1 de setembro de 2011

Heavy Metal Louder Than Life - 2006







Desde a sua chegada no anos 70, o METAL tem sido uma das mais duradouras formas de cultura de música popular que o mundo tem conhecimento e com bandas como Led Zepellin, Black Sabbath, Deep Purple e entre outras lideando o caminho através das décadas de 70 e 80, a sua reputação aumentou. Com rumores de ter morrido inúmeras vezes ao longo dos anos, mas graças à bandas como Metallica e Pantera nos anos 90 e, Mastodon e Shadows Fall no século 21 ele está gloriosamente vivo e continua a mutar e conquistar novos fãs ao longo do caminho.

Criado pela premiada dupla: diretor Dick Carruthers (Led Zepellin) e produtor Jim Parsons (MTV Handbager's Ball), HEAVY METAL: LOUDER THAN LIFE é um filme há muito esperado e que decifra os mitos, a música e a confusão. Este é um filme que informa e diverte tanto aos fãs de hardcore metal quanto aos leigos, é um marco que reforça e reafirma a lealdade.

Repleto de entrevistas de pessoas que interessam, incríveis perormances ao vivo, raras cenas de arquivo e com uma trilha sonora englobando um período de mais de 30 anos, é hora de soltar a loucura. Com Marilyn Manson, Metallica, Deep Purple, Led Zeppelin, Black Sabbath, Rainbow, Iron Maiden, Judas Priest, Whitesnake, Motorhead, Pantera, Napalm Death, Korn, Mastodon, Slipknot, Shadow Falls, AC/DC, Kiss. 

Iconoclast (Special Edition) - Symphony X



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Tendo como tema central a forte presençatecnológica  em cujo cotidiano a sociedade tanto se deleita, “Iconoclast” transmite um considerável sentimento de opressão, algo não tão palpável nos trabalhos anteriores. Desnecessário enfatizar os adjetivos de cada um destes músicos, tanto que o Symphony X se mantém coerente e não se esquiva do tradicionalismo de sua proposta, o que é explicitado logo na longa faixa de abertura que batiza o disco, com um intrincado trabalho de guitarra e orquestrações bombásticas.
E, mesmo com composições com uma maior dose de agressão presentes em “Dehumanized” ou “Heretic”, existe uma evidente preocupação em equilibrar o repertório e oferecer uma audição bastante diversificada, dando margem para uma natureza mais acessível e com arranjos facilmente memoráveis. Neste quesito, a sensibilidade da balada “When All Is Lost” é digna de todos os louvores, encerrando o primeiro disco e deixando o ouvinte ansioso por escutar algo mais.
Como dito, esta é uma edição especial com uma capa alternativa, dois discos e com o acréscimo de três canções – “Light Up The Night, “The Lords Of Chaos” e “Reign In Madness” – que não constam na versão simples de “Iconoclast” e se mostram composições muito boas e que realmente mereciam ser conhecidas pelos fãs. Aliás, analisando friamente, a única ocasião mais fraquinha de todo o “Iconoclast” recai sobre “Bastards Of The Machine”.
Deixando o processo criativo fluir, o Symphony X continua acrescentando à sua discografia trabalhos lineares que valorizam apaixonadamente o passado, mas conseguindo evitar os desconfortos da estagnação. Como não poderia deixar de ser, “Iconoclast” é uma elegantíssima obra e motivo de orgulho destes que estão entre os mestres do estilo! Excelente trabalho!
Formação:
Russell Allen - voz
Michael Romeo - guitarra
Michael Pinnella - teclados
Michael LePond - baixo
Jason Rullo - bateria
Symphony X – Iconoclast
(2011 - Nuclear Blast Records / Laser Company Records – nacional)
CD 1:
01. Iconoclast
02. The End Of Innocence
03. Dehumanized
04. Bastards Of The Machine
05. Heretic
06. Children Of A Faceless God
07. When All Is Lost
CD 2:
01. Electric Messiah
02. Prometheus (I Am Alive)
03. Light Up The Night
04. The Lords Of Chaos
05. Reign In Madness

See You On The Ground - Deadend In Venice



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Sendo músicos da nova geração, “See You On The Ground” segue a tendência em mesclar elementos de vários dos subgêneros do Heavy Metal e também oferecer vocalizações masculinas e femininas, tendo em Annabell Klein e Christian Litzba os responsáveis por intercalar respectivamente linhas limpas e agressivas. Ok, nada de novo, mas se não existeinovação, o Deadend In Venice mostrou preocupação e desenvoltura para manter tudo muito interessante durante a audição.
E a diversidade é considerável... Desde a profusão de melodias se combinando a arranjos que beiram àmúsica extrema, velocidade e passagens cadenciadas que remetem diretamente ao Power Metal, existe uma sensibilidade e disposição para tornar tudo muito grudento. Ainda que tenha como único ponto passível de algum ajuste o trabalho das vocalizações, que poderia ser desenvolvido de forma que o padrão masculino/feminino não se mostrasse tão similar ao longo das nove faixas, é inegável que os alemães se mostram eficientes em “See You On The Ground”.
São apenas 30 minutos de som, mas “Hate Sweet Hate”, “Personal Decay”, “Last Chances” e principalmente “Dirt Little Princess” mostram a confiança e eficiência do sexteto neste primeiro álbum. O repertório possui características que o posiciona na esfera mainstream, mas nunca se desleixando com o fator distorção. Apesar de relativamente polido, tudo segue meio obscuro e devidamente furioso, sendo que os adeptos do chamado Death Metal Melódico terão muito que apreciar por aqui!
Formação:
Annabell Klein - voz
Christian Litzba - voz gutural
Tim Schmidtke - guitarra
Kevin Klein - guitarra
Andreas Ackermann - baixo
Frank Koppe - bateria
Deadend In Venice – See You On The Ground
(2011 / Casket Music - importado)
01. Hate Sweet Hate
02. Personal Decay
03. Brain Execution
04. Long Way Home
05. War
06. Last Chances
07. The Monkey In My Closet
08. Dirt Little Princess
09. Tomorrow Never Comes

Espelho da Alma - Ricardo Primata



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Pois bem, nesse caso, o artista chama-se Ricardo Primata, que tem sua origem na Bahia. E, como não poderia deixar de ser, esse é um guitarrista que caminha por seus próprios passos com a maior naturalidade e que liberou um disco instrumental cuja audição é muito, mas muito agradável. “Espelho da Alma” se mostra um viscoso caldo musical, cujos ingredientes passeiam pelo Rock e Heavy Metal, muitamúsica nordestina, MPB, Jazz e outros estilos que são salpicados pelo repertório com o devido esmero e sensibilidade.
E que fique claro que, mesmo com toda a miríade de ritmos, Ricardo conseguiu, de uma forma ou outra, manter um importante fator de coesão entre cada uma das canções, e com visível preocupação em manter o devido equilíbrio entre a técnica e o feeling. Entre os suingues e sutilezas, temos como destaque “Baião a Dois” e “Repentes”, ou ainda oimpacto das pesadas “Código Guepardo” e “Vencedor”, entre tantas outras ocasiões gratificantes.
E, para ajudar a atingir o resultado final, “Espelho da Alma” contou com a camaradagem de vários artistas cuja reputação se expandiu para outros estados, como o repentista Bule-Bule ou Armandinho Macedo, o homem da guitarra baiana, além de muitos outros de uma respeitável lista. E, para complementar e ser apreciado em meio a tanta musicalidade, temos um projeto gráfico repleto de imagens que dizem muito em sua beleza.
Toda essa versatilidade não deve ser somente conferida pelos típicos fãs de Rock e Heavy Metal que navegam pelo Whiplash!... “Espelho da Alma” tem todos os atrativos para conquistar um público mais amplo, tanto que o Ricardo já deu um giro pelos EUA e obteve êxito entre o pessoal de lá. Confira e tire suas conclusões... Ou vai amarelar?
Músicos:
Ricardo Primata - guitarra, violão, etc
Gilmário Celso - baixo
Marcel Freire - bateria
Mariana Marin - percussão
Joberson Macedo - teclado
Juninho Pereira - percussão
Jambarê - tuba
Jelber Oliveira - acordeom
Bruno Costa - baixo
Armandinho Macedo - guitarra
Bule–Bule - repentista
Ricardo Primata - Espelho da Alma
(2009 / Visões do Infinito Discos – nacional)
01. No Coração da Selva
02. Baião a Dois
03. Espelho da Alma
04. Repentes
05. Código Guepardo
06. Acidental-Mente
07. Entrelaçado
08. Quadro dos Sonhos
09. Reafinando Paisagens
10. Vencedor
11. Linha do Tempo
12. Visões

Broken Uncle’s Inn - Voodoo Highway



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Mas é fato que conhecer um estilo e reproduzir sua fórmula com eficácia nunca tornará um álbum necessariamente atraente. E esse, felizmente, não é o caso do Voodoo Highway. Os caras são jovens e tocam com uma garra dos infernos, em especial o guitarrista e tecladista (e dá-lhe Hammond!) fazendo bonito em muitos duetos; e o vocalistaser bem versátil. O pessoal está se divertindo muito por aqui, e isso sempre contará a favor para conquistar qualquer ouvinte.
Assim, “Broken Uncle’s Inn” é um refrescante item em um cenário onde novamente começam a pipocar bandas hards com visual e música de gosto duvidoso. E não é questão de saudosismo, mas, ainda que “Heaven With No Stars” seja uma balada desnecessariamente pretensiosa e que se desloca negativamente do repertório, é inegável que a rápida faixa-título, “J.C. Superfuck”, “Window” ou “Runnin' Around” sejam verdadeiros convites para uma reunião com bons amigos brindarem-se com cerveja em abundância e simplesmente curtir a vida.
O Voodoo Highway tem como heróis de infância o Deep Purple e Rainbow  – os curiosos da velha geração também podem comprovar este fato através da capa do citado EP “This Is Rock´n Roll, Cocks!”. “Broken Uncle’s Inn” soa MUITO similar? Com certeza, mas os italianos conseguem fazer tudo de forma tão espontânea e contagiante que rapidamente transformam este inconveniente em um saboroso atrativo! E vamos apertando novamente o ‘play’ por aqui...
Formação
Frederico Di Marco - voz
Matteo R.H. Bizzarri - guitarra
Filippo Cavallini - baixo
Alessandro Duo' - Hammond e piano
Lorenzo Gollini - bateria
Voodoo Highway – Broken Uncle’s Inn
(2011 / UDM Records & Productions – importado)
01. Intro (Since 1972)
02. 'Till It Bleeds
03. The Fire Will Burn Away (All The Darkness)
04. J.C. Superfuck
05. Window
06. Runnin' Around
07. Broken Uncle's Inn
08. Heaven With No Stars
09. Gasoline Woman
10. In Fact It's The Worst

Vile Veil - Minus Blindness



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E é nítida a evolução que "Vile Veil" apresenta em relação a seu antecessor. Tanto em termos de composição como de execução, o trio baiano está afiadíssimo ao explorar vocalizações meio guturais e rasgadas; e mesclar e torcer o Thrash e Death Metal, permitindo a infiltração do Hardcore e não temendo dispor de freqüentes melodias bem encaixadas que nunca amenizam a essência agressiva de sua proposta. Os caras são muito bons!
Um dos grandes lances é que o Minus Blindness não renega as origens dos citados subgêneros, mas sua sonoridade consegue se manter contemporânea e possui potencial para agregar um público abrangente. Ponto positivo também pelo fato de, mesmo com a fúria que por vezes adentra pelo território do Heavy Metal extremo, é nítida a preocupação com o fator dinamismo, tal a diversidade e até mesmo quebra deritmos, onde cada instrumentista teve papel fundamental para que os objetivos fossem alcançados.
As 14 faixas estão balizadas lá em cima e cada ouvinte encontrará suas preferências, mas este escriba confessa que “Shitstorm” e “Taunt The Vile” se tornaram as preferidas desde a primeira audição, não há como não se envolver com toda a sinergia. E vale citar a participação dos convidados Sergio (Automata) dividindo as vozes em “Veils” e do conterrâneo Ricardo Primata, que sola sua inspirada guitarra na instrumental “Rising Of A Red Sun”.
O áudio é bem direto e resultado da união de forças entre a produção de Jera Cravo (Malefactor, Cobalto) no Estúdio 60 (BA) e a mixagem no Na Cena Estúdios (SP), dando para sacar com a devida definição cada instrumento em meio a tanta distorção. Um discaço! – e encerro estas linhas desejando toda a boa sorte ao Minus Blindness, que estará compartilhando sua música com os europeus em novembro, em sua primeira turnê pelo Velho Mundo.
Formação:
Tassio Bacelar - voz e guitarra
Armando Eigo - baixo
Thiago Andrade - bateria
Minus Blindness - Vile Veil
(2010 / Torto Fono Gramas - nacional)
01. Do The Math
02. Between Capricorn And Sagitarius
03. Fluidity
04. Lifetime Hiatus
05. Shitstorm
06. Taunt The Vile
07. Putrid Times Ahead
08. Veils
09. Theason
10. Insertions (Part 1)
11. Rising Of A Red Sun
12. Immaculate
13. Forever Is Farewell
14. Southern Engine

Lookin' Back And Ahead - Fundrivers



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Buscando influências no que era elaborado nas décadas de 1960 e 1970, o The Fundrivers fez de “Lookin´ Back And Ahead” uma viagem à simplicidade e eficiência, características que ícones como The Beatles, Creedence, The Kinks, Supergrass ou The Who souberam explorar tão bem. E, neste sentido, a banda se mostra segura, com composições maduras e bem estruturadas, apesar de pecar um pouco – e só um pouco – no quesito criatividade.
Ok, é natural que as referências sejam constantes, mas “Lookin´ Back And Ahead” revela algumas por demais gritantes – e dá-lheBeatles! Mas deve-se levar em conta que este é um primeiro disco e há muito para ser explorado e ajustado com o passar do tempo, e a prova disso é a relevância de faixas como “Hangin´ Around”, “From Inside” e a bonita balada “Back To My Arms”, recheadas com boas melodias e que revelam o potencial do The Fundrivers.
E um debut que resgata os velhos valores com tanta propriedade merece ser respeitado, certo? Fica a recomendação em o leitor acessar o site do The Fundrivers, lá está disponível para download todo o “Lookin´ Back And Ahead”. São 11 faixas que oferecerão bons momentos de entretenimento aos amantes deste Rock´n´ Roll tão datado, mas que permanece como fonte de inspiração para muitos entre a nova geração.
Formação:
Sergio Castelani - voz e guitarra
Chico - voz, guitarra e harmônica
Pedro Bezerra - voz e baixo
Glauco Eiji - bateria
The Fundrivers – Lookin´ Back And Ahead
(2010 / independente – nacional)
01. Hangin´ Around
02. I´ll Be Gone
03. Hey Lord
04. And That´s You
05. Money
06. May 13th Street
07. From Inside
08. Tell Me A Little
09. Back To My Arms
10. Again And Again
11. Don´t Worry Woman (It´s Alright)

Waterskies - Riverdies



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Desde então o Riverdies intensificou os esforços para estrear com um disco completo, e que agora está sendo liberado sob o título “Waterskies” via VMH Produções. Ainda que os cariocas estejam afiadíssimos, é inegável que tudo continua firmemente enraizado em um dos gêneros mais controversos – o Grunge – ao transpirar generosas e explícitas referências dos nomes consagrados, em especial o Pearl Jam e Soundgarden.
De qualquer forma, os caras têm conhecimento de causa. A equação de sua música é simples e meio deprê, mas oferece um repertório calculadamente diversificado e composições muito fortes como as pesadas “Need A Break”, “I Wonder” e “Trees”, ou as que seguem uma linha mais introspectiva como “Sadness” e “Trusting Hands” – e vale acrescentar que o citado EP “Down Yard” fica representado pelas conhecidas “Background" e "Morning Dies".
Novamente dividindo a produção com o Eden do VMH Studios, o Riverdies se mostra influenciado, mas inspirado, e isso é indiscutível. Assim, “Waterskies” se torna bastante recomendado aos que curtem aquele Rock´n´Roll todo distorcido, além de ser um item praticamente obrigatório à vertente do público que nutre profunda admiração pelo velho Grunge.
Formação:
Alex Melch - voz e guitarra
Fil Buchaul - guitarra
Leo Graterol - guitarra
Gui Farizeli - baixo
Victor vön Draxeler - bateria
Riverdies – Waterskies
(2011 / VMH Produções – nacional)
01. Need A Break
02. I Wonder
03. Sadness
04. Can´t Raise
05. Trees
06. Clear Like Water
07. Background
08. Trusting Hands
09. Roof
10. Morning Dies
11. Die Alone
12. Afternoon
13. Of You

Carnavelhas 2: Do Love Story até a Av. São João - Velhas Virgens



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“Carnavelhas 2: Do Love Story até a Av.São João” é uma homenagem, de peito escancarado, à cidade de São Paulo. E tudo no álbum soa como uma verdadeira declaração de amor à vida e obra de ninguém menos do que Adorinan Barbosa, apaixonado pela Terra da Garoa e um exímio cronista urbano. Assim como grande parte de seus contemporâneos, Adoniran escrevia sobre boêmia, sobre as figuras da noite, sobre os bares, sobre a mulherada e as dores de amor – a seu jeito bem particular, sempre com bom humor, é claro. Alguém aí notou algum tipo de semelhança com as Velhas Virgens? Mulher, boteco, cerveja, humor? Bingo. Tratados como criaturas à margem da sociedade pelos “medalhões musicais” da época, sambistas como Adoniran e Noel Rosa foram os roqueiros de seu tempo. Se Paulão os tivesse conhecido, talvez tivessem formado juntos a sua própria versão das Velhas Virgens.
“Carnavelhas 2” tem batuques, cuícas, tamborins. Mas também tem muita guitarra – e altíssimas doses da sacanagem que é tão importante para as Velhas quanto o baixo ou a bateria. Em “Um Chopps e Dois Pastel”, a banda evoca o português particular e peculiar de Adorinan enquanto desfila personagens típicos da sociedade paulistana como Hebe Camargo, Tom Zé e o Professor Pasquale. Já “São Paulo Meu Amor, Minha Menina”, dedicada aos Demônios da Garoa (não por acaso, grupo que mais gravou as composições de Adoniran), trata a metrópole como uma mulher apaixonante, do tipo que “de noite é deslumbrante”. O ápice do CD, no entanto, é “Praia de Paulista”, uma elegia politicamente incorreta (Graças a Deus!) ao beberrão urbano que não tem a menor paciência para a combinação areia e mar – e que, se pudesse, ia mandar “azulejar o mar”. Refrão simplesmente irresistível.
Vale também ressaltar as excelentes participações especiais, que dão ainda mais charme à bolacha. Em “DNA de Malandro”, Paulão divide os vocais com Nasi (ex-Ira!) numa canção que é puro Bezerra da Silva. Procurando um novo amor “Nos Bares da Vila Madalena” (de preferência, uma mulher bunduda e burra, conforme atesta a letra), o cantor troca experiências com Laert Sarrumor, a voz do Língua de Trapo. Faminto depois de encher a cara a noite inteira, Paulão pede um toque para Wandi Doratiotto (Premê) sobre onde é possível encher a pança de madrugada. Com direito à introdução de “Eu Gosto de Mulher”, Roger Moreira (Ultraje a Rigor) volta a fazer parceria com as Velhas na quase chicleteira “Em Tese”, que leva a pegação para o ambiente universitário e bem que poderia embalar uma micareta. O momento crucial, no entanto, é mesmo quando Paulo Miklos (Titãs) entra em cena, para o rock travestido de samba-enredo das antigas “Adão e Eva”, sobre uma mulher traidora que dá um “perdido” no namorado durante o Carnaval.
Ah, sim, uma coisa é fato: “Carnavelhas 2” deixa mais do que claro que, finalmente, as Velhas encontraram uma vocalista feminina à altura da banda. Basta perceber que Juliana Kosso comanda sozinha não uma, como de costume, mas duas faixas – “SP Pornô” (com uma série de piadinhas de duplo sentido sobre os principais pontos de referência da cidade) e “Taca Silicone na Japa” (tributo aos imigrantes japoneses cujo título é auto-explicativo).
Ao final do disco, na festiva “Turnê do Chopp”, Paulão oferece aos turistas um verdadeiro mapa da mina sobre os melhores bares para tomar um chopp de qualidade na capital paulistano. Uma pérola, como só as Velhas Virgens conseguiriam fazer. Um brinde a mais um discaço.
Line-up:
Paulão Carvalho – Voz
Juliana Kosso – Voz
Alexandre “Cavalo” Dias – Guitarra
Roy Carlini – Guitarra
Tuca Paiva – Baixo
Simon Brow – Bateria
Tracklist:
1. Introdução
2. Marcha do Diabo
3. Um Chopps e Dois Pastel
4. Praia de Paulista
5. São Paulo Meu Amor, Minha Menina
6. DNA de Malandro
7. Nos Bares da Vila Madalena
8. Feijuca na Madruga
9. SP Pornô
10. Em Tese
11. Adão e Eva
12. Taca Silicone na Japa
13. A Nêga
14. Turnê do Chopp
15. Eu Nasci Aqui
16. Hino do Terra Nova

Enigma Of Life - Sirenia



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Assim sendo, as melodias adocicadas continuarão por este quinto álbum, que aporta no Brasil através da Laser Company Records. “The Enigma Of Life” não oferece praticamente nada que já não tenha sido encontrado na cansativa cena gótica dos últimos anos, com elementos sinfônicos em profusão, refrões majestosos muito bem colocados dentro das composições e a espanhola Ailyn com um desempenho  que agrada pela delicadeza de suas linhas, além de, naturalmente, eventuais aparições da ótima voz agressiva de Veland.
Mas, ainda que tudo seja executado à perfeição, estas características são o resultado óbvio de uma simples fórmula e o desejado impacto positivo sobre o ouvinte pode até acontecer, mas não se mantém por muito tempo. Apesar de o repertório procurar ser diversificado e até possuir faixas mais pesadinhas como “Coming Down” ou “Fading Star”, geralmente prima-se por uma acessibilidade que mantém as canções tão próximas umas das outras que fatal e infelizmente tudo se torna inócuo.
Que fique claro que as canções de “The Enigma Of Life” estão longe de serem ruins. São apenas óbvias. Não há nada de errado em ambicionar aquela grande fatia do público devota de nomes góticos comoNightwishAfter Forever ou Delain, mas quem já teve acesso ao vigor e preciosismo de “At Sixes And Sevens” (02) e “An Elixir For Existence” (04) terá grandes chances de deparar com um forte sentimento de decepção por aqui.
Formação:
Morten Veland - vozes, guitarra, baixo, teclados, sintetizador e bateria
Ailyn - voz
Jonathan A. Perez - bateria
Sirenia – The Enigma Of Life
(2011 - Nuclear Blast Records / Laser Company Records - nacional)
01. The End Of It All
02. Fallen Angel
03. All My Dreams
04. This Darkness
05. The Twilight In Your Eyes
06. Winter Land
07. A Seaside Serenade
08. Darkened Days To Come
09. Coming Down
10. This Lonely Lake
11. Fading Star
12. The Enigma Of Life
13. Oscura Realidad (bonus track)
14. The Enigma Of Life (acoustic version bonus track)

Infidel - At War



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E por mais que a banda tenha iniciado sua carreira em 1986, com o excelente “Ordererd to Kill”, este “Infidel” é apenas o seu terceiro registro, depois de um longo tempo de inatividade da banda (foram quase 20 anos!). Mas novamente os músicos mostram que ainda mantém intacto todo o talento que já demonstravam no final dos anos 80, e nos brindam com mais um grande disco de thrash metal “old school”.
Paul Arnold (B/V) continua um grande vocalista, vociferando como nunca. Como baixista, continua mediano, mas nada que comprometa o som da banda. Já Shawn Helsel (G) é a mesma máquina de riffs de sempre, mesclando elementos de thrash metal da velha escola com outros de classic rock, sendo o grande destaque do trabalho, apesar de seus solos não serem lá grande coisa. Por fim, Dave Stone (B) também faz um grande trabalho, principalmente nas partes com pedais duplos.
A porradaria já começa a mil logo na primeira faixa, “Assassins”, bem rápida, direta e agressiva. “Sempre-Fi” também é muito boa, e tem um refrão muito grudento. “Make Your Move”, a melhor do disco (veja o clipe abaixo), é outra faixa excelente, alternando entre passagens rápidas com outras mais cadenciadas e cheias de groove, sendo um verdadeiro petardo. E todas as demais músicas seguem esta linha pesada e suja, como uma mistura frenética entre SODOM eMOTORHEAD, merecendo destaque ainda a regravação da clássica “Repechase”, de “Ordered to Kill”.
“Infidel” representa uma grande volta para o AT WAR, e mesmo não superando seus discos anteriores, dá uma sensação de dever cumprido aos músicos. Torçamos para que a banda não entre novamente no ostracismo, e continue por um bom tempo lançando petardos como este.
Então aumente o som, e prepare-se para a guerra!
Confiram o clipe da excelente “Make Your Move”:
Infidel – At War
2009 – Heavy Artillery Records - Importado)
Formação:
Paul Arnold (B/V),
Shawn Helsel (G)
Dave Stone (B)
Tracklist:
1. Assassins
2. Semper Fi
3. Make Your Move
4. At War
5. Want You Dead
6. R.A.F.
7. Deceit
8. Vengeful Eyes
9. Rapechase

Distilling Hatred - Oligarquia



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E “Distilling Hatred” captura muitos dos valores que são fundamentais e que tornaram o Death Metal um estilo tão influente ao longo das gerações. De estética bem tradicional, os arranjos seguem em uma abordagem mais impulsiva, diretos e que exploram toda a violência e inconformismo inerentes ao gênero. Ponto positivo para o trabalho com as vozes, onde o novo vocalista Max Hideo (Conexão Pentagrama, Ódio Macabro) e o guitarrista Guilherme oferecem linhas assustadoras que oscilam entre o gutural e o rasgadíssimo, em uma atuação matadora.
Toda essa auto-afirmação apresenta um repertório bem diversificado, com espaço para todos os instrumentos  aparecer – até mesmo o baixo, tantas vezes esquecido na música extrema – com consistência na qualidade e ritmo, seja nos andamentos mais velozes ou nos bem cadenciados. Há várias canções muito boas como “When The Hate Dominate”, “World In Convusion” e, principalmente, “Cerebral Atrophy”, que ao vivo deverá ter grande impacto.
Gravado no estúdio paulista Top Noise, e mixado e masterizado pelo Ciero no Da Tribo Studio, “Distilling Hatred” está chegando ao público no formato Semi Metalic Disc (SMD) por um preço pra lá de camarada. É inegável que seja uma tarefa complicada manter a personalidade neste nicho, e alguns até podem chegar à conclusão de que este trabalho seja carente de grandes desafios, mas, sem problemas, sua audição é direcionada ao público que aprecia a música brutal e old school made in Brazil. Se este é você, não deixe de conferir!
Formação:
Max Hideo - voz
Guilherme - guitarra e voz
Ártour - baixo
Panda Reis - bateria
Oligarquia - Distilling Hatred
(2011 / Poluição Sonora Records – nacional)
01. Intro
02. When The Hate Dominate
03. Ignorance Prevails
04. Bloody Ideals
05. Comsumed By Greed
06. LxOxVxE (instrumental)
07. World In Convusion
08. Untill The Next Day
09. Here Comes The Pain
10. Cerebral Atrophy
11. Owner Of The World
12. Abyss Of The Hatred

Violent Aggression - Deathraiser



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Por isso, meu amigo, não espere pormodernidades  por aqui, mas sim por músicas rápidas e agressiva, tocada e gravada de forma primitiva, mas com muita qualidade e paixão pelo estilo, feita de fã para fã. Portanto, tudo aqui, desde o som até a arte gráfica (com o tradicional lixo tóxico), nos remete nostalgicamente ao começo da cenametálica.
E o DEATHRAISER segue a linha mais pesada e rápida do thrash metal, na linha deKREATOR (fase “Pleasure to Kill”), DARK ANGEL e HYPNOSIA, com riffs cortantes e ultra velozes, aliados a uma cozinha precisa, mas que em algumas horas é um pouco reta demais, o que acaba deixando alguns trechos mais cansativos, mas sem comprometer o som da banda como um todo. Além disso, o vocal de Thiago é bem interessante, e combina muito com a sonoridade do conjunto.
Com tudo isso, a banda nos apresenta 9 pedradas que não dão tempo para respirar, transbordando agressividade em cada nota perpetrada. Sons como “Violent Agressions”, “Annihilation of Masses” e “Thrash or be Thrashed” têm tudo para cativar qualquer fã do estilo.
Enfim, a banda tem muito potencial, e já no seu debut mostra para que veio, lançando um disco bem acima da média. Mas acredito que ainda irão melhorar muito com o tempo. Guardem este nome, pois estes mineiros tem tudo para se tornarem uma das maiores representantes brasileiras do estilo. Pena que até agora apenas há a versão importada do disco.
Violent Aggression - Deathraiser
(2011 – Xtreem Music - Importado)
Formação:
Thiago: Vocal e guitarra
William: Bateria
Ramon: Guitarra
Junior: Baixo
Track List:
1. Violent Aggression
2. Annihilation of Masses
3. Terminal Disease
4. Enslaved by Cross
5. Command to Kill
6. Killing the World
7. Oppression Till Death
8. Lethal Disaster
9. Thrash or be Thrashed

Ignominious Human Putrescence - Evisceration Blast



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São apenas 10 minutos que seguem uma linha relativamente técnica dentro do Death Metal intercalado discretamente por espasmos do Grindcore, e que funciona muito bem. Bastante caprichado em vários níveis, a primeira coisa que chama a atenção é a eficiência e quantidade de riffs oferecidos, em especial a forma como os mesmos se desenvolvem na muito boa “Pestilential Insurgency”.
Com um áudio eficiente e uma qualidade gráfica atraente e diagramada com bom gosto, “Ignominious Human Putrescence” é um respeitável cartão de visitas que mostra o Evisceration Blast mais do que preparado para lançar um álbum completo. Os fãs de Suffocation, Dying Fetus, Deicide  ou Malevolent Creation agradecerão, mas, enquanto isso, o jeito é continuar apreciando estas três canções...
Evisceration Blast - Ignominious Human Putrescence
(2010 / CD-Demo – nacional)
01. Pestilential Insurgency
02. Ignominious Human Putrescence
03. Inflammatory Catharsis

Poisonblack (Manifesto Bar, São Paulo, 27/08/11)



Fotos - Durr Campos
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Antes da apresentação principal, uma banda de abertura: FURIA INC. que, por volta das 23:40h, assumiu o palco. Não somente assumiu, dominou também. Com um som pesado e feroz, numa mistura de Heavy e Thrash Metal, os rapazes mandaram muito bem. E mesmo com uma vontade imensa de ver o Poisonblack, os headbangers presentes se renderam, participaram e curtiram o show. O vocalista Victor Crutale segurou a plateia e sua constante interação foi muito bem sucedida. Vale também destacar que mesmo diante das guitarras afiadas e da pancadaria da bateria, o baixista Bruno Nicolozzi fez seu instrumento soar alto e poderoso, dando assim mais peso ainda ao grupo. O Setlist, com quase uma hora de duração, contou com músicas próprias como “Sons of Anarchy”, “The One” e “Walk Alone”, além de “Slave New World” e “Roots Bloody Roots” do SEPULTURA e “Walk” do PANTERA. Foi uma apresentação matadora.
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E nessa altura do campeonato, os fãs estavam ainda mais sedentos pela aparição de Ville Laihiala e sua equipe, que subiram ao palco por volta de 01:00h, mas apenas para um pequeno teste de instrumentos, provocando alvoroço entre todos. Dez minutos após, finalmente o Poisonblack deu inicio ao show pra valer. Começaram com “Piston Head”, do álbum Drive, sua obra mais recente. O público estava extremamente animado e em diversos momentos gritava o nome da banda como se fosse um hino. O grupo agitou muito também e apresentou uma performance competente e vibrante. Do álbum Escapexstacy, primeiro trabalho deles, tocaram apenas a “Love Infernal”. Executaram um set-list bastante variado com grande parte das composições sendo do último CD. A voz de Ville soava muito bem diante de todo o instrumental potente e conforme o show avançava, o ânimo do público se intensificava.
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Um ponto alto da apresentação foi a execução de “Invisible”, do álbum Of Rust and Bones, uma balada maravilhosa e cativante que fez o público se emocionar. Os membros da banda se mostraram simpáticos e envolviam a plateia de forma a tornar o show ainda mais intenso. Talvez o único ponto negativo tenha sido a acústica do local, que poderia estar melhor. Houve inúmeros momentos em que o teclado sequer era percebido, mas isso de forma alguma tirou o brilho destes finlandeses que ficaram pouco menos de uma hora e meia se apresentando. Infelizmente não tocaram nenhuma música do SENTENCED, para a tristeza de muitos. E ao final do show, se os fãs estavam cheios de expectativas, podemos certamente afirmar que elas foram plenamente preenchidas. Uma apresentação digna e impecável.
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Setlist:
Piston Head
Casket Case
A Good Day for the Crows
Sycophant
The Living Dead
Left Behind
Love Infernal
Buried Alive
Raivotar
Scars
Nothing Else Remains
Maggot Song
Invisible
Soul in Flames
Bear the Cross/Spinal Tap
Encore
Mercury Falling
Rush

Seis cordas: releituras divertidas dos mestres


Os momentos mais inspirados dos maiores guitarristas de todos os tempos estão sendo alvo de “redublagens” bem originais que talvez façam com que eles se lembrem de como a família e os vizinhos sofreram quando os mesmos arriscavam os primeiros acordes.
STEVE VAI “dominando” uma guitarra de três braços:
SLASH com seu apetite por destruição:
ERIC CLAPTON “ensinando” como dar “bends”:
EDDIE VAN HALEN “insano”:
JOHN MAYER “mudando” o mundo:
ANGUS YOUNG “endiabrado”:
RUSH “quebrando tudo”:

Cronograma do Rock: do clássico ao excremento


Se você é um verdadeiro  do rock clássico, é bem provável que você considere os anos 60 e 70, as épocas mais importantes para o estilo.
O site Cracked.com, elabourou um conograma que começa no início dos anos 50, passando por anos dourados e chegando na "porcaria" de hoje em dia.
O cartoon mede cada década da história do rock em oito categorias: Arquétipo, Temática, Volume, Influências, Lucratividade, Concorrência e Impacto Social.
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The Mind's Eye entrevista: Desecrated Sphere


Formada oficialmente em Janeiro de 2011 por Rodolfo Bassani (bateria), Renato Sgarbi (vocais), Gustavo Lozano (guitarra) e José “Motor” Mantovani (baixo), a banda nos traz um Death Metal recheado, por assim dizer, e influenciado por uma gama de estilos musicais, criando assim, sua própria identidade. A banda vem chamando bastante atenção tanto do público headbanger quanto da midia especializadadepois do lançamento do debut The Unmasking Reality e do primeiro vídeo clip para a faixa "Gospel Is Dead". Hoje batemos um papo com os integrantes da banda falando sobre esses e muitos outros assuntos. Confiram!
TME: Primeiramente, gostaria de parabenizar pelo excelente trabalho que a banda vem realizando em tão pouco tempo, realmente impressionante.
José “Motor” Mantovani: Obrigado Julio, é um prazer estar falando com vocês do blog The Mind’s Eye. Já tínhamos este projeto em mente há tempos e o Desecrated Sphere é o resultado deste contínuo trabalho.
TME: Tendo como base que a banda tomou forma apenas este ano, gostaria que nos contassem um pouco desse processo.
Renato Sgarbi: Bom, o projeto começou quando estávamos no Collapse NR, e, tendo em vista as mudanças musicais e líricas, a latente evolução e o fato de que não havia mais nenhum integrante original na formação, lapidamos as músicas e optamos por novo começo, que se concretizou com o álbum The Unmasking Reality. E gostaríamos de anunciar aqui em primeira mão a entrada de um novo integrante, Saulo Benedetti, que assume as baquetas no lugar do Rodolfo Bassani.
Primeira formação
TME: Andei lendo algumas resenhas e pude observar que a banda vem sendo muito bem aceita, e já considerada uma grande promessa do Death Metal brazuca. Como vocês encaram tudo isso? Vocês esperavam que tivessem uma resposta tão rápida do publico e crítica?
Gustavo Lozano: Estamos bem contentes com a resposta do público e da mídia, mas encaramos com profissionalismo, sempre reconhecendo o que podemos aperfeiçoar em nosso trabalho. Essas críticas nos encorajam a buscar sempre evoluir.
Matéria completa no site do Blog The Mind's Eye
http://nikkury.blogspot.com/2011/08/tme-entrevista-desecrated-sphere.html
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Total Guitar: os melhores riffs de guitarra do séc. 21


revista Total Guitar elegeu os melhores riffs de guitarra do século XXI. O primeiro lugar ficou para o Muse com a música "Plus in Baby".
A justificatva do editor Stephen Lawson, é que "Matt Bellamy é o guitar hero definitivo do século XXI, Ele éinovador  e extremamente criativo, um daqueles caras que fazem a diferença em uma banda. E, claro, ajuda muito o fato dos riffs do Muse serem contagiantes e fáceis de decorar".
Os 10 melhores riffs segundo a revista são estes:
Muse - Plug In Baby
Velvet Revolver - Slither
Avenged Sevenfold - Afterlife
Dream Theater - The Dark Eternal Night
Muse - Knights of Cydonia
Queens of the Stone Age - No One Knows
White Stripes - Seven Nation Army
Machine Head - Halo
The Killers - Mr Brightside
Avenged Sevenfold - Beast And The Harlot

Vinil: quem compra é hipster, não audiófilo

De acordo com um artigo na revista The Economist, as vendas de vinil subiram 39% em 2011 em relação ao mesmo período no ano anterior nos EUA. O LP mais vendido do ano passado foi ‘The Suburbs’ do Arcade Fire. Ele não é exatamente um favorito entre os audiófilos.
O que fica óbvio por esses números de vendas é que a maior parte desse crescimento nas vendas se deve aos hipsters, não aos audiófilos. Claro que uma categoria pode convergir com a outra, mas a maioria dos audiófilos não é quem está comprando discos de Bob Iver e Fleet Boxes.
Interessantemente, o The Economist não lista ‘qualidade de som’, como uma das razões pelas quais as pessoas estão comprando vinil. Pagar de legal e moderno é a força motriz por trás do ressurgimento do vinil. De acordo com Steve Redmond, que é porta-voz do ‘Annual Record Store Day’ na Inglaterra, o vinil ‘é simplesmente mais legal do que um download. ’ O artigo também menciona que metade dos discos vendidos ‘não é tocado na verdade’. Uma vez que muitos álbuns também trazem um código para download, os fãs estão comprando os discos, baixando a música pelo código, e nem escutando ao vinil. Alguns compradores nem mesmo têm um toca-discos!
Mais um trecho do artigo: “Agora que toda faixa está disponível de graça em serviços de streaming como o Spotify ou através de um site pirata, os fãs de música precisam de algo mais para contar papo. Aquela edição limitada de 12 polegadas em vinil azul translúcido serve pra isso.”

Mosh Pits: você sabe como eles começaram?



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A perna de Landon Barrowman foi quebrada em três lugares – uma placa de metal segura tudo – ‘somente porque a molecada não sabe fazer um mosh’.
Aparentemente, há uma maneira certa de se conduzir no mosh, com regras não-divulgadas. Mas tal como Barrowman pode testemunhar, nem todo mundo as entende.
Agora uma estudante da universidade de Alberta «Canadá» pulou no meio deplatéias abarrotadas em shows de heavy metal, tudo em nome da pesquisa acadêmica.
Gabby Riches, uma mestranda da faculdade de educação física, está escrevendo a tese dela sobre mosh pits atrás de um certificado em estudos de recreação e lazer.
Riches, de 25 anos de idade, é fã de Metal desde que tinha 15 anos. Durante seu curso de graduação, ela decidiu combinar seu hobby a seus estudos e perguntou a um de seus professores se ela poderia escrever um TCC sobre heavy metal e integração de imigrantes.
O professor dela gostou da idéia, então ela fez outro trabalho sobre as experiências das mulheres no heavy metal. Ela percebeu que ela estava interessada em fãs de música, e isso a levou a estudar mosh pits para sua tese. Riches também coordena um grupo de estudantes chamado ‘Heavy Metal on Campus’.
O mosh começou no começo dos anos 80 na cena estadunidense de punk hardcore. Uma banda chamada BAD BRAINS costumava gritar para que seu público ‘mash it up’ (algo como ‘batam um contra os outros’). “Mas o vocalista tinha um forte sotaque jamaicano, então as pessoas entendiam ‘mash’ como ‘mosh’”, disse Riches.
Os mosh pits cresceram em popularidade ao longo das duas décadas seguintes e se tornaram um elemento fixo dos shows de metal e punk.
Riches descreve um mosh pit como um espaço em frente de um palco onde um grupo de fãs se junta e forma um pelotão sem nenhum espaço entre seus componentes. Um mosh pit de heavy metal envolve empurrões, pulos e algumas vezes ‘crowd surfing’, enquanto um mosh pit punk envolve mais pulos, deslocamento uniforme e stage diving. O ‘circle pit’ e o ‘wall of death’ são os dois tipos principais de mosh pit. ‘Os circle pits são mais comuns na Europa. Todo mundo corre em círculo e forma um tipo de doughnut,” disse Riches, acrescentando que os headbangers por vezes entram no espaço que sobra no meio e dançam usando suas cabeças.
“No wall of death, dois grupos de pessoas em cada extremidade da pista correm em direção um ao outro, colidem e formam um pit só.”
Existem regras pro moshing, como a proibição de jóias com rebites e pregos, assim como contato sexual. Uma das mais importantes é ajudar alguém que cair.
“O pior é quando você não consegue se levantar quando cai. Você sente mais dor do que prazer,” disse Riches.
Landon, fundador de um blog punk chamado Dead City Press, disse que tal estudo poderia ajudar a educar as pessoas sobre o que é o moshing na verdade.
“Com certeza há conceitos díspares entre o que as pessoas sabem ao entrar no moshing e o que as pessoas sentem com isso,” ele disse, emendando que há uma cortesia no mosh que muitas pessoas desconhecem.
Barrowman disse que ele cresceu em um meio onde as pessoas conheciam tal cortesia e ‘como te erguer e lhe tratar bem’, referindo-se a uma das principais regras que Riches indicou – se alguém sair, levante-o.
“Há muitas pessoas por aí que realmente precisam entender e ouvir algo assim”, disse Barrowman.
Riches descreve o moshing como uma experiência social, algo que não é completamente entendido ou mesmo respeitado por alguns.
“No começo, o moshing pode ser intimidador, assustador, porque é físico e agressivo. Parece violento, mas não gosto de dizer isso porque não é.”
Riches ama moshing porque “há uma sensação de euforia, excitação, comunidade. A energia que a música fornece te joga pro pit,” ele disse.
“É como um voto de confiança. É uma experiência transcendental, você se ente como se você fosse um só, com os outros e com a música.”
Estar no pit “é bom pra mim porque daí eu posso ver a banda”, ela disse, rindo.
Sua experiência favorita no mosh pit foi num show do Slayer no Shaw Conference Centre.
“É esse centro de convenções enorme e toda a pista vira um mosh pit. E foi bem compactado, então alguém do meu tamanho podia se garantir,” disse Riches, uma garota magra de 1m60.
Recentemente, Riches ganhou um prestigiado prêmio do Congresso Canadense de Pesquisa em Lazer pelo trabalho dela sobre o moshing. Ela disse que receber o prêmio por um tema como o dela é importante porque o campo de lazer sempre se concentrou em ‘passatempos de lazer normais’.
“Esse prêmio significa muito pra mim porque ele representa como o lazer está constantemente em expansão, progredindo e sendo desafiado,” disse ela.
A cultura do Moshpit “agora começou a ser levado a sério por teóricos e profissionais do lazer. Uma tomada na direção certa.”
Riches disse que o moshing continua a crescer e se expandir para outros gêneros de música. Ela planeja continuar estudando os mosh pits, o heavy metal e seus fãs na Leeds Metropolitan University, onde ela espera obter seu PhD ano que vem.