O músico, radialista e ex-VJ KID VINIL, escreveu nova matéria em sua coluna no Yahoo!. Confira abaixo alguns trechos.
Este ano não teve disco novo de Bob Dylan com canções inéditas, mas, para compensar esta lacuna, sua gravadora – a Sony Music americana – resolveu colocar no mercado algumas preciosidades de seu catálogo em nova embalagem. A primeira delas é uma caixa chamada “The Mono Box”, contendo os oito primeiros discos da carreira de Dylan em sua forma original de gravações monaurais.
Daí, muitos vão perguntar: “pra que lançar novamente em mono?”. É simples, no início dos anos 60, a gravação monaural era tudo que os artistas tinham de recurso sonoro. Os discos foram concebidos em mono e a intenção desses projetos e de artistas como Dylan eram que sua obra naquele momento soasse dessa maneira, pois era o único recurso existente até então. Com o surgimento do sistema estereofônico ainda na década de 60, muitos discos foram remixados para estéreo.
No caso de Bob Dylan, esses primeiros álbuns soavam muito estranho para quem estava acostumado com eles em mono. O álbum “Blonde On Blonde”, de 1966, é um bom exemplo disso. A tentativa de transformá-lo em estéreo foi quase um desastre, segundo alguns fãs. “Blonde On Blonde” tem uma certa mágica em suas mixagens em mono e perdeu tudo isso quando transformado.
Há alguns anos, o selo americano Sundazed lançou esses primeiros álbuns de Bob Dylan em vinil no formato mono. Agora, finalmente a Sony lança essa versão em CD numa belíssima caixa, cujas capinhas de cada disco imitam a arte original dos LPs. Além disso, um livreto ilustrado e repleto de informações acompanha a caixa. Para muitos isso talvez não signifique nada, tanto faz ouvir Bob Dylan em mono ou estéreo, mas para aqueles fãs mais exigentes como eu, isso acaba se tornando um item indispensável na minha coleção de Bob Dylan.
Confira a matéria na íntegra no link abaixo.
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