31 de janeiro de 2011

O músico e a morte






SINOPSE
Um músico jovem, na flor de sua juventude e criatividade, está a compor suas músicas tranquilo, e sem nunca esperar o pior, pois sua vida é a música, bela e criativa. Mas sem nada esperar, a chama de sua própri vida esta a se apagar, é hora da morte vir busca-lo e ela nunca falha, com a sua ampulheta em mãos toca a buscar seu músico parao mundo dos mortos. Embora fuja, a própria morte é infalível. Vendo que é impossível burlar a morte ele apenas toca... Sua ultima música..

DADOS DO ARQUIVO
Direção: Lubomir Benés
Duração: 8 min

Metal Up Your Ass - Os primórdios do Metallica (Parte II)

Em 1981, logo após o retorno da Europa e da turnê inglesa com o Diamond Head, Lars acompanhou todos os shows de Metal e Rock que podia na Costa Oeste dos EUA e durante uma apresentação do Michael Schenker Group no Country Club de Costa Mesa, ele vestia uma camiseta do Saxon quando um headbanger chegou e perguntou curioso se ele realmente gostava da NWOBHM ou era apenas um modista de plantão. Lars deu uma aula de conhecimento sobre a cena inglesa e os dois conversaram bastante naquela noite sobre tudo o que acontecia. O banger em questão se chama Brian Slagel e é uma peça importante na história do Metallica para os próximos anos.


Slagel, na época, trabalhava em um fanzine chamado The New Heavy Metal Review  e começou a planejar o lançamento de sua própria gravadora (que viraria a famosa Metal Blade) com uma compilação de várias bandas locais, um disco chamado Metal Massacre  que pudesse abrir as portas para uma cena começando a surgir na Califórnia no começo dos anos 80. Lars viu nesse disco a grande chance de sua vida e encheu o saco de Brian para que ele reservasse uma faixa da coletânea para sua banda que nem existia ainda. Slagel meio na brincadeira mas contente com a empolgação do amigo, concordou, afinal parecia impossível aquele jovem dinamarquês trazer alguma coisa em tão pouco tempo (o lançamento do disco seria em questão de meses), começando do zero.
Sem perder um minuto, Lars se lembrou daquele jovem garoto cheio de espinhas e sonhos que conhecera alguns meses antes, o tal James Hetfield, e entrou em contato em 28 de Outubro de 1981 com uma oferta irrecusável, afinal, eles teriam finalmente um espaço para a divulgação do trabalho, que para falar a verdade sequer tinha começado. James aceitou montar a banda e gravar alguma coisa para o Metal Massacre mas torcia muito para que durante o último ano, Lars – o tenista, tivesse treinado bastante seus dons na bateria.
Sem dinheiro para grandes investimentos, os dois decidiram gravar uma música simples chamada Hit The Lights (baseada em um riff composto por James e claramente influenciada pela letra de Shoot Out The Lights do Diamond Head) em um gravador barato no porão da casa dos Ulrich. Lars ficou na bateria, James fez os vocais, tocou baixo e a guitarra base, enquanto seu amigo, Lloyd Grant – um guitarrista negro com influências mais voltadas ao Blues - fez os solos. A idéia inicial por sugestão de Brian, era apenas James tocar as duas guitarras fazendo um overdub (ou seja colocando o som de uma guitarra por cima da outra e enriquecendo a base durante os solos) mas os primeiros experimentos não deram muito certo e James chamou Lloyd por este ser um guitarrista mais voltado às improvisações.
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Brian aprovou a gravação e até se surpreendeu com o potencial dos músicos mas uma grande dúvida pairou no ar quando ele pediu o nome da banda para colocar no disco. Uma coisa tão óbvia e ao mesmo tempo tão esquecida por James e Lars: afinal, qual era o nome da banda?
Antes de chegar ao nome definitivo, os integrantes pensaram em Thunderfuck (cortesia de um amigo de Lars chamado Tony Taylor), Helldriver (baseado na música do Accept), Leather Charm (ressuscitando o nome da antiga banda de Hetfield), Red VegBlitzSteeler e Grinder (os dois últimos, vindos do Judas Priest) mas e o “Metallica”?
O nome “Metallica” como algo relacionado ao Heavy Metal, apareceu pela primeira vez em um livro chamado Encyclopedia Metallica, publicado pela Omni Press em 1981 e escrito pelos jornalistas ingleses Brian Harrigan e Malcolm Dome. O livro era um resumo da primeira década do Metal (1970 até 1980) e trazia uma lista das bandas com seus respectivos discos lançados até o momento.
Mas até o nome chegar à banda de Los Angeles, o caminho foi um pouco mais extenso e através de dois amigos bangers de Lars: Ron Quintana e Ian Kallen. Ambos lançariam um novo fanzine sobre Heavy Metal nas semanas seguintes em Los Angeles e fizeram uma lista de nomes para escolher em uma votação com os colaboradores do projeto. O nome vencedor desta eleição foi “Metallica” (provavelmente tirado do livro), mas Lars adorou a expressão e a força e, sem perder tempo, sugeriu que o nome Metal Mania soaria bem melhor para um fanzine. Quintana e Kallen, sem perceber as segundas intenções na história, concordaram e Lars afanou o nome vencedor para sua banda.
Com o nome e a música gravada, Slegel finalmente soltou o Metal Massacre, primeiramente com apenas 4500 cópias impressas e também contando com as bandas SteelerBitchMaliceRatt (sim, os próprios reis do Glam), AvatarCirith UngolDemon Flight e Pandemonium.
A primeira edição do Metal Massacre foi um sucesso e caiu no gosto dos headbangers norte-americanos sedentos por uma cena forte já que até então, os EUA apenas se rendiam ao talento do Heavy Metal europeu, especialmente inglês e alemão. O único problema do disco foi certa falta de cuidado na produção dos encartes pois registraram errado o nome da banda e dos integrantes. Metallica virou Mettallica e Lloyd Grant virou Llyod Grant. Infelizmente, Slagel não teve dinheiro suficiente para corrigir o erro na gráfica e o álbum chegou ao mercado assim mesmo.
Com a boa repercussão do Metal Massacre, o Metallica precisava estabilizar uma formação e fazer o máximo de shows para divulgar o seu material. Lars Ulrich continuou na bateria, James Hetfield, apesar de alguns dilemas particulares em não conseguir cantar e tocar ao mesmo tempo, seguiu como vocalista e guitarrista base; Para o posto de baixista, James chamou seu colega de quarto e velho amigo, Ron McGovney e para a guitarra solo, bom, nem James e nem Lars estavam satisfeitos com o trabalho de Lloyd Grant, mais voltado ao Blues de raiz e ele foi demitido em Janeiro de 1982. A idéia inicial era ter James apenas como vocalista e Lloyd faria dupla com outro guitarrista nos shows (estilo Iron Maiden), mas Grant saiu, James voltou às guitarras e, para complementar, a banda colocou um anúncio novamente noRecycler em busca de outro guitarrista. Vários candidatos se apresentaram mas um em questão chamou a atenção pela sua técnica e vontade, um cara chamado David Scott Mustaine. Aliás, Hetfield e Mustaine já se conheciam dos bares em LA.
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Nascido em 13 de Setembro de 1961, Dave era uma figura conhecida da cena californiana pela sua habilidade nas 6 cordas mas também era bem lembrado pelas suas bebedeiras e exageros, isso sem contar do bico como traficante de drogas. No começo de 1982, Mustaine era guitarrista da banda Panicmas saiu assim que soube do novo emprego no Metallica.
O novo quarteto gravou uma demo (raríssima de encontrar hoje em dia) chamada Power Metal com uma nova versão de Hit the Lights e os covers de Let it Loose do Savage e Killing Time doSweet Savage. Essa nova Hit The Lights é a que aparece atualmente nas reimpressões em CD do primeiro Metal Massacre. A versão original, um pouco mais lenta e menos trabalhada, você só encontra nas cópias originais impressas em vinil nos anos 80 mesmo.
O primeiro show oficial aconteceu em 14 de Março de 1982 no pequeno Radio City, em Anaheim para mais ou menos 75 pessoas. O set desta apresentação foi basicamente composto de covers do Diamond Head e outras bandas da NWOBHM mais a própria Hit the Lights. Os primeiros shows do Metallica destacavam o nervosismo dos integrantes da banda e a falta de experiência nos palcos com Mustaine estourando as cordas da guitarra com certa freqüência, Lars errando o ritmo na bateria e James esquecendo algumas de suas próprias letras.
Metallica compensava o nervosismo e a ansiedade com muitos ensaios e boas composições novas. Mais uma vez, Brian Slagel confiou no potencial e deu uma força à banda: ainda em 1982, o Saxon, já uma banda conhecida, faria sua turnê de divulgação do álbum Denim and Leather nos EUA e tocariam 4 shows em um bar chamado Whiskey A-Go-Go, dois sets por noite. Slagel, já mais conhecido e respeitado na cena Metal da Costa Oeste pelo seu Metal Massacre (que depois virou uma série de discos), conseguiu para oMetallica a abertura dos dois shows no dia 27 de Março.
Na verdade essa história também tem uma segunda versão que nos conta sobre a amizade entre Ron McGovney e alguns integrantes do, então desconhecido, Mötley Crüe, mais precisamente Tommy Lee e Vince Neil. Por incrível que pareça, na época o Mötley ainda era uma banda de Metal e Ron, um dia conversando com os dois, comentou que o Saxon viria para Los Angeles e que eles estavam interessados em abrir esse shows. Lee e Neil comentaram que também gostariam de abrir mas que a banda estava crescendo demais, mas de qualquer forma eles conheciam a garota do Whiskey A-Go-Go responsável pelo agendamento dos shows, e dariam uma forcinha apresentando Ron. Com a popularidade do Crüe em alta, Ron agradeceu a ajuda e conseguiu mostrar a demo Power Metal. No dia seguinte, ligaram para o baixista e elogiaram muito o som do Metallica: eles conseguiram a disputada vaga para a abertura dos shows.
Era a primeira grande oportunidade ao vivo e foi a primeira vez em que a banda tocou algumas músicas que logo se transformariam em verdadeiros clássicos do Heavy Metal como Metal Militia e Jump in the Fire.
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Brian Russ, hoje um senhor de 42 anos e criador do siteBNR Metal Pages (http://www.bnrmetal.com), tem algumas memórias desta época da banda: “Em 1982, eu vivia no norte da Califórnia e o Saxon estava em turnê e tocaria em Los Angeles (mais ou menos a 6 horas de carro). Meu amigo estava louco para ir e queria que eu fosse com ele. Eu disse que não (provavelmente porque tinha de trabalhar, não lembro agora), e ele foi com seu irmão assistir ao show. Quando perguntei como tinha sido, ele disse que o Saxon foi legal mas achava que eu iria me interessar pela banda de abertura, que era oMetallica. Ele falou sobre o excelente guitarrista (Dave Mustaine – claro que nós não sabíamos os nomes até então), o “não tão bom” vocalista (James Hetfield - cuja voz ainda não era desenvolvida), e deve ter dito alguma coisa sobre o baixista (Ron McGovney). Se esse não foi o primeiro show do Metallica, foi um dos primeiros, talvez a primeira vez que eles abriram para uma banda grande como o Saxon. Eu ainda me arrependo de não ter ido àquele show.”
setlist da primeira apresentação contou com Hit the LightsJump in the FireHelplessLet it LooseThe Prince e Metal Militia. A segunda apresentação da noite contou com uma música a mais, o cover Sucking My Love. O detalhe destes dois shows, o primeiro com os 400 ingressos esgotados e o segundo com um público de 250 pessoas, é que Ulrich e Cia. não conheceram os integrantes do Saxon, trancados no camarim até a hora de subir ao palco, talvez algum estrelismo por parte dos ingleses?
A banda ainda não estava afiada, como lembra Slagel até hoje, mas em alguns meses uma fita pirata com a gravação destes shows se tornou a verdadeira coqueluche no circuito de troca de fitas cassete.
O começo era promissor e a banda aproveitou para tocar no maior número possível de bares em Los Angeles. Para consolidar o momento, Lars guardou uma grana e fez alguns milhares de cartões de visita já com o famoso logo desenhado por Hetfield (o Metallica com o “M” e o último “A” pontudos) e os dizeres “Power Metal” (idéia de Ron) embaixo junto com o número de telefone para contatos da banda.
set dessas primeiras apresentações contava com as mesmas músicas do show do Saxon mais várias covers do Diamond Head e a música Blitzkrieg da banda inglesa de mesmo nome. Sobre esta última, como ninguém conhecia os ingleses e todos adoravam a composição, Lars dizia que era do Metallica mesmo.
O fanatismo de Lars Ulrich pelas bandas da NWOBHM gerou situações curiosas nesses primeiros shows já que muitos covers apresentados no palco ainda não tinham uma versão oficial de estúdio pelos seus grupos originais. A confusão acontecia porque Lars puxava muito material de fitas demo, singles e EPs, às vezes até mesmo caseiros das bandas ou disponíveis apenas no circuito de troca de fitas, sem uma gravação oficial. A música Let it Loose do Savage, por exemplo, só apareceu pela primeira vez em disco em 1983 quando a banda lançou o Loose ´n´ Lethal mas o Metallica já tocava o cover em shows desde meados de 1982. A já citada Blitzkrieg só apareceu oficialmente pela banda de mesmo nome em 1985 mas o Metallicatambém a tocava desde 1982 e pior, os californianos lançaram uma gravação oficial da música primeiro, em 1984 juntamente com o single de Creeping Death, o famoso Garage Days Revisited (não confundir com o álbum completo de covers lançado em 1987 chamado Garage Days Re-revisited).
Esse fato gera algumas contradições com o caso Napster envolvendo a banda quase duas décadas depois. Será que as fitas que Lars trocava com seus amigos na época também não podem ser consideradaspirataria?
O pior caso, com certeza, aconteceu com Killing Time. Essa era outra cover que o Metallica tocava nos shows desde 1982 mas a versão oficial pelo Sweet Savage, só deu as caras em...1996 (não é brincadeira!).
O sucesso nos bares do underground chamou a atenção da imprensa local. O Los Angeles Times escreveu ainda em 1982 que o Metallica era a melhor coisa surgida no Rock em um longo período.
Apesar desta ponta do iceberg, a banda ainda não agradava a todos com seu som inovador, rápido e cru. Em um show no antigo colégio americano de Lars, o Backbay High School, o Metallica conseguiu esvaziar o salão onde tocavam em pouco mais de meia hora.
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Em compensação, uma outra noite a banda foi convidada para abrir o show dos suíços doKrokus, de passagem por Los Angeles. Na última hora, o Krokus desistiu da apresentação sabe-se lá por quê e oMetallica teve de lidar com uma platéia enfurecida pela falta de respeito dos europeus. Mas James, Lars, Dave e Ron não se abateram e fizeram um show mágico em um setlist com várias músicas, então inéditas, e alguns covers. A platéia não acreditava no que via em cima do palco e a recepção foi tão boa que esta noite ficou conhecida como “A Noite do Metallica”, a primeira vez em que a banda realmente superou todas as expectativas e conquistou seus primeiros fãs.
Referências Bibliográficas:
BNR – Metal Pages. http://www.bnrmetal.com
Encyclopedia Metallica. http://www.encycmet.com
Metallica Official. http://www.metallica.com
PUTTERFORD, MARK. Metallica In Their Own Words. UK: Omnibus Press, 2000
RUSSELL, XAVIER. The Definitive Metallica. UK: Omnibus Press, 1992
McIVER, JOEL. Justice for All: The Truth About Metallica. USA: Omnibus Press, 200

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A História do Burzum: Parte IX - O Amanhã

Há muitos personagens chamados de Varg Vikernes na Noruega. Um deles é um demonizado, alienado, ridicularizado e isolado “bicho-papão”, que foi denunciado pela imprensa de viés judaico e pelo famigerado sistema judiciário da Noruega. Ele não é real, ele nunca foi real e nunca será real, mas é vagamente baseado em um adolescente de 19 anos real que, em 1993, expressou publicamente sua fúria contra um mundo moderno que enlouqueceu. O mundo moderno e doente seguiu em frente na direção do Inferno por uma estrada pavimentada de boas intenções, mas Varg Vikernes congelou no tempo e foi forçado a viver na imutável e fictícia realidade criada pela escória da imprensa de viés judaico e pela “inquisição Norueguesa”. Nem os que promovem a campanha de mentiras na mídia e nem os “inquisidores” conseguem se ajustar à realidade neste contexto então, mesmo hoje, podemos ouvir, de tempos em tempos, os gritos dos porcos da imprensa marrom: “bruxo!”, ”bruxo!”, “queimem-no!”, “queimem-no!”, e as pessoas do sistema judiciário certamente não são melhores que isso.


Outro Varg é o prisioneiro que escreve artigos, como este, para manter a sanidade e para não deixar que as falsas acusações e a campanha de mentiras e informações tendenciosas fiquem sem resposta. Ele é real, mas somente enquanto os ataques continuarem. Se as mentiras pararem de vir da escória jornalística e se o famigerado sistema judiciário parar com seus processos que correm fora da realidade, ele cessará de existir e passará ao esquecimento. Ele é real somente porque precisa ser. Ele é simplesmente o muro que protege a sanidade, a honra e a vida do real Varg Vikernes. Como as fortalezas da Europa, esse muro não foi construído por diversão, mas por necessidade.
O personagem fictício Conde, baseado no adolescente anti-social Varg, é, talvez, infinitamente mais interessante e atraente (e não menos comercializável) do que eu mesmo aos 33 anos (em 2006), mas ele não é real! O retrato de Varg "the Count" Vikernes apresentado pela mídia, especialmente para os noruegueses, é um retrato falso e já é hora de vocês perceberem isso. Seja você um fã, inimigo ou amigo, você deve se basear na realidade e não em algum personagem criado pelos jornalistas por razões também comerciais. Parem de me dar crédito ou críticas por algo que nunca fiz, por algo que nunca fui, por declarações que não eram minhas ou por defender uma ideologia ou religião que eu nunca conheci. Parem de me atacar, ou mesmo de me defender, com base em falsas aparências. Quando sou atacado ou defendido por outros, quero que façam isso somente se tiverem uma boa razão para agir assim e não porque acreditam nas mentiras da mídia ou do famigerado sistema judiciário.
O Varg Vikernes real não é tão interessante assim, eu acho, e não há muito a ser dito sobre mim e, em qualquer caso, quando eu sair da prisão, seja isso quando for, eu certamente desaparecerei da vista do público. Eu penso que sou prisioneiro de um navio (o “Sodoma e Gomorra”) – o mundo moderno – que navega direto para o desastre e, quando eu for solto do cativeiro, saltarei do navio e voltarei nadando para terra firme o mais cedo possível... Não quero nada dessa famigerada e completamente doente civilização, então farei o melhor possível para fugir de tudo. Não haverá mais artigos como este, comunicações (estritamente falando) desnecessárias com estranhos do mundo moderno ou entrevistas. Publicarei alguns livros, provavelmente sob algum pseudônimo, para permanecer anônimo, e talvez um ou dois álbuns doBurzum, mas só isso.
Eu digo isso porque me disseram que algumas pessoas esperam muito de mim assim que for solto. Bem, não esperem coisa alguma. A menos que Você leia meus livros ou ouça meus álbuns, nunca espere ouvir mais nada de mim novamente. Eu não quero mais saber de Você ou do mundo completamente insano no qual Você vive. Não contem comigo. Eu vou para casa, para os campos noruegueses, para a natureza, para o ar puro, para uma vida saudável na fazenda e para o abraço da Mãe Terra. Você pode ficar com o Seu bordel urbano imundo e com o Seu Inferno na Terra mestiço e doente.
Lif e Liftrasir
Lif e Liftrasir

Se Você de fato tem as mesmas idéias sobre esse assunto, ótimo, e saúdo Você por isso mas, diferentemente de mim, Você pode fazer algo a respeito e não entendo por que Você não fez nada ainda. Estou na prisão então, infelizmente, não posso escapar da influência da moderna Sodoma e Gomorra ainda. Qual é a Sua desculpa?
Varg "Lífþrasir" Vikernes (24.02.2006) [N.: “Lífþrasir” significa "o que segura a vida". Depois do dia de Ragnarok em que deuses, monstros e homens batalham pelo destino do universo, Liftrasir será um dos sobreviventes. Juntamente com Lif será o responsável pela repovoamento humano de Midgard (Terra)].
Meglio soli che mal accompagnati.
(Antes só do que mal acompanhado)


Hell's Wrath Battalion - Hellscourge


Não é novidade para ninguém que muitas das bandas atuais andam bebendo muito nas fontes dos anos 80, algumas fazendo trabalhos realmente fantásticos, dignos de menções honrosas, e outros, apenas repetindo clichês infinitamente, apenas copiando o que já foi feito. É um caminho realmente árduo de ser trilhado.



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O HELLSCOURGE, do RS, é uma dessas bandas  que trilham esta estrada difícil, e se sai muito bem, rebuscando o tradicional Brazillian Way of Brutal Metal dos anos 80, e nos chega por meio do selo mexicano Dybbuk Records, o que tem mostrado uma tendência atual nas bandas brazucas, em buscar selos gringos.
A banda em si desfila um mix Black/Death Metal bem na linha do VULCANO, SARCÓFAGO e DORSAL ATLÂNTICA, sem ser uma cópia e com uma técnica bem particular. A banda se sai muito bem, e é mais uma que embasa a tese de que o Metal Extremo Nacional dos anos 80 influenciou muito a cena Black Metal norueguesa, já que em vários momentos, é possível sentir aquela sonoridade de bandas como DARKTHRONE em certos momentos. Vocais totalmente insanos, guitarras rascantes ao extremo, baixo e bateria formando uma massa sonora extremamente bruta. Não há concessões ou firulas, é um autêntico massacre sonoro sem dó nem piedade dos mais incautos.
A produção visual é bem simples, e a sonorização segue a mesma linha, um pouco crua justamente para remeter aos anos 80, sem perder os pés na atualidade, como o ABSU fez no ‘The Third Storm of Cythraul’, um recurso que, quando bem utilizado, rende ótimos frutos, como este CD.
Começando, vem a paulada ‘Hell’s Wrath Battalion’, rápida na medida certa, seguida pela metade cadenciada e azeda, metade rápida ‘Blasphemate Him’, algo que nos lembra um pouco o ótimo DØDHEIMSGARD em sua fase ‘Monumental Possession’, sem copiar este. Em ‘Sentence of Destruction’, temos mais uma vez uma ótima e saudável pancadaria para todos os lados; já em ‘Hellscourge’, os elementos mais agressivos da banda ficam bem expostos, pois é uma música bem no estilo ‘in your face’, ou seja: direto, reto, pesado e agressivo; ‘The Sign of Hell Supremacy’ é mais a mais porradeira de todo o CD, em um climão bem Ols School mesmo. Já em ‘Evil Priest of Hate’, o clima fica um pouco (só um pouco!!!) mais lento que as anteriores, mas igualmente bruto e opressivo; em ‘God of Mediocrity’, voltamos a ter momentos mais cadenciados até um certo tempo, e depois, tome paulada. Uma faixa empolgante e cheia de energia, sendo um dos destaques do CD. Fechando, mais esporro sonoro de alta qualidade em ‘Terrible Revelations’.
Um ótimo disco, que merece a audição dos iniciados nos estilos mais extremados, sejam fãs da Old School ou das escolas mais recentes, pois a banda merece.
Formação:
Hellcommander (drums & vocals)
Mayhemic Omen (guitars & bass)

Tracklist:
01. Hell’s Wrath Battalion
02. Blasphemate Him
03. Sentence of Destruction
04. Hellscourge
05. The Sign of Hell Supremacy
06. Evil Priest of Hate
07. God of Mediocrity
08. Terrible Revelations

365: September To November - MindFlow

A primeira música, “Thrust Into This Game”, foi lançada no dia 9/9/9. Desde então, passaram-se 11 meses e o público teve acesso a 12 músicas completinhas, compostas e liberadas a cada 30 dias, e tudo disponível para download... O projeto foi apropriadamente batizado como “365”, uma curiosa forma que o Mindflow encontrou para manter um maior contato com sua considerável base de fãs.



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Mas a ideia é que essas 12 canções – e mais algumas surpresas – também tenham espaço em um disco físico. Assim, antecedendo o CD propriamente dito, o paulistano Mindflow está liberando o single “365: September To November”, com as três composições disponibilizadas nos meses em questão, além de um bônus acústico.
Ainda que o excelente “Destruction Device” (08) já mostrasse uma distorção mais evidente, agora essa característica parece ter se acentuado de vez. “Thrust Into This Game” e “Instinct” são composições densas e muito, mas muito modernas em sua proposta, uma linha que não é explorada com freqüência pelas outras bandas do nosso Brasil. Quanto à “The Ride”, esta é uma faixa mais moderada e melódica, e que também ganhou uma versão acústica, com bonitos pianos.
Por questões práticas, todas as canções de “365” foram gravadas pelo próprio Mindflow. E os caras provaram que absorveram apropriadamente o aprendizado dos três discos anteriores, pois o áudio destas quatro faixas está excelente. Este single é uma bela prévia, e confesso estar curioso para escutar o “365” completo. Não, não fiz download nenhum, mas o leitor pode acessar www.mindflow365.com para ter acesso grátis ao repertório ou comprar o CD físico.
Contato:

Formação:
Danilo Herbert - voz
Rodrigo Hidalgo - guitarra
Ricardo Winandy - baixo
Rafael Pensado - bateria

Mindflow – 365: September To November
(2010 / single independente – nacional)

01. Thrust Into This Game
02. The Ride
03. Instinct
04. The Ride (acoustic version)

Get Your Hands Dirty - Jettblack

O JETTBLACK é uma banda inglesa que consegue fugir do típico clichê glam, fazendo um hard rock moderno, pesado, com vocais um pouco menos agudos, que parecem retomar o rock clássico, o qual depois acabou produzindo o hard rock. Lançado em 2010, o debut “Get Your Hands Dirty”, se não enquadrado como um dos melhores discos do ano, no mínimo apresenta a banda mais promissora dentre as estreantes.


Nota: 9 

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“Slit It On” abre o disco vorazmente, querendo desmentir a introdução dessa resenha. Iniciando com um riff mais heavy metal que posteriormente culmina em um refrão liderado por vozes, a faixa mostra o bom trabalho de guitarras, que em seus solos flertam, em todo álbum, com o hard/heavy. “Two Hot Girls”, na sequência, é uma faixa mais repetitiva, cíclica e apela para um hard rock moderno, além de inserir a variação muito interessante entre Stapleton e Dow, os dois vocalistas da banda. “When It Comes To Lovin’” é outra grande música, menos densa em termos instrumentais, mas também veloz e centrada nos vocais; tem certo toque de David Coverdale e ALICE COOPER. “Fooled By A Rose” tem o clássico andamento mais swingado e abafado do hard rock, com um baixo mais aparente e um solo poderoso, sendo uma faixa que certamente funciona muito bem ao vivo. Até aqui, a banda consegue exibir sua excelência ao fazer um álbum de rock com faixas realmente marcantes.
A quebra da série de canções animadas vem com “War Between Us”, que mantém o peso e novamente busca o rock clássico, pelo refrão e vocais. A faixa título é a sexta, e consegue usar bem os backings, a potência dos vocais e a velocidade, muito bem explorada no disco. “Not Even Love” é bela, lenta e dramática, transparecendo essa última característica nos vocais e nas guitarras, muito precisas. Em seguida, a agressiva “Mother Fucker” investe em uma pegada bem metal, quase thrash, enquanto “Sleep” é uma complexa fusão de estilos, sendo a faixa mais diferente do álbum e que, por isso, pode até desagradar alguns com seu refrão mais post-grunge, bem distante do hard rock. Além disso, parece um pouco deslocada das demais músicas. “Holding” volta à tendência do álbum, com mais gritaria que o convencional. Por fim, a longa “Innocence Is Mine” consegue dar a versatilidade atingida também em “Sleep”, mas agora, de modo mais coeso com o disco como um todo, encerra muito bem o trabalho do conjunto.
Mesmo com o belo resultado, um dos detalhes ínfimos que podem ser melhorados é a tentativa forçada e desnecessária de se querer dar um toque sleazy mais gritado ao fim de alguns versos, que matam a aura clássica que algumas faixas criam com muito esmero. O outro ponto é a bateria, que fica muito presa e linear nas faixas. Também, nas últimas três faixas, somente a derradeira “Innocence Is Mine” merecia, de fato, estar em seu lugar, já que a interessante “Sleep” poderia ser reposicionada, lançada posteriormente ou ser incluída como bônus.
No entanto, em linhas gerais, não há do que reclamar das bases e dos solos das guitarras que, se não esbanjam técnica, são muito coerentes e criam composições que funcionam muito bem. Sobre as composições, estas têm sua originalidade atrelada ao ótimo elo criado entre o contemporâneo e o clássico, combinação que não é observada em qualquer banda. Resta, portanto, aguardar o JETTBLACK consolidar o grande potencial apresentado em futuros lançamentos, para, então, receber um maior reconhecimento. Dado o bom nível alcançado em “Get Your Hands Dirty”, superá-lo não será tarefa fácil! Bela banda!
Integrantes:
Will Stapleton - vocais, guitarra
Jon Dow - vocais, guitarra
Matt Oliver - bateria
Tom Wright - baixo

Faixas:
1. Slip It On
2. Two Hot Girls
3. When It Comes To Lovin'
4. Fooled By A Rose
5. War Between Us
6. Get Your Hands Dirty
7. Not Even Love
8. Mother Fucker
9. Sleep
10. Holding
11. Innocence Is Mine

Gravadora: Spinefarm Records

Get Your Buzz On - Chickenfoot

Com apenas dois anos na estrada - e um ótimo álbum na praça -, o "supergrupo" de hard rock CHICKENFOOT lança "Get Your Buzz On", seu primeiro DVD. Tudo bem, você pode pensar que é puro oportunismo, visto que a banda possui apenas um punhado de canções em um disco, mas acredite, o quarteto faz valer cada minuto do show registrado em vídeo!


Nota: 9 

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Em primeiro lugar, Sammy Hagar, Joe Satriani, Michael Anthony e Chad Smith mostram que funcionam em perfeita harmonia, em todos os sentidos imagináveis! Em segundo lugar, o grupo se mostra independente dos projetos paralelos dos músicos envolvidos, visto que a 'track list' do show traz quase todas as músicas do álbum "Chickenfoot" (2009), sem medo de desagradar aqueles que esperavam por um desfile de covers.
E por falar em covers, "Get Your Buzz On" traz apenas dois: "Bad Motor Scooter" (Montrose) e "My Generation" (The Who), músicas tocadas ao final do show, em um clima de "jams" descontraídas que apenas explicitam como o grupo valoriza muito mais as suas composições. Uma palavra para tal atitude: genial!
Agora, voltemos nossas atenções ao trabalho autoral do quarteto. Todas as faixas presentes no 'set list' funcionam muito bem ao vivo, e a banda consegue transmitir um legítimo prazer ao executá-las - com muita competência, diga-se de passagem. Apesar das desnecessárias extensões de "barulheira" ao final das músicas, o Chickenfoot mostra que sabe como empolgar o público com o seu material.
Pontos altos: a pesada "Avenida Revolution", a longa - e quase hipnótica - "Down The Drain", e o inesperado blues rock "Bitten By The Wolf" (lançada originalmente como faixa bônus da edição japonesa no álbum de estreia). E se o single "Oh Yeah" não empolgou tanto no álbum, aqui ele traz seu poder de fogo, como uma faixa feita para ser tocada ao vivo, em um clima de total interação entre banda e público.
Destaco ainda os "extras" do DVD. Se, na maioria dos casos, o material extra não passa de "enchimento de linguiça", aqui a história é diferente: o documentário registrado em vídeo é pura comédia, e consegue ser tão divertido quanto o show em si!
Por fim, não fique surpreso se perceber que os vários sorrisos estampados no rosto dos integrantes são acompanhados pelo seu próprio sorriso de satisfação. Por 90 minutos de um espetáculo de rock 'n' roll, também somos parte dessa grande família feliz!
Faixas:
1. Avenida Revolution
2. Sexy Little Thing
3. Soap On A Rope
4. My Kinda Girl
5. Down The Drain
6. Bitten By The Wolf
7. Oh Yeah
8. Learnin' To Fall
9. Get It Up
10. Turnin' Left
11. Future Is The Past
12. Bad Motor Scooter
13. My Generation

CD Promo - Comitiva do Rock

Em meio a bandas que parecem mais preocupadas em repetir velhas fórmulas do que em propor novos caminhos para o rock, vem de São Paulo a proposta mais inusitada do momento. Os músicos que giram em torno da COMITIVA DO ROCK aliam a música pesada ao desacreditado sertanejo – com uma dose expressiva de bom humor. O resultado não poderia ser mais surpreendente.



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Com seis anos de estrada, o quinteto que gravou esse “CD Promo” atende pelos pseudônimos Zezé Cavalera (vocal), Hudson Vai (guitarra), Ralf Wylde (guitarra), Marrone Harris (baixo) e Tonico McBrain (bateria) – em uma clara “homenagem” aos maiores ícones da música sertaneja e do rock pesado. A sonoridade da banda, que possui uma nítida referência à irreverência que o MAMONAS ASSASSINAS ajudou a consolidar duas décadas atrás, apresenta características que a sobrepõem aos demais nomes de propostas parecidas, os quais vêm surgindo na mesma onda. Embora evidencie a sátira em todas as suas músicas, a COMITIVA DO ROCK não abre mão de um instrumental extremamente bem elaborado e de uma produção de alto nível, assinada por Paulo Anhaia (CPM 22 e IRA!).
Não há dúvidas de que a proposta da COMITIVA DO ROCK é arriscada. Certamente, os headbangers mais ortodoxos irão torcer o nariz para as melodias que vêm dos clássicos da música sertaneja, mesmo que as faixas explorem muito as guitarras pesadas do rock n’ roll em um primeiro plano. De qualquer forma, quem conseguir expandir a sua tolerância musical irá comprovar como os músicos possuem qualidade técnica acima do comum e como eles capricharam para tornar esse projeto uma coisa consistente. A música que abre o disco, “O Viagra é o Segredo”, mostra muito bem as principais virtudes do sexteto (atualmente com Ozzy Menotti no baixo eSlash Sorocaba na terceira guitarra): os mais pesados riffs do metal – em cima de uma (pasmem) música da dupla LEANDRO E LEONARDO – mas com muito bom humor.
Embora a banda crie as suas músicas em cima de bases consagradas, como GUNS N’ ROSES e QUEEN  (entre outros), nenhuma composição pode ser apontada como uma cópia descarada de “Paradise City” ou “Tie Your Mother Down”. As ótimas “Vida de Pedreiro” – que traz a participação especial do rei do brega FALCÃO – e “Jeito de Boneca” mostram que a COMITIVA DO ROCK interviu, de maneira definitiva, em cima dessas faixas clássicas. As características irreverentes dos paulistas aparecem do início ao fim do disco: as melodias são grudentas e as letras extremamente bem sacadas. Os destaques do álbum se estendem a “Amigo Ensaboado (Live in Pelotas)” – a balada gay da banda?! – e “A Filha de Chico” – e encerra, em grande estilo, com “Viola com Distorção”.
Como curiosidade: quem capitaneia a COMITIVA DO ROCK é o cantor Richard Navarro, conhecido no meio metálico nacional pelo seu ótimo trabalho com o extinto Heavy Melody e com o importante festival Brasil Metal Union – que projetou inúmeras bandas do nosso underground por anos. Com cerca de trinta e cinco minutos de música, esse “CD Promo” conta ainda com um interessante videoclipe para a música “Jeito de Boneca”, que marca a presença – “em carne e osso” – da Vaca Metaleira, a mascote da banda. A ausência de uma prensagem profissional é o único motivo que não permite que esse CD seja considerado um lançamento verdadeiramente oficial. De qualquer modo, o quinteto paulista foi extremamente eficiente em sua primeira empreitada – o que certamente irá aproximar muita gente do rock pesado e da COMITIVA DO ROCK.
Track-list:
01. O Viagra é o Segredo
02. Não Foi de Graça
03. Vida de Pedreiro
04. Jeito de Boneca
05. Leitão
06. Amigo Ensaboado (Live in Pelotas)
07. Caloteira
08. Filho Pentelho
09. A Filha de Chico
10. Viola com Distorção


Black Sabbath: Doom Let Loose

O canadense Martin Popoff é hoje o mais importante jornalista e escritor “metálico” do planeta. Autor de dezenas de livros e artigos, colaborador das mais diversas publicações, sua imensa bibliografia disseca a cultura headbanger e serve como guia tanto para os iniciantes quanto para os mais veteranos no Heavy Metal.



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Depois de escrever obras dedicadas ao Southern Rock (“Southern Rock Review”), Blue Oyster Cult (“Secrets Revealed”), UFO (“Shoot Out The Lights”), Rainbow (“English Castle Magic”), Dio (“Light Beyond The Black”) e Iron Maiden (“Run For Cover: The Art Of Derek Riggs”), Popoff coloca agora no mercado o livro “Black Sabbath: Doom Let Loose”, que disseca a carreirado grupo mais importante da história da música pesada.

Com 355 páginas, o livro inicia na era pré-Sabbath, nas primeiras aventuras de Tony Iommi, Geezer Butler, Bill Ward e Ozzy Osbourne, que culminaram com o nascimento do Earth. Os primeiros ensaios, os primeiros shows, as primeiras histórias, está tudo lá, relatado por Popoff.
Mas o filé de “Doom Let Loose” surge mesmo quando o Black Sabbath  se lança ao mercado e se consolida como banda. Dividido em capítulos que englobam cada um dos álbuns lançados pelo grupo, e também todas as fases e mudanças de formação pelas quais a banda passou, a obra vai fundo nos bastidores, processo de composição e itens lançados em cada época, o que a transforma, simultaneamente, em um excelente livro de histórias e um guia fundamental para os colecionadores do Black Sabbath, já que lista versões dos álbuns, singles, promos e demais formatos lançados.
O texto de Martin Popoff é fácil de ser lido, prende a atenção, e vem acompanhado de muitas, muitas mesmo, fotos e ilustrações relacionadas ao grupo. É claro que quem é fã irá amar e pirar nos detalhes, mas o mais legal disso tudo é que “Doom Let Loose” funciona não só para essas pessoas, mas também para todo e qualquer apreciador do estilo.
“Black Sabbath: Doom Let Loose” é uma obra fundamental, aliás, como todas os livros que Popoff vem lançando ao longo dos anos. Uma pena que não tenha sido lançado no Brasil e não conte com uma versão em português.
Falando nisso, essa é uma ótima dica para as gravadoras e editoras dedidadas ao Heavy Metal: por favor, lancem os livros de Martin Popoff no Brasil. Não somos um dos maiores mercados para a música pesada no mundo? Então, testem essa força e coloquem essas obras à disposição dos headbangers brasileiros. Garanto que leitores não faltarão …

Fire Shadow (John Bull Music Hall, Curitiba, 26/01/11)

Por Fabio Fistarol


A Fire Shadow fez a abertura do show do Blaze Bayley em Curitiba. É sempre difícil abrir um show grande, mas a banda conseguiu segurar bem o público tocando músicas próprias e clássicos do heavy metal. Entre elas: “Children of the Sea” (Black Sabbath) e “Hellion - Eletric Eye” (Judas Priest).

Formada no ano de 2003, na cidade de Curitiba, foi influenciada principalmente pelo heavy metal dos anos 80. Desde o início de suas atividades a banda priorizou suas composições, lançando quatro trabalhos em sete anos: “Desire to Kill” (2004), “Lost Memories” (2005), “Fire Shadow” (2007) e “Steel and Metal” (2011).
banda é formada por: Bruno Quimelli (Guitarra), Cássio Fugimoto (Baixo), Leandro Zonato (Bateria), Marco Lacerda (Vocal) e Thiago Neuwert (Guitarra).
Set List:
1 - Proud Marching
2 - Beyond Tomorrow
3 - Children of the Sea (Black Sabbath cover)
4 - Steel and Metal (novo single disponivel no sitewww.fireshadowonline.com)
5 - Fire Shadow
6 - Hellion - Eletric Eye (Judas Priest cover)
7 - Metal is the Law
Mais fotos no site do fotógrafo Fábio Fistarol.
http://fabiofistarol.com/2011/01/show-fire-shadow-curitiba/
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Phil Anselmo: "não sei como medir o sucesso da vida"


Abaixo estão alguns trechos da entrevista do vocalista do Pantera, Phil Anselmo, para o The Times- Picayune:
“Eu não sei como medir o sucesso da vida. Mas estou feliz. Estou relativamente saudável. E quando olho para trás as coisas, bandas  e pessoas, vejo momentos negativos e ruins. Eu escolhi olhar os bons momentos”.
“Está tudo bem quando olho para trás, mas não quero ficar preso nele. Eu sou o tipo de pessoa que está pronto para o amanhã. E estou pronto para colocar os pés para frente”.
Sobre os 20 anos do álbum “Cowboys From Hell”, o vocalista falou: “Mantemos o amplificador de Darrel [Abott, guitarrista morto pelo fã durante um show em 2004] que sempre foi traiçoeiro, rasgando impressionantemente o som. Capturávamos aquele som em fita, onde não havia Pro Tools [programa de edição de som], tudo era orgânico... Tudo era um truque”.
E adicionou: “Nós trabalhamos muitos para capturar aquele sentimento ao vivo. Você pode ouvir o salto da produção que Terry Date [produtor] fez, ele abriu um novo espaço na música. O Pantera, em minha opinião, elevou o jogo de produção do metal pesado. As pessoas queriam que suas gravações [das músicas ao vivo] estivessem iguais as gravações [dos álbuns]”.
Sobre o medicamento indicado para dores que tomou durante a turnê da banda Down (outra banda do vocalista), em 2006, Anselmo diz: ”[Eu aprendi que] não podia beber mais como um cara de 21 anos. Eu tentei. Tentei muito bem”.
E continua: "Quando vejo as imagens [no DVD de Down, “Diary Of A Mad Band”], é como se eu falasse, 'Eu não posso acreditar que sou eu de novo’. Isto não saiu melhor do que quando eu estava desarrumado.” E termina esse assunto, dizendo: "Eu não quero ver essa versão de mim. É feio de assistir.”
Na entrevista, também faz declarações para sua namorada: ”Eu a amo. Ela é a âncora da minha vida. Entrou em minha vida e pegou o pior momento de Philip. Ela me colocou na linha: Era ela ou as drogas. Eu a escolhi, em boa-fé. E valeu a pena.”
Fonte desta matéria: Blabbermouth