar, naquela época todo mundo cheirava, eu também cheirei cocaína e para mim fez efeito de bicarbonato"...


Fonte desta matéria: UOL Música

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