27 de abril de 2011

Iron Maiden: Relato de Recife de fã que acompanhou a banda

O voo de Belém a Recife foi provavelmente o mais puxado de todos, até porque houve escalas em São Luís (Maranhão) e Fortaleza (Ceará). O trecho Belém-São Luís transportou muitos fãs que haviam se deslocado a Belém para acompanhar o Iron Maiden. A partir de então, a cada parada, a aeronave recebia mais e mais fãs que se propunham a acompanhar o show em Recife. O chato das escalas é não poder descer da aeronave pra fumar. Claro que preferíamos voo direto, mas não tinha nenhum. Por isso, o Iron Maiden estava muito à nossa frente.


Ao desembarcar, e finalmente acender um cigarro, encontrei a Jana, uma amiga de São Paulo que foi assistir ao show. Tomamos um taxi e seguimos para o hotel. Sem sinais do Iron Maiden, resolvemos caminhar um pouco na orla e comer alguma coisa em um dos quiosques ali instalados. Também demos risada do papel higiênico do hotel, que fora moldado cuidadosamente em forma de rosas. Era uma frescura que não dava pra entender, e ficamos ali, eu e o Humberto, com cara de "what the fuck?!", fotografando para garantir mais risadas daqui a 20 anos, quando recordarmos a turnê que fizemos em 2011. Mas nem demorou muito e fomos dormir.
Ao acordar, Humberto já tinha descido e se encontrado com o Bruno e a Jana. Eu fui tomar café e encontrei Luís e Filipe, dois fãs que participaram do Bruce Air 2010, conversando animadamente com Todd. O inglês deles é perfeito e foi uma conversa bem interessante. Todd disse que ainda não compreendia bem porque as pessoas queriam tirar fotos com ele, já que ele "não é ninguém". Para nós, ele é tão Iron Maiden  quanto o Steve Harris. Imagine os seis, que estão no palco, sem o suporte de toda a equipe de 70 pessoas que os acompanha. Todas elas são importantes, tem o seu papel e fazem parte daquilo tanto quanto a banda propriamente dita. Como seria o show do Iron Maiden sem alguém para controlar as luzes, as explosões, a entrada do Eddie?! Sem ninguém para trocar os panos de fundo?! Sem ninguém para planejar aquelas turnês gigantescas?! Se eu, fazendo uma turnê curtinha, já estava ficando doido, imagino eles sem Steve Gadd e Ian Day... Até mesmo sem o Todd para produzir material publicável no site... Enfim, aproveitei a oportunidade para também tirar uma foto com ele que, mais tarde, escreveu um pouco sobre esse encontro em seu diário no site oficial da banda: "Na manhã seguinte desci para tomar café e não conseguia encontrar um lugar para sentar, então um par de membros do fã clube do Iron Maiden gentilmente convidou-me para sentar com eles. Eram caras muito legais que nos acompanharam pelo Brasil inteiro".
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Ainda sem sinal da banda propriamente dita, resolvemos aproveitar um pouco da praia. Afinal, bastava atravessar a avenida. Estava calor em todas as cidades, mas em Recife estava especialmente quente. Foi assim que nós, fãs, desperdiçamos nossa manhã. Chato, né?! A tarde descobrimos que há uma piscina ao ar livre no terraço do hotel, e fomos conhecê-la. Soubemos que o Adrian estivera lá há pouco tempo, e resolvemos ficar para ver se mais alguém aparecia. Janick apareceu sem ser incomodado. Exceto a Jana, todos já tínhamos foto com ele este ano. Passou a tarde toda relaxando e tirando fotos de tudo. Somente se retirou quando anoiteceu, e neste momento Jana o abordou e conseguiu sua foto. Adrian voltou e passou ao menos uma hora exercitando-se na academia próxima à piscina. Também não o incomodamos quando saiu, nem ao menos Jana, provavelmente intimidada pelos dois seguranças que o acompanhavam.
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Partimos para o show, que certamente foi o melhor no Brasil - opinião compartilhada por Ricardo, que também acompanhou o IRON MAIDEN em todo o território nacional. A galera estava surpreendentemente quente, cantou todas as músicas do começo ao fim, inclusive as mais novas. Naquele dia tudo deu certo - ou quase, porque na pista VIP, bateram a carteira do Humberto. Que beleza! Dois de meus companheiros de turnê estavam sem carteira agora. Ao menos, Humberto foi esperto o bastante para não levar ao show o cartão de crédito com que pagaria o hotel - senão sobraria pra mim. Ok, se fosse o caso acertaríamos depois, mas que situação chata que seria... Outro ponto negativo foram os cambistas tentando vender ingressos "meia" como se fosse "inteira" - quem comprasse e não estivesse com a carteirinha certamente não conseguiria entrar, pois estavam conferindo. E, quem compra "inteira", não tem carteirinha nenhuma. A Jana quase caiu nessa...
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Quando Bruce começou a apresentar a banda na "Running Free", eu e Jana saímos de lá. Tomamos um taxi rapidamente e partimos para o hotel. De repente, barulho de sirenes, e a comitiva do Iron Maiden, formada por vários batedores de polícia e três vans com a banda, passou por nós. O motorista percebeu que começamos a fotografar e perguntou "quer que eu cole neles?". Mas é claro que sim! E assim fomos, do show ao hotel, colados às vans do Iron Maiden. Não dava pra ver nada, exceto Jana mandando beijinhos para Steve Gadd, que retribuía, e a cara de bunda de Ian Day, que olhava pra gente como se dissesse "eu não acredito que eles estão aqui novamente!". Chegamos ao hotel e a banda entrou pela porta da frente. Fomos atrás e um segurança bem que tentou nos barrar, mas exibi o cartão do hotel e disse "estou hospedado", então desistiu de nos incomodar. Ainda conseguimos ver toda a banda entrar no elevador e subir.
O horário de funcionamento normal da piscina é até às 23:00 hs, e já se passava disso quando soubemos que o Iron Maiden conseguira uma autorização especial da diretoria para fecha-la apenas para a banda e a equipe. Alguns fãs bem que tentaram subir, mas eram barrados pela segurança, que estava posicionada no único acesso. Eu penso que se os caras fecharam é porque não nos querem lá, e isso deve ser respeitado. Então, aproveitamos o fim da noite para conversar com outros fãs e hóspedes que estavam na recepção.
Na manhã seguinte, ao fazermos o check-out, percebemos que a saída da banda aconteceria a qualquer momento, pois toda a equipe já estava de partida também. Entretanto, nós teríamos que fazer o check-in no aeroporto para despachar as malas, e eles não - basta entrar pela pista e embarcar no Ed Force One. Esperamos até o último momento, mas não deu para esperar mais. Tomamos um taxi que nos deixou no aeroporto, onde pudemos ver novamente o Ed Force One e tirar mais algumas fotos dele. A fila do check-in estava lenta e ainda restavam muitas pessoas na minha frente, quando funcionários da Gol resolveram atender com prioridade aqueles que seguiriam para Curitiba, pois o horário de embarque estava extremamente próximo. Mais tarde soubemos que a banda saiu assim que partimos, e todos os fãs que ainda estavam lá foram atendidos por todos. Antes de embarcar na aeronave, ainda conseguimos ver da sala de embarque a decolagem do Ed Force One.
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