26 de setembro de 2011

Juggernaut of Justice - Anvil



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Mas a verdade é uma só: embora a banda tenha surgido com muito potencial, lançando grandes discos no começo da carreira, não consegui manter o nível, e acabou sendo esquecida pelo grande público, ao contrário de outras que surgiram na mesma época, como METALLICA e IRON MAIDEN. Não se trata, portanto, de uma injustiça por parte do público, mas sim por falta de regularidade nos lançamentos da banda.
E agora, com toda essa exposição que o documentário trouxe, a banda conseguiu a sonhada fama, com maior exposição ao público, tocando para platéias cada vez maiores, e teve a oportunidade de lançar um disco mais bem produzido, e com maior distribuição, que é este “Juggernaut of Justice”, seu 14° lançamento. E o álbum não decepciona.
O som é aquele clássico heavy metal tradicional, com pitadas de hard rock e speedy metal, que a banda tem feito desde os seus primórdios, aliando entre músicas mais rápidas e outras mais cadenciadas e climáticas.
Lips continua um guitarrista mediano, mas muito criativo na composição de riffs empolgantes e solos bem encaixados, apesar de básicos como sempre. Contudo, seus vocais estão muito melhores neste disco, tendo sido favorecidos pela gravação mais encorpada do trabalho, e lhe proporcionou incluir novos recursos em sua voz.
Mas o grande destaque do trabalho é Robb Reiner, um verdadeiro monstro das baquetas, que mesmo não sendo técnico como outros bateristas, possui uma pegada fantástica, e um estilo todo próprio de tocar seu instrumento, deixando o som da banda muito mais interessante. Quem teve oportunidade de conferir a passagem da banda pelo Brasil pode conferir o toda a competência de Robb.
Como destaques do trabalho, podemos citar a pesada faixa título, com riffs ora mais pesados, ora mais na linha do hard rock, e um refrão básico mas matador; “When All Hell Breaks Loose”, mais rápida e com guitarras alucinantes, sendo a melhor do trabalho, com Robb praticamente agredindo seu kit de bateria, e Lips cantando como nunca; a hard “On Fire”, com um refrão bem grudento; e a cadenciada “Conspiracy”, com um clima bem pesado e soturno, repleta de riffs fenomenais.
“Juggernaut of Justice” é, portanto, um bom disco, e mesmo não sendo um clássico imediato, tem tudo para manter o sucesso que o ANVIL vem galgando ultimamente, sendo forjado com muita garra e paixão pelo estilo. Confiram.
Juggernaut of Justice - Anvil
(2011 – The End Records – Nacional)
Track List:
1. Juggernaut of Justice
2. When All Hell Breaks Loose
3. New Orleans Voo Doo
4. On Fire
5. Fukeneh!
6. Turn It Up
7. The Ride
8. Not Afraid
9. Conspiracy
10. Running
11. Paranormal
12. Swing Thing

Post Mortem - Black Tide



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Três anos se passaram, e agora a banda chega a seu segundo lançamento, e logo de cara podemos perceber mudanças em sua sonoridade. Não que a banda tenha abandonado de vez as características supra mencionadas, mas fica evidente que procuraram modernizar um pouco mais seu som, trazendo diversos experimentalismos e elementos de metalcore para este novo trabalho, certamente influenciados pelo sucessofácil que o estilo conseguiu, principalmente nos EUA.
Para se ter uma idéia, o som atual da banda lembra bastante AVENGED SEVENFOLD, e os momentos mais metalcore do TRIVIUM, principalmente nos vocais, mas sem o brilho destas bandas.
E ai, meu amigo leitor, você irá me perguntar: mas o disco é ruim? Não. Mas também não é um item que irá se destacar em sua coleção, variando entre momentos horíveis e outros no máximo bons.
O disco abre com a pesada “Ashes”, com riffs bem legais, e vocalizações mais melódicas, lembrando bastante TRIVIUM (numa mistura entre os álbuns “Shogun” e “In Waves”), mas sem o mesmo brilho desta banda. Mas o refrão é cheio de “ooooh” e gritos estranhos, com forte apelo comercial, e há até umas pequenas incursões de vocais guturais. Enfim, é um faixa bem mediana. A faixa conta ainda com a participação de Matt Tuck do BULLET FOR MY VALENTINE
Na sequência, temos “Bury Me”, que apesar de ter um refrão mais pop, é uma boa composição, com riffs e solos bem legais, e uma melodia cativante e repleta de vocais limpos e guturais alternados. Já “Let it Out” é uma das piores do disco, sendo uma semi balada que quer ser progressiva, mas que na verdade apenas apresenta melodias muito simples e “manjadas”, repleta de gritinhos terríveis, e um refrão infantil. A única parte que salva mesmo é o solo, que apesar de curto, é bem construído e executado.
“Honest Eyes” já é uma faixa mais empolgante, com coros legais, riffs pesados e repletos de harmônicos, vocais mais agressivos e um refrão bem legal e grudento. Sem dúvida, a que mais lembra o trabalho anterior dos caras. “That Fire”, apesar de moderninha, é bem legal, com guitarras eletrizantes, linha de vozes interessante, e uma cozinha bem trabalhada, com destaque para o baterista Steven Spence. “Fight Til the Bitter End” é outra música horrível, com um timbre de bateria muito ruim, e melodias muito comerciais, sendo a mais pop do disco. Péssima.
“Take it Easy” segue a linha do AVENGED SEVENFOLD, mas sem a mesma competência, com riffs e batidas na linha “pula-pula”, e que não merece mais audições. “Lost in the Sound", com uma letra bem positiva, também não engrena, e literalmente faz você se sentir meio “perdido no som”, apesar de ter alguns riffs e solos bem interessantes.
Em “Walk Dead Man”, a banda quer mostrar que ainda é agressiva e “malvada”, com riffs pesados e vocais bastante agressivos. Mas ai chega o refrão e lá voltamos nós para as melodias fáceis e até ingênuas, com forte apelo comercial. Ou seja, de que adiantou o todo o peso e a quebradeira nos versos?
Encerrando o disco, temos a balada acústica “Into the Sky”, que até seria legal se estivéssemos resenhando um álbum do Bon Jovi ou do Bryan Adams. No final há uma tentativa (fracassada, diga-se) de tornar a faixa épica.
A produção do disco é toda excelente, com o som bastante limpo e cristalino. Já a arte gráfica é bem simples, com uma capa bizarra e sem criatividade.
Não sei qual foi o objetivo da banda com este lançamento: se foi apenas adequar-se ao que tem feito sucesso no mercado americano e ganhar um pouco de grana, ou se será esta a tendência a ser por eles seguida (o que espero que não!).
Enfim, se você estava esperando um disco do BLACK TIDE na linha do anterior, como eu, não há como não se decepcionar. Mas se o que você procura é modernidade e experimentalismos, seguindo o metalcore, então irá curtir muito o álbum, pois em termos de qualidade, é bem superior à média do estilo.
Segue o clipe de “Walking Dead Man”:
Post-Mortem – Black Tide
(2011 – DGC/Interscope Records - Importado)
Formação:
Gabriel "Weeman" Garcia - Vocals, Guitar
Austin Diaz - Guitar
Zachary "Zakk" Sandler - Bass
Steven Spence - Drums
Track List:
1. Ashes
2. Bury Me
3. Let It Out
4. Honest Eyes
5. That Fire
6. Fight Til the Bitter End
7. Take It Easy
8. Lost in the Sound
9. Walking Dead Man
10. Into the Sky

Ciclo da Traição - Social Chaos



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O legal dessa banda é que eles fazem a coisa acontecer e dão tudo de si para registrarem sua ira em CD. E o sentimento não fica só no estúdio não. Já tive a oportunidade de assistir Borella com sua então citada ex-banda, e achei incrível o quanto o cara dá o sangue ao vivo. E o som do conjunto é extremamente raivoso, feito com raça e ódio, soando verdadeiramente caótico. Esse efeito aumenta devido à gravação suja e pesada do disco.
O cantor tem um jeito peculiar de exprimir seus berros. Ele sempre canta de uma maneira muito estranha e legal, meio que parecendo querer embromar um pouco, para deixar seu vocal mais gutural. O melhor é que isso ficou fantástico!
O baterista é outro ser sensacional que tritura seu instrumento de forma impressionante. O cara tem a dose certa de velocidade e técnica, e toca de maneira criativa. É com certeza outro elemento que torna a música da Social Chaos tão atraente.
Aliado ao músico, estão os riffs bem simples, mas contagiantes das guitarras, e o baixo naquela distorção característica do estilo. No geral, a Social Chaos flerta um pouco com o death metal no presente trabalho, mas sem dúvida prevalece quase que em sua totalidade o crust ríspido e ácido do conjunto.
Destaques para a furiosa “Política, Ambição Maldita”, muito brutal, “Minha Vida, Minha Guerra”, que abre o play, e “Under Threat”, a melhor do álbum.
Não é exagero dizer que o grupo é um dos melhores de crust do país com sua crueza e agressividade. Simplesmente indispensável. De brinde, um clipe ao vivo da banda para a música “Qual é a Sua Droga?”, que já emenda em “I.P.F. – Incurável, Progressiva e Fatal”. As faixas não fazem parte do trabalho aqui resenhado, mas ilustram bem a maravilha que é o som da Social Chaos.
Social Chaos – Ciclo da Traição
Crucial Attack Records - 2008 – Brasil
http://www.myspace.com/socialchaos01
Tracklist
1. Minha Vida, Minha Guerra
2. Respire e Viva
3. Perdedores
4. Lie
5. Política, Ambição Maldita
6. Ciclo da Traição
7. Under Threat
8. Insanos
9. Nazi Die (Doom)
10. Experimentos
11. Olhos Famintos

March of the Norse - Demonaz



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Tanto é que o conjunto não segue a mesma linha da Immortal. É claro que algumas características em relação a esse grupo se fazem presentes, como a melodia e o peso nas medidas certas, mas no geral, a Demonaz executa algo mais puxado para o viking metal. Nesse ponto, aproximam-se mais da sonoridade do saudoso Bathory.
O álbum é carregado de um clima denso e levemente melancólico, trazendo referências épicas na execução das canções, ainda que com coros discretos. Contrapondo isso, os elementos tradicionais usados nas músicas dão um toquemoderno ao trabalho. Por sua vez, elas têm estruturas básicas, e a velocidade passou longe do CD. Aliás, faltou um pouco desse quesito. Além disso, as canções, embora muito bonitas, ficaram repetitivas, e consequentemente, um tanto cansativas após certo tempo de audição. Muita calma entretanto, pois o CD está longe de ser chato, mas uma variada no ritmo e mais criatividade não fariam mal a “March of the Norse”.
Ouvindo o play com atenção, a faixa “Dying Sun”, que veio como bônus, é a única que destoa mais do restante do material. Só que a faixa de abertura – “Northern Hymn”, juntamente com “March of the Norse”, “Over the Mountains” e “Ode to Battle” também se destacam no disco.
Apesar da bela capa e da boa qualidade do papel, o encarte é bastante simplificado, limitando-se a páginas pretas com as letras em branco e uma foto (também muito bonita). Contraditoriamente, é possível afirmar que o material impresso encaixou-se perfeitamente com a proposta do conjunto, deixando-o mais obscuro.
De modo geral, o full-length de estreia da Demonaz é bastante convincente e certamente irá atrair fãs de bandas norueguesas extremas. Para quem curte Bathory, então, é puro delírio. A banda mostra que, às vezes, um integrante que não toca ao vivo numa banda tão importante (Immortal), e forma seu próprio projeto pode ser bastante produtivo. Vantagem para nós, que ficamos com dois bons grupos na cena musical underground.
Demonaz – March of the Norse
Laser Company – 2011 – Noruega
http://www.myspace.com/demonaz
http://www.demonaz.com
1. Northern Hymn 00:50
2. All Blackened Sky 04:27
3. March of the Norse 03:41
4. A Son of the Sword 04:35
5. Where Gods Once Rode 05:11
6. Under the Great Fires 06:34
7. Over the Mountains 05:07
8. Ode to Battle 00:39
9. Legends of Fire and Ice 04:24
10. Dying Sun (Bonus track) 04:03
Total playing time 35:28

Pleasures of The Flesh - Exodus



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Após o espetacular “Bounded by Blood”, a banda lançou esse “Pleasures of The Flesh”, que na época provocou certas dúvidas nosfãs devido à saída do vocalista Paul Baloff, que fora substituído por Steve “Zetro” Souza.
Mas um conjunto como a Exodus, com sua admirável qualidade, não deixou a peteca cair e caprichou nesse play. Thrash metal de primeira é o que se encontra no CD, da melhor fase do estilo, e do melhor berço do mundo, a Bay Area. E é bom reforçar que aqui que a preocupação em fazer sons mais elaborados é algo que domina o trabalho.
Entre os destaques, encontra-se a porrada que abre o disco – “Deranged”, a trabalhada e rica “'Til Death Do Us Part”, a veloz “Parasite” e seus riffs cavalgados, a irada “Faster Than You'll Ever Live to Be”, com a mesma pegada da anterior, o hino que leva o nome do disco, com um batuque introdutório bem divertido, e a outra agressividade chamada “Choose Your Weapon”.
O CD traz quatro músicas bônus ao vivo, gravadas em 1989. Entre as faixas, um cover da AC/DC – “Dirty Deeds Done Dirt Cheap”. Falando em datas, é bom dizer que a qualidade da gravação é muito boa, se contarmos que o disco foi gravado há tantos anos, inclusive essas bônus!
Como curiosidade, o encarte traz a foto censurada na época, que foi utilizada em uma edição limitada de picture disc. É engraçado ver isso, porque hoje você olha uma capa dessas bandas gore/splatter atuais, ou do Cannibal Corpse por exemplo, e ri ao constatar que a ilustração banida da Exodus não tem nada demais se comparadas às nojeiras mostradas nos encartes dos tais conjuntos.
Para quem ainda não ouviu “Pleasures of The Flesh”, uma recomendação, aliás, uma obrigação: corre para arrumar esse petardo aqui, ô meu! Exodus em sua forma mais criativa e por que não, ousada.
Exodus – Pleasures of The Flesh
Shinigami Records (relançamento) – 1987 – Estados Unidos
http://www.myspace.com/exodus
1. Deranged 03:46
2. 'Til Death Do Us Part 04:51
3. Parasite 04:56
4. Brain Dead 04:17
5. Faster Than You'll Ever Live to Be 04:26
6. Pleasures of the Flesh 07:36
7. 30 Seconds (Instrumental) 00:42
8. Seeds of Hate 05:01
9. Chemi-Kill 05:46
10. Choose Your Weapon 04:52
11. Chemi-Kill (live)
12. ‘Till Death Do Us Part (live)
13. Brain Dead (live)
14. Dirty Deeds Done Dirt Cheap (live)

Pressure and Time - Rival Sons



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Neste lançamento dos americanos podemos sentir não só a já citada referência à Led Zeppelin em seu som - principalmente nos vocais de Jay Buchanan -, um blues rock inspiradíssimo, mas também pitadas de country, soul, e claro, muito classic rock, com uma pegada bem sincera e emdeterminados momentos com um punch até meio punk rock em sua atitude.
Em All Over The Road, Young Love, Pressure and Time, trinca que abre o álbum, e principalmente com White Noise, fica impossivel não lembrar dos primórdios do estilo, bandas como Free, The Who, The Kinks, Humble Pie, The Yardbirds e muitas outras... e isso é muito bom! O resultado final é bem equilibrado, ficando difícil destacar uma ou duas músicas, mas vale ressaltar, além das citadas, as calmas Only One e Face The Light, juntamente com a “blueseira” Soul e as mais agitadas Get Mine e Torture.
“Este álbum tem influências de todos os primeiros dias do Rock’n’Roll” - Mike Miley, baterista da banda.
Um grande destaque para “PRESSURE AND TIME” é sua belíssima cover art, feita por ninguem menos que Storm Thorgerson… (http://www.stormthorgerson.com/) O que? Você não sabe quem é? Clica no link então!
O RIVAL SONS produz um som com a poeira do passado e o brilhantismo do moderno, de maneira natural e muito competente em sua forma.
Jay Buchanan (vocal)
Scott Holiday (guitar)
Robin Everhart (bass)
Mike Miley (drum)
Rival Sons - Pressure and Time (2011)
Track Listing:
01. All Over the Road
02. Young Love
03. Pressure and Time
04. Only One
05. Get Mine
06. Burn Down Los Angeles
07. Save Me
08. Gypsy Heart
09. White Noise
10. Face of Light

With Bare Hands - MindFlow



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O quinto full-length da banda mostra que os caras atingiram certa maturidade, tanto nas composições quanto na execução das faixas, mostrando grande qualidade em tudo que compõe o material.
Em primeiro lugar, mesmo contendo 14 faixas, o disco não soa cansativo em momento algum. Em segundo lugar a banda, mesmo possuindo técnica apuradíssima, não exagera nas firulas, tanto que a maior faixa tem pouco mais de seis minutos, ou seja, seria a menos longa de uma banda convencional de Prog Metal.
O Mindflow foi primoroso ao aliar a seu som elementos de Hard Rock e Pop o que deixou suas composições muito instigantes e acessíveis, sem soar piegas e, muito menos, desconexas. A regularidade do disco impressiona, com faixas que se superam a cada audição mais atenta. Porém há grandes destaques no disco, faixas com cara de hits mesmo. Grandes exemplos são “Break Me Out” que abre o disco de forma magistral e possui um refrão pegajoso, “Breakthrough” que possui todas as características que o estilo pede, “Corrupetd” com seu peso ímpar, “Lethal” e suas quebradas insanas além de vocais guturais muito bem encaixados e “Thruth Into This This Game” e seus ótimos arranjos e solos de guitarra.
O vocalista Danilo Herbert está com a voz tinindo e seu timbre meio rouco só colabora com a sonoridade da banda. Rodrigo Hidalgo na guitarra acertou nos timbres e executa ótimos solos e a cozinha formada por Ricardo Winandy no baixo e Rafael Pensado na bateria possui técnica pura e muita pegada.
O trabalho ainda conta com uma bela arte gráfica com cores que fogem do padrão do estilo, mas cria uma nova essência para o Prog Metal. Enfim, excelente!

Worshiped by the Evil Legion - Malthrom



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produção visual é extremamente simples, com capa e contracapa trabalhados em preto, branco e cinza, o que já mostra a proposta da banda de forma extremamente explicita. Ao ouvir a produção sonora, é claro que a qualidade não é nenhuma maravilha, mas ao prestar a atenção ao trabalho da banda, fica claro que a qualidade apresentada é consensual com sua proposta, logo, é válido.
As músicas em si oscilam entre temas não tão rápidos assim, e outros ainda mais lentos, sempre variado e sem ser enjoativo ou repetitivo mas as canções mantém um nível bom, o que torna o trabalho do MALTHROM merecedor de uma audição com atenção, se destacando faixas como 'Worshiped by the Evil Legion', 'Princess of Hell' (esta com belas mudanças de andamento), 'Hipocritical Death' (que se incia com uma intro de baixo para logo virar uma música opressiva), 'Seven Warriors', 'The End is Close' e a ótima versão para o hino 'Black Metal', do legendário VENOM.
Se o trabalho da banda não pode ser considerado inovador ou 'state-of-art' dentro do estilo, não pode deixar de ter menção honrosa ou passar em branco.
Recomendado.
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Tracklist
1. Worshiped By The Evil Legion
2. Princess Of Hell
3. Hipocritical Death
4. Black Order
5. Seven Warrios
6. Hell On Earth
7. The End Is Close
8. Black Metal (Venom cover)
Line-Up:
Flavio Trento: Bateria
Leonardo Milan: Guitarra
Lincoln Murmoth: Guitarra
Guilherme Malthrus: Vocais, Baixo
Contatos:
http://www.myspace.com/malthrom
Luizpaulo.aa@hotmail.com
galvani.guillherme@gmail.com

Fleshout - Fleshout



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Assim como fica explícito pela sua arte de capa, “Fleshout” é um disco bastante modesto em sua concepção. A proposta pode ser encarada como um Heavy Metal de arranjos bem simples e cadenciados, mas a bandapasseia  por subgêneros como Hard Rock, Metal Tradicional e ainda faz uso de vocalizações que se aproximam do lado extremo da coisa, e toda essa junção de elementos acaba por ofuscar uma identidade realmente definitiva para sua música.
De qualquer forma, em meio a tantos arranjos que de uma forma ou outra estão costurados com relativa eficiência, há muitas boas idéias, ainda que não exploradas de forma a causar um real impacto. O destaque fica para as linhas vocais de Lívio, cuja rispidez remete ao Sakis (Rotting Christ) e sua atuação em “No One´s Land” e na muito boa “Born To Be Vassals” conseguem chamar a atenção.
Ainda que todos os instrumentos estejam audíveis, a qualidade do áudio é apenas boa, podia-se atentar um pouco mais à timbragem, tudo possui ares realmente antiquados. Sem pretensões, “Fleshout” é um disco apenas razoável que, mesmo cumprindo o objetivo de Lívio Silva em se expressar, provavelmente terá seu lançamento preterido em meio a tantos outros trabalhos que a atual cena brasileira vem fazendo chegar ao público.
Formação:
Lívio Silva - voz e guitarra
Léo Araújo - baixo
David Spooner - bateria
Fleshout - Fleshout
(2011 / independente – nacional)
01. From The Darkness
02. No One´s Land
03. Born To Be Vassals
04. Lamb Under Wolf Skin
05. To Die Or Not To Live
06. Alienated Blessed Men
07. Lord´s Song

Shadows - Clown



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E com certeza o pessoal sabe como elaborar uma imagem de capa que tenha impacto; esse palhaço aí já diz muito sobre sua música... Eficiente e sem frescuras, pode vir a ser uma tarefa difícil tentar rotular a proposta de “Shadows”, mas existe paixão em seu Rock´n´Roll pesadão e dá para traçar inúmeros paralelos a nomes consagrados como Alice In Chains, Pearl Jam e até mesmo o Black Label Society.
Ou seja, o Clown faz uso de uma equação simples para montar um repertório melódico, honesto e diversificado. Exalando uma constante assinatura meio deprê e com sutil propensão ao mainstream, o grande destaque fica por conta da própria “Shadows”, que consegue resumir bem a proposta do grupo, mas há várias outras composições de respeito como “Oversight”, “Save The World” e, principalmente, “Scars”, com um andamento mais agressivo e um trabalho de guitarra muito grudento.
O Clown anunciou que está divulgando este debut na turnê "Live In The Shadows", que já rodou algumas cidades do país. Estes recém-chegados de São Paulo soltaram um registro bastante flexível e o público mais voltado à faceta alternativa do Rock´n´Roll poderá encontrar muita coisa boa ao longo dos 40 minutos de audição. Confiram aí!
Formação:
Ewerton Shark - voz
Cristiano de Oliveira - guitarra
Jonas Rodrigues - guitarra
Almir Belotti - baixo
Gledson Gonçalves - bateria
Clown – Shadows
(2011 / Oversonic Music – nacional)
01. Oversight
02. I´m Back Home
03. It´s All The Same Way
04. As A Blind
05. Shadows
06. Scars
07. You Will Call My Name
08. Storm
09. Save The World
10. You Gave Up

Sin - Agony Voices



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E é sempre interessante observar até onde as influências sofridas pelas chamadas ‘bandas tributo’ transparecem nas músicas de sua própria autoria... Neste sentido, “The Sin” ainda mostra uma fortíssima e compreensível influência do mencionado Katatonia, mas também fica evidente todo o esforço em se explorar ao longo das sete faixas uma bem-vinda veia mais voltada ao Heavy Metal extremo, e os músicos não deixam nada a desejar.
Com andamentos lentos, uma seção rítmica bem explorada e linhas vocais guturais, a proposta do “The Sin” é um verdadeiro amálgama de Death, Doom e Dark Metal que, como não poderia deixar de ser, é sombrio até a última nota. E, aos que acham que o estilo é cansativo, fica a certeza de que os catarinenses têm plena noção de dinamismo e injetam muitas mudanças de andamento para estimular a atenção do ouvinte, o que fica bastante claro na faixa-título, “Forest Of Tears” e “Burning In Darkness”.
E o processo de composição para o sucessor de “The Sin” está em pleno vapor, onde o Agony Voices já adianta que virá com algumas diferenças e, inclusive, letras em português. Enquanto isso, toda a linearidade dos 50 minutos deste debut é recomendado ao público interessado na saudável depressão que somente os pecados da vertente Death Doom Metal conseguem extrair. Bom trabalho, pessoal!
Formação:
Jonathan - voz
Barasko - guitarra
Jr. Klock - baixo
Luis - bateria
Agony Voices – The Sin
(2011 / independente – nacional)
01. Lady Of Valley
02. The Sin
03. Forest Of Tears
04. Mistake In Life
05. Tombstone Of Agony
06. Burning In Darkness
07. Forest Of Tears (original track 2007)

Rock in Rio - Terceira Noite (Cidade do Rock, RJ, 26/09/11)



É engraçado que a terceira noite do Rock in Rio tenha começado com vaias. A banda que abriu o show foi a brasileira GLORIA, que faz um som com influências de heavy/new/thrash metal e letras em português e que acho deveras muito bom. Digo que acho engraçado ter começado com vaias, pois o Gloria é a única banda de uma geração de RESTARTS e REPLACES que toca músicas realmente pesadas e sem papas na língua, estando perfeitamente colocada no contexto dos shows do dia. Infelizmente havia um mar de fãs "truu", como se auto-denominam, que não têm respeito pelo que não gostam ou não entendem, o que em minha opinião é uma lástima. Sorte que o Gloria tocou algumas músicas do PANTERA, e assim evitou maiores problemas. Checkpoint.





Não consegui ver o show do COHEED & CAMBRIA, mas acredito que pelos anos na estrada e profissionalismo da banda (também pelos comentários que escutei) deve ter sido muito bom, com direito até a música do Iron Maiden.
Também não há necessidade de comentar o show do MOTÖRHEAD, cujas qualidades divinas são indizíveis e inexplicáveis, quase transcendentais. Mesmo com problemas no som, os caras fizeram tudo o que tinham de fazer. Em outras situações até escreverei um texto sobre MOTÖRHEAD por todo o seu valor histórico e visceral, mas hoje escrevo sobre dois outros sóis que raiaram durante a madrugada de 25 para 26 de setembro de 2011.
Pouco depois das onze da noite o SLIPKNOT subiu ao palco. A primeira coisa a ser notada foi a falta de baixista. Sim, o ex-baixista Paul Gray faleceu de uma provável overdose quase um ano atrás, e havia muita especulação sobre quem seria o substituto. E a resposta foi: Ninguém. Não sei explicar se estariam tocando com uma faixa de baixo gravada ou com um baixista atrás das cortinas, quem sabe até com uma peripécia técnica para fazer com que alguma das guitarras preenchesse a lacuna, mas de fato só havia 8 membros do SLIPKNOT no palco.
Depois de quase um ano de luto por conta do falecimento anteriormente mencionado, esse foi o show de volta da banda. E como já disse anteriormente em outras ocasiões, não foi somente uma aula, mas um ano letivo inteiro das matérias "Performance ao Vivo" e "Organização Musical". A teatralidade da banda aliada ao caos expressado pelas letras e pelo instrumental arremetem a espaços longínquos e despertam sentimentos que normalmente não fazem parte do cotidiano.
A banda estava absolutamente entrosada, mesmo com o baterista Joey Jordison aparentando certo cansaço e não realizando o seu inesquecível solo de ponta-cabeça como em shows anteriores. A competência musical dos integrantes é absurda, o que fez com que as músicas em nenhum momento soassem emboladas ou qualquer outro adjetivo que qualificasse a performance como algo abaixo de "profissional e ainda feito com absoluto esmero".
Havia uma névoa de inspiração no ar, e o vocalista Corey Taylor soube se aproveitar perfeitamente do clima. É impressionante vislumbrar um mestre sala em seu auge criativo e com todas as ferramentas à sua disposição. Com palavras lentas e pausadas o vocalista conseguiu hipnotizar todos os que prestavam atenção na performance e fazia com que todos gritassem mesmo sem que soubessem a razão. Por essa razão, sou impelido a acreditar até que realizou a façanha de estabelecer um recorde mundial, não por ter conseguido fazer com que quase 100 mil pessoas se abaixassem ao seu comando como ele mesmo disse, mas por maior sessão de hipnose realizada em um show de rock na história. Não há outro termo para definir o que se via quando as câmeras focavam na plateia durante o show.
Os percussionistas e Djs foram um espetáculo à parte. Rodopiando pelos ares em plataformas elevadas ou correndo pelo palco e espancando os tambores vazios, eles fizeram uma maravilhosa bagunça. Não satisfeito, um deles correu para uma das estruturas de quatro metros localizadas no meio do público e simplesmente saltou. Não uma, mas duas vezes. "Atitude", como os "truus" chamam, foi pouco nesse caso.
Por fim, já com um ar de dever cumprido, o grupo de oito integrantes deixou o palco, talvez para encerrar a carreira da banda em grande estilo, quem sabe para continuar o caminho sem Paul Gray, só o tempo dirá.
Precisamente à 01:17 da manhã o METALLICA entrou no palco do Rock in Rio. E não há outra maneira de descrever a situação alem de entrar em campo com o jogo ganho. O quarteto sem nenhuma frescura despejou uma metralhadora de clássicos antológicos e mostrou porque faz jus ao fato de ser uma das maiores bandas na face da terra.
Sem frescuras nem alegorias a banda conduziu a plateia ao delírio em uma performance sem erros. E, vindo do Metallica, isso não é nada alem do esperado. Destaque para algumas surpresas no repertório como Orion, música que nem sempre está no setlist e pela fantástica One, regada de explosões e fogos de artifício na introdução.
O que mais foi interessante foi ver uma multidão quase sem fim cantando, gritando, aplaudindo e pulando ao som de músicas rotuladas no mínimo como anti-comerciais pela indústria fonográfica. Fica claro assim que o público que admira e idolatra a música pesada existe, e que se a banda faz o dever de casa direito e se esforça ao máximo para fornecer um bom trabalho, esse público vai comparecer. Não há para onde fugir.
E assim foi a noite dos metaleiros do Rock in Rio. Regada a ótima música e muita empolgação. Como nem tudo são rosas nem guitarras, acabei vendo também algumas brigas  e discussões em que "truus" fiéis a um só estilo ou banda difamavam outros sem razão lógica. Existe uma antiga filosofia que diz "Gosto é gosto, não se discute, comenta-se." Não vale à pena vaiar, brigar ou xingar simplesmente por conta de uma boa noite de diversão. As bandas podem ter trazido tons de agressividade e até despertado certa raiva contida nos espectadores, mas isso faz parte do propósito do espetáculo e da música, essa que inclusive não deve ser levada de maneira alguma como uma competição. Música é sentimento, não arma e nem muito menos fomentadora de guerra.
Aos músicos e artistas ávidos por conhecimentos sobre a indústria do entretenimento e do espetáculo fica a dica, não deixem de assistir aos shows das bandas aqui mencionadas, pois são um tesouro cheio de conhecimentos maravilhosos a serem aprendidos. Aos fãs que, como eu, aproveitaram uma fantástica noite de diversão e boa música, só resta a sensação de agradecimento por ter presenciado e feito parte de um momento tão marcante na história da música pesada e que será lembrado por muito tempo. Viva a terceira noite do Rock in Rio!

Red Hot Chili Peppers (Arena Anhembi, São Paulo, 21/09/11)



A abertura da noite ficou por conta da banda inglesa FOALS. O quinteto da cidade de Oxford tocou durante 45 minutos e teve boa recepção do público. Entre as músicas apresentadas estavam "Blue Blood", "Cassius" e "Miami". Destaque para o bom baterista, Jack Bevan, que soube dosar o peso das baquetas aoestilo cadenciado e, em certos momentos, psicodélicos da banda.
Às 21h50 os telões instalados ao lado do palco mostravam a capa de 'I’m With You' para anunciar a entrada no palco de Anthony Kiedis (vocal), Flea (baixo), Josh Klinghoffer (guitarra) e Chad Smith (bateria), que abriram o show com a cativante "Monarchy Of Roses", primeira faixa do novo álbum. Mesmo com menos de um mês do lançando oficial do registro, boa parte do público acompanhou a letra à risca, como se já fosse um grande sucesso.
Na sequência vieram "Can’t Stop" e "Tell Me Baby" - única do disco 'Stadium Arcadium' a ser apresentada. Após uma breve saudação de Flea, a grande surpresa da noite deu as caras: o mega hit "Scar Tissue", que não foi tocado em nenhum show da turnê latina.
Nesta altura da apresentação, a banda mostrava bastante entrosamento, principalmente pelo talento e desenvoltura de Josh - pupilo de seu antecessor, John Frusciante, para os desavisados.
A empolgante "Look Around", com a ajuda das palmas do público no refrão, aqueceu de vez o ambiente e abriu caminho para "Otherside", outro grande sucesso do final dos anos noventa.
Antes de "The Adventures Of Rain Dance Maggie", Kiedis e Flea apresentaram o percussionista brasileiro Mauro Refosco, que está acompanhando a banda nesta turnê mundial.
Durante a belíssima "Under The Bridge", sem dúvida o momento mais emocionante do show, luzes decelulares e isqueiros tomaram conta de ambas as pistas (premium e comum).
Foi interessante também ver o RED HOT CHILI PEPPERS tocar famosos hits com algumas mudanças nos arranjos - sem perder a identidade dos mesmos -, fato comprovado em “Higher Ground” (Steve Wonder cover), “Californication” e “By The Way” - a última encerrando em alto nível a primeira parte do show.
Na volta para o bis, Chad e Mauro fizeram um mini-duelo de percussão até iniciar "Dance, Dance, Dance", também do novo álbum, seguida por "Don’t Forget Me". Prestes a deixar o Anhembi, o público foi presenteado com a canção responsável pela inclusão dos Chili Peppers ao mainstream: nada menos do que "Give It Away", do magnífico álbum ‘Blood Sugar Sex Magik’ (1991).
Após quase duas horas de um espetáculo notável, o RED HOT CHILI PEPPERS provou que continua criativo e entrosado, a ponto de completar três décadas de carreira sem sinal para parar.
Arena Anhembi - São Paulo
21 de setembro de 2011
Set List FOALS
Duração: 45 min.
Yannis Philippakis - vocal
Jimmy Smith - guitarra
Walter Gervers - baixo
Jack Bevan - bateria
Edwin Congreave - teclado
1. Blue Blood
2. Olympic Airways
3. Total Live Forever
4. Cassius
5. Ballons
6. Miami
7. Spanish Sahara
8. Red Socks Pugie
Set List RED HOT CHILI PEPPERS
Duração:1h50 min.
Anthony Kiedis - vocal
Flea - baixo
Josh Klinghoffer - guitarra
Chad Smith - bateria
1. Monarchy Of Roses
2. Can't Stop
3. Tell Me Baby
4. Scar Tissue
5. Look Around
6. Otherside
7. Factory Of Faith
8. Throw Away Your Television
9. The Adventures Of Rain Dance Maggie
10. Me & My Friends
11. Under The Bridge
12. Did I Let You Know
13. Higher Ground
14. Pea
15. Californication
16. By The Way
Bis
17. Chad solo & Mauro Refosco
18. Dance, Dance, Dance
19. Don’t Forget me
20. Give It Away

MS Metal Fest (Manifesto, SP, 18/09/2011)



Por Durr Campos/ Fotos: Pierre Cortes
Com o Manifesto não muito cheio, por volta das 19h entra em cena o ACLLA, um dos mais aguardados. A banda executa um heavy metal moderno, mas com referência direta aos expoentes do estilo, em especial das décadas de 70 e 80. O quinteto, formado por Tato Deluca (vocais), Bruno Ladislau (baixo), Denison Fernandes (guitarra), Chrystian Dozza (guitarra) e Eloy Casagrande (bateria), lançou no final do ano passado seu debut Landscape Revolution, o qual vem rendendo diversos reviews positivos, inclusive no Whiplash!, onde levou nota 9 do nosso redator Ben Ami Scopinho. Leia suas impressões sobre a bolachinha no link abaixo:
Destaques para as vigorosas “The Totem” (que já ganhou um vídeo bem bacana), “The Hidden Dawn”, o cover “Bark at the Moon” (Ozzy Osbourne) “Living For a Dream”, minha predileta, e “Trace”. Impossível não mencionar a ótima voz do Tato e a técnica apurada do prodígio nos tambores Eloy, que também empresta seu talento à banda solo do Andre Matos.
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Não demorou muito e o AYGAN já iniciava sua apresentação. Gostei da forma despojada com que se portaram em cena, principalmente pelo vocalista/guitarrista Marcelo Lane, dono de um belo timbre, e o exímio baixista Bruno Vellutini. A banda já possui uma longa trajetória, incluindo abertura para o Dr. Sin, um show para a rádio Kiss Fm transmitido ao vivo e sucesso total no Jamlegend, jogo online na linha Guitar Hero e Rock Band. Para se ter uma ideia do impacto, as músicas da banda foram jogadas mais de 500.000 vezes por usuários do mundo todo, superando até mesmo o Stratovarius. A consequência disso? Elogios constantes de fãs da Europa, Japão e Austrália. Do seu álbum de estreia, Plastic City, lançado ano passado, levaram, dentre outras, “Bloody Meanings”, “From the Fire”, a cativante “Shadows” e um medley pra lá de interessante unindo “Shout” (Tears For Fears) e “One” (Metallica).
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O KAMALA já passou da fase de promessa e é hoje, sem sombra de dúvidas, um dos nomes mais fortes para representar o país. O quarteto de Campinas estava inspirado e sua performance transbordava energia, paixão e fúria! A experiência gerada pelos constantes shows é evidente, em especial quando observamos as atuações do Rafael Olmos (guitarra/vocal) e Andreas Dehn (guitarra). A dupla domina como poucos o palco e não há quem fique indiferente aos seus chamados. O peso absurdo das guitarras, somados ao groove dos tambores de Nicolas Andrade e a pegada do experiente André Rudge (Soulriver), que entrou recentemente no lugar do Ricardo Piccoli (Shadowside), me fizeram pensar sobre o porquê de um grupo desta qualidade não ser ainda tão grande quanto merece. Muito bem ensaiados, emendaram um set-list devastador com “Purify”, “The Fall”, “Determination”, “Genocide”e a ousada “Brainwash”, dentre outras canções, passeando por seus dois álbuns lançados até agora: Kamala (2007) e Fractal (2009). Nunca é demais lembrar que o pessoal encontra-se em estúdio finalizando o seu terceiro registro.
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Já passava das 22h – de um domingo – quando o BLÜE BARREL chegou detonando seu som calcado emPanteraBlack Label Society e pitadas de Lynyrd Skynyrd. O estilão de norte-americano sulista estava, inclusive, impresso no visual do vocalista Vitor M., que trajava camisa quadriculada, chapéu característico e barba bem cultivada. Anunciaram para breve o lançamento de seu disco de estreia, já batizado de The Oversize Load, do qual basearam todo seu repertório, que incluiu as fortes “Awake the Tempest”, “A Lethal Dose of Meaning” e “Mud”, todas misturando com maestria doses de stoner e southern metal. Pessoalmente gostei da pegada do Rafael “Bazza” em sua guitarra tocada com slide. Aliás, seus solos também são muito bem encaixados, o que mostra personalidade e conhecimento de causa, para ficarmos apenas nisso. O já citado Vitor M. possui uma presença marcante que nos remete a uma mistura entre Phil Anselmo (Down,Pantera, Superjoint Ritual, Necrophagia, etc.) e Rob Dukes (Exodus). Confesso que não os conhecia, mas depois do que vi estarei mais atento de agora em diante.
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Por fim, mas definitivamente não menos importante, o EXHORTATION. Eu os conheci recentemente, apesar de seus seis anos de estrada, e posso afirmar sem medo de errar que se trata de uma incrível banda de metal extremo. Eu os relaciono a nomes como Behemoth, Bloodbath, Hate, Nevermore e Nile, além da referência óbvia ao Arch Enemy, por conta da presença da notável vocalista Aline Lodi. Os urros emitidos por esta dileta pessoa contrasta diretamente ao seu jeito tímido e delicado quando está fora do palco. Mas em cena, meus amigos, ela transforma-se em um demônio! Foi até engraçado perceber o espanto do staff do Manifesto quando iniciaram seu set. Poucos permaneceram para prestigiar o quarteto, completado pelo excelente Renato de Lucca (guitarra), Rodrigo Dalla Piazza (baixo) e o trator humano – no melhor sentido da palavra - chamado Billy Dark Machine (bateria), mas quem ficou não se decepcionou. O debut saiu do forno há alguns dias sob o nome "The Essence of Apocalypse" e a resposta às novas composições não poderia ser melhor. Por conta do horário avançado se viram obrigados a cortar algumas músicas, mas hinos como “Final Theory”, “Famine”, “Degradation of Spirit” e a faixa-título mantiveram o público boquiaberto do início ao fim. Certamente irão colher ótimos frutos do imenso trabalho que vem desenvolvendo. Guardem este nome, senhoras e senhores!
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Rock em Análise: período de "vacas magras" no rock baiano


Há quem ainda diga que, na chamada "Terra do Axé", não se faz rock 'n' roll. Sim, é fato que Salvador não é exatamente uma potência do rock nacional, mas qualquer pessoa com o mínimo de conhecimentomusical sabe que algumas das melhores bandas de rock nacional - Raul Seixas, Camisa de Vênus e, mais recentemente, Cascadura e Retrofoguetes - nasceram nesta singular cidade.
No que diz respeito ao tal "cenário underground", digo categoricamente que Salvador "pariu" algumas das mais promissoras bandas de rock do Brasil, entre o final dos anos 90 e início dos 2000's, embora nenhuma delas tenha desfrutado do merecido sucesso. Exemplos? Malefactor, The Dead Billies, The Honkers, Brinde, Automata, 110 Voltz, Derthelos, Plexus, Ronei Jorge, etc...
Qualquer "jovem" na faixa dos 25 aos 35 anos, certamente pôde "saborear" um período que, apesar de certas imperfeições aqui e ali, pelo menos trouxe momentos genuinamente empolgantes para qualquer apreciador de rock. Nessa época, a internet era apenas um bom meio de divulgação, não o "lar" do ouvinte. As pessoas iam de fato aos shows, e tinham prazer em escutar algo que não fosse apenas um festival de covers...
Como o tempo passou, muitas dessas bandas chegaram ao fim - por falta de grana, tempo, ou mesmo ânimo para continuarem apenas no "underground" -, o que trouxe uma consequência grave: falta de renovação no cenário baiano! Muitas dessas bandas encerraram suas atividades quase simultaneamente, o que deixou a "tocha" no ar, sendo que poucas bandas iniciantes tinham força o suficiente para "levantá-la".
Enquanto os ouvintes "veteranos" esperam pela próxima boa leva de bandas baianas, os novos se contentam com grupos medíocres, sem perceberem que o rock baiano pode ser - e já foi - melhor do que aquilo... E isso vem ocorrendo sem que quase ninguém perceba, à medida que os melhores sites de rock (como o BahiaRock) são retirados do ar, e algumas das melhores casas de show (como o World Bar) vão fechando suas portas...
Vale acrescentar também que nenhum dos pseudo-movimentos roqueiros - especialmente o do hard rock - em Salvador vêm mostrando qualidades como "originalidade" e "companheirismo", duas coisas fundamentais no universo do rock 'n' roll. Muito pelo contrário: as bandas se contentam com a mediocridade desmedida, e com um forte espírito destrutivo e egoísta em suas atitudes. E isso, meus caros, é uma falha gravíssima!
Então, quando você comparecer a um show de alguma dessas "vacas magras" baianas, não se esqueça de beber bastante! Somente assim você poderá esquecer da música medíocre que ecoa daquelas caixas de som baratas, nestes novos redutos que são erroneamente chamados de "casas de shows". E quando estiver sóbrio, não esqueça de "descer o pau" nessas bandas e pedir por algo melhor em sua querida cidade, afinal, todos nós merecemos mais!

Metal: como o mito do True levou tantas bandas a serem fake


Antes de começar, gostaria de fazer uma breve introdução sobre o texto por vir. Não se trata de um texto que quer defender bandas "true", "metal verdadeiro", nem de qualquer coisa do tipo. Trata-se da minha visão do que está acontecendo na cena, do por que de ela estar enfraquecida, estagnada e em uma espiral descendente cada vez maior.
Minha linha de pensamento parte das bandas que realmente foram grandes em seus estilos. Para mim, é evidente que as bandas que mais marcam um estilo, são quase sempre as primeiras a surgirem nele; as que realmente inovam, que rompem uma barreira, que criam um estilo que elas podem chamar de próprio - até que outras milhões de bandas as copiem.
Existe um padrão que eu observo não só no metal, mas no rock em geral, seja ele o progressivo, grunge, hard ou o que seja: a mitificação dos músicos. Não que grandes músicos não devam ser admirados, mas as "lendas" e "deuses" do rock, de uns tempos pra cá, estão sendo mais prejudiciais do que benéficos para a criatividade dos músicos.
Vejo muito na internet anúncios do tipo "Procuro guitarrista para banda de Power Metal". Para mim não há maneira mais eficiente de matar uma banda, antes que ela seja criada. E não me refiro apenas ao Power, mas a qualquer sub-gênero de rock. Por algum motivo, os fãs de rock parecem ter se esquecido de que música é arte e expressão. Um musico, não importa o quão novo ou inexperiente seja, possui em seu repertório muita influência que ele não é capaz de processar intelectualmente. Essa influência vem não apenas do que ele sabe tocar, nem mesmo das bandas que ele mais escuta, mas de tudo o que ele ja ouviu na vida.
Isso implica que ele possui uma amplitude criativa muito grande. No entanto, enquanto ele estiver preso a um estilo musical predeterminado, o que ele produzir vai ser apenas uma fração de seu potencial completo. Sua técnica, sua criatividade, tudo isso vai estar amputado, a vontade de criar algo que seja simplesmente bom estará abaixo da vontade de criar algo que se encaixe na sonoridade de algumas bandas que ja tocaram um som autêntico.
A grande maioria dos músicos hoje em dia não escuta um único gênero de música. O headbanger mais "purista" que você ja conheceu na sua vida não ouvia apenas Thrash Oitentista, nem nenhum gênero isolado apenas.
Pouco tempo atrás estava comentando sobre isso com um amigo meu, que estuda Pintura. Ele me falou sobre três quadros que ele pintou nos últimos 6 meses. O primeiro levou muito tempo para ser feito. Ele ja tinha a imagem do que queria desde o inicio, mas precisou experimentar e refazer tudo várias vezes até finalmente deixar seu quadro pronto. Gostou tanto do estilo final do quadro, que fez um próximo, partindo das mesmas idéias. Ao vê-lo terminado, ficou decepcionado com o resultado. E o mesmo aconteceu quando terminou o terceiro quadro. Foi aí que ele percebeu que não estava mais sendo autêntico, estava simplesmente tentando imitar a si mesmo. E sim, tentar imitar a si mesmo é tanta falta de autenticidade quanto imitar qualquer outra pessoa.
Até onde eu sei, a expressão "True" nasceu com a banda Mayhem. Espalhou pelos outros gêneros de música extrema, por todos os gêneros de metal, e hoje em dia até punk fala true.
O True é um mito que deve ser derrubado. A idolatria pelo som que certas bandas fizeram em uma determinada época não é nada além de uma prisão estilística, um limite gigantesco na criatividade de qualquer artista.
Todos os comentários de fóruns, no youtube, e em qualquer lugar na internet, dizendo que determinada banda se vendeu, não é mais true, lançou um CD muito comercial, estão trabalhando apenas em prol da mais completa falta de autenticidade e espontaneidade. O Black Metal está se tornando um estilo ridículo justamente por isso. Começou como um gênero que buscava romper brutalmente com vários dogmas. Não só no aspecto religioso ou filosófico; nas cartas escritas por Varg Vikernes, ele afirma que queria romper com todas as bandas que imitavam o Death e o Morbid Angel. O que aconteceu foi um rápido boom de bandas de Black Metal no inicio dos anos 90, que cunhavam um estilo até então indefinido, e então uma progressiva caminhada em direção à estagnação, propelida pelo mito do True, do "seja verdadeiro", onde "verdadeiro" quer dizer soar igual às outras bandas de um gênero especifico. Não existe hoje sentido algum em manter esses conceitos.
O que eu quero com isso tudo é que as bandas saiam dessa estagnação e passem a ser realmente autênticas. Que passem a explorar ao máximo o potencial técnico e criativo de cada um dos pelo menos três membros que a compõem, que gastem mais esforço na busca por sonoridades mais interessantes e próprias, ao invés de se contentarem em encaixar "influências".
Se quiser admirar um musico, admire-o não pelo ponto onde ele chegou, mas pelo percurso que ele percorreu. Tente ser BOM como ele, e não simplesmente ser como ele. Um musico não precisa ser igual a ninguém, muito menos os clássicos que ja foram tão repetidos. Vejo muitas bandas novas ruins sendo aplaudidas por que não existe nada para competir, e algumas bandas com potencial, mas que caíram na ilusão de que elas podem ser como as bandas que as precederam. Hoje, o metal precisa mais de bandas que desafiem os clássicos e se arrisquem, do que bandas que repitam o que ja está provado. De vocalistas que usem a própria voz na amplitude máxima, ao invés de gastar anos tentando cantar da mesma forma que as "lendas". De guitarristas que parem de tentar fazer o que Jimi Hendrix fez e se contentar com isso, e comecem a DESENVOLVER tanto quanto Hendrix desenvolveu.
O que eu quero com isso não é uma avalanche de experimentalismo ou busca desenfreada por algo novo, mas autenticidade, simples e pura, e o fim das prisões estilísticas. Que os músicos gastem mais tempo compondo e pensando sobre as próprias composições, SEM as amarras de um gênero e sem tentarem ser iguais a ninguém. Que simplesmente componham música, no aspecto mais puro e cru possível do que "música" quer dizer para eles. O fóssil da história do rock não precisa de uma quebra, apenas de continuidade.

Festival: Rock In Rio? Agora no Rio. Mas Rock?


Eis que chegou 22 de setembro, e finalmente começou o Rock In Rio, ironicamente, voltando a ter uma edição no Rio de Janeiro depois de 10 anos e que por isso, causou empolgação assim que seus ingressos começaram a serem vendidos. Empolgação que naturalmente foi indo embora a medida que as atrações iam sendo anunciadas.
Apesar que na 3ª edição em 2000 (e com aquele logo modificado pelo patrocínio da AOL), já tinha mostrado toda sua “mistura”; então não era de se esperar que essa 4ª edição brasileira seria diferente.
Mas como a esperança, no fim das contas e das piadas, é a última que morre, e brasileiro nunca desiste; se tinha a esperança que esse Rock In Rio honraria o nome. Mas... passada a empolgação minha e dos meus amigos em fazer um mochilão, ir pra lá, e dormir em qualquer lugar; o tempo passado mostrou que o investimento (entendam bem, investimento) de quem não mora no RJ e sim em SP, não valia tão lá a pena. Afinal, o Brasil, ao contrário da primeira edição em 85, se tornou um circuito obrigatório ao shows internacionais. E hoje se pode escolher mais pra que show você vai, ou não, querer ir em todos provocando falência tão instantânea quanto o preparo de um miojo.
Nasci em 88, e era pequeno demais pra ver o Rock In Rio em 91. Mas ao que minha querida mãe conta, e comparando a programação de cada um dos 3 Rock In Rio's realizados aqui. Rock In Rio mesmo foi só o de 85 com AC/DCIron MaidenQueenOzzy OsbourneWhitesnake, entre outros; e agora meu ponto fala (mentira) que foram nada menos que 15 atrações internacionais em um país que raramente via bandas desse porte passarem pelo país (acho que eles achavam que era cheio de macacos talvez). Bom, creio que tenho que concordar com ela.
Em 91 começou a misturar, mas tivemos grandes bandas como Faith No More (no auge), Judas Priest,Megadeth, Guns n' Roses, Billy Idol, apesar de George Micheal como "intruso". Já em 2001 misturou de vez, abraçou a diversidade e marca, e teve bandas como Iron Maiden e Guns n' Roses (mais uma vez), Foo Fighters e o finado Silverchair. Porém como disse, a diversidade havia, tendo Britney Spears, Sandy e Júnior, e Carlinhos Brown na ocasião abrindo o dia do Guns n' Roses (se não me engano) e sua chuva de garrafas histórica com gritos proferidos de: “nada me atinge”.
Consciente de sua marca, o evento se internacionalizou com várias edições em Madri e Lisboa, inclusive ano que vem voltará pra Madri. Sabe que até imagino os portugueses dizendo: “Rock In Rio”? Rio é Rio de Janeiro ó pá!”, depois os portugueses é que são burros. Mas sabe como é, coração de mãe cabe sempre mais um e o Cristo Redentor está de braços abertos. O Brasil é um país que tem de tudo mesmo, é um país cosmopolita (tanto quanto hipócrita), até das coisas infernais.
As bandas expoentes do rock nacional (jurássico diga-se de passagem) Titãs e Paralamas do Sucesso ficaram encarregadas de fazer o primeiro show abrindo o Rock In Rio. Ai sim realmente o título faz sentido, apesar das participações de Cláudia Leitte e Maria Gadú no palco. O problema é o depois. Fora o Elton John – que é clássico – teremos Claudia Leitte com dois T's mesmo, como um leite de má qualidade; Katy Perry e seus peitos (ahhhh) e Rihanna com sua “umbrella” encerrando o dia. E só falo do primeiro!
Aqueles que dizem que irão vomitar com o evento, terão seus ouvidos invadidos por sangue agora que sabem o “esqueminha malandro” do primeiro dia.
Bom, com todo respeito que a tolerância me faz ter, tanto quanto a democracia me faz odiar esse fato. Isso chega a ser patético!
Quero deixar claro aqui que não tenho nada contra o estilo musical, e muito menos quero pagar de “rockeiro revoltadinho” que só faz protesto quando a internet cai, pregando contra os estilos musicais e artistas. Uma coisa é dizer que eles não deviam participar do evento “Rock In Rio”, outra é taxá-los como incompetentes.
Bom, só sei que trato o axé e o pop (por exemplo) como cachorros, eles lá e eu aqui, e que o inferno não está nada longe, me fazendo achar que a vida é um verdadeiro teste insuportável. Mas se o festival tem “rock” no nome, com todo respeito, não devia-se chamar o axé, pop e eletrônico pra tocarem lá. Tem carnaval, VMA e rave pra quê?
Quando o senhor supremo organizador do evento, Roberto Medina, foi perguntado disso, entre outras coisas, apoiado no bordão “um mundo melhor” e “evento que une gerações”, ele disse que eles “atraem público”. Bom, se essa for - e É – o atendimento ao nicho da “nova geração”, estamos apocalípticamente lascados.
Talvez a ideia da diversificação do festival seja essa: “Temos um festival e só podemos ter um, vamos encher de tudo de melhor (ou pior) que temos e conseguimos”. Bom, se é pra atrair público, nessa edição só faltou Justin Bieber...
Ah não, mês que vem ele tocará aqui. Agora entendo sua “dispensa” do Rock In Rio. Foi excesso de contingente.
Bom, pra quem vai acompanhar, e eu irei porque apesar de tudo, tem muita banda legal lá. A programação minha basicamente será no sábado dia 24 que tem Red Hot Chili Peppers e Stone Sour. Domingo dia 25 que tem MetallicaSlipknot e Motorhead. No outro domingo, dia 2, que tem Guns n' Roses e System Of a Down. Sem contar Korzus, Matanza e Sepultura no palco Sunset no dia 25, o “dia metal”. Bons tempos em que éramos mais pobrezinhos e tínhamos apenas um palco...
Pena que é só isso, poderia ser muito mais.
Antes que me apedrejem, sei que claramente que tem outras bandas, e como fã, apenas apontei minhas preferências como disse; aliás esse texto é expondo minha opinião como fã de rock que sou e apreciador de boa música, e não como um "zé imparcial".
Com essa breve programação que dei, toda "cortada", ai sim dá pra se dizer que é o Rock In Rio. Acho que queria ser desinformado e ver que é só isso. Que puxa!