5 de outubro de 2011

Live Freaky Die Freaky - 2006






Escrito por Tim Armstrong (Rancid) essa animação ultrapassa os limites do sarcamo se baseando nos assassinatos que o bando do Charles Manson cometerão,deixando o papel principal para Manson em situações bizarríssimas. Dublado por Billie Joe, Travis Barker, Lars Frederiksen e outras figuras do punk rock atual.




Rapture of the Deep: Tour Edition - Deep Purple

Seis anos após o seu lançamento, "Rapture of the Deep", o último álbum de inéditas do Deep Purple, volta às lojas em uma edição dupla especial. Décimo-oitavo disco de estúdio da lendária banda inglesa, uma das mais importantes e influentes do hard rock e do heavy metal, "Rapture of the Deep" é apenas o segundo trabalho em toda a sua carreira a não contar com o tecladista Jon Lord, substituído em 2002 por Don Airey.





Imagem
O fato é que a entrada do ótimo Steve Morse no posto do genial e temperamental Ritchie Blackmore, somada à adição de Airey, rejuvenesceram o som do Purple, fazendo-o soar mais energético e vibrante. Dessa maneira, "Rapture of the Deep" segue a ótima qualidade apresentada no trabalho anterior, "Bananas" (2003). Don Airey sai da postura de reverência e respeito absoluto ao aposentado Lord e insere a sua personalidade mais incisivamente no som do Purple. O ápice do trabalho é a balada madura “Clearly Quite Absurd”, uma canção que exemplifica, em termos práticos, porque o Deep Purple ainda deve ser ouvido.
A versão especial dupla que chega agora ao mercado brasileiro via Hellion Records foi lançada originalmente em 2006, e traz o sub-título "Tour Edition". O principal atrativo dessa edição turbinada é a faixa “MTV”, bônus em alguns países mas até então inédita aqui no Brasil. Nela, o Purple faz um contundente desabafo sobre como a indústria da música trata atualmente o rock clássico, e cujo exemplo maior ocorre na MTV, outrora uma emissora dedicada integralmente à música mas que hoje vive de reality shows e programas de qualidade duvidosa dirigidos ao público adolescente. O CD bônus traz ainda uma nova versão para a bela “Clearly Quite Absurd”, b-sides e versões ao vivo.
"Rapture of the Deep – Tour Edition" é, sem dúvida alguma, um item de colecionador. O material adicional acrescentado é de grande qualidade, o que, somado às faixas originais do disco, torna esse item um dos mais interessantes álbuns gravados pelo Deep Purple em muitos anos.
Se você ainda não tem, compre já. E, caso você já possua a versão normal do álbum, essa nova edição vale pelo conteúdo e, no caso específico dos colecionadores, por também trazer uma capa diferente da original.
CD 1
Money Talks
Girls Like That
Wrong Man
Rapture of the Deep
Clearly Quite Absurd
Don't Let Go
Back to Back
Kiss Tomorrow Goodbye
MTV
Junkyard Blues
Before Time Began
CD 2
Clearly Quite Absurd (New Version)
Things I Never Said
The Well – Dressed Guitar (Studio Version)
Rapture of the Deep (Live)
Wrong Man (Live)
Highway Star (Live)
Smoke on the Water (Live)
Perfect Strangers (Live)

Cult of the Dead - Legion Of The Damned



Imagem
Pois bem, é praticamente isso que acontece nesse trabalho, que curiosamente também é de 2008. Novamente os holandeses dominam no moderno e visceral thrash metal sem firulas. Sim, o que apresentam aqui é aquele som sem novidades, mas muito, muito empolgante.
Nas 11 faixas, os caras não deixam a “palheta” cair (trocadinho bobo, né?) e conseguem fazer um som cheio de energia e agressividade. Mesmo. Músicas como “Sermon of Sacrilege (Intro)”, “Pray and Suffer”, “Necrosophic Rapture” (que pancada!) e a violentíssima “Solar Overlord” (a melhor) evidenciam o crescimento da banda na cena underground mundial. E o Brasil é um dos que mais acompanha essa tendência, dando ao conjunto o reconhecimento mais que merecido.
A qualidade do som está perfeita, com tudo bem pesado e equilibrado, uma jóia! Material gráfico: excepcional! Capa maravilhosa, cheia de detalhes e boas fotos, tudo num papel luxuoso, característica dos CDs da distribuidora brasileira.
E a Laser Company nos brinda novamente com um DVD bônus. O menu é legalzinho, a introdução é caprichada, e o conteúdo é um ensaio da banda, com imagens bem trabalhadas em preto e branco, mas com o som mais ou menos... nesse aspecto, isso foi esquisito. Se houve uma produção bacana, com ao menos três filmadoras captando brutalidade do grupo, porque não investiram no som também? Mas enfim, por se tratar de um disco bônus, não se pode reclamar, pois ainda assim, vale, e muito, a pena vê-lo, não tenha dúvidas.
No geral, “Cult of the Dead” é um trabalho fenomenal, mas talvez levemente menos inspirado do que “Feel the Blade”. Mas vejam bem: esse “levemente” é praticamente insignificante. O efeito devastador é o mesmo, ou até maior, visto que aqui existem mais músicas velozes do que o outro álbum.
E uma coisa deve ser declarada: a Legion of the Damned talvez seja hoje a melhor banda de thrash metal com características modernas da atualidade. Abaixo, o bom clipe da faixa-título.
Legion Of The Damned - Cult of the Dead
Laser Company – 2008 – Holanda
http://www.legionofthedamned.net
http://www.myspace.com/legionofthedamned

Tracklist
1. Sermon of Sacrilege (Intro)
2. Pray and Suffer
3. Black Templar
4. House of Possession
5. Black Wings of Yog Sothoth
6. Cult of the Dead
7. Necrosophic Rapture
8. Enslaver of Souls
9. Solar Overlord
10. Lucifer Saviour
11. The Final Godsend

http://whiplash.net/materias/cds/139524-legionofthedamned.html

Hoist The Colors - Paddy's Allstars



Imagem
Paddy' Allstars, formado em 2006 na Croácia, abraça com competência esse estilo, pois em seu primeiro registro apresenta tudo que o Pirate Metal tem de melhor. O vocal de Dado inegavelmente lembra a voz de um pirata, mesmo sendo meio ríspida, entoando bem as passagens melódicas e agressivas e o resultado agrada completamente. As linhas guitarrísticas cumpre bem seu papel, tocadas de forma rápidas e potentes como manda o estilo. A cozinha baixo e bateria são bem atuantes, até mesmo mais do que muitas bandas de destaques por ai, e aparecem em vários momentos, com criatividade.
E agora vem a parte que mais aprecio, os intrumentos folclóricos que nesse trabalho são excelentes, compostos por violino e flauta. Esses instrumentos  aqui não funcionam para criar climas épicos, na verdade, são utilizados para realçar a beleza das canções e gerar uma energia vibrante, quase dançante. O violino é destaques em muitas músicas e muitas vezes é a base da melodias das composições, igualmentes a flauta que traz uma sonoridade única para a banda.
Mas nem tudo é perfeito, a produção poderia ser melhor, assim como os refrões das músicas deveria ser mas marcantes, mas ai é pedir demais, né!? Mas tudo que foi dito acima não tira a qualidade do álbum, com músicas bem executadas e composições muito bacanas garantem bons momentos de audição, Confiram.
Faixas:
01. Autumn Equinox
02. We Gather
03. Long Road Home
04. Ships of Our Fathers
05. North-Northwest of The Wall
06. Pirate’s Life For Me
07. Durin’s Song
08. Beneath the Waves (instrumental)
09. Rusty Side of Zagreb
10. Hoist The Colors
11. Paddy’s Allstars

More Than Their Lies - Confiteor



Imagem
E este é um registro de Heavy Metal que segue orgulhosamente por uma linha tradicional e tipicamente européia. Buscando influências no Power e Thrash, “More Than Their Lies” oferece composições bem diversificadas entre si, muito pesadas e com uma atenção toda especialàs melodias. Ainda que a faixa-título e "Unperfect Heart" representem bem a sonoridade dos baianos, são as ótimas guitarras de “Poisoned Words” que a elevam ao posto de destaque ao longo dos 20 minutos de audição.
O EP pode ser baixado direto do MySpace do Confiteor, mas seu formato físico tem como bônus uma versão acústica para "Unperfect Heart", que ficou realmente bacana. A realidade é que este EP nada mais é do que um aperitivo para o primeiro álbum completo, que neste momento está sendo organizado em estúdio e com lançamento previsto para o primeiro semestre de 2012. Boa sorte ao pessoal!
Formação:
Dan Loureiro - voz e baixo
Victor Mattos - guitarra
Fred Barros - guitarra
Louis - bateria
Confiteor – More Than Their Lies
(2011 / CD-demo – importado)
01. More Than Their Lies
02. Unperfect Heart
03. Poisoned Words
04. Unperfect Heart (versão acústica)

Whole Love - Wilco



Imagem
Com lançamento no próximo dia 27/09, o oitavo álbum do grupo causou comoção entre os mais fanáticos ao ser liberado para streaming durante os dias 3 e 4 de setembro últimos. Produzido por Tweedy ao lado do parceiro Pat Sansone e de Tom Schick, "The Whole Love" diferere do trabalho anterior, "Wilco (The Album)" (2009) por trazer novamente para o jogo a experimentação, ingrediente em falta no último disco.
Isso já fica claro na bela “Art of Almost”, uma pérola com pouco mais de sete minutos onde a ousadia – amigável para os habituados com o universo do grupo, um tanto impenetrável para os virgens nesse aspecto – é o prato principal e faz toda a diferença, tanto pelo andamento inusitado quanto pelos sons e timbres incomuns, cujo ponto alto é o solo puramente Neil Young do excepcional guitarristaNels Cline.
O disco alterna canções em que a banda claramente olha para o seu passado – como na alt-country “I Might”, na ótima “Dawned on Me” (aquele pop perfeito sempre presente) e no single “Born Alone” - com outros mais densos, onde aproxima-se da velha conhecida e sempre bem-vinda melancolia - “Sunloathe”, a linda “Black Moon”, “Open Mind” e “Rising Red Lung”.
No meio disso tudo, a valsinha “Capitol City” reluz com um brilho solar poucas vezes presente em um álbum do conjunto, levando o ouvinte a tiracolo por suas melodias e linhas vocais que, como não poderia deixar de ser, transbordam emoções. Algo similar ocorre na faixa-título, com Tweedy brincando com o seu falsete em uma composição deliciosa.
No final das contas, "The Whole Love" é um bom trabalho, no mesmo nível do seu antecessor, mas claramente inferior ao que a banda já fez em discos excelentes como "Being There" (1996), "Summerteeth" (1999), "Yankee Hotel Foxtrot" (2002), "A Ghost is Born" (2004) e "Sky Blue Sky" (2007), trabalhos que fazem com que sempre se espere algo genial, inovador e único vindo do grupo. Mesmo assim, o uso do clichê aqui é inevitável: um álbum mediano do Wilco é superior à maioria do que se produz por aí.
Ouça e comprove.
Faixas:
Art of Almost
I Might
Sunloathe
Dawned on Me
Black Moon
Born Alone
Open Mind
Capitol City
Standing O
Rising Red Lung
Whole Love
One Sunday Morning (Song for Jane Smiley's Boyfriend)

Prevail - Kataklysm



Imagem
A verdade é que as músicas são mais diretas e fortes. Pegando o exemplo da faixa-título, que abre o CD: um som muito bom, poderosíssimo, já tido como o melhor do disco. Além disso, o Kataklysm manteve um pouco mais de velocidade em suas composições, coisa que foi se perdendo ao longo dos anos.
Outros destaques são a contagiante “The Chains of Power”, com uma pegada mais thrash; “To the Throne of Sorrow” e os blast beats insanos (mesmo com aquela coisa sem graça do bumbo apenas marcar o tempo da batida -coisa que já mencionei na resenha do “Heaven’s Venom”); “Tear Down the Kingdom” com sua melodia bem dosada contrastando com trechos bem brutais; e a maravilhosa instrumental “The Last Effort (Renaissance II)”, um verdadeiro show.
O vocal de Maurizio Iacono está em grande forma, talvez o melhor timbre de toda a discografia do conjunto. Ele soa raivoso e consegue facilmente passar o sentimento na gravação. Seus berros rasgados também estão de parabéns. Falando em gravação, novamente os canadenses acertaram na excelente qualidade de produção, e no encarte, um dos mais bonitos que a banda já produziu. A capa, por exemplo, é espetacular.
A versão brasileira do álbum traz um DVD bônus (valeu pelo presentaço, Laser Company!) com o videoclipe de “Taking The World By Storm”, que você vê abaixo, além de uma galeria de fotos e onze faixas ao vivo gravadas em Las Vegas, Estados Unidos. Os integrantes parecem selvagens no palco, com uma performance realmente empolgante. Imagem e som também estão ótimos, e vale a pena até falar do menu animado, que é de uma simplicidade extrema, mas cujo efeito gerado ficou demais.
O jeito death metal do Kataklysm ainda permaneceu em “Prevail”, mesmo que de forma mais tímida. Mas o som do pessoal continua repleto de qualidade e criatividade. Quem acompanha a banda, conhece suas metamorfoses. Logo, já sabe o que esperar e o que não: sim para porradaria e melodia, e não para a uma mesma fórmula a cada disco lançado.
Junto com o video de “Taking The World By Storm”, fica também o clipe “Blood In Heaven” aí.
Kataklysm – Prevail
Laser Company – 2008 – Canadá
http://www.myspace.com/kataklysm
Tracklist
1. Prevail 03:54
2. Taking the World by Storm 03:58
3. The Chains of Power 03:19
4. As Death Lingers 03:29
5. Blood in Heaven 05:15
6. To the Throne of Sorrow 04:49
7. Breathe to Dominate 03:59
8. Tear Down the Kingdom 04:21
9. The Vultures Are Watching 05:57
10. The Last Effort (Renaissance II) 05:01

Retaliation (single) - DarkTower



Imagem
São somente duas canções, mas cuja qualidade é de altíssimo nível, não somente de produção e encarte, mas principalmente de criatividade e competência em fazerem músicas tão boas. Só com isso, a DarkTower já se destaca bastante no cenário nacional.
estilo de música dos caras? Passa pelo death, heavy e mais pelo black metal, só que os caras vão além, e conseguem trazer até certa originalidade ao som. Desse modo, prefiro usar a definição da própria banda que, embora bastante simples, se encaixa melhor: metal extremo.
Vocais dobrados arrepiantes, bateria precisa e por vezes furiosa, riffs melódicos misturados a outros agressivos, e um baixo que preenche bonito o som dos caras, enfim, tudo colabora para que esse trabalho seja uma das maiores surpresas do ano.
As músicas se chamam “Retaliation” e “Blood Down the River”, e apresentam variações rítmicas muito boas, além de uma riqueza enorme de arranjos. Tem espaço até para vozes limpas e melódicas que aqui, não soaram forçadas.
Atualmente o grupo conta com mais um guitarrista, Makiavel, que agora faz dupla com Niccollo. Para não passar em branco, além dos dois, os outros integrantes são Galf L. (vocal), Argos (bateria, vocais limpos e baking vocal), e Hanged (baixo).
Uma pequena curiosidade: o nome DarkTower é escrito assim mesmo, sem separação de palavras, e com maiúscula “T”.
“Retaliation” é uma prévia do vindouro full-length “... of Chaos and Ascencion” que, segundo a banda, será lançado no final do ano. Que assim seja! E a melhor parte vem agora: as duas perfeições estão disponíveis para download! Façam bom proveito, porque a banda já cravou sua marca no underground nacional!
DarkTower – Retaliation
Independente – 2011 – Brasil
TRACKLIST
1- Retaliation
2- Blood Down the River

X Factor - Iron maiden



Imagem
Passando por problemas pessoais, como seu divórcio com Lorraine, junto a quem teve quatro filhos (incluindo a cantora Lauren Harris) e ainda magoado com ocomportamento de Dickinson após anunciar sua saída, o baixista e líder do então quinteto, Steve Harris, mostrou ao mundo o lado mais obscuro de sua criatividade. Músicas de desesperança, retratos de guerra, medo, angústia e depressão marcaram o conteúdo do álbum. A própria capa, trazendo um Eddie totalmente transfigurado em uma experiência, já deixava claro qual seria o clima.
Abrir o álbum com um épico de onze minutos (segunda faixa mais longa da discografia do Maiden) como “Sign of the Cross” foi mais uma ousadia. E a música vingou, tanto que seguiu no setlist nas turnês de Virtual XI e Brave New World – além de ser cantada por Blaze em seus shows-solo até hoje. Além dela, os singles “Man on the Edge” e “Lord of the Flies” também figuraram entre as preferidas dos fanáticos. Mas não fica só nelas. A densa “Fortunes of War” e a ótima melodia de “Look For the Truth” também merecem ser citadas. “Blood on the World’s Hands” conta com uma das melhores introduções de baixo já feita por Harris. Bem melhor que as dos trabalhos recentes. Também vale lembrar “The Edge of Darkness”, baseada na obra de Joseph Conrad, Heart of Darkness, mesma que inspirou o mega-clássico da sétima arte, Apocalypse Now.
Apesar de algum estardalhaço por parte da crítica especializada, que desceu a lenha sem dó nem piedade, The X Factor não chegou a desagradar totalmente. O problema maior foi quando Blaze teve que mostrar sua capacidade de interpretar os clássicos da banda nos shows. Aí a coisa ficou feia demais, como é possível constatar em qualquer vídeo no Youtube – se você tiver coragem de conferir, é claro.
Com o tempo, o disco foi ganhando status de ‘cult’, uma verdadeira recompensa para Steve, que sempre declarou em entrevistas que, junto com Seventh Son of a Seventh Son, The X Factor era seu trabalho preferido do Iron Maiden. Os apreciadores e detratores se dividem, mas o fato é que a obra passou no teste do tempo e chega a seu décimo - quinto aniversário ainda soando atual.
Observação: Atualização de texto publicado há um ano no Blog Van do Halen.

Coverdale - Page - David Coverdale & Jimmy Page



Imagem
‘’Como Assim?’’, você se pergunta ai do outro lado. É simples, durante algum tempo, antes de se fazer o álbum em questão, David Coverdale afirmava que o Led Zeppelin plagiou muitas músicas ao longo da carreira. Essa afirmação feria, não só o pessoal inteiro do Led Zeppelin, mas em especial, um personagem crucial no negócio todo do álbum ‘’Coverdale – Page’’, Jimmy Page.
E assim foi indo até uma linda tarde ensolarada do ano de 1991, há exatos 20 anos, que nosso querido David Coverdale, defensor dos plagiados e dos oprimidos, fora convidado para participar de um trabalho paralelo com Jimmy Page, sim amiguinhos, o mesmo que fora acusado de plágio pelo vocalista.
Negócios são negócios, e não há nada, entre dois monstros do rock, que não possa ser resolvido com um álbum que prometia vendagens exorbitantes, uma bruta turnê e umas garrafas de Jack Daniel’s.
Foi na casa de Jimmy Page que a bagaça toda começou a ser feita. No estúdio caseiro do guitarrista foram feitas algumas jams, que empolgava, cada vez mais, os dois músicos, e por consequência fora assinado um contrato, e o projeto ‘’Coverdale – Page’’ começava. Mas tudo foi feito por baixo dos panos, sem ninguém saber.
Com o álbum feito, o lançaram em 1993, e com os seguintes singles para a promoção do disco: ''Shake My Tree'', "Take Me for a Little While", "Take a Look at Yourself", "Over Now", e ''Pride And Joy''.
Com o álbum lançado, começam-se as turnês. A primeira turnê, e única, foi no Japão, e foi um sucesso total, com sete shows de ótima qualidade. Porém, nada disso bastou, e os convites para outras turnês na Europa e EUA não vieram.
O álbum não teve tanta repercussão como esperado, mas foi o suficiente para atiçar, um certo ciúmes, por parte de Robert Plant, que afirmava que Coverdale o copiava, e colocou um certo apelido ‘’carinhoso’’ no vocalista do Whitesnake, ‘’Coverversion’’.
A pouca repercussão e as apresentações de Coverdale nos shows deixavam os empresários mais incomodados com as vendagens do álbum. Elas eram boas, mas não exorbitantes, como era de se esperar de uma dupla de peso como aquela. E, negócios sendo negócios, não há nada, entre dois monstros do rock que não possa ser desfeito com um álbum sem vendagens exorbitantes, e sem turnês ao redor do mundo.
Com o fim do projeto, os empresários de Jimmy Page não perderam tempo, e fizeram uma parceria entre o guitarrista e seu antigo companheiro de Led Zeppelin, Robert Plant. Parceria essa que rendeu o álbum ‘’No Quarter’’, de 1994, e o de inéditas ‘’Walking Into Clarcksdale’’, de 1997. E David Coverdale voltou, em 1997, com o Whitesnake. Lançando no mesmo ano, dois álbuns, ‘’Restless Heart ‘’, e o acústico ‘’Starkers In Tokyo’’.
Mesmo não durando, a dupla feita por David Coverdale & Jimmy Page, deixou um grande álbum de rock, que apresentam músicas que se destacam na discografia dos dois músicos, como o rock com um belíssimo riif ''Shake My Tree'' (que foi executada em alguns shows de Jimmy Page com o Robert Plant), a balada com uma levada Zeppeliana ''Take Me For A Little While'', a com um refrão grudento do tipo Whitesnake ''Take A Look At Yourself'', o blues forte de ''Don't Leave Me This Way'', e a pesada ''Whisper A Prayer For The Dying'' que encerra o álbum com chave de ouro. Há outras músicas que não foram lançadas com o álbum, mas podem ser ouvidas no youtube, como ‘’Saccharin’’, e ‘’Southern Comfort’’.
Faixas:
1. Shake My Tree
2. Waiting On You
3. Take Me For A Little While
4. Pride And Joy
5. Over Now
6. Feeling Hot
7. Easy Does It
8. Take A Look At Yourself
9. Don't Leave Me This Way
10. Absolution Blues
11. Whisper A Prayer For The Dying

Prophecies - Dragon's Cry



Imagem
“Sounds of a Prophecy” é a intro, como de praxe no estilo, mas é um tanto diferente e bem composta. “The One” é muito boa e bem agressiva, alternando entre vocal com drives e vocal melódico. “Judgment and Justice” tem uma levada medieval muito boa. “King of Zion” começa meio devagar e vai evoluindo, é muito boa e com ótima melodia.
“Majestic New Age” é uma instrumental, progressiva e pesada, com várias notas contra e riffs excelentes. “Just Like Us” é uma faixa de narração, e o instrumental é bem sinfônico, muito bom.
“A Voice in the Thunder” parecia uma música lenta até que começa a pauleira. Muito boa a música e é um Power Metal bem tradicional. “Desert” é bem progressiva e pesada, com os vocais alternando entre graves e agudos. “Tribes of Issar'El” é bem melódica com uma excelente melodia, e uma subida de tom no final que foi praticamente despercebido, o que é muito bom.
“Fates Traced” é outra faixa de narração pra encerrar o disco.
Em suma é um álbum ótimo, Dragon’s Cry faz um Power Metal de qualidade, muito bem composto e pesado, com ótimos arranjos e várias influências diferentes em cada música.
01 - Sounds of a Prophecy
02 - The One
03 - Judgment and Justice
04 - King of Zion
05 - Majestic New Age
06 - Just Like Us
07 - A Voice in the Thunder
08 – Desert
09 - Tribes of Issar'El
10 - Fates Traced

Immerse In Infinity - Lost Soul



Imagem
Mantendo uma linha velocíssima, pesada e com uma pitada de melodia, o conjunto vem demolindo tudo à frente. Em relação às bandas consagradas citadas aí em cima, a Lost Soul se diferencia um pouco por trabalharem de uma forma mais técnica, mas muito brutal.
Imaginem um (agora cultuado) Fleshgod Apocalypse sem teclados ou vocais limpos, e vocês terão uma base do que isso aqui se parece. As músicas são surpreendentemente grandes, totalizando um disco de quase uma hora de duração em apenas oito canções.
“Revival”, que abre a pancadaria, é de uma precisão cirúrgica. Já “Personal Universe” começa com uma virada de bateria que beira o absurdo de velocidade, e os riffs matadores fazem desse som um hino. Um som trabalhado que deixa cravada sua marca no underground.
A terceira faixa – “...If the Dead Can Speak” – apresenta uma proposta diferente, com uma sonoridade mais quebradona (veja clipe abaixo) e trabalhada. Lembra muito Behemoth em seus momentos mais lentos. Particularmente não fez meu tipo, mas no contexto do disco, mantém o nível. É um momento de “descanso”.
Depois da calmaria, a tempestade retorna sob o nome “216”. Que pancada! Só depois de quase dois minutos e meio de violência sonora é que o vocalista dá o ar da graça para imprimir mais agressividade à canção. E no meio da ignorância sai um solo fantástico! Indo agora de uma porrada para outra. É a vez de “One Step too Far”, com um começo avassalador, dando espaço para muita técnica durante o resto de sua execução. Uma das melhores do CD!
Um novo momento de relativa tranquilidade com “Breath of Nibiru”, outra música destoante de “Immerse In Infinity”, mas mais agradável do que “...If the Dead Can Speak”. Destaque para os bumbos e para a bela construção da música, com uma levada meio épica.
Quase chegando ao fim do play, o caos retorna com a boa “Divine Project”. Devastação praticamente sem descanso. Muito legal o crescendo no meio da música, culminando em outro grande solo. Fechando o álbum, a batucada esquisita inicial de “Simulation” introduz outra grandiosa, profunda e destruidora canção, para acabar com tudo em alto estilo. Realmente, o conjunto é surpreendente, mas quem se sobressai aqui é o baterista Desecrator, com sua técnica bastante apurada. O cara consegue fazer músicas trabalhadas e ao mesmo tempo extremamente agressivas, priorizando o pé no acelerador, mas com classe, muita classe.
Qualidade de gravação ótima, dispensa comentários. Em suma, é apenas uma questão de tempo para a Lost Soul ter seu trabalho reconhecido com justiça, porque qualidade e competência são as palavras que melhor definem a banda, que tem tudo para se tornar cult no submundo do som extremo.
Lost Soul - Immerse In Infinity
Witching Hour Productions – 2009 - Polônia
http://www.myspace.com/lostsoulofficial
Tracklist
1. Revival
2. Personal Universe
3. ...If the Dead Can Speak
4. 216
5. One Step too Far
6. Breath of Nibiru
7. Divine Project
8. Simulation

Heritage - Opeth



Imagem
Tal mistura sempre atraiu admiradores, como também afastou ouvintes - que não simpatizavam com alguns elementos presentes do grupo. Todavia, em meio a essa "salada de influencias musicais", algo sobressai-se na música do Opeth: a imprevisibilidade. Esse atributo costuma marcar desde a estrutura das canções, até asletras e a capa de um disco da banda.
"Heritage" fora anunciado como um álbum a parte, provocando um certo furor na mídia especializada. Uma das declarações, feitas por Mikael Akerfeldt (líder do grupo), era de que, tal como "Damnation" (2003), o vocalgutural - um dos principais elementos da música doOpeth  - não estaria presente em nenhuma das faixas desse disco. Contudo, diferentemente de "Damnation", o foco desse trabalho voltaria-se, principalmente, a música progressiva como era produzida nos anos 70 (ano que marca o ápice criativo do estilo).
Um fato que marcou - e preocupou os fãs - foi a saída do tecladista Per Wiberg logo após a gravação do álbum. O motivado da saída, alegado pelo músico, foi de que ele gostaria de tocar sua própria música. A faixa-título, que abre o disco, curiosamente foi a única faixa em que Per não contribuiu no trabalho. Cortesia de seu substituto (Joakim Svalberg) a bela peça, baseada no piano, introduz ao primeiro single do disco: "The Devil's Orchard".
Já conhecida de alguns, antes do lançamento do disco, "The Devil's Orchard" é uma das faixas mais "tradicionais" desse trabalho, possui ótimas variações e um riff principal que é tão original como, na mesma proporção, grudento. Influências de bandas como "Camel", "King Crimson", "Jethro Tull" e até "Yes" seguirão até o fim do disco... e essa é a faixa mais próxima do "Opeth" tradicional - se é que é possível traçar um limite de "tradicionalidade" para a música do grupo.
A próxima canção ("I Feel the Dark") é uma das melhores. Sabe aquele tipo de música que melhora a cada audição? Essa é uma delas. A passagem mais pesada pode ser curta, mas é a 'cereja no topo do bolo' aqui. Já a quarta faixa ("Slither") é uma das músicas mais diferentes do disco e da carreira do "Opeth". Trata-se de uma homenagem ao falecido vocalista Ronnie James Dio (ex-Black Sabbath, Rainbow) e mescla elementos de grupos de rock setentistas, como o próprio "Rainbow". Infelizmente, a composição destoa demais das outra canções, soa fora do contexto, como um 'b-side' perdido dentro do álbum. Nem o clássico, e belo, final dedilhado aproxima ela do contexto do disco.
"Nephenthe", "Haxprocess" e "Famine" seguem com o clima progressivo do ínicio do álbum, porém aliando elementos jazzísticos e psicodélicos em suas fórmulas. A última citada é uma das umas das músicas mais ousadas já produzidas pela banda, contando, inclusive, com a presença de flautas. Porém, nesse ponto a audição do álbum, perigosamente, pode tornar-se cansativa.
"The Lines in My Hands" destaca-se pelas excelente linhas de bateria e imprisivilidade em si, excelentes solos de violão a enriquecem bastante essa música que é uma das mais curtas do disco e da carreira da banda, famosa por faixas enormes. A próxima música ("Folklore") possui uma forte veia jazzística e experimental no geral - até mais que no resto do álbum - e soa agradavelmente psicodélica. Um dos destaques, com certeza.
Tal como foi introduzido, o álbum encerra-se, também, com uma faixa instrumental. "Marrow of the Earth" é uma das melhores, mais bonita e melancólica canção instrumental já composta pelo "Opeth". A riqueza de influências aqui é enorme. Não há o que comentar, apenas ouça!
Sim, Mikael Åkerfeldt não mentiu em nenhuma de suas declarações: "Heritage" é um álbum a parte, mas não apenas na discografia da banda, e sim na música contemporânea no geral. Explico: não se trata de um disco composto para ser apreciado, por exemplo, enquanto o ouvinte realiza diversas outras tarefas, ou escuta em algum fone pela rua - ao menos não recomendo nas primeiras audições. No geral, é um álbum complexo, com pouquissímos elementos de heavy metal - o que vai desagradar fãs puristas - e com canções difíceis de serem absorvidas de primeira.
Enfim, "Heritage" vai contra a maré de toda a música descartável tão perpetuada na atualidade. Confesso que demorei para compreendê-lo e foi dificil resenhá-lo, pois precisei de algumas e, introspectivas, audições para entender a obra em sua totalidade.
Claro que este disco trará novos apreciadores ao grupo, mas a chance de provocar uma resposta negativa, infelizmente, é ainda maior. "Heritage" é complexo desde sua capa - existe muito simbolismo por trás das imagens, vale a pena "estudá-la" -, até a última nota de "Marrow of The Earth". Mas a melancolia, a introspecção e o experimentalismo - mais do que nunca - tão característico da música do "Opeth" estão presentes. Todavia, quem esperar um "Still Life" (1999) - épico, agressivo e metal - ou até mesmo um "Damnation" - acessível, melodioso e depressivo - quebrará a cara.
Apesar de ter gostado desse experimento, secretamente - agora, não mais - aguardarei o regresso das guitarras incrivelmente distorcidas e dos guturais.
Músicas-chave:
"Folklore" ; "I Feel the Dark" ; "Marrow of The Earth"
Formação:
Mikael Åkerfeldt - vocais e guitarra
Fredrik Åkesson - guitarra
Martín Méndez - baixo
Martin Axenrot - bateria
Joakim Svalberg - teclado
Tracklist:
1. Heritage 02:05
2. The Devil's Orchard 06:40
3. I Feel the Dark 06:40
4. Slither 04:03
5. Nepenthe 05:40
6. Häxprocess 06:57
7. Famine 08:32
8. The Lines in My Hand 03:49
9. Folklore 08:19
10. Marrow of the Earth 04:19

Petrean Self - Valhalla



Imagem
As garotas já estão na ativa desde 1989, mas até então, nunca haviam tido de fato uma chance de mostrar toda a sua competência para o mundo. Pois foi com esse álbum, um marco na história do metal brazuca, que tiveram o reconhecimento há tempos merecido.
O nível técnico das músicas assusta. O CD possui uma incrível qualidade e criatividade. As meninas (bom, nessa gravação, foi um homem que tocou bateria) são brutais, e fazem miséria com seus respectivos instrumentos. É death metal sem frescura, mas muito bem executado. Sim, as garotas despejam uma avalanche de bons riffs, e juntamente com a bateria, alcançam uma sonoridadefabulosa, praticamente perfeita.
E são os riffs maravilhosos de “Between Dimensions” que impressionam. “Renunciation” também é grandiosa, cheia de peso e alguma melodia. A sexta música – “Battle by Truth” – também é um show de técnica e precisão. Que brutalidade! E a última faixa – “In the Darkness of Limb” – é na verdade uma regravação da música que dava título ao disco lançado em 1994. Mas querem saber? A versão original é melhor, tem mais pegada! Ainda sim, meus amigos, é tudo de altíssimo nível. A capa é linda, assim como o logotipo da banda e o restante do encarte, e a gravação é um tanto crua, mas muito boa!
Em 2009, as garotas soltaram o MCD “Innerstorm”, e depois, deram uma sumida. Que não demorem para lançar outra obra-prima, pois são grandes trabalhos como “Petrean Self” que dão argumento a nós, brasileiros, de que o death metal daqui é um dos melhores do planeta. Alguém discorda?
Valhalla – Petrean Self
Hellion Records – 2002 – Brasil
http://www.myspace.com/valhalladeathmetal
Tracklist
1. Intro
2. Unleash the Power
3. Between Dimensions
4. Renunciation
5. Celebrate of Circle
6. Battle by Truth
7. Inside
8. Labyrinth of Memories
9. Raven
10. The Last of Beings
11. In the Darkness of Limb

Abrahadabra - Dimmu Borgir



Imagem
E toda essa modernidade  trouxe mais um estilo de vocal, que já era dominado pelos rasgados e melódicos: agora, as vozes têm efeitos eletrônicos em determinados momentos, o que, convenhamos, ficou meio bizarro.
E quem acompanha o conjunto (já acompanhei, mas desisti no caminho) percebe o quanto o grupo foi modificando seu som durante os anos. Assim sendo, a ideia aqui é se desligar de qualquer outro trabalho da Dimmu e analisar “Abahadabra” como um álbum isolado (tudo bem, para mim, é mais fácil me desvencilhar, já que, como falei aí em cima, estava por fora dos últimos trabalhos da banda). Do contrário, posso afirmar que “Abrahadabra” é um disco difícil de ser digerido.
Dessa maneira, o que temos aqui é um trabalho preciso, rico, belo e profundo, movido pelos já citados teclados e pelas levadas cadenciadas na maior parte do play. As guitarras não têm aquele peso absurdo, mas apresentam bons riffs nas composições. Só os vocais, hora rasgados, hora melódicos, hora com efeitos, e por vezes misturado aos coros, parecem ter perdido um pouco a direção em “Abrahadabra”.
Vale destacar também que quem tocou bateria no álbum foi o ex-Vader Daray, que realizou um trabalho bastante técnico, como manda o figurino. Não é para menos: o rapagão é uma máquina programada para matar. Mesmo assim, chamam a atenção as faixas “Born Treacherous”, que ainda possui toques black; “Gateways” com seus bumbos duplos marteladores e uma melodia hipnótica; “Ritualist” com sua velocidade e refrão pegajoso; e a melhor e mais direta (mas nem tanto) – “A Jewel Traced Through Coal”, no auge da agressividade do disco.
O encarte mantém a beleza e a alta qualidade de sempre, duas características da Dimmu Borgir que milagrosamente ficaram intactas, ainda bem. O papel luxuoso reforça esse elogio.
Além das 10 faixas que compõem o CD, a versão nacional traz o clipe de “Gateways”, que pode ser visto aí abaixo.
E não tem jeito. A Dimmu Borgir é uma banda que, à sua maneira, se expande a cada álbum. Cada vez mais ecléticos e criativos, a banda causa sempre uma surpresa em seus lançamentos. Diante disso, as reações dos fãs ficam extremamente divididas, mas no final, quem realmente curte a banda, “aceita” as novidades do conjunto.
Dimmu Borgir – Abrahadabra
Laser Company – 2010 – Noruega
http://www.myspace.com/dimmuborgir
1. Xibir 02:50
2. Born Treacherous 05:02
3. Gateways 05:10
4. Chess with the Abyss 04:08
5. Dimmu Borgir 05:35
6. Ritualist 05:13
7. The Demiurge Molecule 05:29
8. A Jewel Traced Through Coal 05:16
9. Renewal 04:11
10. Endings and Continuations 05:58
11. Gateways (Video) 05:05

Freedom Rock - H.E.A.T.



Imagem
A banda, como dito, pratica um hard rock/AOR calcado nos anos 80, repleto de influências de Rock de Arena e passagens mais modernas, como se fosse uma mistura de POISON e WARRANT com GOTTHARD e JOURNEY. Não é nada original, muito pelo contrário, mas é tudo feito com tanto bom gosto e tanta paixão pelo estilo, que não há como não se empolgar.
Aqui temos todos os elementos indispensáveis ao estilo: riffs de guitarra contagiantes, solos virtuosos e melódicos, baixo marcante e cheio de groove, bateria reta mais muito precisa, coros muito bem encaixados e empolgantes, e um vocalista excepcional. Alias, Kenny Leckremo, responsável pelas vozes, é o grande destaque do trabalho, com um timbre muito agradável, conseguindo passar muita emoção com as canções. Infelizmente, por motivos de saúde, o vocalista teve que deixar a banda, no final de 2010.
“We’re Gonna Maje It to the End” já incia o trabalho de forma excelente, com belos coros, e um refrão excepcional. Alias, todas as músicas possuem refrões marcantes, daqueles que grudam em nossas cabeças na primeira audição. Na sequência, temos outra grande canção, “Black Night”, com a referida participação de Tobias Sammet, que engrandece a música, que tem uma estrutura mais simples, mas não menos excelente.
Além destas, destacam-se a balada “Shelter”, com um refrão sensacional; a festeira “Beg Beg Beg”, com um clima bem alegre; “Danger Road”, que poderia entrar fácil na trilha sonora de um filme de aventura, tamanha a empolgação que sentimos ao ouvi-la; e “I Known What It Takes”, com uma letra bem pra frente, e mais um refrão marcante, sendo, na minha opinião, a melhor do trabalho.
Se você procura música agressiva ou ultra pesada, ou mesmo por quebradeiras ou passagens progressivas, com apuração técnica, não é o H.E.A.T que você deve escutar. Mas se sua intenção é apenas curtir o bom e velho hard rock, feito com muita energia e paixão, o H.E.A.T é a sua banda, e a diversão é garantida.
Freedom Rock – H.E.A.T
(2010 – Hellion Records – Nacional)
Track List:
1. We re Gonna Make It to the End
2. Black Night
3. I Can t Look the Other Way
4. Shelter
5. Beg Beg Beg
6. Danger Road
7. Stay
8. Everybody Wants to Be Someone
9. Nobody Loves You (Like I Do)
10. I Know What It Takes
11. Cast Away
12. High on Love
13. Who Will Stop the Rain


Origin - Evanescence



Imagem
Por mais que o EVANESCENCE seja pré-julgado pelo sucesso comercial que teve e ter sido "modinha" por tanto tempo, a banda não deve ser comparada com outras bandas como o LINKIN PARK, 30 SECONDS TO MARS, LIMP BIZKIT ou PARAMORE, que são bem inferiores. A vocalista Amy Lee tem uma voz de botar inveja em muita gente. É aquilo que a gente chama de talento de verdade.
Esse CD vendeu 2500 unidades durante seus shows ao vivo e hoje é uma raridade encontrar o CD à venda. Na internet, é possível comprar o CD, mas com valores altíssimos e sem a garantia de se tratar do CD original, e não somente uma cópia. Na época em que a banda ficou famosa e a procura pelo CD aumentou, a própria Amy Lee aconselhou aos fãs baixarem o disco pela internet.
EVANESCENCE é definitivamente marcado pela vocalista Amy Lee. Foi sua voz de nível soprano que conseguiu tantos fãs pelo mundo. Desde sempre, o restante da banda sempre serviu mais para acompanhá-la do que qualquer outra coisa, tirando aparentemente o novo CD que será lançado após o Rock In Rio, mas isso não é assunto pra agora. O instrumental do EVANESCENCE não impressiona mas é satisfatório. O que acabaram se destacando principalmente foram as partes de teclado/piano e de bateria. Soa como se Lee fosse artista solo, o que definitivamente não é algo ruim.
Nesse disco, a proposta é bem diferente do que os fãs da fase de sucesso da banda estão acostumados à ouvir. As músicas tem um ritmo menos acelerado, alguns pequenos corais durante as músicas, a voz de Amy soa um pouco mais obscura aqui. Mas uma coisa indispensável de destacar são as partes eletrônicasno disco. Não, não espere nada de Satisfaction para poder sair dançando por ai. São toques que aparecem na maioria das músicas que criam uma atmosfera única. Os acordes de algumas músicas também deixam um clima um pouco acústico.
Uma coisa que é inegável é sua profundidade. Talvez Lee sempre jogar suas emoções em sua música tenham causado isso, ainda com o apoio de Ben Moody, que segue a mesma linha de direção musical da vocalista. As letras podem mexer com as pessoas mais emotivas ou que passam por algum momento difícil. Apesar de não ser músicas boas para serem escutadas por pessoas assim, são elas que fazem boa parte dos fãs. Nessa época em que o guitarrista Ben Moody ainda estava banda, há algumas influências religiosas nas músicas, nada muito significativa, mas estão lá.
A primeira faixa é a que dá título ao disco, "Origin". Ela é apenas um introdução com alguns barulhos que criam uma boa atmosfera para a segunda música, "Whisper". Essa versão é diferente da do Fallen em certos aspectos. O uso eletrônico dá um clima mais sombrio para a voz de Amy, como para a música também. Aqui a música é mais lenta que a versão do Fallen e bateria tem mais destaque (coisa normal em gravações caseiras). A música é boa, tem um refrão legal e tem um belo solo (coisa que não é normal de se ver no EVANESCENCE). A terceira faixa é tocada nos shows ao vivo até hoje, "Imaginary". Ela começa com o piano e a voz tranquila de Lee, até que a banda entra dando certo peso a música. Aqui, Lee eleva sua voz em vários momentos. Destaque para o pequeno coral durante o solo. Mais uma boa música, que acabou ficando mais dinâmica no Fallen.
Toda banda que se preze que tenha algum sucesso, tem 2 ou 3 músicas que sempre são pedidas e são a cara da banda. Posso citar alguns exemplos como "Enter Sandman", "Master Of Puppets" e "One" doMETALLICA, "Welcome To The Jungle", "November Rain" e "Sweet Child O Mine" do GUNS N ROSES e "The Number Of The Beast", "2 Minutes To Midnight" e "The Trooper" do IRON MAIDEN. São músicas que marcam e provavelmente serão as únicas conhecidas de quem não é fã de tal banda. No caso do EVANESCENCE, uma dessas músicas é a quarta faixa, "My Immortal". Nessa versão, utilizam apenas do piano em toda a música. Apesar de ser considerada demasiadamente "manjada" após tanto esses anos, é inegável a beleza da faixa. Essa versão somente com o piano deixa essa balada mais bela ainda.
A quinta faixa é "Where Will You Go?", uma das melhores do disco, que poderia ter entrado no Fallen. Aqui os tais toques eletrônicos estão disfarçadamente em toda a música. Os backing vocals de David Hodges consegue ajudar a passar ainda melhor a música. O refrão é muito pegajoso, apesar de não parecer ser proposital. A mistura bateria/guitarra/piano é muito bem executada aqui. A sexta faixa é outra que está entre as melhores do disco, "Fields Of Innocence". Os acordes aqui são excentes e muito atrativos, assim como a voz de Lee. Talvez seja aqui que a voz da bela vocalista mais soe atrativa. Mais uma vez, os pequenos corais elevam a música. Excelente faixa.
A sétima faixa é "Even In Death". Apesar de não ser tão boa se comparada com as anteriores, continua sendo uma boa música. De todo CD, é a segunda com mais presença de elementos eletrônicos que aparecem constatemente em toda a música. A faixa não é muito atrativa na primeira audição, mas conforme vai escutando-a, isso muda. Isso é basicamente o EVANESCENCE nesse CD, muito menos atrativo comercialmente, mas mantendo qualidade e pode ficar até viciante após um certo tempo.
A oitava faixa é "Anywhere", que sem dúvidas também é uma das melhores do disco. Ela começa calma e vai crescendo cada vez mais, até chegar no refrão, que vicia. Isso vai se repetindo pela música várias vezes, é uma bela música. A bateria ajuda na climatização da música e Hodges vai muito bem nos backing vocals. A próxima é a mais "pesada" do disco, a nona faixa, "Lies". A música começa com Amy elevando sua voz até a bateria começar, os outros intrumentos entram mas a bateria é que continua com mais destaque. A presença de Hodges nos vocais é muito mais sentida aqui, principalmente no depois do meio da música, aonde ele deixa seu lado calmo de lado e simplesmente começa a urrar (e muito bem). Mais outra música muito boa.
A décima faixa é "Away From Me". Mais uma vez, o início tem toques eletrônicos. Nessa música, Amy Lee consegue cativar ainda mais. A voz dela é simplesmente incrível e muito natural. É mais uma música cativante, e sem dúvidas o destaque aqui é a vocalista, mais que o normal. A última faixa (décima primeira) é a instrumental "Eternal". O único motivo de "Even In Death" não ser a música com mais toques eletrônicos é ela. Na primeira parte da música, não tem nada que se destaque, pois a banda mistura bem vários elementos para criar algo audivelmente agradável. A segunda parte começa com uma chuva por algum tempo, alguns acordes, e vem uma bela parte que mistura o piano com o som da chuva. Na terceira parte, um clima mais sombrio pra fechar com chave de ouro o CD.
A qualidade desse CD é incontestável. O grupo conseguiu colocar muita coisa eletrônica e sair com um resultado excelente. O CD tem uma proposta de músicas mais bonitas do que em seus sucessores de estúdio, mas de mesma qualidade. Sem duvida Amy Lee é uma das melhores vocalistas que o mundo já viu.
Se você é fã de metal e não consegue ouvir mulher cantando sem ser algo como o ARCH ENEMY, não é esse CD que mudará algo. Mas pra quem é fã da bandas como o NIGHTISH e WITHIN TEMPTATION, ou que simplesmente quer ouvir boas músicas bonitas, podem dar uma chance ao disco. O importante é escutar sem preconceitos e desfrutar.
Faixas:
1 - Origin - 0:35
2 - Whisper - 3:56
3 - Imaginary - 3:32
4 - My Immortal - 4:26
5 - Where Will You Go - 3:47
6 - Field of Innocence - 5:13
7 - Even in Death - 4:09
8 - Anywhere - 6:02
9 - Lies - 3:50
10 - Away from Me - 3:30
11 - Eternal - 7:22
Nesse CD, EVANESCENCE era:
Amy Lee - Vocal e piano
David Hodges - Vocal e teclado
Ben Moody - Guitarra, baixo e bateria

Punk Metal Allstars (Blackmore Rock Bar, SP, 30/09/2011)

A veterana banda paulistana de thrash metal inovou mais uma vez. O projeto Punk Metal Allstars, iniciativa deles, uniu de forma muito descontraída grandes nomes internacionais do punk, hardcore, crossover, speed, etc. Hoje pode soar clichê falar dessas junções de estilos, mas há alguns anos juntar fãs tão diversos poderia causar uma tragédia de proporções bíblicas. Felizmente os tempos são outros e, pela segunda vez no país, pudemos assistir Schmier (vocalista/baixista do Destruction), East Bay Ray (guitarrista dos Dead Kennedys), Mike Clark (guitarrista do Suicidal Tendencies), dentre outros, num só lugar: no Blackmore Rock Bar, em São Paulo. Uma semana antes estiveram no Rock in Rio, mas o set foi bem mais curto por lá.





Imagem
Texto: Durr Campos/ Fotos: Pierre Cortes
Imagem
A grande noite teve início por volta das 23:30h, quando o pessoal do Fúria Inc. chegou já detonando um repertório pra lá de empolgante. Iniciaram com uma de minhas favoritas do EP “Before The World Ends”, a pesadíssima “Walk Alone”, emendando com as não menos eficientes “Damage” e “Sons of Anarchy”, outro ponto alto da apresentação do quarteto formado por Victor Cutrale (vocal), Bruno Nicolozzi (baixo) e os irmãos Gutavo Romão (guitarra) e Neto Romão (bateria). Uma pausa breve e convidam Felipe Andreoli (Angra/Almah) para tocarem juntos em “Walk”, cover do Pantera. Além de um ótimo baixista, Felipe mostrou-se também um exímio guitarrista solo. Alguns sons próprios após, finalizaram com uma versão cheia de personalidade de “Roots Bloody Roots”, do Sepultura, e a cativante “Screamin’ Inside”. Quem ainda não teve a oportunidade de vê-los em ação não sabe o que perde.
Imagem
Após o ótimo opening act e algumas pequenas mudanças no palco, os anfitriões surgem visivelmente felizes pela presença e empolgação dos fãs. Marcelo Pompeu, vocalista do Korzus, faz as honras e “Guilty Silence” ecoa dos PAs mais pesada do que nunca! “Truth”, uma das mais festejadas, abre caminho pros hinos “Discipline of Hate” e “What Are You Looking For”, um dos principais temas do cultuado álbum “Ties of Blood” (2004). O domínio de palco do Pompeu é impressionante, algo que apenas os anos de estrada podem trazer. Sempre com seus discursos ácidos anunciou uma nova, “I Am Your God”, que acaba de ganhar um videoclipe. Finalizando a primeira parte do seu set, emendam duas pancadarias certeiras: “Punisher” e “Raise Your Soul”.
Imagem
Fazendo um pouco de suspense, provocam o público a gritarem pelo nome do primeiro convidado: Schmier. O alemão chegou cheio de vontade, agradeceu a presença dos headbangers e, contando com as batidas precisas de Rodrigo Oliveira e a guitarra bem timbrada do Antônio Araújo, anuncia “Mad Butcher”, clássico de sua banda original. Performance irretocável, colam com outra ótima composição do Destruction: “Nailed to the Cross”, do “Anticrist” (2001). A plateia gritava por outros hinos, em especial “Curse the Gods” e “Invincible Force”, mas não puderam ser atendidos por conta das demandas a seguir.
Imagem
Mike Clark, lendário guitarrista do não menos importante Suicidal Tendencies, manteve o clima de amizade e descontração. Sempre sorridente, Mike, o pessoal do Korzus e Romero, vocalista da banda Threat – visivelmente vestido como o ídolo ali presente – entoaram o hit “War Inside My Head”, do essencial “Join the Army” (1987). Pena não terem tocado pelo menos mais uma. Particularmente escolheria algo do “How Will I Laugh Tomorrow When I Can't Even Smile Today” ou, lógico, de um dos álbuns mais populares no país, “Lights… Camera… Revolution!”. Enfim, o show precisava continuar e o participante seguinte era bastante aguardado: East Bay Ray. Seu mau-humor se contrapõe à sua pegada e importância no cenário punk mundial. Jamais deixarei de respeitá-lo por conta de um dos discos da minha vida, o perfeito “Fresh Fruit for Rotting Vegetables”, debut lançado em 1980, tendo o próprio East assinando a produção. Poderiam ter tocado a bolachinha na íntegra, mas ficaram apenas no hino “California Über Alles”, a qual provocou um dos mosh-pit mais bacana que já vi.
Imagem
Por problemas de visto, infelizmente um dos mais aguardados, o vocalista Michale Graves, do Misfits, não esteve na festa. Soubemos apenas na noite anterior, quando o Whiplash! esteve no “meet & greet” promovido pela assessoria de imprensa do Korzus em um pub no centro de São Paulo quando reuniu os músicos, amigos e imprensa. Graves faria um set acústico tocando clássicos de sua ex-banda e algo de sua profícua carreira solo.
O Korzus retorna ao palco, agradece aos convidados e tocam aquela que será eternamente a minha favorita deles: “Agony”, do meu também predileto álbum “Mass Illusion” (1991). Convidam André Curci, guitarrista do Threat, para tocar “Catimba”. Ótimo músico e amigo, como foi apresentado, tendo inclusive segurado as pontas quando o guitarrista original Sílvio Golfetti saiu há alguns anos. “Correria”, “Guerreiros do Metal”, “Never Die” e “Raining Blood”, cover de uma das maiores influências do Korzus, oSlayer, finalizaram este que foi um dos eventos mais interessantes do ano.
Imagem
Imagem
Imagem
Imagem