Outra coisa que salta aos olhos é o esforço que Aquiles fez praticando as músicas do DT. Isso conta pontos a favor no começo, com comentários deles elogiando o treino do profissional. No entanto, no final da performance de "Dance of Eternity", Aquiles Priester erra o tempo na bateria. Um descuido comum? Sem dúvida. Mas pode ter sido um problema justamente do excesso do treino e da tensão.
Mike Portnoy era um baterista tão preciso e rápido quanto Aquiles, mas sabia flexibilizar seu modo de guiar as baquetas, tornando-se um instrumentista eclético. Priester, pelo contrário, só tocou em bandas com similaridades com o Angra. Nunca se aventurou em um cover de Beatles bem feito. Nunca fez uma música mais psicodélica, como o Transatlantic.
Por fim, faltou espontaneidade na improvisação de Aquiles Priester. O exercício que Jordan Rudess doDream Theater fez foi pontual: absorver uma melodia e devolver um ritmo agradável o mais rápido possível. Aquiles não deu uma resposta compatível durante a jam entre os instrumentos.
É muito triste saber que nosso baterista brasileiro não passou no teste do DT? É. Mas ainda não temos um batera com o nível de complexidade de Mike Portnoy conhecido no país. Aliás, há poucos músicos assim no mundo. Aquiles se equipara ao rival Ricardo Confessori, que está agora no Angra, e ao seu discípulo Eloy Casagrande, que toca com André Matos.
Ainda falta muito conhecimento para o baterista ao longo de sua carreira. E a velhice pode trazer um Aquiles diferente do que sabemos hoje em dia. É para esperar.
Assista aqui o vídeo até o tempo 4min25segs.
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