Queen - Night at the Opera(1975)
Origem: Inglaterra
Produtor: Roy Thomas Baker, Queen
Formação Principal no Disco: Brian May - Roger Taylor - Freddie Mercury - John Deacon
Estilo: Pop Rock
Relacionados: Smile/The Cross/Paul Rodgers
Destaque: The Prophet's Song
Melhor Posição na Billboard:4o
No começo (depois, seria terde demais), a crítica não levava o Queen muito a sério: para eles, parecia uma banda que tentava igualar seu som ao que era produzida de similar na época, porém de uma forma mais sisuda. O máximo que o conjunto de Brian May podia ser, além de mais uma, algo como um pastiche. Para 'piorar' o estado das coisas, o Queen decidiu, a partir de Sheer Heart Attack, fazer um pop extremamente comercial, porém eclético e irresistivelmente consistente. Depois de colher os primeiros louros da vitória e de chegar oa topo das paradas, com seu terceiro disco, eles resolveram mostrar as orelhas de burro para os críticos: o resultado do contra-ataque foi nada mais, nada menos que Night at the Opera. Audacioso, perfeccionista ao extremo, pretencioso e mais delirantemente caro que uma mega-produção holywoodiana de Cecil B. de Mile, o disco mostrou ser mais inovador do que Sheer... Fazendo largo uso de técnicas de estúdio - e exploração de recursos de manipulação dos canais em estéreo, o Night incorpora vários gêneros musicais, de rock pesado, canto lírico, vaudeville, fox-trote, dixieland, clássico ocidental (a rapsódia é um gênero entronizado pela música clássica, como o ciclo de vinte peças composta por Ferenc Liszt no século XIX), etc. Falando em pretensão, Night at the Opera foi uma cartada decisiva para o Queen: o propósito de tamanha ousadia, além de desbancar todo o trabalho anterior, era colocar a própria imagem em xeque. May disse que a banda provavelmente iria sucumbir ante o fracasso do álbum — algo que não aconteceu, muito antes pelo contrário. Porém, a pretensão maior residia em fazer um elepê denso mas acessível, misturando o rock tradicional com arranjos que eram pura mímese de música de teatro de revista — o que explica o chiste do nome do disco, que não é nada mais do que uma ópera-rock sem uma linha temática definida e cujo ápice é, justamente Bohemian Rhapsody que, recriando a rapsódia clássica numa mini-suíte de seis minutos (lento-rápido), o queen criou uma genial e caudalosa síntese de sua música numa canção só. Destaques para a divertidíssima I'm In Love With My Car, composta pelo baterista Roger Taylor, a spacefolk 39', o excelente trabalho vocal The Prophet's Song e a clássica Love Of My Life — que faria sucesso (principalmente no Brasil) maior três anos depois, por conta da sua versão ao vivo no Live Killers, onde Mercury canta um tom abaixo — provavelmente para que a platéia o acompanhasse junto.
Faixas
Lado 1
1. "Death on Two Legs (Dedicated To…)" (Freddie Mercury) – 3:43
2. "Lazing on a Sunday Afternoon" (Freddie Mercury) – 1:07
3. "I'm in Love with My Car" (Roger Taylor) – 3:05
4. "You're My Best Friend" (John Deacon) – 2:52 *
5. "'39" (Brian May) – 3:31
6. "Sweet Lady" (Brian May) – 4:03
7. "Seaside Rendezvous" (Freddie Mercury) – 2:15
Lado 2
1. "The Prophet's Song" (Brian May) – 8:21
2. "Love of My Life" (Freddie Mercury) – 3:39
3. "Good Company" (Brian May) – 3:23
4. "Bohemian Rhapsody" (Freddie Mercury) – 5:55 *
5. "God Save the Queen" (Ludwig van Beethoven) – 1:18
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