Em uma nova entrevista com Greg Kot do Chicago Tribune, o líder do Megadeth,
Dave Mustaine, revela que "o maior engano" que ele gostaria de
esclarecer em sua recentemente publicada autobiografia, "Mustaine: A
Heavy Metal Memoir", é sobre todos os "desentendimentos com outras
bandas", que ele afirma serem "tão antigos".
Ele completa, "nenhum
de nós liga mais para isso. VOcê pode ver o que aconteceu com a reunião
dos 'Big Four' (Metallica, Slayer, Megadeth
e Anthrax) e todos nós tocando juntos. Muitas pessoas tem
desentendimentos. Mas nós estávamos no palco tocando juntos e nos
abraçando no fim. Como isto pode ser uma briga quando você tem uma prova
lá, registrada? Isto sairá em DVD. Isto mostra para vocês como que esta
coisa terrível foi perpetuada pela imprensa."
Quando pressionado
em admitir que sua relação com estas outras bandas teve sua parcela de
tensão e competitividade no passar dos anos, Mustaine responde, "como
Lars (Ulrich do Metallica) diz, há o relacionamento que temos e o
relacionamento que a imprensa acha que todos nós temos. E a prova é que
quando nós todos estávamos fazendo a jam de 'Am I Evil?' (do Diamond
Head), eu ouvia o quão alto o público estava, e estava tão alto quando
nós nos abraçamos quanto quando estávamos tocando a música. Me deu
arrepios. James (Hetfield do Metallica) e eu sermos capazes de nos
abraçar naquela plataforma mostra às pessoas que o metal é uma
comunidade unida. Nós não deixamos os feridos para trás. Kerry (King do
Slayer) disse para mim, 'eu nem me lembro mais porque eu estava bravo
com você'. O que é importante é que os quatro pilares da comunidade do
metal estão todos em um ótimo relacionamento agora. É uma pena que
nossos políticos não possam se dar bem também."
Após isso, Kot
aponta que há uma cena no documentário "Some Kind of Monster" do
Metallica onde Mustaine e Lars conversam, e Dave aparece como uma pessoa
que nunca realmente superou ter sido demitido do Metallica em 1983.
Mustaine responde que "eu acho que está bem certo. Eu ligo para essas
coisas. Eu ainda ligo. Eu estava bebendo e me drogando, mas eu nunca
recebi nenhum aviso de Lars ou James quando eles me demitiram. Eles só
me colocaram em um ônibus e me mandaram para casa. O filme era algo que
eles estavam fazendo, e eu não sabia sobre o que era. Eu já passei por
terapia demais, então eu não liguei de ter sido colocado naquela
situação. Tudo que eu queria era um pouco de proximidade e ter um novo
relacionamento com esses caras. Nós fizemos tanto mal ao relacionamento
através das drogas
e álcool. Eu ainda queria ser amigo dele. Eu sabia que sentar e
conversar com aquele cara ajudaria em partes. Eu só queria proximidade
desses caras para que pudéssemos deixar o passado para trás. Nós éramos
crianças quando tudo isso aconteceu. Mas James não estava lá quando Lars
e eu tivemos nossa conversa (no filme). James disse para mim no show
dos 'Big Four' que ele gostaria de ter estado lá, e eu fiquei sentido
por isso. Eu achei que ele foi um cavalheiro, e estava muito orgulhoso
dele. Isto é tudo tão fantástico agora. Eu estou tão animado com este
novo relacionamento que eu tenho com estes caras."
A entrevista completa, em inglês, pode ser lida clicando aqui.
Matéria original: Metallica Remains
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