11 de julho de 2010

Discos Marcantes do Pink Floyd II





(The) Dark Side of the Moon (ou pela abreviatura DSotM; O "The" inicial é incluído em algumas versões do título) é um álbum conceptual de 1973 dos Pink Floyd, que fala sobre as pressões da vida, como tempo, dinheiro, guerra, loucura  e morte. Este álbum está na lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.

É considerado por muitos críticos e fãs dos Pink Floyd como sendo a obra prima da banda, ultrapassando mesmo The Wall. O álbum foi um marco do rock progressivo com músicas que eram bem aceitas pelas rádios comerciais para execução, tais como "Money", "Time", e "Us and them". O álbum é uma ponte entre o blues rock clássico e a nova (na época) música electrónica. No entanto são os tons mais suaves e as nuances líricas e musicais que fazem com que este álbum seja uma obra à parte.

The Dark Side of the Moon é o terceiro álbum mais vendido de todos os tempos no mundo inteiro. ]Atingiu o primeiro lugar no Billboard 200 e também no Billboard Pop Catalog Chart, tendo o híbrido SACD editado em 2003 atingido o mesmo feito.

Álbum de estúdio por Pink Floyd
Lançado em     Março de 1973
Gravado em     Junho de 1972 a Janeiro de 1973
Gênero(s)     Rock progressivo
Duração     43 min 00 s
Gravadora(s)     Harvest Records (UK) Capitol Records (US)
Produção     Pink Floyd

História

Estima-se que 1 em cada 14 pessoas com menos de 50 anos, nos EUA tenha uma cópia deste álbum.

O tema de Dark Side of the Moon terá sido em parte precipitado pela saída de Syd Barrett um dos membros fundadores dos Pink Floyd.

O álbum contém alguns dos mais complicados usos dos instrumentos e efeitos sonoros existentes à época, incluindo o som de alguém correndo à volta de um microfone e a gravação de múltiplos relógios a tocar ao mesmo tempo. Uma versão quadrifónica, foi também editada com novas misturas. Durante as gravações os Pink Floyd desenvolveram novos efeitos tais como gravações em duas pistas das vozes e guitarras (permitindo a David Gilmour harmonizar consigo próprio impecavelmente), vozes dobradas e efeitos estranhos com ecos e separação dos sons entre os canais. Até hoje, Dark Side of the Moon é uma referência para os audiófilos que o usam para testar a fidelidade dos equipamentos de áudio.

Outra característica do álbum são os trechos de diálogos entre as faixas. O Pink Floyd entrevistou várias pessoas, perguntando-lhes coisas relacionadas com os temas centrais do álbum, como a violência e a morte. O roadie "Roger The Hat" aparece em mais que uma ("giv'em a quick, short, sharp, shock…", "live for today, gone tomorrow, that's me…"). A frase no fim do álbum "there is no dark side of the moon really… matter of fact it is all dark" é do porteiro do estúdio Abbey Road, o irlandês Jerry Driscoll. Paul McCartney foi também entrevistado mas as suas respostas foram consideradas demasiadamente cautelosas para serem incluídas

Dark Side of the Moon é o álbum que ficou por mais tempo na Billboard 200, tendo permanecido 741 semanas consecutivas, pouco mais de 14 anos.O álbum chegou a Nº 1 nos EUA, Bélgica e França, até em 2002, 30 anos após o seu lançamento, foram vendidas nos EUA mais de 400.000 cópias, fazendo do álbum o 200º mais vendido desse ano. [carece de fontes?]Em 2003 mais de 800.000 cópias do híbrido SACD de Dark Side of the Moon foram vendidas apenas nos EUA."Time", "Money", e "Us and them" foram bastante tocadas nas rádios (sendo o single "Money" um sucesso de vendas também).

Dark Side of the Moon foi editado em "Super Audio Compact Disc" (SACD), com uma mistura de som surround 5.1 DSD a partir das fitas de estúdio de 16 faixas, por ocasião do 30º aniversário do seu lançamento. Tornou-se algo surpreendente o facto de James Guthrie ter sido chamado para fazer a mistura do SACD em vez de Alan Parsons, engenheiro do LP original. Esta edição do 30º aniversário ganhou 4 prémios do "Surround Music Awards" de 2003.

Relação com o filme "O mágico de Oz"

Quando o álbum é tocado simultaneamente com o filme de 1939 The Wizard of Oz (O Mágico de Oz, no Brasil, O Feiticeiro de Oz, em Portugal) ocorrem algumas correspondências entre o filme e o álbum. [1]. Alguns momentos que indicam isso são:

    * Quando Dorothy está na fazenda e ela olha para o alto, no audio surge barulho de avião.
    * O som da caixa registradora no princípio de “Money” (dinheiro) aparece exatamente quando Dorothy pisa pela primeira vez a estrada dos tijolos amarelos; que é também o momento em que o filme passa de preto e branco para cores. Outra referência é a aparição da fada dourada;
    * No momento em que a bruxa do Oeste aparece, é tocada a palavra "black" (preto);
    * A cena em que Dorothy encontra o espantalho (personagem que alegava não ter cérebro) é acompanhada pela música "Brain Damage" (dano cerebral), e quando a letra da música começa a tocar: "the lunatic is in my head…" (o lunático está na minha cabeça), o espantalho inicia a dançar freneticamente como um lunático;
    * O bater de coração no fim do álbum ocorre quando Dorothy tenta ouvir o coração do homem de lata;
    * No momento em que a bruxa do oeste lança uma bola de fogo contra Dorothy e seus companheiros, a música grita "run!" (corra);
    * No momento que Dorothy encontra Oz, entra a música "Us and Them", soando Us como Oz bem quando aparece a 1a imagem de Oz;
    * Várias frases das letras contidas nas músicas coincidem com os mesmos atos sendo executados pelos atores no mesmo momento;
    * A duração da maioria das músicas coincide precisamente com a duração das cenas no filme.

A banda insiste que isso são puras coincidências. Quando este facto começou a vir a público em 1997, despoletou um enorme interesse neste fenómeno. Uma pequena comunidade espalhou-se à volta de vários 'sites' [2] para explorar melhor esta ideia. Quer as correspondências sejam verdadeiras ou imaginadas, alguns fãs do álbum gostam de ver "Dark side of the rainbow", como é chamada muitas vezes esta combinação. A sincronização é conseguida fazendo pausa (de preferência a versão em CD) mesmo no principio e parando a pausa quando o leão da MGM ruge pela terceira vez.

Os membros dos Pink Floyd desmentem qualquer relação entre o álbum e o filme num MTV especial sobre o grupo em 2002. Eles afirmam que não poderia esta relação ser planeada por não poderem reproduzir o filme no estúdio, visto na altura não existirem ainda os videogravadores.

Faixas

 LP original de 1973

 Lado A

   1. "Speak to Me/Breathe" (Nick Mason, David Gilmour, Roger Waters, Rick Wright) - 3:59
   2. "On the Run" (Gilmour, Waters) - 3:35
   3. "Time/Breathe (Reprise)" (Gilmour, Waters, Wright, Mason) - 7:04
   4. "The Great Gig in the Sky" (Wright, Torry) - 4:48 (originalmente somente por Wright. Cedida parte da autoria a Clare Torry depois da mesma ter exigido parte dos direitos de autor por ter improvisado por cima do famoso instrumental)

 Lado B

   1. "Money" (Waters) - 6:24
   2. "Us and Them" (Wright, Waters) - 7:49
   3. "Any Colour You Like" (Gilmour, Wright, Mason) - 3:26
   4. "Brain Damage" (Waters) - 3:50
   5. "Eclipse" (Waters) - 2:04

 Shine On (Box Set), reedição do 20º e 30º aniversário

   1. "Speak to Me" (Nick Mason) – 1:13
          * Instrumental
   2. "Breathe" (David Gilmour, Roger Waters, Rick Wright) – 2:46
          * Vocais: David Gilmour
   3. "On the Run" (Gilmour, Waters) – 3:35
          * Instrumental
   4. "Time/Breathe (Reprise)" (Gilmour, Mason, Waters, Wright) – 7:04
          * Vocais: David Gilmour e Rick Wright
   5. "The Great Gig in the Sky" (Wright, Clare Torry) – 4:48
          * Vocais: Torry
   6. "Money" (Waters) – 6:24
          * Vocais: David Gilmour
   7. "Us and Them" (Waters, Wright) – 7:49
          * Vocais: David Gilmour e Rick Wright
   8. "Any Colour You Like" (Gilmour, Mason, Wright) – 3:26
          * Instrumental
   9. "Brain Damage" (Waters) – 3:50
          * Vocais: Roger Waters
  10. "Eclipse" (Waters) – 2:04
          * Vocais: David Gilmour e Roger Waters


 Créditos

 Banda

    * Roger Waters - baixo, guitarra, teclas, vocal, sintetizador VCS 3, efeitos gravados
    * Nick Mason - percussão, bateria, efeitos gravados
    * Richard Wright - teclas, vocal, sintetizador VCS 3
    * David Gilmour - guitarra, teclas, vocal, sintetizador VCS 3

Participações

    * Dick Parry - saxofone
    * Lesley Duncan - vocal de apoio
    * Doris Troy - vocal de apoio
    * Barry St. John - vocal de apoio
    * Liza Strike - vocal de apoio
    * Clare Torry - vocal em "The Great Gig in the Sky"

Técnicos de Produção

    * Pink Floyd - produtor
    * Peter James - assistente de engenheiro de som
    * Chris Thomas - mixagem
    * Alan Parsons - engenheiro de som

 Equipe de Produção Artística

    * Hipgnosis - design, fotografia
    * Storm Thorgerson - design das edições de 20º e 30º aniversário
    * George Hardie - ilustrações, sleeve art
    * Jill Furmanosky - fotografia
    * David Sinclair - texto no relançamento do CD


Citações

    Está bem equilibrado e bem construído, dinâmica e musicalmente e eu acho que o humanismo apresentado é bastante apelativo. É satisfatório. Penso também que é o primeiro álbum deste género. As pessoas citam muitas vezes S.F. Sorrow, do The Pretty Things, de serem de um molde similar - foram feitos no mesmo estúdio e sensivelmente na mesma altura - mas eu penso que terá sido provavelmente o primeiro completamente coerente que foi feito. Um álbum conceitual, amigo! Sempre pensei que teria um êxito extraordinário. Tive o mesmo pressentimento em relação a The Wall. [...] mas claro, "Dark Side of the Moon" acabou com os Pink Floyd de uma vez por todas. Ter tanto sucesso é o objectivo de qualquer grupo e quando o atingimos, é o fim. No meu ponto de vista, eu acho que os Pink Floyd acabaram há tanto tempo como isso.    

— Roger Waters - Junho de 1987, com Chris Salewicz

Este disco era uma expressão de empatia política, filosófica e humanitária que estava louca pra sair.    

— ' Roger Waters

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