Que o mundo dá voltas todo mundo sabe mas há encontros insólitos que só acontecem no mundo da música. Um deles ocorreu em 08 de dezembro de 2000 em Cuba, data em que foi inaugurada, naquele país, uma estátua de John Lennon na praça que leva o seu nome. Isso por si só já mereceria destaque, mas o mais incrível é que a estátua foi inaugurada por Fidel Castro em pessoa, com direito a solenidade e discurso.
A estátua localizada em Havana é em tamanho natural, com Lennon sentado em um banco, com as pernas cruzada, vestindo camisa de mangas e jeans, com seus inseparáveis óculos redondos, aparência relaxada e serena, como alguém que está sentado em um parque desfrutando da paisagem. A obra, toda em bronze, é de autoria do escultor cubano José Villa Soberón.
Mas um detalhe que deixa a história mais curiosa é que logo depois da revolução cubana, em 1959, a música dos Beatles foi proibida de ser tocada na Ilha e os vinis banidos, virando artigos de luxo no mercado negro. Por tudo isso foi perguntado a Fidel, caso encontrasse Lennon, o que ele lhe diria. Fidel respondeu que diria: “Gostaria de ter lhe conhecido antes”.
De símbolo do imperialismo capitalista Lennon transformou-se em ídolo comunista, em parte devido a suas músicas pós-Beatles como "Imagine" e "Work Class Hero". Lennon foi ainda perseguido pelo FBI por opiniões contrárias às do governo em questões como a da Guerra do Vietnã.
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