O voo de Belém a Recife foi provavelmente o mais puxado de todos, até porque houve escalas em São Luís (Maranhão) e Fortaleza (Ceará). O trecho Belém-São Luís transportou muitos fãs que haviam se deslocado a Belém para acompanhar o Iron Maiden. A partir de então, a cada parada, a aeronave recebia mais e mais fãs que se propunham a acompanhar o show em Recife. O chato das escalas é não poder descer da aeronave pra fumar. Claro que preferíamos voo direto, mas não tinha nenhum. Por isso, o Iron Maiden estava muito à nossa frente.
Ainda sem sinal da banda propriamente dita, resolvemos aproveitar um pouco da praia. Afinal, bastava atravessar a avenida. Estava calor em todas as cidades, mas em Recife estava especialmente quente. Foi assim que nós, fãs, desperdiçamos nossa manhã. Chato, né?! A tarde descobrimos que há uma piscina ao ar livre no terraço do hotel, e fomos conhecê-la. Soubemos que o Adrian estivera lá há pouco tempo, e resolvemos ficar para ver se mais alguém aparecia. Janick apareceu sem ser incomodado. Exceto a Jana, todos já tínhamos foto com ele este ano. Passou a tarde toda relaxando e tirando fotos de tudo. Somente se retirou quando anoiteceu, e neste momento Jana o abordou e conseguiu sua foto. Adrian voltou e passou ao menos uma hora exercitando-se na academia próxima à piscina. Também não o incomodamos quando saiu, nem ao menos Jana, provavelmente intimidada pelos dois seguranças que o acompanhavam.
Partimos para o show, que certamente foi o melhor no Brasil - opinião compartilhada por Ricardo, que também acompanhou o IRON MAIDEN em todo o território nacional. A galera estava surpreendentemente quente, cantou todas as músicas do começo ao fim, inclusive as mais novas. Naquele dia tudo deu certo - ou quase, porque na pista VIP, bateram a carteira do Humberto. Que beleza! Dois de meus companheiros de turnê estavam sem carteira agora. Ao menos, Humberto foi esperto o bastante para não levar ao show o cartão de crédito com que pagaria o hotel - senão sobraria pra mim. Ok, se fosse o caso acertaríamos depois, mas que situação chata que seria... Outro ponto negativo foram os cambistas tentando vender ingressos "meia" como se fosse "inteira" - quem comprasse e não estivesse com a carteirinha certamente não conseguiria entrar, pois estavam conferindo. E, quem compra "inteira", não tem carteirinha nenhuma. A Jana quase caiu nessa...
Quando Bruce começou a apresentar a banda na "Running Free", eu e Jana saímos de lá. Tomamos um taxi rapidamente e partimos para o hotel. De repente, barulho de sirenes, e a comitiva do Iron Maiden, formada por vários batedores de polícia e três vans com a banda, passou por nós. O motorista percebeu que começamos a fotografar e perguntou "quer que eu cole neles?". Mas é claro que sim! E assim fomos, do show ao hotel, colados às vans do Iron Maiden. Não dava pra ver nada, exceto Jana mandando beijinhos para Steve Gadd, que retribuía, e a cara de bunda de Ian Day, que olhava pra gente como se dissesse "eu não acredito que eles estão aqui novamente!". Chegamos ao hotel e a banda entrou pela porta da frente. Fomos atrás e um segurança bem que tentou nos barrar, mas exibi o cartão do hotel e disse "estou hospedado", então desistiu de nos incomodar. Ainda conseguimos ver toda a banda entrar no elevador e subir.
O horário de funcionamento normal da piscina é até às 23:00 hs, e já se passava disso quando soubemos que o Iron Maiden conseguira uma autorização especial da diretoria para fecha-la apenas para a banda e a equipe. Alguns fãs bem que tentaram subir, mas eram barrados pela segurança, que estava posicionada no único acesso. Eu penso que se os caras fecharam é porque não nos querem lá, e isso deve ser respeitado. Então, aproveitamos o fim da noite para conversar com outros fãs e hóspedes que estavam na recepção.
Na manhã seguinte, ao fazermos o check-out, percebemos que a saída da banda aconteceria a qualquer momento, pois toda a equipe já estava de partida também. Entretanto, nós teríamos que fazer o check-in no aeroporto para despachar as malas, e eles não - basta entrar pela pista e embarcar no Ed Force One. Esperamos até o último momento, mas não deu para esperar mais. Tomamos um taxi que nos deixou no aeroporto, onde pudemos ver novamente o Ed Force One e tirar mais algumas fotos dele. A fila do check-in estava lenta e ainda restavam muitas pessoas na minha frente, quando funcionários da Gol resolveram atender com prioridade aqueles que seguiriam para Curitiba, pois o horário de embarque estava extremamente próximo. Mais tarde soubemos que a banda saiu assim que partimos, e todos os fãs que ainda estavam lá foram atendidos por todos. Antes de embarcar na aeronave, ainda conseguimos ver da sala de embarque a decolagem do Ed Force One.
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