2 de outubro de 2011

Mosaicos - A arte de Chico Science 2009





O pernambucano Chico Science (1966-1997), líder do mais representativo movimento da música pop brasileira dos últimos anos, é o tema deste Mosaicos, que apresenta as participações dos integrantes da banda Nação Zumbi, Fred 04, Siba, além de depoimentos de Herbert Vianna e dos jornalistas Xico Sá e Renato L. Mesclando gravações inéditas com imagens do acervo da TV Cultura,


o programa narra a trajetória artística de Chico Science, recuperando sua participação em diversos programas da emissora, a exemplo do “Especial Mangue Beat”, “Ensaio” (1996), “Bem Brasil” (1996), “Metrópolis” (1994) e “Vitrine” (1996).


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Beginning Of Times - Amorphis



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Álbum conceitual baseado na história de Väinämöinen, personagem principal no folclore da Finlândia, o Amorphis retoma – para a alegria dos saudosistas – a temática focada no Kalevala, livro de poemas do escritor Elias Lönnrot baseado nas velhas lendas da “terra dos mil lagos”. São treze temas muito bem construídos e cheios de personalidade, marca registrada em se tratando de grupos escandinavos. A bolachinha inicia com a épica “Battle for Light” e só melhora com a seguinte, “Mermaid”, ambas de autoria do tecladista Santeri Kallio, que simplesmente assina quase a metade do track-listing.
“My Enemy”, outra grande canção, mantém a empolgação e parece bem colocada ao lado do primeiro single, a ótima “You I Need”. Os timbres de Kallio são belíssimos, bem como o refrão grudento e as harmonias simples. Em contrapartida, as intrincadas “Song of the Sage” e “Three Words” nos remetem ao estilo progressivo do clássico álbum Elegy (1996), especialmente pelos riffs certeiros de Holopainen e Tomi Koivusaari. Outro que merece aplausos é o baterista Jan Rechberger, sempre com viradas certeiras e um peso fora do comum nos tambores.
A versatilidade de Tomi Joutsen é enaltecida nas inspiradas “On a Stranded Shore”, a soturna “Escape” e em “Crack In a Stone”, uma das minhas favoritas. Seu estilo calcado no doom e vozes agressivas fazem dela candidata a integrante fixa dos próximos set-lists do Amorphis. “The Bignning of Times”, a música, encerra com maestria o álbum. Quem vem acompanhando os passos da banda desde sempre pode ouvir sem receios; aos mais ortodoxos já não tenho certeza se posso dizer o mesmo.
Amorphis - The Beginning of Times
Nuclear Blast/Rock Brigade Records/Laser Company - 2011
Line-up:
Tomi Joutsen – Vocal
Esa Holopainen – Guitarra
Tomi Koivusaari – Guitarra
Niclas Etelävuori – Baixo
Santeri Kallio – Teclado
Jan Rechberger – Bateria
Track-list:
1. Battle for Light (05:35)
2. Mermaid (04:24)
3. My Enemy (03:25)
4. You I Need (04:22)
5. Song of the Sage (05:27)
6. Three Words (03:55)
7. Reformation (04:33)
8. Soothsayer (04:09)
9. On a Stranded Shore (04:13)
10. Escape (03:52)
11. Crack in a Stone (04:56)
12. Beginning of Time (05:51)

Hunter - Mastodon



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"The Hunter" é mais direto que o seu antecessor, "Crack the Skye". Há muita melodia, o que faz com que o disco seja mais amigável do que o costume. De uma certa forma, o grupo abriu mão da abordagem avant-garde dos trabalhos anteriores, concentrando-se em uma sonoridade mais tradicional, porém não menos criativa. Com canções baseadas em riffs pesados, que sempre surgem amparados pelo baixo cheio de groove de Troy Sanders, "The Hunter" é um álbum incrivelmente cativante. Nele, a banda passou por cima de seus limites novamente, apresentando uma nova faceta de sua múltipla personalidade.
O timbre das guitarras remete, em algunsmomentos, ao Black Sabbath. A ótima “Curl of the Burl”, por exemplo, é puro stoner. A inquietude do grupo faz com que cada composição jogue novas cartas na mesa, diferenciando-se da anterior. O fato de o disco ser apenas o segundo trabalho não conceitual do conjunto – o primeiro foi a estreia "Remission", de 2002 – intensifica essa pluralidade. No entanto, apesar de diferentes entre si, as faixas constróem um todo coeso, unificado em sua essência e coração – a própria banda.
Não vou apontar destaques, porque isso seria simplificar e reduzir o álbum a uma mera peça de consumo instantâneo e descartável. "The Hunter" é muito mais do que isso. Suas treze faixas formam uma obra de arte que não será esquecida tão cedo e colocam o grupo lá na frente, sozinho, com uma foice na mão, abrindo caminho e rompendo barreiras com o seu som, mais uma vez.
O Mastodon não respeita convenções, não segue regras, não conhece limites. É isso que o faz único e tão diferente de tudo o que existe.
Eis aqui um álbum que todos deveriam ouvir.
Faixas:
Black Tongue
Curl of the Burl
Blasteroid
Stargasm
Octopus Has No Friends
All the Heavy Lifting
The Hunter
Dry Bone Valley
Thickening
Creature Lives
Spectrelight
Bedazzled Fingernails
The Sparrow

Chickenfoot III - Chickenfoot



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Pra começo de conversa, a música do grupo está mais swingada, tem mais groove, está mais malandra. O alto astral se mantém lá em cima, naquela sonoridade ensolarada característica de todo trabalho que envolve Sammy Hagar. Ao invés de seguir um caminho semelhante ao do primeirodisco, a banda inseriu, corajosamente, elementos de outros gêneros em sua música, como pop, soul e blues, em uma variação que surpreenderá o ouvinte. Dessa maneira, "Chickenfoot III" é um trabalho inesperadamente diversificado, o que poderá decepcionar um pouco quem está esperando um cópia do debut.
A qualidade e a experiência de Hagar, Satriani, Anthony e Smith é um diferencial tremendo, e juntar os quatro em uma mesma banda é covardia. Assim, tudo exala um bom gosto e uma classe difíceis de serem encontradas por aí. Sammy continua sendo uma dos melhores vozes do hard rock, cantando de maneira brilhante. Michael, além de um baixista inquestionável, é dono de um dos melhores backing vocals do som pesado. A banda sabe disso, e usa esse fator a seu favor. E Chad Smith impressiona por tocar, mais uma vez, de uma maneira totalmente diferente daquela que estamos acostumados a ouvir no Red Hot Chili Peppers, reinventando-se de uma forma possível apenas para quem é grande em seu instrumento.
O mais legal no Chickenfoot, porém, é poder escutar um músico do gabarito de Joe Satriani, inegavelmente um dos maiores guitarristas da história, acompanhado por uma banda de verdade e não apenas gravando discos solos instrumentais. A técnica de Satriani é inigualável, e vê-lo usando tudo o que sabe nas composições do Chickenfoot, respeitando as dinâmicas de cada músico e assumindo o protagonismo na hora certa, é sensacional. Ainda sobre a guitarra, vale um comentário: o timbre de Satriani no disco é de outro mundo, com doses certeiras de distorção, porém mantendo um som mais limpo em seu instrumento, que sai das caixas de som de forma cristalina.
Quem curtiu o primeiro disco irá adorar as ótimas “Alright, Alright”, “Up Next” e “Big Foot”. A banda surpreende ao entrar sem medo no território do soul em “Come Closer”, e o resultado é muito positivo. “Dubai Blues”, com sua estrutura feita sob medida para a inserção de jams nas apresentações ao vivo, mostra o quarteto em um blues rock clássico, enquanto “Something Going Wrong” é outra surpresa e tanto, uma belíssima faixa contemplativa construída com violões e banjos. Merece menção também “Three and a Half Letters”, cuja letra retrata o delicado momento econômico vivido pelos Estados Unidos através de trechos de cartas enviadas pelos fãs para a banda. Sem dúvida, uma maneira inusitada de tratar de um problema que preocupa não apenas os norte-americanos, mas todo o mundo.
"Chickenfoot III" é um excelente disco. Diferente da estreia, com certeza, e por isso mesmo, em diversos momentos, tão surpreendente. O legal é que ele sairá por aqui via Hellion Records, que também lançará o primeiro álbum do quarteto, até então inédito no Brasil, em uma caprichada edição dupla cheia de bônus.
Quem gosta de música, tem que ouvir!
Faixas:
Last Temptation
Alright Alright
Different Devil
Up Next
Lighten Up
Come Closer
Three and a Half Letters
Big Foot
Dubai Blues
Something Going Wrong
(Hidden Untitled Bonus Track)

Can't Slow Down - Foreigner



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Duplo, o disco  ganha lançamento nacional pela Hellion Records em CD duplo a preço de CD simples. Ou seja, você leva o dobro e paga por apenas um disco! O conteúdo dos disquinhos irá agradar os fãs do grupo, já que mostra a banda desfilando com grande autoridade os seus maiores hits, com uma segurança e um pique um tanto incomuns para artistas com décadas de estrada.
Hansen canta com imensa categoria não só as faixas que gravou originalmente, mas, sobretudo, o vasto catálogo de sucessos do Foreigner, não deixando um pingo de saudades de Gramm. Entre os destaques, menção mais que especial para “Waiting for a Girl Like You”, “Urgent” e a arrasa quarteirão “Hot Blooded”.
"Can't Slow Down … When It's Live!" prova na prática que o Foreigner, considerado por muitos o pai do AOR, está com o tanque cheio e grande apetite para seguir na estrada por mais alguns anos. A escolha de Kelly Hansen se consolida como acertada nesse duplo ao vivo, um disco ótimo e saboroso como um vinho da melhor safra.
Faixas:
CD1
Double Vision
Head Games
Cold as Ice
In Pieces
Blue Morning, Blue Day
Waiting for a Girl Like You
When It Comes to Love
Dirty White Boy
Starrider
CD 2
Feels Like the First Time
Urgent
Juke Box Hero
Long, Long Way From Home
I Want to Know What Love Is
Hot Blooded
Can't Slow Down (bonus track)

Break the Silence - Van Canto



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E quais seriam eles? Em Spelled in Waters, por exemplo, há o uso do violão, tocado por MARCUS SIEPEN, do grupo conterrâneo de power metal BLIND GUARDIAN. Neuer Wind é a primeira da banda a ser cantada em alemão, língua nativa de todos os membros exceto o baixista. A bela Master of the Wind, segundo cover deles do MANOWAR, tem o piano como instrumento base, deixando os outros vocalistas em segundo plano, com exceção de INGA SCHARF, que canta a letra inteira praticamente sozinha. A bônus Betrayed tem até um trecho orquestrado para acompanhar os músicos. A faixa final, A Storm to Come, tem mais de 9 minutos, sendo a mais longa do grupo até hoje e uma das melhores do álbum.
Como tem sido feito nos álbuns do grupo, não houve apenas uma participação especial: JOAKIM BRODÉN, do SABATON, também participa em uma faixa, um cover de sua própria banda: Primo Victoria. Como em outros álbuns, há vários covers além dos mencionados acima: Bed of Nails, do ALICE COOPER; e Bad to the Bone, do RUNNING WILD.
Break the Silence repete a fórmula que o VAN CANTO tem usado nos seus últimos discos, com mais alguns elementos novos. Talvez menos de dois anos foi um período muito curto para lançar outro álbum, pois faltou um pouco de sal neste. Destaque para The Seller of Souls (que já ganhou um vídeo), Neuer Wind, Master of the Wind, Betrayed e A Storm to Come.
Abaixo, o vídeo de The Seller of Souls.
Tracklist:
1 - If I Die in Battle - 4:46
2 - The Seller of Souls - 3:24
3 - Primo Victoria (Sabaton cover, featuring Joakim Brodén from Sabaton) - 3:44
4 - Dangers in My Head - 4:05
5 - Black Wings of Hate - 4:41
6 - Bed of Nails (Alice Cooper cover) - 3:37
7 - Spelled in Waters (featuring Marcus Siepen from Blind Guardian) - 4:26
8 - Neuer Wind - 3:21
9 - The Higher Flight - 5:00
10 - Master of the Wind (Manowar cover) - 6:09
11 - Betrayed - 4:58
12 - Bad to the Bone (Running Wild cover) - 4:52
13 - A Storm to Come - 9:13

Motion - Almah



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Edu realmente é um músico diferenciado, como pudemos conferir desde seus tempos de SYMBOLS, tanto nos vocais como nas composições. E mais uma vez está acompanhado por grandes músicos neste novo registro, mantendo a formação do disco anterior, inclusive com o seu companheiro de ANGRA Felipe Andreoli no baixo.
E logo de cara, podemos constatar que este é o disco mais diversificado (e ousado) musicalmente da carreira de Edu, com grandes composições, que trazem diversos elementos, que vão do metal progressivo ao thrash metal, passando pormomentos mais stoner, com bastante groove, mas sempre com uma maior inclusão de peso nas composições, tanto nos riffs de guitarra como em alguns vocais mais agressivos de Edu, mas sem perder as características melódicas que o levaram ao sucesso. Em comparação com o disco anterior, podemos dizer que “Motion” é mais direto e agressivo.
Alias, o trabalho dos guitarristas Marcelo Barbosa e Paulo Schroeber é um dos grandes destaques do trabalho, com riffs pessadíssimos e solos muito criativos. Além disso, como sempre, deve ser enaltecido o trabalho de Edu, que cada vez mais evolui sua voz, tanto nas partes mais agressivas como nas mais melódicas, mostrando o porque de ser considerado por muitos como o melhor vocalista do Brasil, e um dos melhores do mundo.
Todas as composições são muito bem estruturadas e arranjadas, com muita maturidade e competência dos músicos envolvidos, como podemos constatar nas excelentes e pesadas “Hypnotized” e “Living and Drifiting”, com riffs agressivos (beirando ao thrash metal), além de belas linhas de voz, com varias variações entre o melódico e agressivo; “Zombie Dictator”, com vocais ultra rasgados, sendo a mais pesada do trabalho; e as quebradas “Trace of Trail” e “Daydream Lucidity”, com muito peso e técnica.
Apenas faço uma ressalva para a mixagem do trabalho, pois em algumas partes mais pesadas o vocal ficou um pouco baixo em comparação com as guitarras, mas nada que comprometa o excelente resultado do material.
Mais um grande registro do ALMAH, mostrando toda a capacidade e ousadia de Edu e seus companheiros, e tem tudo para fincar de vez o nome da banda entre as melhores bandas de metal do Brasil, e, porque não, do mundo. Até agora, na minha opinião, o melhor disco nacional do ano.
Confiram o clipe de “Trace of Trait”:
Motion - Almah
(2011 – Laser Company - Nacional)
Formação:
Edu Falaschi - Vocals
Marcelo Barbosa - Guitars
Paulo Schroeber - Guitars
Felipe Andreoli - Bass
Marcelo Moreira - Drums
Track List:
1. Hypnotized
2. Living and Drifting
3. Days of the New
4. Bullets on the Altar
5. Zombies Dictator
6. Trace of Trait
7. Soul Alight
8. Late Night in 85
9. Daydream Lucidity
10. When and Why

Capas de CD estranhas: o que está por trás dessas imagens?


No último texto falamos sobre a psicologia do rock e o poder de influência das músicas sobre a respostas nas emoções humanas. E as capas de CD? O que será que os artistas querem representar quando escolhem imagens estranhas, subjetivas e abstratas? Será que tem a ver com a música ou com alguma inquietação interior deles? Ou será que é só uma "viagem" artística?
Abaixo, uma lista de álbuns que trazem imagens um tanto quanto inusitadas e algumas possíveis análises feitas no ano de lançamento desses álbuns:
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Incesticide é uma compilação da banda Nirvana, lançado em 1992. Contém raridades e b-sides que foram gravadas entre os anos de 1988 e 1991. O álbum foi lançado também para satisfazer a ânsia de material novo do Nirvana, depois do lançamento de Nevermind (já que o próximo álbum - In Utero - demoraria a sair). A capa é uma pintura de Kurt Cobain. O patinho (de borracha) da contracapa também pertence ao cantor. Algumas cópias estrangeiras do álbum contêm um escrito de Kurt Cobain (uma espécie de texto para divulgação), no qual conta sobre a satisfação de se poder obter músicas difíceis de uma banda que se gosta, dando como exemplo sua própria busca pelo 1º álbum da banda Raincoats. Cobain ainda desabafa sobre sua então situação em relação ao sucesso, entre outras coisas.
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Diary of a Madman é o segundo álbum de estúdio a solo do cantor inglês Ozzy Osbourne. Embora seja estranha, a capa desse álbum não traz nenhuma novidade ou "bizarrice" (em se tratando de Osbourne). Nessa época, o cantor era bastante conhecido por sua imagem diabólica. Portanto, nada mais comum do que uma capa estranha.
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Sticky Fingers é o nono álbum de estúdio dos Rolling Stones. A obra de arte para Sticky Fingers, que possui um zíper que se abre para revelar um homem em cuecas de algodão foi concebida pelo artista pop americano Andy Warhol, fotografada por Billy Name e projetada por John Pasche. A capa, uma foto da virilha do modelo Joe Dallesandro vestindo uma de calça jeans apertada, escondendo um pênis supostamente ereto, foi assumida por muitos fãs como sendo uma imagem de Mick Jagger, porém as pessoas realmente envolvidas no momento da sessão de fotos revelaram que vários homens diferentes foram fotografados (Jagger não estava entre eles) e nunca revelaram qual foi usada. Entre os candidatos, Jed Johnson, amante de Warhol, negou-se a lançar sua imagem (ele morreu em 1996, a bordo do voo 800 da TWA), embora seu irmão gêmeo Jay tenha sido uma possibilidade.
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Portrait of an American Family é o álbum de estreia do cantor de metal industrial Marilyn Manson, lançado em 1994 e tem Trent Reznor como co-produtor.
Na capa deste trabalho há uma foto de uma paródia a uma família americana feita de massinha. No encarte do disco há fotos da banda, letras das canções e vários dizeres para assustar crianças e chocar as pessoas. Seus singles eram as faixas "Get Your Gunn", "Dope Hat" e "Lunchbox" (a canção mais conhecida, fala dos problemas do artista quando criança na escola). Já neste trabalho Manson foi censurado, por causa das letras e de fotos no encarte como uma do artista ainda criança nu segurando uma arma, mas não desistiu e depois lançou Smells Like Children.
Tem sugestão de capa de CD bizarra? Envia pra gente no @damorteaomito!

Tamanho é documento?: os Rock Stars mais altos e baixos


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De acordo com dados oficiais, a altura média do homem brasileiro é de 1m70 (a do estadunidense é 1m77). Alguns astros do rock são muito mais baixos, e alguns muito mais altos.
O site estadunidense METAL SLUDGE fez uma pesquisa e elaborou um compêndio das alturas dos astros do rock que se notabilizam – além de pela música – por suas estaturas diferenciadas.
Os resultados seguem abaixo:
Os 10 Rock Stars Mais Altos do Mundo:
Gene Simmons do KISS  tem 2m05 em suas botas de palco. Sem elas, ele tem 1m88
Krist Novoselic do Nirvana tem 2 metros.
Corey Parks, ex-Nashville Pussy, tem 2 metros.
Blackie Lawless do W.A.S.P. tem 1m96
Chris Holmes, ex-W.A.S.P. tem 1m93
Paul Gilbert do Mr. Big e do Racer X tem 1m93
Sebastian Bach, ex-Skid Row, tem 1m90
Zakk Wylde do Black Label Society tem 1m87
Tommy Lee do Mötley Crüe tem 1m87
Chip Z’nuff do Enuff Z’nuff tem 1m87
Os 10 Rock Stars Mais Baixos do Mundo:
Angry Anderson do Rose Tattoo tem 1m54
Angus Young do AC/DC tem 1m57
Sully Erna do Godsmack tem 1m60
Doro Pesch do Warlock tem 1m60
Russ Dwarf do Killer Dwarfs tem 1m62
Udo Dirkschneider, ex –Accept tem 1m65
Dani Filth to Cradle of Filth tem 1m65
Steve Stevens da Billy Idol Band tem 1m65
Eric Singer do Kiss tem 1m67
Bruce Dickinson do Iron Maiden 1m67

Política: candidato polonês se alia ao Death Metal


Jedrzej Wijas, candidato ao parlamento polonês gravou um vídeo  para sua campanha eleitoral junto a membros da banda de Death Metal Mortal God. A letra do jingle diz:
Chega de conversa fiada
Chega de guerras estúpidas
Governo secular
Vida digna
Liberdade
É meu objetivo
Vote com sabedoria

Porrada: 10 cenas de pancadaria com Rockstars


Embora sejamos capazes de suprimir nossos instintos em nossa vida cotidiana, as vezes uma pequena fagulha acende toda a raiva que existem dentro de nós. Como exemplo, o Loudwire fez uma seleção com 10 vídeos mostrando alguns momentos de fúria envolvendo estrelas do rock:
10. Henry Rollins do BLACK FLAG socando um 
09. Billie Joe Armstrong do GREEN DAY contra um fã
08. Fã bêbado sobe ao palco e os integrantes do NIRVANA sentam-lhe o braço
07. Axl Rose do GUNS N' ROSES atacando fotógrafo
06. Maynard James Keenan do TOOL aplicando gole de Jiu-Jitsu em fã doido
05. Pancadaria no palco do THE BRIAN JONESTOWN MASSACRE
04. Próprio segurança de palco do NIRVANA socando Cobain
03. Glenn Danzig levando uma bem dada
02. Bagunça generalizada em show do CONVERGE
01. Randy e Mark do LAMB OF GOD se desentendendo

Rock in Rio: algumas das maiores vaias em edições nacionais


Nesse momento em que o país sedia um dos maiores festivais de Rock  do mundo, o blog "forterockmetal" elaborou uma lista com algumas das maiores vaias das edições brasileiras do Rock in Rio.
Carlinhos Brown, Rock in Rio de 2001
Lobão, Rock in Rio 1991
Claudia Leitte, Rock in Rio 2011
Glória, Rock in Rio 2011
NX Zero, Rock in Rio 2011

Classic Rock in Rio: "old school é a palavra de ordem"


Em meio ao frissom midiático da quarta edição do Rock in Rio, um discurso se faz onipresente para todos aqueles minimamente envolvidos com o Rock e seus rebentos, sejam headbangers, indies, etc.
“Tá comercial demais esse negócio, pasteurizado”
“IVETE SANGALO? CLÁUDIA LEITE? E ainda têm a cara de pau de chamar de Rock in Rio?”
E dessas mesmas bocas, saem alguns comentários que, ao meu ver, são apenas a outra face da moeda acima citada.
“MOTÖRHEAD deu uma aula de Rock, sem enrolação, sem frufru”.
De um lado, o bussiness. O dinheiro tem que vir, e, para isso, pavimentou-se todas as possibilidades de público para o festival, fazendo-se misturas muitas vezes duvidosas entre artistas que compartilham o palco, com duetos e infinitas participações especiais, chamando nomes da música com público sólido, mas que guardam grande discrepância com, digamos, o próprio nome do festival.
Do outro lado, o clássico, o unânime, principalmente no que se refere às bandas de heavy metal.SEPULTURAANGRAMETALLICA, RED HOT, os caras que estão tocando o Rock com R maiúsculo, oriundos de outras cenas, outros tempos. Mesmo o SLIPKNOT, mais recente, cai nessa categoria (por sinal, para mim, o melhor concerto de todos até agora).
O que é novo está morno, salvo uma ou outra excessão. O GLORIA, por exemplo, é uma boa banda, mas mingua ao dividir espaço com aqueles que originalmente fazem o som que eles fazem. O MATANZA, outra banda muito competente, viu as bandas glorificadas oferecerem ao público tudo aquilo que eles têm para oferecer em sua forma original, à excessão da língua. Olha que esses são os melhores, pois acho que nem preciso mais gastar palavras para caracterizar o movimento indie e neo-regionalista. Ao menos, no segundo caso, a matriz original estava lá, o NAÇÃO ZUMBI, mesmo que numa parceria ao meu ver bastante inoportuna.
O público ficou em chamas, a grandiosidade da audiência espantava cada um dos músicos que subia no tablado. Público este sedento por Rock, não resta a menor sombra de dúvida. Então, o que está acontecendo? Se o Rock realmente estivesse morrendo, estas pessoas não estariam fazendo o que fazem, este público não estaria agindo com tem agido. Mesmo que os quarentões, cinquentões e até os 64 anos de LEMMY KILMISTER tenham sido as atrações principais (de rock, naturalmente), o público jovem expressou com toda sua força a sede de rolar na pedra.
Alex Ross, em seu mais novo livro, faz uma interessante comparação entre as fases da música erudita/clássica e o jazz, como que insinuando o destino de todos os estilos que marcaram uma era e ensinaram uma geração a se perder na música. Basicamente, uma dialética artística, onde a revolução inicial se transforma em solenidade, esta se tornando esnobe e sendo combatida por uma contra-cultura, esta contra-cultura sendo combatida por um resgate ao estado originário, por sua vez seguido de uma limitação criativa. Limitação esta não relativa à criatividade individual do músico, mas às possibilidades de originalidade dentro do estilo. Em suma, seu argumento é: “Ao fim, toda música se torna clássica”.
Se comparássemos este modelo ao Rock, eu diria que estamos numa fase onde as pessoas têm pouca paciência para invenções de moda, para os rebentos mais recentes da sua evolução estilística. Old school é a palavra de ordem, ao ponto do estilo vigente na mídia ter como pressuposto estético o retorno aos “tempos de ouro”. Não há horizonte revolucionário, a atitude revolucionária do Rock tem como seus ícones coroas da idade de nossos pais. Emula-se a rebeldia e ruptura de outras guerras, de outras revoluções. Diz-se que falta “atitude” nos rockeiros atuais, e vangloria-se esta mesma “atitude” naqueles que fazem o que já foi feito, naqueles que se privam de mudar as coisas e botam o pé no chão, ou melhor, no chão dos anos 60, 70, 80. O público é sincero, e a energia que eles buscam no Rock é uma energia que, agora, só conseguem enxergar no passado. Não adianta criticar esta postura, pois não é derivada de nenhuma falta de caráter, investimento ou talento artísco.
Ainda há milhões de corações e ouvidos junto ao Rock’n Roll, mas há pouco a se fazer por sua evolução. Ele não está morrendo, de forma alguma. Está apenas se tornando clássico.

Rock em Análise: discografia comentada do The Police


Os apreciadores de uma determinada banda não se contentam em conhecer apenas os maiores singles lançados pela mesma. E se você conheceu tal banda através dos seus maiores 'hits', é claro que também fará questão de procurar escutar alguns dos seus melhores discos - ou todos eles! Nesta seção, farei "viagens" rápidas e introdutórias pelas discografias de bandas que fizeram - ou farão - história com seus registros de estúdio. Nesta edição: The Police!
Formado pelo vocalista/baixista Sting no final dos anos 70, em meio à transição do punk rock para a new wave, o 'power trio' britânico The Police ficou marcado como um dos maiores expoentes do pop/rock em todo o mundo! Claro que, para atingir tal status, o grupo teve que mostrar algo bastante transgressor dentro de todo o rock, como veremos a seguir...
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# Outlandos d'Amour (1978)
O espontâneo, cru e energético 'debut' do The Police seria apenas mais um exemplar do pós-punk que inundava cenário britânico, se não fosse por dois detalhes sonoros adicionais: a sua promissora veia pop, e as suas inusitadas misturas de rock 'n' roll e punk rock com reggae. As maravilhosas "Roxxanne" e "Can't Stand Losing You" que o digam! Os destaques sonoros do guitarrista Andy Summers e do excelente baterista Stewart Copeland também falam por si.
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# Reggatta de Blanc (1979)
Após chamar atenção com a influência de reggae no seu som, o The Police resolveu escancarar ainda mais essa "misturinha" no seu segundo álbum, como podemos notar no experimentalismo solto da faixa-título "Reggatta De Blanc", e na divertida "Walking on the Moon". Em alguns momentos mais "regueiros", a banda perde um pouco daquela pegada mais urgente e vibrante, mas este álbum ainda é um ótimo exemplar da capacidade de variação musical do trio.
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# Zenyatta Mondatta (1980)
Em seu terceiro álbum, temos um legítimo resumo daquilo que é o The Police, visto que a sua já citada mistura musical foi utilizada aqui da melhor forma possível, trazendo uma dinâmica interessante e até então inédita para o grupo. A simplicidade de "Don't Stand So Close To Me" contagia até hoje, e "Driven To Tears" ainda consegue ser uma das faixas mais intrigantes do trio. Se você deseja conhecer o trabalho de Sting e sua trupe através de um único álbum, este é o disco certo pra você!
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# Ghost in the Machine (1981)
Com medo de ficar preso àquele som que, para o bem ou para o mal, já estava se transformando em uma fórmula pronta, o The Police resolveu arriscar um pouco mais em seu quarto trabalho. A mudança fica bem clara no uso de sintetizadores, e letras que alternam entre viagens "futuristas" e questões sociais. O único ponto fraco aqui é o pequeno destaque de Andy Summers e Stewart Copeland, o que evidencia a importância dos dois no grupo.
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# Synchronicity (1983)
Este pode não ser o trabalho mais divertido da banda, mas certamente é o mais ousado, super produzido e heterogêneo de toda a sua discografia! Temos um pouco de tudo: pop/rock, rock alternativo, new wave, jazz fusion, etc... Por sinal, o enorme sucesso deste álbum - graças ao 'hit' "Every Breath You Take" - faz um contraponto perfeito com a certa falta de rumo musical do grupo, o que faz deste um excelente "canto do cisne" para o The Police. O fim não poderia ser mais conveniente...
Vale acrescentar que, em pouco tempo de estrada, o The Police conseguiu algo que está apenas nos sonhos de muitos músicos: sucesso constante! Do primeiro ao último álbum, o trio estourou nas paradas com vários singles, e tem seu primeiro e seu último álbum como os favoritos da maioria dos seus fãs. Você pode pesquisar à vontade, mas garanto que não vai encontrar muitos artistas com esse tipo de êxito musical em seus respectivos currículos.

Arch Enemy e Nightwish: muito além das diferenças


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Arch Enemy e Nightwish  são bandas de gêneros totalmente distintos. Isso é fato. Arch Enemy  é umabanda sueca de Melodic Death Metal, enquanto Nightwish é uma banda finlandesa de Symphonic Metal. A vocalista do Arch Enemy pratica a técnica do Gutural, enquanto a vocalista do Nightwish  é lírica. Isso não é novidade, mas além da diferença entre os gêneros do Metal que seguem, ainda há outras diferenças a serem observadas.
1. No início, Arch Enemy contava com uma presença masculina nos vocais, o sueco Johan Liiva. Nightwishsempre teve, desde o seu início, vocais femininos.
2. A ex-vocalista do Nightwish, Tarja Turunen, conseguiu um bom reconhecimento em sua carreira solo, enquanto Johan Liiva, ex-vocalista do Arch Enemy, praticamente caiu no esquecimento do público.
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3. Johan Liiva foi convidado a sair da banda, pois, segundo Michael Amott, guitarrista do grupo, eles precisavam de um frontman mais dinâmico, e Liiva não tinha uma performance satisfatória, condizente com o resto da banda. Tarja Turunen foi demitida devido a sua vida particular que causava uma certa interferência no trabalho do grupo.
4. Johan Liiva foi substituído sem muita demora pela jornalista alemã e vocalista de death metal Angela Gossow, que havia entregue uma fita demo para Christopher Amott no começo do mesmo ano numa entrevista que Angela fez com Christopher. Já para procurar uma nova vocalista, o Nightwish  anunciou em seu Website oficial que as interessadas deviam mandar uma fita ou CD demonstrando suas vozes,e dentre elas seria escolhida a nova. Apenas no ano seguinte, em 2007, foi anunciada a nova vocalista, Anette Olzon, ex- Alyson Avenue.
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5. Angela Gossow foi muito bem recebida pelos fãs. Angela é uma mulher que pratica o Gutural, técnica mais usada por vocais masculinos, o que ressalta muito a sua imagem, sem falar de sua performance explosiva nos palcos, o que combinou nitidamente com o estilo do Arch Enemy. Já Anette Olzon não foi, ou ainda não é, bem aceita pelos fãs do Nightwish, devido a grande diferença vocal entre a Tarja e Anette, fazendo o grupo ser considerado "O Novo Nightwish."
Ambas foram formadas no ano de 1996 e possuem vocal feminino e tiveram vocais substituídos. Enfim, uma semelhança. No caso do Arch Enemy, Johan Liiva assumia os vocais até a sua saída em 2001 com a entrada da alemã Angela Gossow para o posto. Já Nightwish, sempre houve vocais femininos desde a sua formação, com a lendária Tarja Turunen no posto de vocalista até o ano de 2005, logo quem ocupou o seu lugar foi a sueca Anette Olzon.
Uma outra pequena semelhança: Arch Enemy é uma banda sueca, mas sua vocalista, Angela Gossow, não pertence ao país, ela é oriunda da cidade de Colonia, na Alemanha. Nightwish também é uma banda nórdica, porém da Finlândia, e a sua atual vocalista, Anette Olzon, é sueca, da cidade de Katrineholm.


Nirvana: vinte anos de lançamento do "Nevermind"


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No dia 24 de setembro de 1991 foi lançado o disco que daria uma nova cara ao rock. "Nevermind", segundo álbum do Nirvana, tornou-se um fenômeno de vendas e transformou Kurt Cobain, um garoto miúdo de Aberdeen, no novo ídolo da juventude.
"Bleach" (1989), primeiro álbum do conjunto, já demonstrava que o grupo de Seattle seria um sucesso. O número de shows crescia cada vez mais, as músicas começavam a ser tocadas nas rádios, especialmente nas rádios universitárias. Contudo, ninguém conseguia imaginar o que estava por vir. Os empresários mais otimistas acreditavam em 100 mil cópias vendidas, uma vez que o álbum "Goo" (1990) do Sonic Youth – um dos principais nomes do rock alternativo até então – tinha alcançado a marca de 150 mil cópias vendidas. Butch Vig foi escolhido para a produção do álbum após muita discussão.
"Nevermind" trazia também a estreia de Dave Grohl na bateria. O músico já vinha tocando ao vivo com o grupo desde o lançamento do single de “Sliver”, canção que conta a história de um rapaz que é abandonado pelos pais e não deseja viver com os avós. A gravação do single foi realizada com o baterista do Mudhoney, atuando como músico contratado, Dan Peters.
Ao mesmo tempo em que a popularidade do grupo começava a crescer, a preocupação dos colegas com Kurt também crescia. Nesta fase de transição de "Bleach" para "Nevermind", o músico descobriu a heroína. Krist Noveselic, em especial, ficava preocupado, vários de seus amigos que viviam em Olympia haviam morrido por conta do vício da heroína, entre eles, o cantor Andy Wood (Mother Love Bone). As conversas dos colegas foram em vão e Kurt usava a droga escondido na casa de outros amigos.
O indício de sucesso do grupo fez com que a mãe de Kurt, Wendy Fradenburg Cobain OConnor, o aceitasse melhor. Depois de anos afastados, os dois voltaram a se aproximar. Especialmente depois da morte de Patrick, irmão de Wendy, vítima da AIDS. Patrick era homossexual e acusava seu tio Delbert de tê-lo molestado. O rapaz pretendia escrever um tratado sobre sua história sexual e enviá-lo ao jornal Aberdeen Daily World com o intuito de embaraçar a família, uma vez que seus pais não o aceitavam por conta de suahomossexualidade.
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Kurt Cobain não compareceu ao funeral, alegando que precisava trabalhar em seu novo disco. Muitas vezes inventava desculpas para fugir de compromissos familiares, mas desta vez estava falando a verdade. No início de 1991, o Nirvana alugou em espaço para ensaiar em Tacoma. Utilizavam o tempo para escrever novas canções e para ensinar as antigas a Dave Grohl. A maior parte do tempo, contudo, era utilizada mesmo para afiar as novas composições.
Em abril, a banda mudou-se para Los Angeles a fim de começar a pré-produção do álbum. Kurt Cobain aproveitou a ocasião para fazer os mesmos passeios que havia feito com seus avós quinze anos antes. As sessões no Sound City Studios começavam às 3h da tarde e iam até meia-noite. Para aliviar a tensão e aguentar a pressão, os músicos consumiam álcool em excesso. Novoselic chegou a ser detido dirigindo bêbado, e a gravadora teve de pagar sua fiança para que pudesse voltar ao estúdio. Kurt Cobain andava de um lado para o outro no estúdio e olhava fixamente para os discos de ouro dos álbuns "Rumours" (1977), do Fleetwood Mac, e "Damn the Torpedoes" (1979) de Tom Petty and the Heartbreakers.
Na primeira semana, os músicos ficaram focados na criação das faixas básicas e no som da bateria. Em apenas duas semanas, tinham trabalhado em dez músicas, a maior parte delas realizadas em três takes para não desgastar a voz de Kurt. Depois de um tempo, as coisas começaram a complicar. Durante a gravação de "Lithium", Kurt esforçava-se para que suas partes de guitarras ficassem corretas. O músico foi ficando cada vez mais frustrado e por vezes chegou a atirar sua guitarra no chão do estúdio. Muitas letras estavam inacabadas e Kurt escrevia e reescrevia incansavelmente até chegar no que considerava a versão ideal. Reza a lenda que até chegar à versão definitiva de "Smells Like Teen Spirit", o músico havia realizado 12 versões distintas. Suas letras muitas vezes traziam diversas interpretações, embora trouxessem bastante da sua vida pessoal. O cantor chegou a declarar que 90% dos jornalistas especializados interpretavam suas letras de maneira errada.
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Foi durante a gravação de "Nevermind" que Kurt Cobain aproximou-se de Courtney Love. Kurt já havia encontrado Courtney no dia 12 de janeiro de 1990 na boate Satyricon - localizada em Portland, Oregon – onde o Nirvana fazia uma apresentação. Courtney flertou com o músico dizendo que ele se parecia com Dave Pirner (vocalista do Soul Asylum). Kurt sentiu-se atraído pela vocalista do Hole. Segundo declarações do próprio músico “Achei-a parecida com Nancy Spungen. Ela parecia uma gatinha clássica do punk rock. Eu me senti atraído por ela. Provavelmente queria transar com ela, mas ela foi embora”. Kurt estava com outra garota naquela noite, mas não se esqueceu de Courtney. A cantora também não. Depois do rápido encontro, passou a acompanhar tudo que o saía a respeito do Nirvana. Quando sua amiga, Jennifer Finch (L7) envolveu-se com Dave Ghrol, as conversas das meninas passavam inevitavelmente pelo Nirvana. Courtney confessou a Grohl que estava encantada com Kurt Cobain. O músico disse a ela que ele estava solteiro e a cantora resolveu enviar um presente à Kurt: uma caixa de porcelana em forma de coração com uma minúscula boneca de porcelana, três rosas secas, uma xícara de chá em miniatura e conchas marinhas envernizadas. Jogou seu perfume preferido por cima da caixa e enviou-a ao músico. Kurt ficou impressionado com a boneca que era um dos meios que utilizava para seus projetos de arte.
Em maio de 1991, o L7 apresentava-se no Palladium, em Los Angeles. Kurt estava nos bastidores tomando xarope espectorante diretamente do frasco. Courtney também estava no concerto e mostrou ao músico o seu próprio frasco de xarope, mais forte que o dele. Às 3h da manhã o músico ligou no celular de Courtney perguntando sobre o xarope. Na verdade ele só queria conversar com ela uma vez mais. Ela percebeu isso, a conversa estendeu-se, assim como a relação dos dois.
No começo de junho, Butch Vig terminou o disco do Nirvana. O orçamento inicial, que era de 65 mil dólares, acabou chegando em 120 mil dólares. Vig tinha captado toda a energia da banda no palco, mas os empresários do Nirvana não gostaram da mixagem do álbum e convenceram Kurt Cobain que seria interessante remixá-lo com Andy Wallace (produtor renomado que já havia trabalhado com Slayer, Madonna, entre outros). Wallace foi o responsável pela separação de guitarra e bateria de um modo diferente das gravações realizadas até então pela banda. Kurt Cobain achou a teoria interessante, mas quando ouviu o resultado final não gostou. Achou a sonoridade suave demais, segundo Kurt o álbum soava "covarde".
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Foi em junho também que Kurt decidiu o nome do álbum. Sua idéia inicial era chamá-lo de "Sheep". Mas depois de um tempo achou o nome imaturo. Optou por "Nevermind", por funcionar em diferentes níveis: tinha a ver com o modo como conduzia sua vida, era gramaticalmente incorreto (pois juntava duas palavras em uma: "never" e "mind") e vinha de "Smells Like Teen Spirit", canção na qual a gravadora mais apostava. Os músicos, ao contrário dos executivos, apostavam mais em "Lithium".
Kurt tinha passado os últimos dois anos planejando como seria a arte da capa e do encarte do disco, mas quando chegou o momento, jogou todos os rascunhos fora e começou do zero. O músico tinha visto na televisão um parto subaquático e pediu para que a gravadora tentasse conseguir tomadas do programa. Sem sucesso! O músico teve outra ideia: um bebê nadando debaixo da água perseguindo a nota de um dólar. A imagem era uma crítica ao capitalismo.
Os fãs de rock dividiram-se. Acusavam o Nirvana e o movimento grunge de ter matado o hard rock e o heavy metal. Por incrível que pareça, a infame discussão dura até hoje. Os músicos, contudo, admiravam oNirvanaSlash, em recente documentário produzido pela MTV, chegou a declarar que Kurt era um gênio. Os músicos do Metallica chegaram a enviar um fax à banda, na época do lançamento, com os dizeres “Nevermind é o melhor álbum do ano!”.
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Em 26 de setembro foi lançada uma edição comemorativa dos 20 anos de "Nevermind". O disco volta às lojas em dois formatos. Um com o álbum remasterizado e lados B com gravações das sessões do Smart Studio, versões de ensaios e apresentações da BBC . A segunda edição será de quatro CDs e um DVD. Além dos CDs com material já citado, haverá, como material adicional, o CD com uma mixagem inédita, conhecida entre os fãs como "The Devonshire Mixes", e o show no Paramount Theatre, em Seattle (1991), em CD e DVD. O material também deve ser lançado em vinil.
Recentemente foi realizado em Seattle um show comemorativo aos 20 anos de "Nevermind". O evento contou com a participação especial do ex-baixista do Nirvana, Krist Noveselic, que relembrou as canções do disco ao lado das bandas The Presidents of the United States, The Fastbacks e Screaming Trees. O show foi transmitido pela internet através do site
http://www.livestream.com/nevermindlive

Rock em Análise: "Metaleiros maconhados" atacam novamente


Antes de tudo, favor ler a notícia abaixo:
Alguém que fala tanta bobagem sobre roqueiros/metaleiros em tão pouco tempo, só pode ser um babaca, certo? Com certeza que sim! De fato, a declaração supracitada atinge um nível de estupidez que chega a ultrapassar os limites do crível. Surge então a inevitável pergunta: "esse cara está realmente falando sério?". Oh, e como está...
Dito isso, vamos analisar a questão sob novo ângulo. Uma das coisas mais divertidas do rock é a sua capacidade de "descer a lenha" em conservadores e preconceituosos em geral. Nos primórdios do gênero, o mundo estava cheio de pessoas assim - ou até piores! Com o tempo, os roqueiros conseguiram mostrar sua personalidade forte, além de todas as qualidades musicais do seu querido estilo, o que resultou em uma certa queda da discriminação ao rock.
Sejamos sinceros agora: esse tipo de 'personagem' não estava mesmo fazendo falta? Sim, eles fazem falta no universo do rock 'n' roll, e muito! Não digo que deveríamos ter uma horda de pessoas assim (Deus me livre!), mas a presença de uma ou outra representante dessa "raça" chega a nos divertir por um momento, resultando naquela louca vontade de escutar algum CD - ou mp3 - de punk rock, e sair grunhindo por aí, enquanto formulamos os melhores argumentos para discutir sobre suas burradas.
Voltemos ao caso em questão, que teve como base o show do Capital Inicial no Rock In Rio. Não énovidade que este quarteto brasiliense abandonou há tempos a sua conexão com o tal "rock 'n' roll de verdade", seja em termos musicais ou ideológicos. Mas, uma declaração como a deste 'fulaninho' nos faz relembrar de algumas qualidades do grupo, além de nos deixar com vontade de escutar novamente algumas de suas melhores músicas. Bacana, não?
Se existem "sabores extras" no rock, dos quais sentíamos falta nos últimos anos, aí está um deles! Falo do prazer de mostrar, da forma mais fundamentada possível, que pessoas desse naipe chegam ao ponto de serem dignos de pena. Se isso estimular também as novas bandas a fazerem uma música transgressora de verdade, a missão - involuntária - destes indivíduos conservadores na Terra estará cumprida, mais uma vez!
OBS.: a não citação do nome deste ser ao longo da matéria foi proposital. ;)

Wacken Open Air: quando chegará a nossa vez?


Em outubro estará completando cinco anos da segunda e última edição do Live ‘N’ Louder Rock Fest, que também encerrará igual tempo sem a realização de um festival no Brasil dedicado exclusivamente ao público heavy metal, não levando em conta o Maquinaria Rock Fest.
O jejum quase foi quebrado quando, em 2008, durante a realização do festival alemão Wacken Open Air, foi anunciado com toda a pompa que o maior festival de heavy metal do mundo teria sua primeira edição fora da Alemanha, e esta seria no Brasil, cidade de São Paulo, na Arena Anhembi, nos dias 09 e 10 de maio de 2009. No entanto, quando o público esperava ansioso pelo anúncio das primeiras bandas que comporiam o cast, foi surpreendido, sem maiores explicações, pelo adiamento – entenda-se como cancelamento – do festival. Talvez (des)motivados pela crise que abalou a economia mundial nos meses seguintes, as pessoas envolvidas com a realização do Wacken Rocks Brazil acharam melhor deixar o projeto na geladeira por tempo indeterminado.
Mas se o Wacken não chacoalhou o público headbanger brasileiro, outra parcela roqueira – ou não tão roqueira assim, dependendo do ponto de vista -, com um gosto um pouco mais eclético, teve sua vez com a realização do S.W.U. Festival, ocorrido em outubro de 2010, que, em três dias de shows, reuniu nomes como Linkin ParkQueens Of The Stone Age, Pixies, Rage Against The Machine, Dave Matthews Band, Los Hermanos, Regina Spektor, Cavalera Conspiracy etc. Foi considerado um sucesso. Tanto que, agora em 2011, terá repeteco, reunindo, também em três dias (12, 13 e 14/11), nomes como Megadeth, Sonic Youth, Black Eyed Peas, Faith No More, Duran Duran, Alice In Chains, Primus, Snoop Dogg e mais uma par de bandas.
E 2011 também ficará marcado pela volta do festival Rock In Rio ao Brasil, ausente desde 2001. Serão mais de 130 atrações nacionais e internacionais que aportarão na Cidade do Rock entre os dias 23/09 e 02/10, perfazendo sete dias de uma maratona que reunirá nomes como Cláudia Leite e Rihanna, NX Zero e Red Hot Chili PeppersSlipknot e Metallica, Ke$ha e Steve Wonder, Ivete Sangalo e Shakira, Skank e Coldplay, Pitty e Guns N’ Roses, entre outras dezenas de nomes em uma verdadeira salada musical. Setecentos mil ingressos foram vendidos num piscar de olhos.
Para 2012 já está praticamente confirmada a realização do festival norte-americano de rock alternativo Lollapalooza no Brasil, que deverá ocorrer em abril no Jockey Club. Para quem gosta, serão mais dois dias de diversão garantida.
E mesmo com tudo isso acontecendo, nem mesmo um mísero festivalzinho dedicado ao Heavy Metal. Heavy Metal mesmo! Com H/M maiúsculos. Será que dentre milhares e milhares de usuários do Whiplash.net não haverá sequer trinta mil abnegados capazes de prestigiar um único dia dedicado ao headbanging? Alguém poderia, por favor, me responder? E olha que ninguém está esperando pela participação de uma megabanda como o AC/DC ou Metallica.