Em entrevista a revista australina "Loud" o guitarrista do DIMMU BORGIR Silenoz (nome verdadeiro: Sven Atle Kopperud) falou sobre o novo álbum "Abrahadabra", sobre a evolução do som da banda desde o início da década de 90, a respeito da turnê que fizeram com o KORN e revela: "o termo black metal nunca teve importância para banda"
Alguns trechos da conversa seguem abaixo.
“É um passo adiante com certeza. Talvez um pulo. Eu consideraria este nosso álbum mais completo até agora. De novo incorporamos uma orquestra inteira, e um coral pela primeira vez também, então eu acho que a combinação desses elementos vem melhor agora do que no passado. ‘Death Cult Armageddon’ tinha muita orquestra também, mas eu acho que neste momento ele [Abrahadabra] tem mais impacto e eu acho que ele soa maior do que antes. Nós mantivemos os elementos que conhecemos, é claro, mas também mudamos um pouco.”
“Para cada álbum nós fazemos alguma coisa nova. Eu acho que foi um álbum muito mais suave dessa vez, mas ao mesmo tempo mais trabalhoso. Não o consideraria como um trabalho árduo, mas muito mais trabalhoso, claro. Prestamos atenção nos pequenos detalhes e em todas as coisas que negligenciamos no passado. O álbum anterior foi direto e espontâneo, mas desta vez incorporamos a ideia que era soar grande desde o início. Então começamos pensando de forma primitiva quando colocamos as músicas juntas. Então prestamos muito mais atenção para a dinâmica e o fluir das canções”
Sobre a evolução do som do DIMMU BORGIR do primitivo black metal melódico do início da década de 90 para o sofisticado e bombástico metal sinfônico de agora.
“Algumas vezes como músico você fica impaciente e quer resultados de imediato. Mas é importante pensar mais adiante do que apenas três meses. Agora é muito difícil nesse ramo pensar em três meses pra frente pois tem muito o que pode acontecer em pouco tempo, mas sempre fomos uma banda que fez apostas. Se você não aposta, você certamente não ganhará. Tivemos alguns desafios e algumas oportunidades no nosso caminho e levamos em consideração. Mas nunca fomos tão relutantes em fazer alguma coisas que muitos dos nossos contemporâneos do assim chamado black metal fizeram, e ainda fazem. Eles estão tão apavorados de sair dos limites e ‘Oh, o que será que as pessoas dirão se fizermos isso ou aquilo, vamos continuar com a fórmula... blah, blah, blah’. A única fórmula que temos é formular coisa alguma! Acho que isto é o que nos separa de outras tantas bandas. Trabalhamos pesado, e o que vemos maiores resultados também. E isto de certeza é uma combinação de [estar] lugar certo e na hora certa. Com certeza estivemos no lugar errado e na hora errada tantas vezes.”
O quão relevante é o termo black metal para o DIMMU BORGIR
“Eu realmente acho que nunca teve [relevância alguma], também. Nesse momento em nossa carreira não damos atenção alguma a isso. Sabemos de onde viemos, mas ao mesmo tempo tomamos algumas medidas adicionais. Bandas do mesmo gênero estão estagnadas ou por que não podem ir mais longe ou por que querem permanecer lá. Sempre seguimos adiante: completamente, totalmente, sempre adiante.”
Sobre a turnê com o KORN:
“Houve algumas respostas estranhas [dos fãs], e isto era esperado. Para alguns fãs pode ser algo muito arriscado e dramático, mas não pra nós. Sempre estivemos desafiando a nós mesmo e indiretamente os fãs. Não é a primeira vez que fomos convidados para banda de apoio do KORN, e dessa vez o ‘timming’ estava ok e não há restrições na música, no palco ou alguma coisa do tipo. Se não havia, nós o faríamos [tocar com o KORN]. Sentimos tanto prazer e divertimento em tocar em frente de seus dedicados fãs. Nós como artistas também queremos diversificar. De novo, é algo que não vemos drama. Pois desde 96-97 nós tocamos nesses diferentes festivais alternativos por todos os lugares, onde num dia você toca com o FAITHLESS e no outro dia você toca com a p**** do MEAT LOAF. Para nós não é nada novo, mas posso entender que para os fãs de 15... 16 anos pode ser algo não ‘true’ ou o que quer que seja. Você sempre tem uma porcentagem da base dos fãs que são muito conservadores... eles se atêm a algo. Mas a maioria dos fãs do KORN e do DIMMU BORGIR são mentes abertas o bastante para deixarem algumas impressões afundarem outras. É tudo sobre compartilharmos nossa música com quantas pessoas for possível. Pregando aos convertidos o tempo todo não vai fazer diferença!”
Leia a entrevista na íntegra (em inglês) no site do Loud:
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