12 de dezembro de 2010

Hard Rock - Aqueles que ficaram para trás - Parte 9

Depois do estrondoso sucesso comercial que o Mötley Crüe e o Guns n´Roses fizeram na década de 80, as grandes gravadoras procuravam incessantemente novos conjuntos que fossem tão bons e, naturalmente, tão lucrativos quanto os nomes já consagrados. Esta busca que durou praticamente uma década resultou em contratações de um sem-número de bandas, sendo despejados no mercado toneladas e mais toneladas de discos de Hard Rock.


Os conjuntos era tantos que a grande maioria padecia de uma divulgação, no mínimo decente, para seus discos. Gravadoras com um real compromisso em ajudar no desenvolvimento artístico de suas bandas? Geralmente só com grandes expectativas de lucro...
E é para isso que a série “Hard Rock – Aqueles que ficaram para trás”, foi criada. Para garimpar as boas bandas e álbuns que estão entre tantos outros que, convenhamos, são tão ruins que nem precisariam existir.

DESPERADO
Bloodied, But Unbowed
(1996 – Destroyer Records)

Imagem

Imagem

O Desperado teve uma trajetória que ninguém entendeu até os dias de hoje... A história aqui começa com o término de um dos maiores representantes do Hard Rock e Heavy Metal da década de 80, o Twisted Sister, que depois de amaciar em muito sua música, encerra suas atividades em 1987, antes de perder de vez todo o respeito adquirido até então.
Dee Snider começa a procurar novos rumos para sua carreira, o que não deveria ser muito difícil, levando em conta a importância de seu nome e os inúmeros contatos que possuía no mundo da música. Estes contatos foram realmente fundamentais, tanto que o time envolvido no Desperado é de primeira, pois a maioria de seus membros já havia tocado com músicos consagrados. Em 1989 a banda estava completa, tendo Dee Snider na voz, o guitarrista Bernie Tormé (Ozzy Osbourne, Ian Gillan), o baixista Marc Russel e na bateria Clive Burr (ex-Iron Maiden).
Um time de estrelas e, como tal, promissor. Tendo Snider e Tormé como compositores, o Desperado entra em estúdio e, entre o material gravado, são selecionadas 13 canções para seu primeiro álbum. A gravadora Elektra, bastante empolgada, estava pronta para colocar o disco no mercado, mas voltou atrás semanas antes do lançamento, e o que realmente houve é um mistério, que fica ainda maior considerando que ninguém mais quis lançar este debut.
Questionado, o sarcástico Dee Snider diz que as canções eram muito pesadas para a época. Pura balela, pois o álbum nada mais é do que puro Hard Rock, conscientemente distante da sonoridade do extinto Twisted Sister (aliás, completamente superior a seus dois últimos álbuns), e orientado pelas ótimas guitarras de Tormé. Muitas das músicas, como o próprio nome Desperado sugere, já tinham como temática o estilo de vida tão retratado em filmes do velho oeste norte-americano, como “Hang ´Em High”, “The Maverick” ou “Son Of A Gun”, além de um cover para “Heart Of Saturday Night”, de Tom Waite.
Infelizmente, este registro demorou 16 anos para ser lançado, saindo sob o título “Bloodied, But Unbowed”, de forma obscura e provavelmente por algum dos músicos envolvidos, através do selo Destroyer Records. Com esta “semi-pirataria”, a gravadora Cleopatra se prontificou a liberar oficialmente o Desperado, sob o título original “Ace” e uma nova concepção gráfica. Quem teve a oportunidade de escutar este álbum chegou à conclusão de que, de todos os projetos em que Dee Snider participou pós-Twisted Sister, o Desperado foi o melhor e, com certeza, o mais amaldiçoado de todos.
Após tantos problemas, obviamente o Desperado debandou. Algum material adicional, mas de qualidade inferior, do Desperado acabou aparecendo no disco-solo Dee Snider, “Never Let The Bastards Wear You Down” (00), que nada mais é do que uma compilação de material engavetado desde os anos 80.

DIAMOND REXX
Land of the Damned
(1986 – Island Records)

Imagem

Imagem

Com um visual carregadíssimo, o Diamond Rexx vem da cena underground de Chicago (EUA) e começou suas atividades em 1985, tendo como mentor o vocalista Nasti Habits. Sua primeira formação contava com o guitarrista S. St. Lust, o baixista Chrissy Salem e o baterista Johnny Cottone.
Suas apresentações alucinadas pelo circuito de bares e clubes da cidade começaram rapidamente a atrair a atenção de muitos fãs e, consequentemente, de gravadoras interessadas no quarteto. Tanto que, apenas quatro meses depois de sua primeira apresentação e uma nova formação onde se acrescentaram Andre (baixo) e Johnny Cottone (bateria), o Diamond Rexx debutou com “Land Of The Damned” pela gravadora Island. Apesar de todo seu visual glam tão comum naquela época e uma sonoridade influenciada por ALICE COOPER e Mötley Crüe, o pessoal tocava com certo acento metálico tão cheio de garra que conseguiu se diferenciar das outras bandas do período.
Mas os músicos começam a reclamar de sua gravadora e, em função dos atritos, o grupo acaba por ser dispensado. Assim sendo, o Diamond Rexx, novamente reformulado com Johnny L. Angel (guitarra), Chrissy Salem (baixo) e Tim Tully (bateria), optou pelo pequeno selo Red Light Records, especializado em rock pesado, para lançar seu segundo álbum, que viu a luz do dia somente em 1989 e foi batizado como “Rated Rexx”.
O EP “Golden Gates” (91), para não romper a tradição, contava com outros músicos, estando de volta o conhecido S.S. na guitarra e a bateria ficou aos cuidados de Bill Nychay. Infelizmente, por mais dedicado que Nasti Habits fosse, sua banda encerrou as atividades ao ser literalmente atropelada pelo sucesso comercial da onda grunge.
Mas esta onda teve vida curta e o Diamond Rexx ensaiou um retorno no começo de 2001, com Basil Cooper no baixo, gravando neste mesmo ano “Rexx Erected” através do selo Diamond. O problema é que a banda seguiu a linha de raciocínio “novo tempos, nova música” e se ferraram... O Diamond Rexx agora era uma mera sombra do poderoso Hard Rock de outrora, tendo como único elemento preservado a voz esganiçada de Nasti Habits, tão influenciada por Alice Cooper. Sua música se transformara num subproduto alternativo que tentava copiar White Zombie, Soundgarden e PANTERA, com resultados desastrosos.
“The Evil” é seu derradeiro registro, saindo em 2002 pelo selo independente Crash Music, tendo Tommy Hanus substituído o baixista Basil, e, como este álbum encontrou somente orelhas surdas, o Diamond Rexx sumiu de cena desde então. O que é uma pena, pois seus três primeiros trabalhos são muito bons e conquistaram muitos fãs por aí.

CHERRY BOMBZ
Coming Down Slow
(1987 – High Dragon)

Imagem

Imagem

Talvez alguns dos leitores desconheçam, mas no finalzinho de 1983 houve um acidente automobilístico causado pelo excesso alcoólico de Vince Neil (Mötley Crüe), fazendo como vítimas fatais Nicholas "Razzle" Dingley (baterista do Hanoi Rocks, então com apenas 24 anos, que estava com Vince), e ainda a jovem Lisa Hogan, que era a passageira de outro veículo.
Ainda que Vince ficasse de molho na cadeia por um breve período, foi o finlandês Hanoi Rocks quem acabou caindo no ostracismo. Após se recuperarem da perda de Nick, os guitarristas Nasty Suicide e Andy McCoy deram forma ao projeto Cherry Bombz, recrutando o baixista Dave Tregunna (Sham 69, Lords Of The New Church), o baterista Terry Chimes (que havia passado pelo The Clash e Generation X), além da atraente Anita Chellemah, que cantava no Toto Coelo, um grupo composto somente por meninas que eram deliciosas, mas não tocavam nada.
Curiosamente, talvez por Anita se sentir insegura ao cantar para grandes platéias, a banda passou a viver do dinheiro que arrecadava tocando incessantemente em pequenos clubes. Até mesmo quando se apresentaram pela primeira vez nos Estados Unidos – e em função da repercussão da tragédia que envolveu o Hanoi Rocks, o Cherry Bombz teve grande exposição na imprensa – receberam inúmeras propostas de gravadoras e também para tocarem em grandes espaços. Mas, por mais surreal que fosse, declinaram todos os convites, querendo distância de qualquer tipo de pressão.
Como resultado, o conjunto foi aos poucos sendo deixado de lado por todos e acabou por nunca lançar um álbum de estúdio. Seu único registro é este “Coming Down Slow”, gravado ao vivo no Marquee Club de Londres, em 1986, e liberado no ano seguinte. Destacam-se a própria faixa-título e “Pin Up Boy" e, entre as 11 canções, há quatro covers, inclusive aí um do Loverboy, "Hot Girls In Love" (imaginem Anita cantando isso...). De qualquer forma, no geral fica o sentimento de que sua vocalista não está à altura do desempenho da banda.
Talvez em estúdio o Cherry Bombz funcionasse melhor, quem sabe? Mas, se por um lado “Coming Down Slow” causa certa frustração no quesito musical, por outro, e com certeza, possui um real valor histórico para muito dos amantes do Hard Rock. O fato é que o conjunto não durou por muito mais tempo, sendo que Anita Chellemah preferiu seguir carreira na televisão, e o restante dos músicos partiu para outros projetos, sendo que em 1993 Nasty Suicide juntou-se ao ex-vocalista do Hanoi Rocks, Michael Monroe, no Demolition 23.

SLEEZE BEEZ
Screwed Blue'N Tattooed
(1990 – Atlantic Records)

Imagem

Imagem

Um bom nome do Hard Rock holandês! O Sleeze Beez começou quando Jan Koster (bateria) e Chriz van Jaarsveld (guitarra) resolveram unir forças depois de inúmeras tentativas com outros conjuntos de seu país. Esta dupla teve a capacidade de convencer uma gravadora a assinar um contrato antes mesmo de a banda estar completamente formada, ou mesmo ter músicas já compostas.
Bom, o fato é que realmente convenceram a Red Bullet Records e, tendo o Sleeze Beez já definido seu nome e com o time completo com a aquisição de Tiger (voz), Don Van Spall (guitarra) e Ed Jongsma (baixo), lançam em 1987 um primeiro disco chamado “Look Like Hell” somente em seu país. O registro começou a ser bem procurado, o que levou a major Atlantic a lhes oferecer um lucrativo contrato.
Já durante a gravação de seu próximo disco Tiger cai fora, e para seu lugar entra Andrew Elt, que fez um bom trabalho em “Screwed Blue'N Tattooed” (90), onde desenvolveram a sonoridade do AC/DC e Def Leppard em algo com algumas características próprias, tendo rockaços como "When The Brains Go To The Balls", "Damned If We Do, Damned If We Don't" e "Rock In The Western World" caindo no gosto do público.
E sua carreira deslanchou rapidamente, com o disco chegando ao posto 115 dos 200 da Billboard. Um número bastante positivo, considerando que o Sleeze Bez era praticamente um desconhecido das grandes massas. E o que parecia um futuro promissor adquiriu contornos caóticos, pois surgiram problemas com o gerenciamento dos negócios relativos ao grupo e sua gravadora. Seu próximo álbum já estava pronto para ser liberado no final de 91, mas a banda somente teve “permissão” para lançá-lo em 93.
E com “Powertool” começa o declínio da popularidade do Sleeze Bez, que desta vez chamou alguma atenção somente na Holanda mesmo... O grunge, em seu apogeu, fez com que este disco se tornasse um nada perante o público e mídia. E como a moda musical agora era outra, naturalmente foram dispensados pela Atlantic. Mesmo com a forte decepção em relação ao mundo da música, começam novamente a compor e, depois de apenas três meses, tinham um novo álbum em mãos.
Em 94 “Insanity Beach” sai de forma independente e foi o álbum mais pesado da banda. Até havia planos para uma excursão européia, mas a situação estava difícil e o Sleeze se quebra de vez, tendo fôlego apenas para liberar um ao vivo chamado “Live In Tokyo”, numa justa homenagem ao país que nunca deixou de apoiar as bandas de Hard Rock.

ASPHALT BALLET
Asphalt Ballet
(1991 – Virgin Records)

Imagem

Imagem

Formado em San Diego (CA) no final dos anos 80, o Asphalt Ballet contava com Gary Jeffries (voz), Julius Ulrich (guitarra), Danny Clarke (guitarra), Terry Phillips (baixo) e Mikki Kiner (bateria). Este pessoal tocava com freqüência nos bares e clubes de Los Angeles, até que um dos olheiros da gravadora Virgin apostou que a banda tinha, além de talento, bom potencial comercial, o que possibilitou que o conjunto debutasse com este disco auto-intitulado já em 1991.
As faixas são simples e algo cruas, com influência direta de Guns N´Roses,AEROSMITH e, principalmente, muito blues. E esta certa carência de originalidade é compensada pelo carisma exalado pela maior parte das canções, além da grande atuação de seu cantor. Mesmo apenas "Soul Survive" tendo recebido a atenção das rádios e MTV, há grandes momentos bluesy em "Blue Movie", com bom trabalho nas guitarras, "Taking A Walk" e "Goodbye Yesterday", esta última com os melhores refrões do álbum.
Mas o problema do Asphalt Ballet, assim como tantas outras bandas, foi o período em que surgiu... O cenário Hard Rock estava realmente saturado, praticamente todas as bandas querendo ser os “novos” Guns e Mötleys. E, neste esquema, até mesmo bons álbuns como este “Asphalt Ballet” passou despercebido. E, na ânsia por um maior público, lançam também neste mesmo ano o EP “Blood On The Highway”, praticamente todo ao vivo.
Mesmo com Jeffries abandonando o barco, a banda reúne forças e, agora contando com a voz de Tommy Dean, o Asphalt Ballet lança “Pigs” (93), que mostra o quinteto parecendo estar irado com sua situação, pois deixaram de lado o blues tão característico de outrora e se aproximaram bem mais do Heavy Metal propriamente dito. E tanto barulho por nada... Esta distorção adicional não alcançou também muito interesse, o que fez com que o grupo desaparecesse de vez.
Jeffries deu as caras na banda de rock sulista chamada The Regulators e depois formou o Alligator Stew, enquanto o guitarrista Ulrich e seu companheiro baterista Kiner trabalharam no 13a, cuja orientação era voltada para o Hardcore.

KILL FOR THRILLS
Dynamite From Nightmareland
(1990 – MCA Records)

Imagem

Imagem

Ok, provavelmente todos já conhecem Gilby Clarke... Sua curta estadia no Guns N´Roses e agora novamente em evidência no Supernova tornou seu nome conhecido entre os amantes do rock n´roll. Mas o início da carreira profissional deste bom músico, natural de Ohio, já data desde 1985, quando, já morando em Hollywood, lançou um único álbum com o Candy, modelando desde então seu Hard Rock despretensioso e de fácil assimilação.
Somente três anos depois Clarke aparece em outro álbum, agora liderando o Kill For Thrills que, além de Gilby na voz e guitarra, contava ainda com o baixista Todd Muscat (irmão de Brent Muscat, do Faster Pussycat) e o baterista David Scott. Inicialmente o Kill For Thrills seria um trio, mas, depois de verem o guitarrista Jason Nesmith (filho de Mike Nesmith, do The Monkees) tocando “The Rain Song”, do LED ZEPPELIN, decidiram no ato que seriam um quarteto.
Com o EP “Commercial Suicide” (88) saindo por um pequeno selo, saem tocando pela sua região até que, depois de uma apresentação na própria Hollywood, assinam com a MCA. Em 1990 o Kill For Thrills lança então seu primeiro e único álbum chamado “Dynamite From Nightmareland”. Assim como o citado EP, o álbum se mostrou um disco de rock n´roll bem mais honesto do que muitas das outras bandas de sua nova gravadora.
Longe de soarem agressivos e com boa influência dos anos 70, havia faixas bem agradáveis como “Motorcycle Cowboys”, o ritmo pesado de "Something For The Suffering", ou os refrões bem sacados de "Brother's Eyes", que atraíram muito interesse, mesmo no competido mercado da época. E entre estes interessados também estava Axl Rose, pois logo a seguir Gilby Clarke estava assumindo o posto de Izzy Stradlin na segunda guitarra no Guns n´Roses.
Após a vida curta do Kill For Thrills, Todd Muscat se mandou para o conturbado Junkyard, enquanto Jason Nesmith está numa discreta, porém respeitada carreira-solo. O final da história de Gilby foi feliz, pois foi dispensado rapidamente do pretensioso Guns e seguiu tocando com SLASH no Slash’s Snakepit. Tem ainda uma considerável discografia-solo, e também dividiu os créditos com Tracii Guns (guitarra, L.A. Guns) e Slim Jim Phantom (bateria, Stray Cats) e Teddy Andreadis (teclados) no projeto Col. Parker no CD “Rock n´Roll Music” (01).
Mesmo sem muito sucesso, os álbuns em que Gilby Clark tocou mostram seu amor pela música. Ou quase, pois não se pode dizer com certeza que o tal Supernova possa ser movido unicamente pelo “amor à música”...

VANDENBERG
Vandenberg
(1982 – ATCO Records)

Imagem

Imagem

Natural da Holanda, Adrian Vandenberg, apesar de meio sumido, tem muitos e saudosos fãs espalhados pelo mundo. Sua primeira banda data de 1976, chamou-se Teaser e liberou apenas um registro em 1978, onde, apesar de ser comparada com o Bad Company, Adrian e seu talento com a guitarra despertaram as atenções da crítica especializada.
Até 1981, o guitarrista se virou como pôde para garantir seu sustento. Foi florista, auxiliar de lavanderia e aprendiz de técnico de som num estúdio holandês. Ainda nesta fase de vacas magras, acabou por fazer um teste para substituir Micky Moody no WHITESNAKE, mas, dizem as más línguas que Coverdale o recusou porque este não conseguia parar de fazer caretas enquanto tocava, e a vaga foi assumida por John Sykes.
Assim sendo, Adrian resolveu reativar o Teaser, mas contando com os novos músicos Bert Heerink (voz), Dick Kemper (baixo) e Joe Zoomer (bateria). Com uma fita-demo em mãos, acabam por rebatizar a banda com o próprio sobrenome do guitarrista, Vandenberg. Bem empresariados por Kess Baars, em 82 assinam com a ATCO Records e liberam seu primeiro álbum auto-intitulado que, mesmo estando longe de ser revolucionário, caiu nas graças de uma crítica especializada que não parava de elogiar o virtuosismo de seu guitarrista.
O álbum tinha ótimas melodias e muito peso em faixas como "Your Love Is In Vain" e "Nothing To Lose", mas foi "Burning Heart" teve a honra de ficar entre as 40 melhores canções das paradas de sucesso dos Estados Unidos, e o Vandenberg parte abrindo as apresentações de OZZY OSBOURNE e MSG. Curiosamente, David Coverdale parece ter se esquecido que Adrian fazia caretas enquanto tocava, pois o convida para ser o novo guitarrista do Whitesnake. Naturalmente o convite foi recusado, afinal, o Vandenberg estava indo muito bem logo no seu primeiro disco.
Seu próximo álbum, “Heading For A Storm”, sai no ano seguinte. Embora muitos o considerem ainda superior ao seu antecessor, o sucesso de Vandenberg começa a diminuir vertiginosamente. Seu vocalista Heerink se mostra muito decepcionado com as baixas vendas, o suficiente para abandonar seu posto logo após outra excursão com Ozzy.
A situação, que já estava difícil, consegue piorar ainda mais com a entrada de Peter Struj e o lançamento de “Alibi" (85). Buscando desesperadamente acesso ao forte mercado dos EUA, Vandenberg muda em muito sua sonoridade, perdendo os fãs que admiravam sua antiga música e, o pior, sendo devidamente ignorado pelo resto do mundo. “Alibi" acabou por ser o ponto-final na carreira desta boa banda e o resultado é que, em geral, Vandenberg se tornou um conjunto pouco lembrado pelos amantes de Hard Rock.
Coverdale, vendo que Adrian agora estava em baixa, novamente reforça o convite para incluí-lo noWHITESNAKE. E enfim Adrian Vandenberg se junta ao grupo, dividindo as guitarras com Steve Vai em “Slip Of The Tongue” (89), participando ainda em “Restless Heart” (97) e “Starkers In Tokyo” (97).

Nenhum comentário:

Postar um comentário