Wagner Xavier falou com a pZ sobre o lançamento de Rock Raro, e o resultado você confere abaixo…
poeira Zine – Como surgiu a ideia de criar um livro desse tipo?
Wagner Xavier – Em algumas viagens, eu saí em busca de um livro que trouxesse informações sobre discos raros dos anos 60 e 70. Vi que existiam alguns livros que traziam informações sobre capas e discografias de grupos, porém nenhum com resenhas e fotos coloridas. No final percebi que o livro não existia no formato que eu queria comprar, então decidi realizar o trabalho. Já havia plantado árvores e feito filhos, faltava apenas escrever um livro. Também pensamos em como ajudar a fortalecer o rock mais antigo, o mercado e as lojas que tanto gostamos… Sabemos também que o trabalho irá divulgar um período musical muito rico para as novas gerações.
pZ – Foi tudo baseado na sua coleção particular, certo? Fale um pouco sobre isso…
WX – Eu e meu amigo/colaborador João Carlos Roberto optamos por resenhar discos de nossas coleções. Selecionamos aproximadamente 500 discos num primeiro instante e então chegamos a este universo de 352 álbuns. As três premissas que usamos foram: gostar do disco, esse ser relativamente raro e também possuir essa obra em nossa coleção. Decidimos incluir apenas um álbum por banda/artista, o que foi uma tremenda tortura, pois grupos como Dust, Jeronimo, Birth Control, Black Widow, entre outros, possuem vários discos legais e que temos nas nossas coleções. Concluímos que isso ficaria inviável, então optamos por este modelo, privilegiando um único disco por banda, mas também abordando vários grupos diferentes.
pZ – Como está sendo a repercussão do livro? Tem muita gente no Brasil que se interessa pelo rock mais obscuro dos anos 60 e 70?
WX – Tem sido bem maior do que esperávamos. Na realidade o trabalho foi projetado e idealizado como uma realização de um sonho pessoal, sem grandes pretensões, mas felizmente a procura tem sido muito grande, com gente de todo o Brasil, além de colecionadores de países como Espanha, Argentina, Portugal e França.
pZ – Você é daquele tipo que prefere um “Led Zeppelin obscuro do interior da Malásia” do que o próprio Led Zeppelin, só porque esse primeiro não fez sucesso e pouca gente conhece?
WX – Ótima pergunta (risos). Em hipótese alguma eu optaria pelo primeiro caso; nosso gosto por essas coisas mais raras é bem seleto e o que vale mesmo é a qualidade do som do grupo. Aliás, existe também muita coisa ruim dessa época que provavelmente é rara exatamente por isso… Como falei, escolhemos discos que realmente gostamos. As cotações, aliás polêmicas, já indicam os melhores discos, ou aqueles que mais agradam os autores. Ou seja, pode ser de qualquer lugar, mas se a gente não gostar, não faz sentido entrar no livro. E por falar nisso, tem algum grupo legal na Malásia (risos)? Nas Filipinas gostamos muito do Juan de La Cruz, e este entrou no livro (risos).
pZ – Qual o recado para quem quiser comprar o livro?
WX – Em São Paulo, o livro está sendo vendido na Praça Benedito Calixto aos sábados, na Galeria do Rock e na Galeria Nova Barão. Em Joinville, na Rock Total e na Highway Music, e também via o site das livrarias Midas e Curitiba. Também atendemos via e-mail, através do rockraro@gmail.com
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