24 de agosto de 2011

I'm With You - Red Hot Chili Peppers - I'm With You



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O novo guitarrista do grupo, Josh Klinghoffer, surge de forma sutil no trabalho. As músicas sentem falta da guitarra funkeada e lisérgica de Frusciante, e o resultado é um “buraco” constante nas composições. As faixas, de maneira geral, estão ainda mais centradas no baixo de Flea, um dos maiores instrumentistas de sua geração. Em algumas abanda acerta a mão, mas esse fator faz com que tudo acabe soando um pouco repetitivo demais. Essa percepção fica ainda mais forte devida à irritante mania de Anthony Kiedis de repetir praticamente a mesma linha vocal em todas as faixas aceleradas, transmitindo a sensação de que estamos sempre ouvindo a mesma música.
Há, claro, boas composições, afinal estamos falando de uma das bandas mais influentes e importantes dos últimos vinte anos. A ensolarada “Monarchy of Roses” abre o disco com o pé direito. A grudenta “Factory of Faith” é um destaque imediato, assim como “Brendan's Death Song”, prima distante da clássica “Breaking the Girl”. O ótimo single “The Adventures of Rain Dance Maggie” mostra a banda em grande forma, enquanto o funk de “Ethiopia” irá agradar sem maiores esforços os fãs das antigas. Os trompetes de “Did I Let You Know” também são um destaque, dando um clima latino delicioso para a música.
O quarteto tenta sair de sua zona de conforto em algumas faixas, como em “Even You Brutus?” e “Police Station”, onde explora um caminho totalmente diferente do balanço frenético habitual. Nelas é possívelouvir um Red Hot Chili Peppers mais suave e um tanto contemplativo, como que analisando o passado e definindo os novos caminhos que pretende seguir no futuro.
De modo geral, "I'm With You" é um disco apenas mediano, abaixo do que se espera de uma banda como oRed Hot Chili Peppers. Infelizmente, o problemático John Frusciante faz muita falta, e isso é evidente para qualquer um. Vai vender como água e emplacar alguns singles, mas Kiedis, Flea e Chad Smith precisam se entender melhor com Klinghoffer para que essa formação, e a própria banda, sobrevivam e sigam em frente. Se isso não acontecer nos próximos discos, o grupo suportará um novo retorno de Frusciante?
Clique aqui para ouvir a faixa "Factory of Faith".
Faixas:
1. Monarchy of Roses
2. Factory of Faith
3. Brendan's Death Song
4. Ethiopia
5. Annie Wants a Baby
6. Look Around
7. The Adventures of Rain Dance Maggie
8. Did I Let You Know
9. Goodbye Hooray
10. Happiness Loves Company
11. Police Station
12. Even You Brutus?
13. Meet Me at the Corner
14. Dance, Dance, Dance

Leveler - August Burns Red



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Se “Constellations” (09) mostrava o August Burns Red cultivando as melodias de maneira mais incisiva, certamente o novo disco é uma continuação óbvia desta maneira de compor. Mas, ainda que estas tais melodias e passagens limpas sejam realmente muito bonitas, não se sacrifica a boa e velha distorção, que permanece como sendo a parte mais interessante de sua música.
Somado a isso, é inegável que o pessoal esteja procurando experimentar e diversificar sua linguagem, acrescentando novos elementos ao Metalcore. E os melhores resultados aparecem quando o August Burns Red vai fundo neste sentido, como o observado no single “Internal Cannon”, onde se apimentou os arranjos com um pouco de música latina, tornando-a uma das canções mais significativas do álbum (já estão chamando isso aí de ‘salsacore’, é mole?!?).
Agora, todo o disco é dono de uma real originalidade? Não é para tanto... Mas o August Burns Red merece todos os méritos por construir um repertório suficientemente sólido – a melódica “Salt And Light” e as pesadíssimas “Poor Millionaire” e a faixa-título são matadoras – a ponto de representar o que há de melhor no Metalcore e, como tal, posicionar “Leveler” acima da maioria dos outros registros do gênero lançados nos últimos tempos.
Com letras edificantes e de claras referências cristãs, toda a variedade de tons, sons e vocalizações serão perfeitos para os devotos do Metalcore. Também é gratificante saber que o “Leveler” possui vários recursos que poderão ser explorados ainda mais no futuro, e creio que o August Burns Red seja suficientemente ambicioso para a empreitada.
Formação:
Jake Luhrs - voz
Brent Rambler - guitarra
J.B. Brubaker - guitarra
Dustin Davidson - baixo e voz
Matt Greiner - bateria e teclado
August Burns Red – Leveler
(2011 / Solid State Records – importado)
01. Empire
02. Internal Cannon
03. Divisions
04. Cutting The Ties
05. Pangaea
06. Carpe Diem
07. 40 Nights
08. Salt And Light
09. Poor Millionaire
10. 1-16-2011
11. Boys Of Fall
12. Leveler

Ascension Of Ules - Crushing Axes



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Se comparado com os registros anteriores, “Ascension Of Ules” mostra todo um esforço consciente e devidamente planejado em criar os mais variados ambientes, indo do extremo às passagens melódicas e acústicas. Toda essa abrangência, ainda que tenha uma perspectiva old school, torna ingrata a tarefa em situar o leitor acerca sua arte, mas, em função de sua aura enigmática e pagã, podemos aproximá-lo – e somente aproximá-lo! – dos versáteis grupos do chamado Viking Metal.
Também vale mencionar que "Ascension Of Ules" é um álbum conceitual dividido em três atos, onde um deus é banido pelos seus pares e passa a vagar pela Terra, sem memória, e se envolve nas mais variadas aventuras até o desfecho final. Algo muito legal é o uso de sonoridades típicas da região do planeta pela qual o personagem Ules vai atravessando, como Erhu e Dizi (China), ou a Cítara e Gaita de Fole (Europa).
O áudio sujo, algo abafado e com timbres que poderiam ser mais bem escolhidos é o resultado de qualquer projeto que não possui o devido suporte pode oferecer. Mas, ainda assim, é digno de todos os elogios, pois, mesmo não tendo uma sonoridade no patamar de uma produção gringa, é honesto e consegue mostrar a essência da proposta do Crushing Axes.
Assim, com “Ascension Of Ules”, Alexandre Rodrigues mostra estar à altura de liberar um disco físico e realmente profissional; talvez seja questão de tempo e contatos adequados. O repertório possui atrativos para atrair um amplo leque entre o público headbanger, e o leitor que se sentiu atraído pode acessar o MySpace do Crushing Axes, que disponibilizou todos os seus trabalhos para download. Dêem uma conferida!
Crushing Axes - Ascension Of Ules
(2011 / independente – nacional)
ACT I – Decadence Of Evil
01. Decay Of The Almighty
02. Awakening
03. Long Way To Nowhere
04. Journey Through The Dark
ACT II – Banned Pilgrim
05. Abyss Of Death
06. Misanthropy
07. Flagellated Mind (convidada: Jessica Araujo)
08. Bloodpaint
ACT III – Ashes Of Divinity
09. A Flash Of Memories
10. The Return (Invading The Garden)
11. Sweet Killing
12. Final Consideration (Vazio)

Chainsaw Dismemberment - Mortician



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“Chainsaw Dismemberment” foi gravado por um trio de lunáticos: os cabeças Will Rahmer e Roger Beaujard, que cuidam do vocal/baixo e guitarra respectivamente, e Desmond Tolhurst, o outro guitarrista... está faltando alguma coisa, não?
Pois então, é aí que reside a grande polêmica da Mortician. Os caras usam bateria programada. Pronto, está aberta a sessão xingamento. Entretanto, vou dizer uma coisa: não sou fã desse recurso, mas puxa, o negócio aqui caiu tão bem no conjunto, que não consegui resistir. Vale lembrar que a bateria, programada por Beaujard, sempre esteve presente na história da banda.
É verdade que se percebe essa pegada eletrônica do equipamento, mas mesmo assim, é maravilhoso. Já os vocais de Rahmer são extremamente guturais e obscuros, de modo que ele parece “cantar” da mesma forma em todas as músicas, como se tivessem a mesma letra. Sinceramente? E DAÍ? É um dos melhores timbres de death metal que existe!
O baixo é no mínimo curioso, um dos mais distorcidos que já tive a oportunidade de escutar. Por fim, as guitarras têm uma afinação tão baixa que em vários momentos você não percebe quais as notas ou riffs que estão sendo executados.
Em outras palavras, os integrantes levam seu som a um extremismo poucas vezes visto, em todos os sentidos: nesses aí nos parágrafos de cima, e também na velocidade. Talvez não seja por acaso que usam mão da bateria programada. Tanto é que, em uns poucos vídeos a que assisti da Mortician, tive a nítida impressão de que o baterista – sim, ao vivo, eles usam um humano nas baquetas - não conseguia acompanhar a mesma velocidade de gravação do estúdio. Não sei como estão hoje em relação a isso, mas enfim...
A banda é uma de inúmeras que tem como característica colocar introduções de filmes B em suas músicas, mas vou dizer uma coisa, parece que as utilizadas por eles são as melhores do ramo! Muito legais mesmo!
A capa do disco é uma das lindas que já vi. Não me refiro tanto à nojeira, mas à arte em si da ilustração, tão detalhada e perfeita (vejam a expressão na face da pobre vítima mutilada) que por um longo tempo pensei seriamente em tatuar o ser lá do fundo, com a motosserra na mão. Isso sim é uma obra de arte!
A produção é suja, e o instrumental fica todo embolado nos momentos mais violentos das músicas, mas assim mesmo, inexplicavelmente o grupo conseguiu fazer um material empolgante demais para deixar nossas mentes presas a esse defeito (ou opção?).
Ah, quase esqueci de dizer: as duas melhores das 28 faixas do CD são exatamente as duas primeiras – “Stab” e “Fleshripper” – simplesmente perfeitas, que massacre!
Um aviso muito importante: se gostar disso aqui, você OBRIGATORIAMENTE deve arrumar também o citado “Hacked Up for Barbecue”, tão excelente quanto este. E mais: outros trabalhos também devem ser pesquisados, sem dúvida valem a pena. Aliás, só optei por resenhar o “Chainsaw Dismemberment” por ser levemente mais brutal. Infernal!
Mortician – Chainsaw Dismemberment
Relapse Records – 1999 – Estados Unidos
http://www.myspace.com/morticiannydm
Tracklist
1. Stab
2. Fleshripper
3. Drowned in Your Blood
4. Mass Mutilation
5. Mauled Beyond Recognition
6. Rabid
7. Bloodshed
8. Decayed
9. Final Bloodbath
10. Island of the Dead
11. Brutalized
12. Slaughtered
13. The Crazies
14. Silent Night, Bloody Night
15. Chainsaw Dismemberment
16. Psychotic Rage
17. Funeral Feast
18. Wolfen
19. Dark Sanity
20. Camp Blood
21. Tormented
22. Slaughterhouse (Part II)
23. Barbarian
24. Rats
25. Master Yenebarum
26. Splattered
27. Obliteration
28. Lord of the Dead (Mortician Part II)

Covering - Stryper



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Por mais que a banda tenha retornado aos palcos com a sua formação original, Michael Sweet (vocal e guitarra), Oz Fox (guitarra), Timothy Gaines (baixo) e Robert Sweet (bateria) assumem aqui uma sonoridade muito distante daquela que constituiu o passado do STRYPER. No entanto, “The Covering” – assim como “Murder by Pride” (2009) – retoma muita coisa que permanece ainda viva na memória dos fãs, como os agudos potentes de Sweet e o hard rock muito mais cru e agressivo de outrora. O rock progressivo, que sempre apareceu de modo tímido entre os discos de duas décadas atrás, parece ser a tendência para os próximos trabalhos do conjunto. De qualquer forma, apenas as boas intenções do STRYPER não são capazes de formatar um registro eficiente. A maioria das doze versões de “The Covering” não emplaca por uma série de motivos.
Não há dúvidas de que a vontade de imprimir uma fidelidade às músicas escolhidas para compor o disco foi extremamente equivocada. Por mais que não possa ser considerada umabanda inexperiente ou despreparada, o STRYPER bem que poderia encontrar um meio termo entre as versões originais e as suas características particulares e/ou históricas em “The Covering”. O trabalho da banda em faixas como “Over the Mountain” (OZZY OSBOURNE) e “Shout It Out Loud” (KISS) beiram a mediocridade pela tentativa de reproduzir exatamente cada um dos acordes e cada um dos timbres. Embora possua uma voz incrível para o hard rock proposto por seu grupo, Michael Sweet não consegue sequer se aproximar das vozes que buscou homenagear. Da mesma forma, falta (muito) brilho para que as regravações de “The Trooper” (IRON MAIDEN) e “Immigrant Song” (LED ZEPPELIN) possam ser consideradas aceitáveis dentro do contexto da obra.
Não há dúvidas de que o número de bandas que consegue regravar com maestria os principais clássicos da música pesada é reduzidíssimo. Os suíços do GOTTHARD homenagearam Robert Plant & Cia. de modo espetacular em “Made in Switzerland” (2006). Os norte-americanos do METALLICA  remontaram faixas praticamente esquecidas em “Garage Inc.” (1998) com qualidade ímpar. Porém, o STRYPER sofreu muito e parece incapaz de agradar os fãs até com as releituras de “Blackout” (SCORPIONS) e de “Heaven and Hell” (BLACK SABBATH). O trabalho que envolve essas músicas infelizmente não empolga e fica muito abaixo numa inevitável comparação. Embora não possam ser totalmente descartadas, outras faixas – como “Breaking the Law” (JUDAS PRIEST) e “On Fire” (VAN HALEN) – apenas não encantam como deveriam.
Entretanto, “The Covering” não é um desperdício por completo. Por mais que a pegada própria da banda possa ser apontada como a principal ausência durante o disco inteiro, Michael Sweet & Cia. conseguiram remontar interessantes versões para um número pequeno de faixas. A abertura do disco, com “Set Me Free” (SWEET) evidencia um STRYPER coeso e com uma performance vibrante e digna de muitos elogios. Do mesmo modo, “Lights Out” (UFO) e “Highway Star” (DEEP PURPLE) mostram como o hard rock dos norte-americanos se encaixa perfeitamente bem com aquilo que esses dois grupos ingleses escreveram no passado. Não há dúvidas de que o vocalista norte-americano é o maior destaque nas duas músicas interpretadas pelo STRYPER.
Porém, “The Covering” não despenca precipício abaixo porque a versão assinada para “Carry On Wayward Son” (Kansas) mostra muita técnica e competência – é justamente o ápice da obra. Praticamente do mesmo jeito, “God” (a única composição inédita do STRYPER) mostra que o grupo ainda possui muito fôlego para seguir em frente. De certo modo distante do hard rock de outrora, a banda parece investir em um metal extremamente próximo à NWOBHM com influências marcantes do rock progressivo. Em cima do muro, “The Covering” nitidamente se divide entre o bom e o ruim. Enfim, a sensação que fica é de um disco de pouca ambição e de importância nula para o ícone da música cristã. Não deve agradar os fãs – e tampouco os curiosos.
Track-list:
01. Set Me Free (Sweet)
02. Blackout (Scorpions)
03. Heaven and Hell (Black Sabbath)
04. Lights Out (UFO)
05. Carry On Wayward Son (Kansas)
06. Highway Star (Deep Purple)
07. Shout It Out Loud (Kiss)
08. Over the Mountain (Ozzy Osbourne)
09. The Trooper (Iron Maiden)
10. Breaking the Law (Judas Priest)
11. On Fire (Van Halen)
12. Immigrant Song (Led Zeppelin)
13. God

Misery Index: entrevista com o baixista e vocalista Jason


Por volta do ano 2000, o baixista/vocalista Jason Netherton saiu do Dying Fetus, que estava justamente ganhando mais e mais destaque no underground, um fato que pegou os fãs de surpresa. Por sorte, ele montou o Misery Index e nesses últimos 10 anos a banda tem lancado trabalhos cheios da brutalidade do death metal, com a rapidez do grindcore e com letras de base política/social. Um dia antes da banda encerrar a turnê européia no festival Tuska Open Air (Finlândia), Jason falou sobre o Misery Index e também sobre o tempo dele no Dying Fetus.
Eu acho que já perguntaram pra você isso antes, sobre o nome da banda, por que você decidiu usar esse nome? Eu não tenho certeza se muitas pessoas sabem o que Misery Index significa, eu acho que nos Estados Unidos as pessoas sabem, mas a razão do nome era para dar algum tipo de afirmacão que a banda tem letras políticas?
Quando eu quis formar essa banda, eu queria algo mais indetificável, letras baseadas na realidade e na sociedade. Então eu sempre tive na minha mente esse nome do álbum do Assück, parecia bom e ficou preso na minha mente e decidi usar. Era para ser uma banda projeto. Eu não acho que muitas pessoas nos Estados Unidos sabem o que «Misery Index» significa, é um tipo de termo econômico obscuro e antigo. Tem esse significado também que é interessante, para calcular a miséria de um país.
O nome Misery Index é bem adequado para tempos como esses. Eu na verdade achava que muitas pessoas nos Estados Unidos sabiam o que esse termo significa.
Esse termo tem sido usado recentemente para criticar o Obama. É na verdade um termo dos anos '70 que foi usado durante a presidência do Carter, eu acho que foi quando inventaram esse termo.
Ok, vamos então falar da situação atual da banda. Ano passado, «o guitarrista» ”Sparky” Voyless deixou a banda, e ele estava desde começo da banda?
Sim, quase. Eu formei a banda com um outro cara e depois de uma ano, o Sparky entrou na banda e ele estava com a gente desde então.
Qual foi a razão dele sair da banda depois de tanto tempo?
Ele não estava mais feliz, eu acho que a razão veio originalmente de algum desacordo de negócios, mas parecia que ele tinha outras coisas acontecendo na vida dele e ele não estava feliz com as turnês e esse tipo de coisa.
E como tem sido com Dan Morris «N.: o novo guitarrista» agora? Ele tem tocado já por 1 ano, não é?
É. Tem sido fantástico, é como uma família, estamos confortáveis.
E você conhece ele já por muito tempo ou alguém o recomendou?
A gente cresceu na mesma área, ele tem estado em algumas bandas de Maryland durante os anos, mais recentemente ele estava no projeto Criminal Element com os outros caras. Ele sabia as nossas músicas porque a gente gravou nossos álbuns com ele, a pre produção no estúdo caseiro dele, então foi uma transição natural.
Então ele é um membro permanente?
Sim.
Vocês tem promovido o novo álbum por 1 ano se eu não me engano, como tem sido a turnê?
Boa. Fizemos 3 turnês nos Estados Unidos, uma na Europa e alguns festivais esse ano. Fomos para alguns outros lugares também, Colômbia, Sudeste da Ásia, Oriente Médio, temos viajado bastante.
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Esse show do Tuska amanhã «N.: a entrevista foi conduzida no dia 23 de julho» é o último show na Europa ou vocês têm mais shows?
Esse vai ser o último do ano, eu acho que a gente vai voltar no começo do próximo ano. Eu não sei se já foi anunciado ainda então não vou confirmar mas eu acho que a gente voltará em fevereiro ou março, e eu acho que vai ser só isso por um tempo.
Vocês recentemente assinaram um contrato com essa gravadora francesa, Season of the Mist. Qual foi a razão para sair da Relapse e por que vocês decidiram justamente ir com a Season of the Mist?
Bem, porque queríamos ter uma possibilidade de fazer um álbum que a gente gostaria de gravar. Os recursos da Relapse eram de certa maneira limitados para nós, então... em outras palavras conseguimos um orçamento melhor para gravar com a Season of the Mist. Nós só tivemos três semanas e meia «para gravar», então a próxima vez queremos fazer um álbum mais ambicioso e mais longo, algo como 50 minutos «de duração», ter influências diferentes. Ter mais tempo para mixar, isso foi importante pra gente, além disso eu acho que a gente queria mudar um pouco de cenário, algo diferente. Além do mais, eles «Season of the Mist» têm muitas bandas legais, então...(risos). Eles são uma boa gravadora também.
O que mais vocês têm planejado para esse ano? Eu li que vocês tem esse split com o Lock Up, ele já saiu?
Já saiu.
Ah ok...
É um 7'' por uma gravadora de um amigo nosso, uma gravadora da República Tcheca, que se chama Damage Done Records. Eles entram em contato, não tínhamos uma música então a gente escreveu uma em alguns dias e gravamos no estúdio caseiro do Dan. Na verdade é uma música lenta, não tem nenhum blast beat ou coisa assim, é um pouco estranho que a gente fez o split com o Lock Up com uma música meio lenta. Ficou assim (risos). É legal para o 7'' porque é bem diferente pra gente, é mais como... não sei, uma música de ritmo médio do estilo do Gojira.
Isso é uma direção que vocês estarão seguindo com o próximo álbum?
Não, a gente sempre teve em nossos álbuns músicas mais lentas, porque a gente não quer um álbum que logo do comeco até o fim seja somente grind ou algo assim. Somos realmente uma banda de death metal que tem muito de grind. Eu acho que você sempre pode esperar da gente esses tipos de música, mas aconteceu dessa maneira com essa música «do split».
Vocês vão começar a gravar em breve ou qual é o plano?
Não, eu acho que esse vai ser a pausa mais longa entre os álbuns que teremos porque a gente têm outras coisas pessoais acontecendo também. Nosso guitarrista se casou e vai ter um filho, eu vou voltar para a universidade, então vai ser... talvez entremos em estúdio no próximo ano.
Se eu não me engano, esse ano marca 10 anos de Misery Index, como você vê esse 10 anos com a banda? Como eles têm sido?
Foi muito rápido. Eu acho que... não é como quando você é um adolescente e todos os anos parecem levar uma eternidade para envelhecer, mas agora todos os anos vão mais e mais rápido. É igual quando você está em turnê, é... eu acho que quando você está fazendo algo que ama, o tempo passa mais rápido. Se você está realmente feliz com você mesmo, você não se preocupa com tempo.
Verdade.
Tivemos bons momentos e tudo foi incrivel. Tivemos a chance de ver o mundo algumas vezes e isso era um dos objetivos, fazer muitas turnês.
Você mencionou que você vai voltar para a universidade, então eu queria perguntar à você... já que não dá pra depender somente com o Misery Index, o que vocês têm feito fora da banda?
Bem, tivemos trabalhos casuais... entre as turnês, eu fiz de tudo, de eletricista até trabalhar numa loja de livros. Os outros caras trabalharam em clubes, fazendo segurança... qualquer trabalho que você pode achar entre as turnês, e que você deixa e depois pode retornar. Tem sido difícil porque você vive de mês em mês tentando pagar seu aluguel. É uma maneira legal de viver por um tempo, você está fazendo música e viajando, tendo boas experiências e às vezes isso vale mais do que trabalhar das 9 até as 17, poupando dinheiro para algo. Eu acho que vamos ter alguns tipos de mudança porque a gente não pode fazer isso...Mark «Kloeppel, guitarrista/ vocalista» vai começar uma família.
Você vê a banda continuando por muito tempo?
Bem, eu sei que agora a gente se sente inspirado, e eu acho que se você está inspirado, você se sente que quer expressar dessa maneira, e isso é importante. Você vê algumas bandas que estão aí que tocam porque é a única coisa que eles sabem fazer, eu não acho que eles têm a paixão de tocar, eles vão e conseguem as ”grandes” garantias e coisa assim, e vão pra casa... eu acho que pra gente, ainda queremos tocar, talvez não forçar muito como a gente têm feito, mas talvez algo como uma turnê aqui e ali.
Bem, eu gostaria de perguntar algumas coisas sobre o Dying Fetus. Como foi formada e essa foi a sua primeira banda?
Nós começamos o Dying Fetus depois da banda que a gente tinha no colegial. O John «Gallagher, guitarrista/ vocalista do Dying Fetus e co-fundador da banda»... a gente tinha uma banda de power metal no colegial, uma banda de power com thrash metal chamada Damnation, e a gente tocou por alguns anos no colegial, fizemos uma demo. Nessa época a gente começou a escutar death metal, por volta de 1990 e decidimos que queríamos fazer isso «death metal» então, e a gente começou o Dying Fetus em 1991. Foi isso... passamos por mudanças nas formações.
Qual foi a banda que fez você mudar o que queria fazer? Que fez seguir essa linha death metal?
Provavelmente o Obituary e o Deicide, quando começamos a escutar essas bandas de Florida, eles eram simplesmente... do nada a gente tava nessa busca de escutar algo mais pesado, descobrir qual era a melhor. Na verdade o Sepultura, eu lembro quando eu vi o vídeo do ”Inner Self” na MTV, eu achei que era a coisa mais pesada no mundo. Daí a gente descobriu as outras bandas da Roadracer «N.: Roadrunner Records», como o Obituary e o Deicide, essa onda do death metal começou. Era uma época onde você ia à loja comprar qualquer coisa e era fantástico, porque tudo ainda era novo, todos eram espontâneos. Depois de algum tempo começou a ter essas bandas que queriam soar iguais, então era uma boa época.
Desse tempo com o Dying Fetus, você tem algum álbum favorito, algum que você tem bastante orgulho?
Provavelmente o ”Killing on Adrenaline”. Quando a gente conseguiu o Kevin Talley na banda foi uma mudança porque bateristas naquela época, mesmo na metade dos anos '90, eram difíceis de achar, aqueles que podiam realmente tocar blast pesado e pedais duplo. A gente o encontrou no Texas, era dessa maneira, você tinha que achar bateristas na outra parte do país. Quando ele se juntou à banda as coisas ficaram bem legais, tinha um processo de compor bem espontâneo e energético, algo que raramente acontece. Eu gosto do jeito que saiu «o álbum ”Killing on Adrenaline”», apesar que a mixagem poderia ter sido melhor, mas ainda assim é bem pesado.
Provavelmente muitos fãs do Misery Index sabem que você tocou e cantou no Dying Fetus, você escuta pedidos dos fãs pra tocar algo do Dying Fetus?
Sim, algumas vezes eu escuto algum grito como ”Kill Your Mother, Rape Your Dog”.
Você toca se eles insistirem?
A gente nunca toca (risos).
Recentemente a Relapse relançou alguns álbuns do Dying Fetus, você estava envolvido com isso? Eles chegaram a pedir para você escrever algumas notas sobre os álbuns?
Sim, eu escrevi todas as notas e dei as faixas extras. Eu trabalhei com o John já que ele não tinha essas coisas, e o John queria que eu fizesse isso, escrever essas notas porque eu acho que ele não gosta muito de fazer esse tipo de coisa. Foi legal.
Bem, acho que é só isso. Obrigado pela entrevista!
Legal, obrigado.

Edguy: "o resto do mundo pode beijar minha bunda!"


Em 26 de agosto o Edguy vai lançar seu novo album intitulado AGE OF THE JOKER. Como todo lançamento da banda ou do Avantasia, o novo álbum aparentemente divide os críticos das bandas em dois grupos. Os que gostaram e os que detestaram. Épico e bem produzido, difícil de categorizar, é um dos álbuns mais significativos do Edguy  dos últimos 10 anos. É claro que, por outro lado, aqueles que estão sempre reclamando permanecerão insatisfeitos com o novo material em AGE OF THE JOKER. O fato de que a edição limitada foi o número um nas vendas de Heavy Metal do site Amazon por semanas e o fato de que a primeira leva já vendeu completamente, prova que a controvérsia não traz nenhum dano para o sucessocada vez maior do Edguy. Na conversa a seguir comEdguy.net, Tobias Sammet sugere que todos os fãs do Edguy devem ouvir o álbum com carinho para que eles possam formar uma opinião própria sobre o novo álbum. Além disso, ele diz de uma forma muito honesta que ele pensa sobre seus críticos
Harmon Caldwell, Edguy.net: Tobias, vamos falar sobre o processo de composição para o novo álbum AGE OF THE JOKER. Como você consegue pular do AVANTASIA, projeto que é mais conceitual do começo ao fim, para diretamente escrever canções novas para o EDGUY?
Tobias: "Depois que terminei meu último AVANTASIA, estava claro para mim que ele tinha sido a minha melhor obra para mim. Depois de um tempo que está cansado, sentindo que já disse tudo, mas depois de um tempo, há sempre um instinto impulsivo para compor novo material. Não porque quero competir com o meu passado, mas simplesmente para ser criativo e se divertir trazendo novas melodias no meu pequeno mundo mágico de casa. Eu não penso no passado ou um determinado objetivo ao compor, e por mais que os fãs desejem, eu não penso neles também. Eu só quero me divertir criando música, seja com o EDGUY ou o AVANTASIA. O processo criativo é semelhante para ambos os projetos, apenas com AVANTASIA eu tenho que tomar o cuidado de que ele se encaixe a um conceito e aos diferentes cantores envolvidos. Além disso, com Avantasia eu não tenho de me preocupar com o que as outras quatro pessoas dizem, no Edguy há discussões às vezes."
HC: De certa forma a arte do novo álbum lembra a capa do Mandrake ou outros elementos do passado do EDGUY. Como é que o Coringa entra no tema do novo álbum, e de onde surgiu a idéia da nova capa?
Tobias: "O palhaço sempre foi nossa marca registrada, não porque ele quer ser engraçado, mas porque ele tem liberdade total para dizer o que ele quer e ele fica safo com isso. Nós dizemos tudo o que você não deve dizer, vestimos tudo que você não deve vestir, fizemos tudo que você não deve fazer de acordo com o grande livro de regras do Heavy Metal. No entanto, estamos caminhando para bem mais de 2 milhões de discos vendidos e tocamos para milhares de fãs em 40 países ao redor do globo. Isso não é um mau começo para uma banda que nunca foi levado a sério pela maioria da imprensa? Nós sempre fomos fiéis a nós mesmos, mesmo com as pessoas da gravadora se assustando com algumas decisões que tomamos. Se você se levar a sério demais você pode acabar com um ataque do coração neste negócio maluco que é o Metal. É por isso que sempre mantivemos essa atitude louca. Estamos autorizados a ir onde nenhuma outra banda foi, e nossos fãs sabem muito bem o por que estamos fazendo isso."
HC: Faz agora três anos desde o lançamento do último álbum, Tinnitus Sanctus. Surpreendentemente, o álbum parecia receber críticas mistas tanto de fãs quanto críticos. Ao escrever um novo álbum (AGE OF THE JOKER) o que é que você tira a partir dessas reações passadas? Não é tentador deixar que essas opiniões afetem sua maneira de compor? Ou nesse ponto de sua carreira você simplesmente faz o que quer fazer?
Tobias: "Não! Há apenas um objetivo ao escrever um novo álbum: Eu quero aproveitar o processo de trabalho e criar música que me anima! O fato de que algumas revistas detonam tudo o que fazemos não é uma grande notícia, nós sabemos o que eles vão escrever antes mesmo de entrarmos no estúdio. Na realidade, não não nos encaixamos no esquema deles, mas na realidade, não importa o que alguns repórteres ou heróis da internet escrevem. AGE OF THE JOKER, tem todas as nossas características e é considerado um álbum de volta às raízes por alguns caras de imprensa, que teoricamente poderia ser uma prova de que temos a nossa própria assinatura sonora que nos deixa orgulhosos, mas nada foi forçado. Eu também adoro Tinnitus Sanctus, é um grande álbum, o meu álbum favorito Edguy  até agora. É triste que algumas pessoas não o entenderam mas eu respeito isso. Mas isso não é prova de qualidade inferior. O que conta é que AGE OF THE JOKER é um grande álbum, você sabe disso, os EDGUYs sabem disso, o nosso produtor Sascha Paeth sabe disso, e nossos fãs vão saber em breve. O resto do mundo pode beijar meu traseiro!"
HC: Uma diferença imediata entre os dois álbuns, é o estilo da primeira música single escolhida. Considerando que MINISTRY OF SAINTS era pesada, aguda, e mais obscura, o novo single e vídeo, ROBIN HOOD parece mandar de volta para uma atitude mais despreocupada do EDGUY de álbuns anteriores. Qual foi a motivação para a escolha de Robin Hood como o primeiro single do AGE OF THE JOKER?
Tobias: "Nós tínhamos essa grande canção, uma canção séria com alguns momentos sem noção e letras hilárias, e embora seja uma faixa longa a gravadora pensou que seria ótimo ter um videoclipe. Então, quem sou eu para ficar no caminho de tamanha oportunidade, correr pela floresta como Robin Hood com seus amigos, e ter alguém pagando por isso. Então, editamos a música até cinco minutos para uma versão single que meio que fode tudo, porque agora a estrutura da canção é uma merda, mas era a única maneira de torná-la um single razoável e fazer o vídeo. "
HC: Então vamos falar sobre o Robin Hood por um momento. Qual foi sua motivação para escrever uma canção sobre esta figura em particular?
Tobias: "Átila, o Huno, Odin, os filhos de Odin, Cinderela, Humpty Dumpty... Eu não consigo pensar em um espadachim mais ou menos historicamente relevante que não tenha sido o principal tema de uma música, cantada por uma banda de Heavy Metal em tangas peludas. Exceto Robin Hood, talvez a história do Robin Hood seja muito complexa, haha! Eu apenas pensei que ele é tão over-the-top, que abraça tudo o que rock e Metal são. É mais Spinal Tap que o Spinal Tap sempre foi. Agora, toda criança conhece o conto de Robin Hood, todo mundo viu o filme de Errol Flynn. É um tema encantador, e ainda acho que há muito romance sobre ele. Por quê? O Robin Hood quer que todas as pessoas sejam iguais, enquanto ele continua a ser seu líder, ele rouba a classe trabalhadora e dá para os preguiçosos, e ele se esconde no mato para atacar pessoas bem vestidas na estrada principal do seu reino, assim como aquelas pessoas, em fóruns online, que nos atacam, escondendo sua identidade por trás de nicknames. Para mim, Robin Hood não parece ser um porta-voz dos valores morais, eu o vejo mais como uma versão medieval de Erich Honecker (politico comunista alemão que deu a ordem de atirar em todos que tentavam cruzar o Muro de Berlim)!"
HC: As primeiras críticas da imprensa já estão chamando AGE OF THE JOKER um dos melhores álbuns EDGUY. A que você atribui isso e você acha que é simplesmente o alto nível de composições presentes no novo álbum?
Tobias: "Você sempre dá o seu melhor e como eu disse que eu particularmente adoro Rocket Ride e Tinnitus Sanctus. Um monte de gente diz que nós voltamos às raízes com AGE OF THE JOKER, e eu coço a cabeça e digo: "O que? "Eu acho que as composições no nosso novo álbum são soberbas, as performances são excelentes, temos as melhores guitarras que já tivemos. Eu acho que muitas das melodias são excelentes, mas nós não mudamos nada de propósito, exceto, talvez, o som. Queríamos ter uma dinâmica, um som old school, mas musicalmente, apenas deixamos acontecer. Nossa gravadora acabou de me enviar algumas notas dizendo que este é o melhor álbum desde MANDRAKE. Bom, se eles dizem, então temos que acreditar, é a imprensa. Eu só digo que é o melhor álbum desde a invenção da eletricidade e nada mais! "
HC: Há alguma música que se destaca a você como a melhor do álbum?
Tobias: "Eu amo PANDORA'S BOX, mas se você me perguntar amanhã, eu poderia mencionar uma música diferente. É um álbum muito equilibrado, e acho que todas as músicas têm momentos muito fortes, mas neste momento eu realmente amo PANDORA'S BOX... Na primeira audição pode parecer ser uma canção suave, mas tem muitos momentos poderosos e é tão honesta, é frágil, raivosa, debochada, grande e épica. É EDGUY e AEROSMITH e todas as diferentes coisas juntas como um."
HC: E sobre a turnê européia de AGE OF THE JOKER? Parece que as últimas turnês do EDGUY foram ficando maior e maior. Você tem alguma coisa especial planejada?
Tobias: "Claro, temos um plano muito louco, mas eu não posso te dizer nada sobre isso no momento, nossos engenheiros estão trabalhando nisso e eles têm que descobrir ainda, se é tecnicamente possível ou não. Mas a tour vai ser grande, nós anunciamos apenas a primeira parte dela, mais datas surgirão no próximo ano, vamos visitar o mundo inteiro. Agora vão comprar o álbum, vale a pena".

Sebastian Bach: "estou cantando como um menininho"


Tim Louie, do The Aquarian Weekly, entrevistou o antigo vocalista do SKID ROW Sebastian Bach. Seguem alguns trechos da conversa.
The Aquarian Weekly: Vamos falar do "Kicking & Screaming". Esse é seu primeiro CD com o jovem fenômeno da guitarra Nick Sterling. Como foi o processo de gravação com ele.
Sebastian Bach: Foi ótimo! O Nick completou 21 anos há alguns dias atrás e eu o peguei quando ele estava com 19 anos. Eu vi um anúncio dele numa revista e fui ao site dele e escutei uma das músicas chamada "Dancing On Your Grave" — aquele riff estourou nas caixas de som do meu computador e eu realmente adorei. Então ele entrou pra minha banda e corremos o mundo muitas e muitas vezes... Bem, não muitas e muitas vezes, mas algumas vezes (risos)! E esse é o primeiro grande lançamento dele, e os riffs são de enlouquecer. Eles são inacreditáveis! Quero dizer, eu dei entrevistas para o The Aquarian desde o primeiro disco do SKID ROW em 1988, então eu tinha a idade dele na época, e a música que a gente fazia na época tinha um espírito que talvez você não consiga entender quando está com 50 anos de idade. E então o Nick tem 21 anos, e a música no "Kicking & Screaming" se ajusta bem ao primeiro disco do SKID ROW porque acho que tem esse espírito adolescente.
The Aquarian Weekly: Músicas como a "Kicking & Screaming", "TunnelVision", minha faixa favorita; "Dance On Your Grave" e "Live the Life" tem o vocal vintage do Sebastian Bach, que achei semelhante aos CDs "Slave To The Grind" e "Subhuman Race". Foi importante para você voltar às origens?
Sebastian Bach: Acho que simplesmente é meu jeito de cantar. É como eu sôo. (risos) Não dá para mudar a forma como eu sôo. Em algumas das músicas — "My Own Worst Enemy" e "Caught In A Dream" — para mim, minha voz parece tão jovem e eu não sou jovem! Eu mal posso acreditar no que ouço e fico tipo, "Como isso é possível? Eu tenho farreado por uns mil anos!" (risos) Eu sôo como um menininho em algumas dessas músicas. Eu as escutei um milhão de vezes! Minha voz tem vontade própria. Quero dizer, eu sei como fazê-la fazer isso, mas leva muito tempo para aquecê-la para fazer soar daquele jeito, mas é assim que vai soar quando está no ponto!
The Aquarian Weekly: Seus fãs ficarão satisfeitos com o novo álbum porque é o Sebastian Bachvintage!
Sebastian Bach: Bem, é o máximo que posso fazer! (risos) Adoro o fato de poder colocar 13 músicas novas em folha no seu iPod que você vai curtir! É o melhor que há para mim! Eu adoro fazer isso! Me faz sentir tão bem!
The Aquarian Weekly: Quanto do "Kicking & Screaming" vocês vão tocar ao vivo?
Sebastian Bach: Já tocamos um bocado dessas músicas ao vivo. Você pode ver uma versão da "I'm Alive" no YouTube. Tocamos a "As Long As I Got The Music" uma ou duas vezes. Tocamos a "Live The Life". Temos um DVD saindo com a versão deluxe que tem versões ao vivos de algumas músicas. É um DVD incrível. Também tem os três novos vídeos que gravamso. Gravamos vídeos da "TunnelVision", "Kicking & Screaming", e da "I'm Alive", e gastamos a mesma quantia de dinheiro nesses três vídeos que gastamos com comida para a gravação da "Monkey Business" (risos). A tecnologia é demais porque HD é muito barato e qualquer um pode gravar um vídeo muito bom. Eles ficaram incríveis e não podia estar mais satisfeito. Então é o que temos por vir, e o vídeo tem as imagens gravadas profissionalmente da turnê com o GUNS N' ROSES. Se chama "As Long As I Got The Music: The Movie", e vai sair junto com a edição deluxe.
Leia a entrevista na íntegra no The Aquarian Weekly.

Machine Head: "Coldplay é uma das minhas bandas favoritas"


Amy Kelly, do Ultimate-Guitar.com, entrevistou oguitarrista/vocalista Robb Flynn dos metaleiros da região de San Francisco Bay, MACHINE HEAD. Seguem alguns trechos da conversa.
Ultimate-Guitar.com: "The Blackening" foi um enormesucesso de crítica para o MACHINE HEAD. Vocês sentiram uma certa pressão de fazer jus a esse álbum?
Robb: Nos últimos seis meses em turnê com o "The Blackening", essa foi a única pergunta que nos fizeram. "Como vocês vão superar o 'The Blackening'?" Eu fiquei tipo "Iche, não sei". Começamos a compor em novembro de 2009. Eu não sei se foi uma reação contra o The Blackening" e músicas de 10 minutos e estrutura complexa ou porque estávamos vendo o METALLICA  todas as noites com gente perdendo a cabeça, mas nós trouxemos alguns riffs e compusemos por duas semanas. Para ser honesto, ficamos fazendo farra. Voltamos em turnê por mais seis meses e então fizemos uma pausa. Foi ótimo estar fora de turnê e foi ótimo estar com a minha família, mas depois de um tempo meu cérebro estava indo. Eu tinha realmente voltado à guitarra clássica. Eu tive aulas quando estava no colégio. Eu tinha me afastado disso mas voltei e estava compondo umas coisas. Quanto mais eu compunha mais eu curtia. Eu finalmente consegui uma música, e eu chamei o Phil «Demmel, guitarra» e o Adam «Duce, baixo». Eles ficaram tipo "Não estou pronto para ensaiar. Preciso de mais um tempo". O Dave «McClain, bateria» já estava lá e disse, "Eu preciso tocar com vocês!" A primeira música do disco que saiu foi uma música chamada "This Is The End". É guitarra, bateria e musicalidade bem pesadas. É uma música ótima. Tem estruturas bem fortes, bons ganchos e ótimas mudanças de acordes – mas numa velocidade de mil quilômetros por hora. O refrão vai esfolando todas as cordas. É tipo a última parte do refrão que vai subindo até o fim. Quando o Dave e eu terminamos ele foi tipo "Isso é difícil pra caralho! Mas é tão incrível!" Foi ótimo termos feito essa música que era basicamente acima das nossas habilidades. Foi como uma meta. Nós literalmente não conseguíamos tocá-la do jeito certo. Era tão complicado. Ter isso como meta é tipo, "Ok, temos de conseguir isso. Nós agora temos que acertar isso". Padrão muito elevado que estipulamos para nós. Nós fizemos um cover da "Hallowed Be Thy Name" para um tributo ao IRON MAIDEN  da Metal Hammer. Até esse ponto, esses eram os vocais mais altos que eu já tinha cantado. Eu honestamente nem sabia se eu conseguiria fazer. Eu nunca tinha feito e consegui. Eu não sabia ao certo se conseguiria controlar e foi tipo tentativa e erro. Eu fiquei tipo "Eu quero conseguir. Eu consigo. Eu posso dominar isso". Então eu comecei a treinar intensivamente em Nova Iorque. Eu viajava para Nova Iorque a cada dois ou três meses e ensaiava por três horas durante três dias seguidos com Melissa Cross. Então fiz umas coisas com o cara que treinou o Mick Jagger. Eu também comecei a fazer aulas de guitarra clássica num lugar que chama New York Guitar School. Eu entrei em modo de treinamento. E aprender era desaprender. Eu estava tendo aulas de canto pela primeira vez na minha vida e eu cantava há 17 anos. Eu estava desaprendendo todos esses maus hábitos. Foi legal voltar àquele ponto – especialmente na guitarra – onde você diz "Eu sou um retardado. Isso é difícil demais". Foi um ponto legal, vulnerável. Nós simplesmente tentamos começar a partir disso. "The Blackening" foi indicado ao Grammy, o que é legal, mas como artista e músico o desafio é se forçar ao máximo. Nós não queríamos "Ok, isso é o máximo que conseguimos. Você tem de compor músicas de 10 minutos." Nós queríamos tanto compor. Então colocamos nossas mentes nisso.
Ultimate-Guitar.com: Vocês pegaram técnicas assistindo o METALLICA?
Robb: Eles são incríveis. Eles são uma banda de verdade – umas das últimas bandas de verdade que ainda existem. Eles fazem ao vivo. A forma como eles fazem o arranjo e mesclam as coisas é a magnitude de tudo. Para mim foi um sonho realizado. Eu sou da Bay Area e eles eram meus ídolos.
Ultimate-Guitar.com: Vocês buscam esse tipo de magnitude?
Robb: Sim. Totalmente.
Ultimate-Guitar.com: Com tantas bandas saindo por tantos selos diferentes, você acha que é possível para artistas alcançarem esse status lendário?
Robb: Eu acho que é uma meta muito elevada. Se você vai sonhar, sonhe alto. Para ser honesto, eu vi o quão alto pode ser. Isso é a realidade. Isso é totalmente a realidade. Eles conseguiram por suas próprias regras. Eles fizeram a música deles. Você ouve uma música como a "Master of Puppets" todas as noites. São oito minutos e meio de ritmos complexos e estranhos. Isso não é música pop. Isso não é Lady Gaga ou Taylor Swift. Isso é música bem diferente, muito pesada e brutal. As pessoass se identificam com isso. Com certeza tem a "Enter Sandman". Eu adoro o álbum "Preto". Ver músicas como "Master of Puppets" por aí – isso é que é incrível. Ela tem uma estrutura bizarra, oito minutos de duração, super pesada, drogas, regurgitando seu café da manhã! É incrível. Eu adoro.
Ultimate-Guitar.com: Vamos falar um pouco sobre o lado comercial do mundo da música. Se tornou público que sua banda batalhou com selos no início dos anos 2000.
Robb: Não foi tão tumultuado. Ao contrário do mito popular, nós pedimos para nos deixarem. Não fomos dispensados. Eles queriam ficar conosco. Na época ainda fazíamos shows para público de 30.000 pessoas. Foi só uma transição. Era o que a música estava fazendo. O mundo todo estava em transição. A internet estava começando a decolar, e fomos atrás. Até então era tipo, "Oh, você tem um sucesso nas rádios". Nunca nos ajustamos a esse molde. Esse foi um período complicado, não somos uma banda de rádio, somos uma banda pesada. Então os selos estavam tipo, "Deixa pra lá". Nós vimos a internet acontecendo. Nós fomos a primeira banda que eu vi na época fazendo vídeos de cinco minutos contando o que estávamos fazendo no estúdio. Soa absurdo dizer, mas estamos voltando ao início de 2003. Nós realmente corremos atrás. A mídia não queria falar conosco, o rádio não estava a fim, então nós escolhemos outra via que podíamos controlar mais. Isso criou uma conexão ainda maior com os fãs. Aquilo formou uma bola de neve até o disco sair, e se tornou nosso maior disco sem esforço nenhum.
Ultimate-Guitar.com: Você sente atualmente que ser independente é a melhor forma?
Robb: Você ainda precisa de uma gravadora. Eles te dão dinheiro e batem à sua porta. Você pode fazer muito por conta própria, e nós fazemos muitas coisas por conta própria também. Nesse ponto em nossa carreira temos muito que afirmar. Queremos esse controle. Queremos nos afirmar. Toda banda deve desejar isso. Isso é a sua arte. Você a controla. Desse jeito você sempre poderá ser você mesmo. Não importa que tipo de música você toca – e eu gosto de todos tipos de música. Uma das minhas bandas favoritas é o COLDPLAY. Eu gosto demais deles. A razão pela qual eu os adoro é porque eles são apaixonados pelo que fazem e pela música deles. Você os vê no palco e você sente isso. Você vê isso. É de verdade. Tem energia saindo. Eles não tocam música pesada, mas eles tocam a música na qual acreditam. Isso vale também para o METALLICA ou SLAYER e outras bandas assim. Enquanto você for honesto consigo – não importa o tipo de música que você toca – vai conectar. Por mais hippie que isso possa soar, acho que quando você está lá sendo você mesmo, as pessoas podem ver a sua alma.

South Cry: do anonimato a uma real chance de sucesso?


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Whiplash!: Olá pessoal! Ainda que esteja na ativa há quase uma década, o nome South Cry não é devidamente conhecido em território nacional. Que tal começarmos com uma breve biografia dabanda?
South Cry: Nós somos uma banda brasileira de Rock formada em 2000, na cidade de Cordeiro (RJ), que compõe em inglês e possui três álbuns. A banda surgiu quando Daltri Barros (vocal/guitarra base), Guill Erthal (guitarra solo), Patrick Siliany (baixo) e Victor Cunha (bateria) decidiram apostar suas fichas numa proposta ousada: levar uma banda de Rock do anonimato evidente em uma pacata cidade do interior para uma real chance de sucesso.
South Cry: “Beyond Metaphor” foi o primeiro álbum, lançado em 2003 e gravado com instrumentosemprestados e com uma produção precária, mas que rendeu elogios de revistas especializadas como a “Rock Brigade”. Em 2008 um empresário do Rio de Janeiro se juntou à banda e o segundo álbum, “Keep An Eye On Me”, foi lançado no mesmo ano, com uma melhor estrutura, instrumentos e um estúdio profissional a sua disposição. O álbum teve excelente recepção do público e mídia, chegando a ter duas canções executadas na rádio Transamérica-RJ e na Station Ten da Dinamarca.
South Cry: Em 2010 fomos às Bahamas gravar o terceiro álbum no lendário “Compass Point Studios”, que teve como produtora Sylvia Massy, que já ganhou o Grammy Awards. O “Blue Moon” conta com músicas inéditas e também com uma versão de “Help” dos Beatles; e algumas canções já se destacam em college radios e sites especializados em rock nos EUA. No Brasil a repercussão do álbum também é excelente, com a revista Guitar Player Brasil, os sites Whiplash!, Schypher e Galeria Musical fazendo resenhas muito positivas do álbum.
South Cry: O nome ‘South Cry’ tem a intenção de transmitir a idéia de que a banda acha que merece ser ouvida e de ter a atenção das pessoas, pois faz um Rock honesto, sincero, com ‘verdade artística’; e por estarmos acreditando no Rock and Roll, mesmo vivendo no hemisfério sul, na América do Sul, em um local onde o Rock não tem tanta notoriedade.
Whiplash!: Em 2009 vocês contrataram o norte-americano Jeremiah Thompson como empresário. Como chegaram até ele e quais os benefícios de estar ao lado de uma pessoa cuja cultura é distinta, e com uma visão tão diferente em relação aos negócios?
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Daltri Barros: Conheci o Jeremiah no verão de 2008 através da minha irmã. Ele estava promovendo um calendário com modelos de Florianópolis e eu nem imaginei que ele poderia ter algum papel na banda. Ele só foi tomar conhecimento do South Cry alguns meses depois, quando já estava de volta aos EUA. Ele ficou positivamente impressionado com o grupo e mostrou o trabalho para alguns profissionais da música nos EUA.
Daltri Barros: Ele obteve um ótimo feedback e, pouco tempo depois, expressou o desejo de ser nosso empresário. Acabamos fechando uma parceria com ele que dura até hoje. O fato de termos um empresário americano tem nos ajudado muito a divulgar nosso trabalho fora do Brasil, principalmente nos EUA. A banda deu um salto tremendo em termos de profissionalismo. Hoje temos uma visão muito mais clara sobre como as coisas funcionam e como podemos usar o nosso potencial a favor da banda.
Whiplash!: Creio que ir até as Bahamas para gravar seu terceiro álbum, no “Compass Point Studios”, tenha sido uma experiência pra lá de gratificante. Como foi trabalhar com Sylvia Massy (Johnny Cash, Tool, System Of A Down) e Terry Manning (Led Zeppelin)? O que esse pessoal acrescentou às novas composições?
Guill Erthal: Gravar no “Compass Point” em Bahamas e ter uma equipe top à nossa disposição foi algo surreal para nós. Cada membro da banda aprendeu muito e tirou o melhor proveito disso, e foi realmente um privilégio enorme ter essa chance. A Sylvia acrescentou muito com idéias de arranjos e em como direcionar cada música para extrair o melhor delas, desde novas levadas de bateria até mudanças na estrutura da composição de algumas canções. Outro cara que somou bastante foi o nosso talentoso engenheiro de som Jared Scott, um australiano meio doido e muito gente boa. Chegamos até a escrever uma canção juntos (L.i.A.r).
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Guill Erthal: Já o Terry Manning cuidou para que nos sentíssemos em casa, nos deu toda a estrutura possível para trabalhar no álbum, deixando a nossa disposição toda a parafernália do estúdio. Ele gentilmente emprestou um bandolin que foi do Led Zeppelin, que o Daltri acabou usando nas músicas “Mayfly” e “Autumn”. Foi sensacional isso! O Terry é um cara fenomenal, sempre alto astral, mesmo quando, por acidente, o Patrick de gula comeu a comida dele que estava no freezer do estúdio junto com as nossas coisas (risos).
Whiplash!: Além de ser o principal compositor, Daltri Barros oferece linhas vocais emocionais e de extremo bom gosto. Quais são suas maiores influências?
Daltri Barros: Obrigado pelas palavras. Desde que eu comecei a cantar eu sempre busquei extrair o melhor de cada cantor que eu admiro. O primeiro que realmente me ajudou a evoluir como cantor foi Bruce Dickinson. Aprendi que cantar tem que ser um desafio, pois rock´n´roll é isso: é você dar o seu melhor e buscar sempre uma evolução. Também admiro muito Chris Cornell e Eddie Vedder. Me espelho bastante na técnica e interpretação desses dois. Outros dois cantores que me influenciam são David Byron e Ted Nelley, acho incrível a forma com que eles aliam a técnica com uma alta dosagem de emoção.
Whiplash!: “Blue Moon” é um disco de Rock´n´Roll acessível e repleto de bons sentimentos. Considerando que sua abordagem não seja convencional aqui no Brasil, quais os prós e contras em divulgar este tipo de trabalho em seu próprio país?
Guill Erthal: Acho que o que pesa a favor é o fato de não soarmos como muitas bandas no nosso país. Porém, isso não significa necessariamente estar fora do eixo. Creio que, a partir do momento em que mais pessoas conhecerem o nosso trabalho, as chances do South Cry ‘bombar’ vão ser muito maiores do que se fossemos iguais à grande maioria. Ao mesmo tempo, essa coisa de ‘abordagem não convencional’ dificulta um pouco na hora de encontrar espaço para mostrar o nosso som.
Whiplash!: E no exterior, como a coisa está indo?
Daltri Barros: Fizemos uma campanha de rádio nos EUA logo após o lançamento do álbum (21 de novembro 2010). Divulgamos o “Blue Moon” em praticamente todas as College Radios americanas e conseguimos ficar no top 5, top 10 e top 30 em várias delas. Foi algo realmente sensacional, tendo em vista que somos uma banda estrangeira. Creio que somos a única banda do Brasil batendo de frente com várias bandas consagradas da atualidade. A ideia seria combinar essa campanha de rádio com shows pelas cidades onde a banda figurava entre os Top 30. Infelizmente não conseguimos o visto a tempo de fazer esses shows. Também tivemos o álbum resenhado por vários sites especializados em música e ainda estamos entre as bandas nas posições mais altas do ranking desses sites.
Whiplash!: Pois é... O mercado dos EUA sempre foi importante para qualquer banda que almeje osucesso comercial. Considerando a dificuldade em conseguir visto para entrar nos EUA, quais seriam as medidas para contornar esse problema?
Daltri Barros: A melhor solução é não parar e tocar o máximo possível seja aonde for, pois estando na ativa tudo conspira a favor. Nós não somos um caso isolado de uma banda que precisa transpor obstáculos para vencer na vida. Viver de música é um privilégio e você precisa conquistar isso se quiser ter um lugar ao sol.
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Whiplash!: Vocês tiveram contato com equipamentos que, futuramente, poderão se tornar itens de museus... Que histórias bacanas vocês teriam para contar sobre as sessões de gravação de “Blue Moon”?
Guill Erthal: Verdade. Acredito que esses equipamentos já são itens dignos de museu. É realmente muito gratificante ouvir o disco e escutar o som do bandolin do Led Zeppelin. De alguma forma aquele instrumento nos liga aos nossos ídolos. Usamos também as palhetas do Iron Maiden da turnê “The Final Frontier” (o Terry até nos presenteou com algumas). Na verdade as histórias mais legais foram contadas pelo Terry Manning. Sempre alto astral e solícito, nos contava com paciência sobre ‘o perfeccionismo do Roger Waters’ (que está há anos gravando um disco no Compass Point), contou também sobre ‘o grande senso de humor e das brincadeiras do baterista do Iron Maiden’. Além dessas histórias, nos mostrava com paciência e felicidade outros equipamentos dignos de museu, como um mini moog antigo usado por Emerson, Lake and Palmer, uma guitarra usada e autografada por Jimmy Vaughan, uma outra guitarra Fender Telecaster do ano de 1961, etc.
Whiplash!: O vídeo de ‘This Could Be’ é muito bonito, e parece que tem como ponto central o ‘movimento’. Afinal, qual a ideia por trás de sua concepção?
Daltri Barros: Eu escrevi essa música para uma ex-namorada quando o nosso romance terminou. No começo era uma canção nostálgica e melancólica, mas bastou o dedo da Sylvia Massy para nos direcionar e essa música ganhou uma perspectiva bem mais dinâmica e com uma gama maior de interpretação. Eu simplesmente ‘catei’ uns vídeos de slow motion na internet e tentei usar as imagens que melhor pudessem expressar a emoção da música, que basicamente é: viva e aproveite cada momento, porque nunca se sabe quando será o último!
Whiplash!: Suponho que trabalhar com a equipe e estrutura envolvidas na produção de “Blue Moon” tenha reforçado ou modificado suas impressões sobre a atual indústria musical. Ainda assim, há algo que você considera como um passo errado durante o processo, algo que mudariam se pudessem?
Guill Erthal: Não consigo pensar em nada que tenha sido um passo errado durante o processo. A única coisa que eu mudaria seria prolongar o tempo que ficamos por lá. Ficamos um mês gravando, e se tivéssemos dois meses teríamos mais tempo para testar outras coisas no estúdio. Felizmente tínhamos a Sylvia Massy como produtora. Ela já sabia 100% o que fazer, então não perdemos tempo algum!
Whiplash!: Ok, pessoal, o Whiplash! agradece pela entrevista e deseja boa sorte ao South Cry. O espaço é de vocês para os comentários finais...
South Cry: Em primeiro lugar nós do South Cry gostaríamos de agradecer a você, Ben, e ao Whiplash! pelo espaço que abriram para a gente e dizer que foi um grande prazer fazer essa entrevista. É de sites e pessoas com esse tipo de iniciativa que o cenário musical precisa para se tornar melhor e mais democrático. Gostaríamos de agradecer também ao nosso empresário Jeremiah Thompson, ao nosso amigo Paulo Sérgio Velloso, às nossas famílias e amigos, aos nossos fãs e a todos que nos apóiam. Gostaríamos de deixar nossos contatos:
Site Oficial:
http://www.southcry.com
Facebook:
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Myspace:
http://www.southcry.com/myspace
E-mails: bandasouthcry@gmail.com - guillsouth@hotmail.com – daltribarros@hotmail.com
Desejamos muita sorte e sucesso a você, Ben, e ao Whiplash! Um abraço do SOUTH CRY!