4 de setembro de 2011

Ninguém sabe dos gatos persas - 2009









SINOPSE
O título do filme faz ironia com as leis do Irã que tudo proibem, inclusive de se andar com cães e gatos pelas ruas. Negar e Ashkan formam um casal de músicos de indie rock que decidem formar uma banda e partir para a Europa. Conhecendo o engraçadíssimo pirateiro Nader, vão com ele ao underground de Teerã fazer contato com falsificadores de passaporte e com os mais diversos músicos amantes do som do ocidente, sempre obrigados a se esconder para tocar, caso contrário são presos e açoitados. O diretor multipremiado Bahman Ghobadi abre as portas do mundo para a ótima música do país: indie, metal, jazz, rap. Ele mesmo semeou a obra na internet e fugiu com os atores ao encerrar as gravações. Ao voltar de Cannes foi preso por criticar o governo.

A Dramatic Turn of Events - Dream Theater



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Foto da chamada: Roberta Forster
Realmente, substituir um baterista do nível de Mike Portnoy é uma tarefa das mais tormentosas, sem dúvida. E depois de uma grande novela envolvendo o nome do novo baterista, a banda anunciou no final de abril de 2011 que o excepcional Mike Mangini seria o responsável pelas baquetas. Quem conferiu os vídeos das audições do cara, bem como todo seu histórico como músico, pode perceber o quanto este é um excelente baterista, e poderia se encaixar bem à proposta da banda, que realiza um dos sons mais complexos e emotivos de que se tem notícia.
Então, em relação à sua qualidade como baterista, não havia dúvida de que Mangini não ficaria muito atrás de Portnoy, pois ambos são bateristas geniais. Mas a grande dúvida dos fãs era saber como ficaria o som da bandasem a influência de Portnoy nas composições, posto que, além de um grande baterista, este é um compositor fenomenal, e exercia esse papel de forma bastante ativa na banda, além de possuir um carisma gigantesco.
E esta resposta já fica clara logo com a primeira audição do disco: felizmente, a qualidade das composições, incluindo as passagens mais complexas e intrincadas, foi mantida, graças ao trabalho conjunto de John Petrucci e Jordan Rudess, grandes responsáveis pelas novas músicas, que mantém o nível de excelência que o Dream Theater forjou ao longo dos anos.
John Petrucci continua com a criatividade de sempre, esbanjando técnica e precisão em seus solos e riffs, ora mais melódicos, ora mais agressivos, mas sempre muito complexos e técnicos. John Myung também é um baixista monstruoso, mas, infelizmente, mais uma vez foi prejudicado pela mixagem do disco, que acabou por deixar seu instrumento escondido nas partes mais “recheadas” das músicas, sendo mais perceptível apenas nas partes mais leves ou instrumentais, solando ou fazendo base para os demaisinstrumentos.
Confesso que nunca fui muito fã de James LaBrie, mas não há como negar que ele evolui a cada trabalho, e sua voz é muito marcante, e já se tornou referencia ao som da banda, conseguindo transmitir muito sentimento com suas interpretações. E Mike Mangini, bom, realmente foi a escolha certa para a banda, sendo um baterista fenomenal, com muita técnica e uma pegada bastante agressiva, conforme comprovam suas incursões nas passagens mais intrincadas, comuns nas músicas do DREAM THEATER.
Deixei para tratar do trabalho de Jordan Rudess para o final porque realmente é um dos grandes destaques do trabalho, incluindo novos elementos na sonoridade da banda, deixando-a ainda mais especial e diversificada, se é que isto é possível. Comete alguns exageros, é verdade, mas nada que comprometa sua grande atuação no álbum.
O álbum já abre com a excelente e pesadíssima “On the Backs of Angels”, cujos teclados com coros iniciais lembram um pouco os tempos áureos do Stratovarius, e é repleta de peso e partes quebradas, daquelas para fazer a alegria de qualquer fã, e possui um refrão emotivo típico da banda.
“Build Me Up, Break Me Down” possui alguns elementos mais modernos meio estranhos, mas tem um belo refrão, além de riffs muito cativantes. Já “Lost Not Forgotten”, com seus mais de 10 minutos de duração, é repleta de climas diversificados, riffs pesados e técnicos, e possui uma levada de bateria espetacular, além de ótimos solos, tanto de guitarra como de teclados, e mais um refrão muito cativante, sendo uma das mais progressivas do trabalho, com todos os elementos que elevaram o Dream Theater à qualidade de maior banda do metal progressivo de todos os tempos. Ah, e nesta faixa o baixo é mais perceptível, e muito legal.
Na sequência temos a emocional “balada” “This is the Life”, replete de teclados climáticos e solos fantásticos de John Petrucci. “Bridges In The Sky” também segue a linha mais progressiva, e é uma das mais pesadas do disco, com riffs que beiram ao thrash metal, e com LaBrie em sua melhor forma, cantando de forma mais agressiva. Destaque também para os teclados de Jordan, muito diversificados e repletos de novas influências. Genial.
“Outcry”, para variar, também é cheia de passagens pesadas, complexas e quebradas, sendo repleta de grooves e solos virtuosos, e um baixo muito técnico. “Far From Heaven”, a menor do album, é uma balada bem emocional e climática, conduzida pelos teclados de Jordan, e com mais uma bela interpretação de LaBrie.
Em “Breaking All Illusions”, que possui todos os elementos progressivos sempre presentes no som da banda, aliando novas influências, principalmente nos teclados, muito bem arranjados e executados, com algum toque de elementos setentistas, a banda mostra que não esta para brincadeira, criando harmonias completamente carregadas de emoção, e passagens instrumentais simplesmente perfeitas, sendo uma das melhores composições do disco. Por fim, encerrando o trabalho, temos outra balada, “Beneath The Surface”, que apesar de ser mais direta e com uns teclados meio estranhos, é mais uma bela canção.
Enfim, pode não ser o melhor trabalho da banda, mas mesmo assim é um disco excelente, e o DREAM THEATER continua no topo inatingível do metal progressivo. E embora tenha causado calafrios nos fãs, não foi a saída de Mike Portnoy que conseguiu fazer a banda perder o seu brilho. Podem ficar tranqüilos e conferir o material sem medo.
A Dramatic Turn of Events – Dream Theater
(2011 – Roadrunner Records – Importado)
Formação:
James LaBrie - Vocals
John Myung - Bass
John Petrucci - Guitar
Mike Mangini - Drum
Jordan Rudess – Keyboards
Tracklist:
01. On the Backs of Angels 08:42
02. Build Me Up, Break Me Down 06:59
03. Lost Not Forgotten 10:11
04. This is the Life 06:57
05. Bridges In The Sky 11:01
06. Outcry 11:24
07. Far From Heaven 03:56
08. Breaking All Illusions 12:25
09. Beneath The Surface 5:26

Heaven’s Venom - Kataklysm



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A Kataklysm tem um feito poucas vezes alcançado por um conjunto: a cada trabalho, consegue soar diferente, sem nunca abandonar o peso e a melodia. Para quem conhece a extensa discografia dos canadenses, sabe que a experiência de cada álbum é única e não tem volta.
Os caras conseguem se reinventar, e paradoxalmente têm uma sonoridade muito própria. Entretanto é importante salientar que esse estilo mutante pode não agradar todos os fãs. Tudo bem, porque esse é o caminho por eles escolhido e boa.
Bom, e em “Heaven’s Venon”, o fato é que eles ultrapassaram (na verdade, já faz um tempo) a linha do death metal e transitam mais entre o thrash e até o heavy. Mas tem mais coisa lá, é só darem uma checada.
Em geral, abandonaram a velocidade para se dedicarem mais à técnica e à estrutura mais trabalhada em suas músicas. Às vezes, você até ouve um ou outro blast beat, mas nada que chame a atenção. O que parece é que “engoliram” esse lado mais extremo, mas que vira e mexe, ele tenta “escapar”.
E já que falei nos blast beats, preciso desabafar: putz, aquele jeito de tocar em que as batidas na caixa ficam a milhão, mas o bumbo somente marca o tempo é chatíssimo e muito pobre. Isso sim é algo que não está à altura do conjunto, e nunca estará. Poxa, se é para tocar com violência, que não seja feito com preguiça, né?
Mas calma, que os vocais de Maurizio Iacono continuam firmes, aliás, uma das poucas coisas que não mudou e isso já dá uma boa dose de agressividade às composições.
A produção, que sempre foi um dos pilares do grupo, mais uma vez trouxe aquela sonoridade limpa e muito bem gravada. Quanto a isso, permaneceram como antigamente.
Mas não tem jeito, meus trabalhos favoritos continuam sendo o “Temple of Knowledge” e o “Epic (The Poetry of War)”, muito mais diretos, mas “Heaven’s Venon” não faz feio não. Apenas é um outro lado da Kataklysm que desabrochou há tempos e que aqui ganha sustentação.
Dois clipes aí abaixo: “Push the Venom” e “At the Edge of the World” respectivamente.
Kataklysm – Heaven’s Venom
Laser Company – 2010 – Canadá
http://www.myspace.com/kataklysm
Tracklist
1. A Soulless God
2. Determined (Vows of Vengeance)
3. Faith Made of Shrapnel
4. Push the Venom
5. Hail the Renegade
6. As the Wall Collapses
7. Numb and Intoxicated
8. At the Edge of the World
9. Suicide River
10. Blind Saviour

Death Metal: bandas respondem "de onde vem os bebês?"


Já dizia Lemmy Kilmister, do MOTÖRHEAD: "Os bebês surgem quando um homem vai ao topo de um prédio alto e pula, e uma mulher o pega antes que caia no chão. Em seus dentes".
Um ano atrás, surgiu um video apresentado pelo pequeno Johnny Orlando Jr., onde ele perguntava para diversas bandas de Death Metal, de onde vinham os bebês! Alguns mandavam respostam desajeitadas, engraçadas ou até mesmo a verdade nua e crua. Veja:

Erguei As Mãos: Carta Aberta de Deus para Eddie Trunk


Segue uma carta aberta de Deus-Todo Poderoso para o bastião do Heavy Metal na mídia mundial, o radialista e apresentador do programa ‘That Metal Show’ no canal televisivo VH1, EDDIE TRUNK:
“Caro Eddie,
Você pode ter notado no decorrer das últimas semanas que o gênero de música que você cobre e a área geográfica na qual você reside foram impactadas por tragédia e desastres naturais. Eu estou escrevendo essa carta para informar-lhe que esses atos de deus foram perpetuador por mim, o primeiro e unido DEUS DO METAL porque eu não agüento mais seu ego inflado e sua contínua autopromoção. No dia 24 de Agosto de 2011, você tweetou, “Sou citado no obituário de Jani Lane na Rolling Stone com os Chilli Peppers na capa. Ele estará no That Metal Show na noite de sábado.” PT Barnum segue você no Twitter aqui no Céu e até ele disse, “Você só pode estar de brincadeira comigo!”. Suas contínuas ações para se autopromover me deixaram sem opção a não ser desencadear a fúria do furacão Irene sobre a casa deSebastian Bach.
Pra ser claro, Eddie, eu não acho que você seja um mau sujeito. O rádio é um ramo difícil e você se saiu bem nele e se fez vencedor para um gênero de música que é por diversas vezes subestimado ou ignorado. Mas você também é meio trouxa. Você de fato acredita que Coney Hatch é uma das melhores bandas da história do Canadá? Todo mundo sabe que o Canadá NUNCA produziu uma banda decente. Mas essa carta não tem nada a ver com suas questionáveis posições e apoio a bandas medíocres ou piores. Todos nós temos prazeres culpados e parece que o Coney Hatch é um dos seus (eu, particularmente, curto RIOT).
Não, Eddie, eu estou escrevendo isso porque você tem um desejo patológico de ser o centro das atenções não importa qual seja a história. Ronnie James Dio morre «ele te manda um salve, a propósito. Ele teria feito isso, mas está matando dragões e caçando arcos-íris. Você sabe como é aquele Ronnie!» e você posta textos e faz programas que levam a discussões sobre como Ronnie gostava de você e quanto você sentiu a morte de Ronnie. Jani Lane morre e você já tweeta que você foi mencionado no obituário do cara em uma revista. Daí você promove seu livro no seu programa dizendo que foi Rob Halford, que através de seus cinco mil tweets a respeito, já entendi que foi ele – que usou meu nome em vão como ‘Metal God’ no plano mortal- quem escreveu o prefácio. Infelizmente, Eddie, esse tipo de promoção não é boa o suficiente pra você, é?
Daí no mesmo dia que você Tweetou que você tinha sido mencionado num obituário numa revista (primeira vez que algo assim rolou no Twitter, acredito eu), você também tweetou “podemos, por favor, enterrar o termo ‘hair band’. É o termo que as pessoas usavam para referir-se a quase todas as bandas dos anos 80. Não é um elogio às bandas ou à cena delas.” Você está falando sério, Eddie? O site pro qual essa carta foi feita tinha mais acessos às 5 da manhã do que todas aquelas bandas tiveram juntas desde 1991. Quando você diz ‘Motown’ você logo pensa em The Temptations, Four Tops, Marvin Gaye e todos os outros grupos que gravaram praquela gravadora e o som prontamente identificável naqueles grandes discos. O The Cars é rotulado como New Wave, mas além de sintetizadores e gravatas finas, eles eram mesmo New Wave? Ric Ocasek reclamou disso? E quanto a Dixieland, Jazz, Rockabilly, Southern Rock, Skater Punk ou todo outro rótulo usado para descrever uma banda e seu som? Hair Metal ou bandas de Hair Metal funciona como um termo descritivo porque todo mundo sabe a respeito de que tipo de banda você está falando quando você o invoca. As bandas tinham aparência similar e muitos sons similares. Algumas eram boas, algumas eram ruins pra cacete e a maioria era simplesmente medíocre ou esquecível, na melhor das perspectivas. O fato de que você está lutando contra algo que você considera um rótulo depreciativo 20 anos depois da maioria dos ouvintes de música ter perdido interesse nisso é meio patético e hipócrita, Eddie, ainda mais quando consideramos que você trabalha e recebe um cheque da Sirius-XM, que transmite uma estação de rádio chamada ‘Hair Nation’. A pasta de dente saiu do tubo, Eddie. Boa sorte lutando contra moinhos de vento e tentando colocar a pasta de volta pra dentro agora.
Então, concluindo, Eddie, eu quero gostar mais de você, sério, eu quero. Mas você me deixa nervoso e eu faço coisas estranhas quando estou bravo. Seu ego inchado me fez trazer Jani Lane para casa. Quando você atraiu atenção para si própria, eu fui forçado a causar um terremoto na costa leste dos EUA na esperança que ele lhe traria de volta à realidade. Quando isso não surtiu efeito, eu não tive escolha a não ser inundar a casa de Sebastian Bach. Divulgue seus programas e seu livro, Eddie. Promova as bandas que você gosta, mas não quero nem pensar se você mandar mais um Tweet divulgando que você foi citado em um obituário ou retweetar um elogio de um fã – eu vou lançar minha fúria sobre Kip Winger, Scott Ian e todos os ex e atuais membros do seu amado UFO. Você trabalha bem, Eddie. Só pare de ser um mala sobre isso.
Honestamente,
O Deus do Metal
PS: O incêndio na (casa noturna) The Station? Fui eu. Eu sempre achei que Jack Russel do Great White era um cuzão.”


Edguy: Tobias Sammet fala sobre o novo álbum


No dia 26 de agosto o EDGUY  lança seu novo álbum “Age Of The Joker”, e como em todos os lançamentos, tanto do EDGUY quanto do AVANTASIA, o novo álbum parece estar dividindo os críticos da banda em dois grupos. Amigos do bravo, empolgante e bem produzido Heavy Metal, os quais são difíceis de categorizar, estãocelebrando o álbum como um dos mais fortes lançamentos doEDGUY dos últimos dez anos. Claro que, em contrapartida, os sempre reclamões odiadores de EDGUY  permanecem insatisfeitos com o novo material do “Age Of The Joker”. O fato de que a edição limitada foi número um em vendas nas listas de Heavy Metalda Amazon por semanas e o fato de que o primeiro lote está esgotado prova que a controvérsia de opiniões não causa nenhum dano ao crescente sucesso do EDGUY. Na seguinte entrevista que o Edguy.net fez com Tobias Sammet, ele sugere que cada fã doEDGUY confira o novo álbum por si mesmo, assim eles poderão formar sua própria opinião sobre ele. Além disso, ele diz honestamente o que pensa sobre os seus críticos...
Harmon Caldwell, Edguy.net: Tobias, vamos falar sobre o processo de criação das músicas para o novo álbum “Age Of The Joker”. Como você administra isso de saltar do AVANTASIA, um projeto que é mais conceitual do começo ao fim, direto pra criação de novas músicas pro EDGUY?
Tobias: Depois que terminei minha última aventura com o AVANTASIA em um estúdio, ficou óbvio pra mim que foi o melhor que podia ser no mundo da música. Depois de tal empreendimento, você fica esgotado, porque você sente que já falou tudo o que tinha pra falar. Mas depois de um tempo, há sempre um impulso instintivo de produzir novo material. Não porque eu queira competir com o meu passado, mas simplesmente pra ser criativo e passar um tempo agradável criando ótimas melodias no meu pequeno mundo mágico em casa. Eu não penso sobre o passado ou em um alvo pré-definido quando componho e, por mais que os fãs gostariam disso, também não penso neles. Eu só quero passar um tempo agradável criando música, estar com o EDGUY ou o AVANTASIA. O processo criativo é similar para ambos os projetos, só que com oAVANTASIA eu tenho que tomar mais cuidado para ajustar tudo a todo um conceito e aos diferentes cantores envolvidos. Além disso, com o AVANTASIA eu não tenho que me importar com o que quatro outras pessoas dizem, já no EDGUY há debates às vezes.
HC: De certa forma, a arte da capa do novo álbum poderia rememorar à capa do “Mandrake” ou a outros elementos do passado do EDGUY. Como o Joker (coringa) funciona em meio à temática para o novo álbum e de onde veio a ideia para a nova capa?
Tobias: O bobo da corte sempre foi nossa marca registrada, não porque nós queremos ser divertidos, mas porque ele tem a liberdade irrevogável de dizer qualquer coisa que queira sem ser culpado por isso. Nós temos dito tudo o que não se deve dizer, vestido tudo o que não se deve vestir e feito tudo o que não se deve fazer de acordo com o maravilhoso livro de regras do Heavy Metal. Mesmo assim, nós temos arado nosso caminho para mais de 2 milhões de discos vendidos e tocado para milhares de fãs em 40 países ao redor do globo. Não é um mau começo para uma banda que nunca foi levada a sério pela maioria da imprensa, né? Nós sempre fomos verdadeiros com nós mesmos, mesmo que as pessoas da gravadora tenham surtado diante de algumas decisões que tomamos. Se você se levar muito a sério, pode acabar tendo um ataque do coração nessa louca indústria do Metal. É por isso que nós sempre mantivemos uma atitude cômica. Nós temos permissão pra ir onde nenhuma outra banda foi e nossos fãs sabem muito bem o quê e porquê nós estamos fazendo isso.”
HC: Faz três anos desde o lançamento do último álbum do EDGUY, “Tinnitus Sanctus”. Surpreendemente, o álbum pareceu receber críticas mistas tanto dos fãs quanto dos críticos. Quando estava fazendo o novo álbum (“Age Of The Joker”), o que você considerou das reações passadas? Houve a tentação de deixar essas opiniões afetarem suas composições ou a este ponto da sua carreira você simplesmente faz o que quer fazer?
Tobias: Não! Porque o que as outras pessoas sabem? Só há um alvo quando eu escrevo um novo álbum: eu quero aproveitar o processo do trabalho e criar música que me empolgue! O fato de que certas revistas esmagam qualquer coisa que nós façamos não é grande novidade, nós sabemos o que eles vão escrever antes mesmo de entrarmos no estúdio. Na realidade, nós não nos adequamos ao esquema deles, mas no fim das contas realmente não importa o que algum herói de escrivaninha ou de internet escreve. O “Age Of The Joker” aparentemente tem todas as nossas marcas registradas e é considerado uma volta às raízes por alguns caras da imprensa, o que, teoricamente, poderia ser uma prova de que nós temos nossa própria assinatura sonora; isso nos orgulha, mas nada foi forçado. Eu também amo o “Tinnitus Sanctus”, foi um ótimo álbum, meu álbum favorito do EDGUY até agora. É triste que algumas pessoas não entendam e eu respeito isso. Mas isso não é prova de que a qualidade é inferior. O que conta é que o “Age Of The Joker” é um ótimo álbum, você sabe disso, os EDGUYs sabem disso, nosso produtor Sascha Paeth sabe disso e nossos fãs vão descobrir em breve. O resto do mundo pode ir se danar!
HC: Uma diferença imediata entre os dois álbums é o estilo da primeira música escolhida. Enquanto “Ministry Of Saints” fazia uma linha mais pesada, enérgica e escura, o novo single e vídeo, “Robin Hood”, parece voltar à atitude mais despreocupada do EDGUY dos álbuns passados. Qual foi a motivação para escolher “Robin Hood” como o primeiro single do “Age Of The Joker”?
Tobias: Nós tínhamos essa ótima música, uma música séria com alguns momentos cômicos e letras hilárias e apesar de ser uma faixa longa, a gravadora achou que seria ótimo ter um vídeo clipe. Então, quem sou eu pra ir contra tal oportunidade? Correr pela floresta interpretando Robin Hood com os amigos e ter alguém pra pagar por isso. Então nós reduzimos a música para cinco minutos para uma versão single, que ficou meio que uma droga, porque agora a estrutura da música ficou uma porcaria, mas era a única forma de torná-la um single razoável e fazer o vídeo.
HC: Então vamos falar sobre “Robin Hood” por um instante. Qual foi a sua motivação pra escrever uma música sobre essa figura em particular?
Tobias: Átila o Huno, Odin, os filhos de Odin, Cinderela, Humpty Dumpty… Eu dificilmente consigo pensar em um aventureiro mais ou menos relevante historicamente que não tenha sido o assunto principal de alguma música cantada pelos homens do Heavy Metal em roupas de couro peludas, exceto pelo Robin Hood. Talvez a história do Robin Hood seja muito complexa, haha! Eu só achei que era tão incrível, ela abrange tudo que o Rock e o Metal são. É mais SPINAL TAP do que o SPINAL TAP já foi. Agora todas as crianças conhecem o conto do Robin Hood, todo mundo viu o filme do Erron Flynn. É um assunto encantador e eu ainda acho que exista muita romantização sobre ele. Por quê? No fim do dia, Robin Hood quer que as pessoas sejam iguais, enquanto ele quer se manter na liderança, ele rouba dos burgueses e dá para os vagabundos. E ele se esconde nos arbustos para atacar trabalhadores bem vestidos na pista rápida da estrada principal, exatamente como aquelas pessoas em fóruns online, que nos atacam, escondendo suas identidades atrás de apelidos. Para mim, Robin Hood não parece um porta-voz dos valores morais, eu o vejo mais como uma medieval versão da floresta de Erich Honecker!
HC: As primeiras críticas da imprensa já estavam chamando o “Age Of The Joker” um dos melhores álbums do EDGUY. A que você atribuiria isso e você acha que é simplesmente pelo nível mais elevado da composição presente nessa nova gravação?
Tobias: Você sempre dá o seu melhor e, como eu disse, eu especialmente amo o “Rocket Ride” e o “Tinnitus Sanctus”. Muitas pessoas dizem que nós voltamos às raízes com o Age Of The Joker” e eu coço minha cabeça e digo: “Quê?!” Eu acho que a composição no nosso novo álbum é magnífica, as performances são ótimas, nós temos as melhores guitarras que já tivemos. Eu acho que a maioria das melodias são marcantes, mas nós não mudamos nada de propósito, talvez exceto pelo som. Nós quisemos ter um som dinâmico e clássico, mas, musicalmente, nós apenas deixamos rolar. Nossa gravadora apenas me enviou algumas citações da imprensa dizendo que esse é o melhor álbum desde o “Mandrake”. Bem, se eles dizem isso, nós temos que acreditar, é a imprensa. Eu apenas chamo ele de o melhor álbum desde a invenção da eletricidade e nada mais que isso!
HC: Há algumas músicas que se destacam pra você como sendo as melhores do álbum?
Tobias: Eu amo “Pandora’s Box”, mas se você me perguntasse amanhã eu poderia mencionar uma música diferente. É um álbum bem equilibrado e eu acho que todas as músicas tem momentos muito fortes. Mas, nesse momento, eu realmente amo “Pandora’s Box”. De primeira pode parecer ser uma música mais suave, mas tem muitos momentos poderosos e é tão honesta, frágil, furiosa, cômica, entusiasmada, grande e épica. É EDGUY e AEROSMITH e todos os diferentes tipos de coisas combinadas em uma.
HC: E quanto à turnê europeia do “Age Of The Joker” que acontecerá em breve? Parece que as últimas turnês do EDGUT têm simplesmente sido cada vez maiores. Você tem alguma coisa especial planejada pra essa vez?
Tobias: Claro, nós temos um plano realmente louco, mas eu não posso te contar sobre isso ainda, pois nesse ponto os nossos engenheiros ainda estão trabalhando para descobrir se será tecnicamente possível ou não. Mas a turnê será grande, nós anunciamos apenas as primeiras datas, mais datas virão no ano que vem, nós visitaremos o mundo todo. Agora vá e compre o álbum, vale a pena.

Anthrax: Belladonna fala sobre seu retorno à banda


Michael, do site escocês EspyRock, entrevistou o vocalista do ANTHRAX Joey Belladonna. Seguem alguns trechos da conversa.
EspyRock: Antes da reunião ano passado e depois que você se separou em 2007, você se viu voltando para a banda ou você achou que seu tempo tinha acabado?
Joey Belladonna: Acho que foi um caso de nunca dizer nunca, porque houve muitas coisas se passando na banda e muitos momentos em que teria sido possível. Achei que pudesse haver uma chance de fazer tudo de novo algum dia, e então, é claro, a reunião veio (em 2005), o que foi mais um caso de "vamos sair e fazer alguns shows sem levar nada a sério". Eu sempre me lembro das palavras "passos de bebê" sendo ditas, e que não devíamos nos animar muito em ser uma banda novametne pois passamos por muitas coisas — "vamos apenas nos divertir", e o que quer que fosse na época. Eu simplesmente fui nessa. Eu achei que eles esperavam que eu ficasse, mas eu não acho que eles chegaram a deixar a porta totalmente aberta para mim, então não tinha como eu entrar e ficar. Então eu li na internet que eles tinham um outro vocalista e eu sequer tinha ouvido falar nada a respeito até ver isso, então nunca existiu a hipótese de eu voltar e aparentemente nunca existiria a hipótese de eu voltar. Se o John (Bush) tivese ficado, então eles provavelmente não iriam pensar em mim.
EspyRock: Na verdade eu ia te perguntar que, considerando o fato deles terem o Dan Nelson primeiro, então eles tiveram o John, e então foi você, você acha que você foi o último recurso?
Joey Belladonna: É interessante pensar que eu sou o último recurso, e por mais triste que seja, acho que eu sou uma ótima escolha para se ter como um último recurso (risos). Parece que é assim, pois eu nunca sou a principal preocupação, e tudo que eu realmente posso fazer é sorrir pois eu não posso criar caso com isso e nem quero.
EspyRock: Quando eles finalmente te pediram para voltar em tempo integral, você teve alguma espécie de conversa com eles para discutir tudo que tinha acontecido antes e como você se sentiu ou você queria simplesmente seguir em frente e não ficar remoendo o passado?
Joey Belladonna: Sim, nós sempre tentamos ter acertar os pontos, se as coisas não estiverem certas. Quando eles me pediram para ir e começar a trabalhar no disco, eu disse, "Sim, eu gostaria", mas eu queria saber se eu estaria lá oficialmente como um membro do grupo e que as coisas saíssem de forma apropriada. Eu tinha de me certificar de que tudo seria como tinha de ser, pois era um pouco tarde para eu entrar no jogo. Finalmente chegou ao ponto em que eu fui e nós agendamos um tempo, eu e o produtor Jay (Ruston), depois que eu olhei meu calendário e disse, "Bem, eu tenho esses dias em aberto", então acabamos fazendo tipo uns quatro dias e então paramos por algumas semanas, então mais quatro dias e parando de novo. Íamos e fazíamos uma música por dia e assim foi. Então, no geral, não impusemos condições para eu ficar, eu simplesmente queria saber minha posição. Nós discutimos o que iríamos fazer, mas não houve nada nos impedindo de prosseguir com o disco.
EspyRock: Quando vocês estavam falando sobre o que iriam fazer, você em algum momento se sentiu como o John porque você não teve influência inicial nenhuma no álbum e no processo criativo, você teria preferido ter participado mais ou começar do zero?
Joey Belladonna: Na verdade não, pois eu não impus nenhuma condição quanto a isso. Sabe, num primeiro momento, se você está trabalhando em um disco, você iria querer estar lá desde o começo e é bom poder analisar tudo o que puder fazer com o disco, mas eu nem sempre penso que isso é absolutamente necessário. Com certeza, você tem uma visão melhor das coisas, mas isso nem sempre resulta em resultados melhores. Eu não tive problema em vir, e nós acabamos fazendo tanta coisa que tive a sensação de termos começado do zero. Eu tive de pegar cada música do início. Fizemos muitas mudanças, porque há muitas guitarras novas, toda a bateria, baixo novo e o vocal todo novo, então acho que foi algo novo. Do que eu vi e ouvi, o álbum não estava pronto de jeito nenhum, estava no processo de chegar ao ponto em que eles iriam gravá-lo definitivamente e eles poderiam ter algumas coisas que poderiam ser mixadas ou algo assim, mas eu nunca ouvi nada, acho que eles estavam longe de estar aonde as pessoas achavam que eles estavam.

Necropsya: fugindo dos clichês do Thrash Metal


Whiplash!: Olá pessoal! Primeiramente, minhas congratulações pelo novo álbum, “Distorted” está soando incrível! Bom, para todo mundo conhecê-los, que tal um breve histórico do Necropsya?
Henrique Vivi: Salve Ben Ami e leitores! Obrigado mesmo pelo feedback. Resumindo bem nossa trajetória – eu e o outro Henrique (Bertol) começamos a tocar juntos em 2001, como uma banda tributo, então tocávamos de tudo no rock. Depois de fincar o pé nas bandas de Thrash, fomos nos sentindo à vontade para compor. Entre alguns integrantes que tocaram conosco, em 2005 fixamos a formação atual, como um trio. A partir daí começamos a dar mais a cara a tapa, gravar demos e EPs, tocar muito em Curitiba e fora, gravamos um álbum em 2007 e trabalhamos duro pra fazer um som ainda melhor. Agora em 2011, mais que nunca estamos colhendo os frutos deste trabalho, e ainda há muito a se fazer!
Whiplash!: Quem já teve contato sabe que sua música possui nuances que acabam por conferir certa distinção ao Necropsya. De qualquer forma, que bandas ou discos vocês sentem que podem tê-los influenciado?
Vivi: O bom de tocar com este trio é que temos uma mente aberta quanto a o que ouvimos e o que podemos usar como influências na hora de compor. Eu não ouço e não toco só Metal, assim como os outros dois também não; volta e meia a gente se envereda por diversos projetos musicais. Isso é legal no sentido de saber o que soa bem e ter várias cartas na manga na hora de fazer o Necropsya fugir dos clichês.
Vivi: Há também o lado ruim... A linha que divide o original do esquisito é tênue, especialmente no Heavy Metal, um estilo de música tão particular, então há de se fazer com cuidado. O que me influencia no Necropsya é uma pergunta difícil... Com certeza vai de Carcass à Seu Jorge!
Henrique Bertol: Realmente, a lista de influências é bem longa e abrangente, o desafio é fazer as composições soar da maneira “Necropsya” sempre, ou seja, porrada e direto.
Celso Costa: As influências que temos em comum são calcadas no Rock em geral, este sendo um gênero musical bastante extenso. Sempre ouvi muito Rock, mas em toda minha vida como ‘rocker’ tive um carinho especial por bandas como PanteraSlayer e Sepultura. A música brasileira em geral também sempre fez parte da minha vida, e com certeza foi determinante para minha formação como músico.
Whiplash!: Em 2007 vocês estrearam com “Roars”. Mas, para o “Distorted”, vocês tinham algo diferente em mente e que quisessem por em prática? Assim como as canções do EP “Bandas Fora da Garagem”, parece claro que sua música está um pouco menos extrema...
Vivi: Verdade. Do “Roars” para cá pudemos modelar melhor nossa identidade sonora. A intenção no “Distorted”, desde sempre, foi fazer um álbum versátil com o que temos de melhor, e sem cansar o ouvinte com músicas parecidas entre si. Ficamos muito contentes com o resultado no tracklist. As músicas do EP “Bandas...” são as que tocávamos há muito tempo, em antigas formações da banda. Lógico, nós reformamos todas para soar como tocamos hoje, enfim... Pudemos lapidar bem antes de gravar. Talvez no próximo trabalho a gente queira soar mais extremo, só o tempo irá dizer!
Bertol: Creio que a maneira como esses álbuns soaram tem muito a ver com a estética e a situação do momento. Na época do “Roars” ouvíamos bastante som extremo e também estávamos reduzindo a formação da banda de quarteto para um trio; a coisa toda soava mais encorpada naquela ocasião, e escutando esse álbum hoje em dia, me soa quase Death Metal. Já no “Distorted” tínhamos a proposta de fazer um álbum bem mais abrangente, e isso exigiu certo pé no freio em relação ao peso dos arranjos, mas não encaro isso como uma tendência, só como uma vontade do momento mesmo.
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Celso: Esta ‘lapidada’ em nossa música foi feita com grande naturalidade. Quando estávamos finalizando o disco, percebemos que o conceito todo estava mais clean, desde a arte gráfica até as composições em si.
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Whiplash!: O novo repertório é de primeira e possui ótimas faixas como “Easy Target”, “Kill´em” ou “Son Of A Bitch”. Mas é “What The Hell?” a que consegue chamar a atenção pelas referências jazzísticas... Como rolou sua composição?
Bertol: É verdade, essa faixa nasceu de forma bastante espontânea, é tão espontânea que ao vivo a gente costuma fazer uma sessão de improvisos no meio dela. È legal ver que ela tem repercutido bem e funcionado muito bem ao vivo também.
Celso: A “What The Hell?” Foi uma experimentação muito bacana e quando vimos, a música estava pronta! Particularmente, o que me deixa muito satisfeito é o fato de ela soar diferente, mas mesmo assim ter a cara do Necropsya. Algo que considero interessante do “Distorted” é essa variação de uma música pra outra, mas sem perdermos a nossa identidade.
Whiplash!: Qual a ideia por trás da concepção do projeto gráfico de “Distorted”? Há muitos detalhes, e algo tão ‘branco’ sempre gerará curiosidades em se tratando de Heavy Metal, certo?
Vivi: Com certeza. Queríamos um conceito muito ‘clean’ para a arte do CD, algo diferente dos tons escuros e imagens intimidantes. Talvez o fato de que queremos fugir dos clichês dentro do Thrash Metal refletiu também a arte do CD como um todo. Tivemos a sorte de trabalhar com um grande amigo, o Allan Deangeles, que captou a idéia e nos trouxe essa tremenda arte. Espero que o pessoal também goste!
Bertol: Tivemos uma idéia primária de fazer uma cidade sobreposta a uma onda sonora. Logo surgiu o conceito de que a cidade refletida numa espécie de espelho d’água formasse a onda sonora. Então veio mais uma idéia de fazer com que o reflexo da cidade estivesse diferente da imagem original, no caso, que estivesse destruído. Essa evolução do conceito foi bem rápida e natural, o Allan é um ótimo artista. No final das contas a capa ficou bem afinada com o conceito de distorção que a gente tinha imaginado na letra da música que dá nome ao álbum.
Celso: Foi um prazer trabalhar com alguém tão talentoso e competente quanto o Allan Deangeles. Ele é um profundo conhecedor de Rock, e isso facilitou nossa comunicação. Sobre o conceito gráfico do disco, ele é limpo e agressivo ao mesmo tempo. Aquele céu com um clima meio caótico, o reflexo dos prédios que formam a onda sonora refletem a distorção de tudo o que vivemos: sociedade, política, relações humanas e a necessidade que as pessoas têm de manter as aparências perante tudo isso. É uma arte em que você fica analisando por um bom tempo.
Whiplash!: Assim que lançaram “Distorted”, vocês saíram tocando pela região sul e Argentina. Como foi a repercussão entre ‘los hermanos’? Os argentinos construíram a reputação de serem muito emocionais durante as apresentações que ocorrem por lá...
Vivi: Putz, só de lembrar dá vontade de voltar o mais rápido possível para lá! Foi uma tremenda experiência, os nossos vizinhos são, com certeza, muito receptivos e hospitaleiros. Fomos muito bem tratados lá, o pessoal que viu o show também nos deu ótimo feedback e pudemos conhecer muita gente, fazer muitos bons contatos, os caras fazem umas rodas de pogo nervosas!
Celso: Os argentinos foram incríveis conosco. Eles têm uma grande admiração pela cultura brasileira, gostam muito de conversar. Para nós, foi uma experiência sem precedentes. Os shows foram intensos, e o underground de lá não difere muito do nosso, estamos todos no mesmo barco! Pretendemos voltar para lá o quanto antes, e também conhecer os demais países da América do Sul.
Whiplash!: Em 2010, o 1º Prêmio Ivo Rodrigues prestigiou vários nomes de Curitiba, e vocês foram agraciados como a melhor banda de Rock e Metal da região. Parabéns! Até onde este reconhecimento abriu novas portas para o Necropsya, em um círculo que tende a ser tão fechado como o Heavy Metal?
Vivi: Valeu mesmo! Olha, primeiro de tudo, o reconhecimento de ter sido nomeado e escolhido já nos deixa imensamente gratos à cena curitibana e a todos envolvidos no prêmio Ivo Rodrigues. Logo após este prêmio, tivemos nossas parcerias fechadas com os apoios artísticos, incluindo a BeWear Clothes que está fazendo as camisetas da banda, estúdio de ensaio Áudio Nose, escola de música Edi Tolloti, a KR Drums, a Hank Bier que fez uma cerveja comemorativa da banda, etc.
Vivi: Além disso, surgiram várias oportunidades do Necropsya mostrar sua música, muita gente está querendo nos conhecer aqui e fora do Brasil. Temos uma assessoria de imprensa trabalhando conosco – Metal Media Management – que tem feito um ótimo trabalho. A turnê na Argentina aconteceu, e tudo o que está rolando este ano é motivação para trabalharmos ainda mais e melhor.
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Whiplash!: E os próximos passos para a divulgação de “Distorted”?
Vivi: Tocar muito! Precisamos dar a cara a tapa na divulgação, nos palcos e onde mais der. Pretendemos melhorar ainda mais nossas vias de comunicação, especialmente as onlines, além de levar nosso álbum novo para ser ouvido em tudo quanto é canto! Então, estamos já planejando uma nova turnê. Claro, como somos uma banda independente, é necessário planejar bem e executar as coisas com calma. Mas em 2011 ainda pretendemos alavancar nosso trabalho em várias maneiras!
Whiplash!: Cara, uma curiosidade final: vocês afirmam categoricamente que tocam Thrash Metal. Considerando a peculiaridade de sua proposta, esse rótulo não poderia limitar a compreensão de sua música e até mesmo a abrangência do público?
Vivi: (risos)... Boa pergunta! Veja, acredito que o nosso som esteja muito colado ao Thrash. Concordo que o rótulo, independente do estilo ‘Heavy Metal’, tende a limitar, mas creio que a intenção não seja limitar, mas sim dar ao ouvinte (especialmente o leigo) uma indicação, um norte, de onde nosso som vem.
Bertol: O Thrash sempre foi o que norteou nossa música, tanto por influência pessoal como por gosto mesmo. A gente tem muita influência de outros gêneros musicais, se algo não delimitar nosso som vai virar um ‘samba do crioulo doido’! Nós nos esforçamos para trazer uma uniformidade ao som do Necropsya, e calcar as nossas influências pessoais na estética do Thrash Metal ajuda muito Acho que esse paradoxo torna a nossa forma de Thrash Metal um tanto peculiar.
Celso: Consideramos o gênero Thrash Metal muito abrangente, mas conforme apresentamos nossos novos trabalhos, temos sentido mais dificuldade de as pessoas que nos acompanham em rotular nossa música.
Whiplash!: Ok pessoal! O Whiplash! agradece pela entrevista e deseja boa sorte ao Necropsya. Fiquem a vontade para os comentários finais...
Bertol: Obrigado ao Whiplash! pelo espaço cedido e obrigado aos leitores e público pelo apoio e paciência. Não se esqueçam de conferir nosso som na internet!
Vivi: Para conhecer nosso trabalho, a melhor maneira é entrar em http://soundcloud.com/necropsya - há músicas do novo álbum e também do nosso EP. Nosso perfil de facebook é constantemente atualizado com fotos, vídeos e informações, além de respondermos sempre quaisquer dúvidas ou quem quiser encomendar nosso material – o link é http://tinyurl.com/3on49pb. Obrigado ao Whiplash! por ceder o espaço, e nos vemos em breve!
Celso: Temos trabalhado muito para divulgar o novo disco, e até o momento estamos felizes com o feedback de todos. Não podemos nos esquecer de agradecer nossos apoios artísticos, que são fundamentais para mantermos a crescente de nosso trabalho. Somos muito gratos ao público, aos veículos de comunicação que trabalham de forma séria e pelas bandas que se empenham para mostrar seu som. Tem muita música boa rolando por aí, a nossa torcida é que a música independente seja cada vez mais difundida e principalmente consumida (ir a shows, adquirir material das bandas) pelo nosso próprio público. Desejo todo o sucesso ao Whiplash! e deixo um grande abraço a todas as pessoas que nos apoiaram a continuar até os dias de hoje.
Necropsya é apoiado artisticamente por (em ordem alfabética):
- Audionose Estúdio de ensaios
- BeWear Camisetas
- Escola de Bateria Edi Tolotti
- Hank Bier
- KR Custom Drums
- Metal Media Management


Power Metal: o gênero seria antecessor da N.W.O.B.H.M?


Para a opinião comum, ou diria eu, o senso comum dentro do universo do Heavy Metal, o estilo musical teve seu inicio no final dos anos 60 e inicio dos 70 com o aparecimento de bandas como Led Zeppelin, Blue Cheers e o Black Sabbath, segundo inclusive o documentário do antropólogo norte-americano Sam Dunn "Metal - A Headbanger's Journey'". Explorando uma sonoridade e abordagem mais agressiva dentro do Rock, com letras mais criticas e que exploravam algumas vezes também o universo da Fantasia e do lúdico. Até ai tudo bem.
Mas, no caso é de praxe "assumir" também que a evolução do Heavy Metal iniciado pelas bandas já citadas veio com a N.W.O.B.H (New Wave of British Heavy Metal), movimento de extrema importância para o metal surgido na Inglaterra com bandas como Iron Maiden, Diamond Head, Saxon e Grim Reaper, e que ajudaram a popularizar e concretizar de fato o termo "Metal". É exatamente ai que entra o meu questionamento. Realmente foram bandas que trouxeram elementos mais variados ao gênero, tanto do ponto de vista estético (o público Headbanger surgiu, enquanto movimento veja bem, nesta época, começando a utilizar camisetas e utensilios que simbolizavam e representavam o próprio universo do Heavy Metal) como no aspecto musical (melodias mais complexas, letras com temáticas mais variadas, o aparecimento de arquétipos... etc). Estéticamente acredito que seja unãnime a aceitação do N.W.O.B.H.M como a "evolução" direta do "Heavy Metal" dos anos 60/70. Mas será que musicalmente já não existiam bandas no correr da década de 70 que transformaram e desenvolveram o gênero?
É ai que, na minha opinião, entra bandas como o Rainbow. Muitos gostam de falar do PUNK como o estilo musical que explodiu no meio dos anos 70 e que o Metal ressurgiu nos anos 80 para salvar o Rock das "músicas de três acordes". Na realidade, o Heavy Metal foi se desenvolvendo no mesmo ritmo que o PUNK, talvez não com tanto sucesso na época, mas foi. Pegando como ponto a discussão central do texto, se a pergunta "Quando o Power Metal enquanto vertente do Heavy Metal surgiu?" fosse feita aposto que a grande maioria dos fâs de Metal diriam que foi nos anos 80 com o Helloween. E é ai que entra novamente oRainbow...
Rainbow é uma banda composta e criada nos anos 70 inicialmente por Ronnie James Dio, Ritchie Blackmore, Micky Lee Soule, Craig Gruber e Gary Driscoll no ano de 1975, e que foi mudando sua formação com o passar do tempo. A banda gravou albuns fantásticos como "Rising" de 1976 e o "Long Live Rock'n' Roll" de 1978. É percebendo a sonoridade das músicas destes álbuns que pretendo lançar uma discussão, provocação ou polêmica. Acredito que praticamente TODOS (literalmente) os elementos do Power Metal enquanto estilo músical estão presentes em músicas como "Stargazer", "Kill the King" e "Gates of Babylon". As letras épicas, os vocais potentes e agudos, a velocidade dos solos de guitarra em parceria sonora com os teclados, a bateria com os bumbos e o andamento em si são similares. Seriam apenas "indícios sonoros de um futuro gênero do Metal" se estas músicas fossem secundárias na discografia do Rainbow, mas não, são as principais e mais marcantes.
Com estas observações lanço uma pequena tese, a de que o Rainbow não é uma banda de Hard Rock, e sim de POWER METAL, pelo menos a formação com o Dio nos vocais. Com isso poderia-se inferir que o Power Metal não surgiu com o Helloween e que o mesmo (Power Metal) é, vamos dizer assim, mais clássico ou antigo que a NWOBHM, que o Thrash Metal e o DEath Metal por exemplo. Até mesmo o Scorpions pré-anos 80 - pois depois literalmente se tornou uma banda de Hard Rock - tem muita influência deste estilo, como nas épicas "Speedy is Coming" e "Fly to the Rainbow" de 1974 (antes do aparecimento do movimento Punk). O objetivo aqui não é afirmar literalmente isso, mas lançar uma proposta de discussão para a comunidade.
Só reiterando aqui que não se trata, e alguns podem até dizer isso, de rotular estilos, sendo que tudo seria Heavy Metal e acabou, ponto final. Na verdade não é bem assim e o que se propõe é fazer uma CLASSIFICAÇÃO, o que é bem diferente de um RÓTULO. Há de se levar também em consideração que o Heavy Metal foi se diferenciando e se complexificando sim com o passar do tempo e nas mais diversas localidades. Afinal, o som do Stratovarius não é o mesmo do Gorgoroth, e muito menos do Cannibal Corpse.

Kiss: as melhores e as piores capas de álbuns da banda


As capas de álbuns mais elaboradas do KISS, demonstram a importância e a preocupação com a imagem da banda. A banda é um ícone no mundo, seja pelos seus exuberantes trajes ou pela emoção da banda dos shows explosivos.
Kiss  lançou mais de três dezenas de discos, entre álbuns de estúdio, ao vivo e compilações dos maiores sucessos ao longo dos anos. Falando nisso, o site ultimateclassicrock organizou uma lista destacando a arte das capas dos álbuns da banda, algumas muito bem desenvolvidas e outras nem tanto. Primeiramente as melhores, as 10 Melhores Capas de Álbuns do Kiss são:
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10. "Sonic Boom" (2009)
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9. "Creatures of the Night" (1982)
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8. "Kiss" (1974)
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7. "Love Gun" (1977)
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6. "Dressed to Kill" (1975)
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5. "Lick It Up" (1983)
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4. "Hotter Than Hell" (1974)
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3. "Destroyer" (1976)
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2. "Rock and Roll Over" (1976)
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1. "Alive!" (1975)
Agora, para não deixar a lista muito longa, foram escolhidas as 5 "piores" capas de álbuns do Kiss:
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5. "Hot in the Shade" (1989)
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4. "Music From the Elder" (1981)
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3. "Unmasked" (1980)
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2. "Carnival of Souls" (1997)
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1. "Psycho Circus" (1998)




































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