17 de agosto de 2010

Dave Mustaine: animado com relacionamento com o Metallica

Em uma nova entrevista com Greg Kot do Chicago Tribune, o líder do Megadeth, Dave Mustaine, revela que "o maior engano" que ele gostaria de esclarecer em sua recentemente publicada autobiografia, "Mustaine: A Heavy Metal Memoir", é sobre todos os "desentendimentos com outras bandas", que ele afirma serem "tão antigos".
Ele completa, "nenhum de nós liga mais para isso. VOcê pode ver o que aconteceu com a reunião dos 'Big Four' (Metallica, Slayer, Megadeth e Anthrax) e todos nós tocando juntos. Muitas pessoas tem desentendimentos. Mas nós estávamos no palco tocando juntos e nos abraçando no fim. Como isto pode ser uma briga quando você tem uma prova lá, registrada? Isto sairá em DVD. Isto mostra para vocês como que esta coisa terrível foi perpetuada pela imprensa."
Quando pressionado em admitir que sua relação com estas outras bandas teve sua parcela de tensão e competitividade no passar dos anos, Mustaine responde, "como Lars (Ulrich do Metallica) diz, há o relacionamento que temos e o relacionamento que a imprensa acha que todos nós temos. E a prova é que quando nós todos estávamos fazendo a jam de 'Am I Evil?' (do Diamond Head), eu ouvia o quão alto o público estava, e estava tão alto quando nós nos abraçamos quanto quando estávamos tocando a música. Me deu arrepios. James (Hetfield do Metallica) e eu sermos capazes de nos abraçar naquela plataforma mostra às pessoas que o metal é uma comunidade unida. Nós não deixamos os feridos para trás. Kerry (King do Slayer) disse para mim, 'eu nem me lembro mais porque eu estava bravo com você'. O que é importante é que os quatro pilares da comunidade do metal estão todos em um ótimo relacionamento agora. É uma pena que nossos políticos não possam se dar bem também."
Após isso, Kot aponta que há uma cena no documentário "Some Kind of Monster" do Metallica onde Mustaine e Lars conversam, e Dave aparece como uma pessoa que nunca realmente superou ter sido demitido do Metallica em 1983. Mustaine responde que "eu acho que está bem certo. Eu ligo para essas coisas. Eu ainda ligo. Eu estava bebendo e me drogando, mas eu nunca recebi nenhum aviso de Lars ou James quando eles me demitiram. Eles só me colocaram em um ônibus e me mandaram para casa. O filme era algo que eles estavam fazendo, e eu não sabia sobre o que era. Eu já passei por terapia demais, então eu não liguei de ter sido colocado naquela situação. Tudo que eu queria era um pouco de proximidade e ter um novo relacionamento com esses caras. Nós fizemos tanto mal ao relacionamento através das drogas e álcool. Eu ainda queria ser amigo dele. Eu sabia que sentar e conversar com aquele cara ajudaria em partes. Eu só queria proximidade desses caras para que pudéssemos deixar o passado para trás. Nós éramos crianças quando tudo isso aconteceu. Mas James não estava lá quando Lars e eu tivemos nossa conversa (no filme). James disse para mim no show dos 'Big Four' que ele gostaria de ter estado lá, e eu fiquei sentido por isso. Eu achei que ele foi um cavalheiro, e estava muito orgulhoso dele. Isto é tudo tão fantástico agora. Eu estou tão animado com este novo relacionamento que eu tenho com estes caras."
A entrevista completa, em inglês, pode ser lida clicando aqui.
Matéria original: Metallica Remains

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