4 de junho de 2011

Deicide: entrevista com o baterista Steve Asheim


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O recém lançado “To Hell with God”, do DEICIDE, os trouxe de volta ao topo do death metal mundial (ler resenha do álbum emhttp://somextremo.blogspot.com/2011/05/deicide-to-hell-with-god.html  ). O disco tem repercutido muito bem entre a mídia especializada, que por vezes declarou o trabalho como sendo um dos melhores da carreira do grupo.
Nesse clima, o blog Som Extremo entrevistou por e-mail o baterista do grupo, STEVE ASHEIM, um dos caras mais simpáticos da cena death metal. Os outros integrantes do DEICIDE são os guitarristas Ralph Santolla (que também toca no Obituary) e Jack Owen (ex-Cannibal Corpse), além do lendário baixista/vocalista Glen Benton.
Deve-se lembrar que a entrevista não seria possível sem o intermédio da Shinigami Records (www.shinigamirecords.com.br  - @shinigamirec), que colaborou de forma extraordinária para tal feito. Sinceros agradecimentos à Shinigami, e também ao grande amigo Ian Rittmeister Mazzeu (@nham), que ajudou e muito em alguns momentos das correções textuais do inglês. Sem mais delongas, a entrevista exclusiva com ASHEIM.
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Som Extremo: Olá, STEVE. O DEICIDE está mais forte do que nunca. Qual foi a verdadeira inspiração que tiveram para fazer o grande “To Hell with God”?
STEVE ASHEIM: Obrigado pelo cumprimento. Bem, sentimos como se estivéssemos mais afiados nesse momento, como se realmente “mandássemos brasa” por aí. Não sei. Acho que a inspiração vem apenas no fazer um bom trabalho e gravar coisas realmente pesadas. É algo que ainda adoramos fazer, pelo menos fizemos esse ano. Eu sei que fiz. Sim, a inspiração é apenas tocar pesado pra caralho.
Som Extremo: O álbum está mais melódico. É influência de Ralph Santolla apenas?
ASHEIM: Acho que Ralph já é melódico por natureza. Entretanto, se você escutasse a gravação sem os solos, não acho que soaria tão melódico. É claro que contamos com Ralphy para trazer alguma coisa melódica de qualidade ao projeto. É sua maldição. Mas acho que ele equilibra as dissonâncias do material com partes melódicas aqui e ali, como um pintor que usa luz e sombra para contrapor um ao outro. A cada acentuação de um, o outro se torna mais ou menos relevante em determinada situação.
Som Extremo: O DEICIDE (quase) alcançou a perfeição com “To Hell with God”. Concorda com isso?
ASHEIM: Puxa, muito obrigado. Não me lembro de quando um entrevistador foi tão legal. Sim, foi uma ótima gravação, direi, mas “quase perfeito”? Bem, apenas vou em frente e concordo com você nisso. Ha! Entretanto apenas tentamos nos livrar das coisas que não precisávamos e enfatizar o que gostaríamos que se mantivesse. Uma vez que você corta a gordura, fica com a carne pura e as batatas. Droga, agora estou com fome.
Som Extremo: Quando o DEICIDE voltará ao Brasil?
ASHEIM: Estamos tentando ver se voltamos no final do ano. É realmente ótimo tocar aí, onde o metal parece uma paixão nacional, como o futebol. Isso me lembrou que também tenho que voltar aí logo. Tenho várias jovens esposas espalhadas pelo país, e preciso saber como estão, ter certeza de que todas as crianças estão bem.
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Som Extremo: O que mudou na cabeça dos membros do DEICIDE desde o começo da banda?
ASHEIM: Acho que aprendemos a não esperar muito mais do que já temos. Você sabe, as coisas são difíceis, ou talvez seja apenas nós, mas não criamos expectativas sobre as coisas. Tento não me preocupar com isso.
SomExtremo: Qual a sua opinião sobre o cristianismo e religiões em geral?
ASHEIM: Tento não me envolver pessoalmente nessas questões. Não preciso disso, não presto atenção, não peço por nada. Acho que outras pessoas (que acreditam em religiões) poderiam fazer o bem sem isso, ao menos a bondade que já fazem com suas crenças. Parece que a maioria das pessoas apenas precisa crer em alguma coisa. Elas deveriam somente acreditar em si mesmas. Então o que sei é que não ouviria conselhos de mim mesmo para a vida.
Som Extremo: O que pensa sobre a atual cena de metal extremo? Que bandas recomenda?
ASHEIM: Acabamos de terminar a turnê americana com algumas bandas canadenses que são muito boas. Elas são bem pesadas. Destaco Neuraxis e Pathology, cujos integrantes são caras muito legais e tocam realmente pesado.
Som Extremo: Quais bateristas inspiram você?
ASHEIM: Eu poderia citar uma lista de bateristas, mas falarei de um que me inspirou e ainda inspira: Buddy Rich. Ele dominava quando jovem e se aperfeiçoou cada vez mais com o tempo. Ele destruía aos 60 anos, mas acho que foi surpreendido por um ataque cardíaco. Ele tentou continuar, mas não era tão bom quanto antes. Estava assistindo alguns de seus antigos vídeos com um amigo também chamado Buddy e estávamos pirando. Eu piro toda vez que o assisto. Há muitos grandes bateristas hoje, mas nunca haverá ninguém como Buddy Rich.
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Som Extremo: Muito obrigado pela entrevista. Últimas palavras, por favor.
ASHEIM: Obrigado pelo apoio e espero ver vocês aí logo!
Para finalizar, 3 vídeos de STEVE ASHEIM em ação. Mais nada a dizer, as imagens falam por si.
Matéria original: Som Extremo

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