4 de julho de 2011

Eddie Vedder - Water On The Road 2011








Um registro de dois shows solo que Eddie Vedder fez em agosto de 2008 no Warner Theather em Washinton. Acompanha o seu segundo álbum solo Ukulele Songs e que tem co-produção de Brendan Canty, baterista do Fugazi.



01. “The Canyon”
02. “Sometimes”
03. “Trouble”
04. “Around the Bend”
05. “Girl From the North Country”
06. “Guaranteed”
07. “Setting Forth”
08. “Far Behind”
09. “No Ceiling”
10. “Rise”
11. “Golden State”
12. “Society”
13. “Forever Young”
14. “Ed Piano” (Instrumental)
15. “I’m Open”
16. “Man of the Hour”
17. “Driftin’”
18. “No More”
19. “You’re True”
20. “Ukulele Interlude” (Instrumental)
21. “Unthought Known”
22. “Arc”
23. “Hard Sun”
24. “The Canyon” (reprise) 

Opus Eponymous - Ghost

De vez em quando surgem bandas que você acaba se apaixonando e ouve sem parar, mesmo sabendo que o que eles fazem não é algo totalmente original ou revolucionário, mas te deixam embasbacado e te hipnotiza de tal forma tornando-se algo obrigatório, praticamente um ritual a cada audição do álbum.





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A sinistra banda sueca Ghost e seu já aclamado “Opus Eponymous” estão fazendo um rebuliço ao redor do mundo, já que teoricamente seus membros são desconhecidos, tanto que não consta nem o nome deles em qualquer material de divulgação, além é claro, do visual produzido, que fica impossivel saber de quem se trata, o vocalista, por exemplo, se veste como uma espécie de papa satânico (o que não deixa de ser verdade?). Más línguas afirmam que o pessoal do Candlemass e Repugnant está por trás de tudo, o que ainda não está confirmado.
Independente disso, ouvir “Opus Eponymous” te transporta para um mundo paralelo, envolto em Hard Rock, Heavy Metal, Doom Metal e muita psicodelia, com altas influências dos anos 70, além de doses bem fortes de satanismo em suas letras. “Deus Culpa” abre o trabalho ao som de um órgão, já deixando o clima bem pesado para “Con Clavi Con Dio”, que inicia com o baixo na cara e velocidade e peso absurdo. A seguir, dois grandes clássicos do álbum: “Ritual” e “Elisabeth”.
Impossivel não sentir algo escutando estas duas faixas, mostrando que o Metal ainda tem salvação... O refrão de “Ritual” gruda na sua cabeça de tal forma que se torna impossivel esquecê-la, ao passo que “Elisabeth”, influenciada diretamente por Mercyful Fate, fala sobre a Condessa Elisabeth Bathory. O andamento da música é hipnótico, com riffs “circulares” e muito peso.
Há ainda outras faixas que não podem deixar de ser citadas, como “Satan Prayer”, “Prime Mover” e “Genesis”, que carregam todos os elementos para fazer de “Opus Eponymous” um clássico da nossa geração.
01.Deus Culpa
02.Con Clavi Con Dio
03.Ritual
04.Elizabeth
05.Stand by Him
06.Satan Prayer
07.Death Knell
08.Prime Mover
09.Genesis
Gravadora: Rise Above Records

Ultramega OK - Soundgarden

Quando se fala em grunge, no rock dos anos 90, se lembra muito de Nirvana e de Pearl Jam. Alguns também lembram do heavy metal sujo e fedendo garagem do Soundgarden, a banda que o vocalista Chris Cornell teve antes de Audioslave da sua controversa carreira solo. Atualmente, Cornell está tentando retomar o Soundgarden. E como era o som desse grupo?





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Em 1988, a banda de Cornell explodiu com o CD Ultramega OK, vindos direto de Seattle, nos Estados Unidos. Cuidando da própria produção do álbum, a banda mostra no material músicas com a métrica punk, cerca de três minutos de duração, mas com instrumentos extremamente distorcidos. A guitarra de Kim Thayil ficou notória nesse CD por seu excesso de saturação.
O álbum abre com Flower, o primeiro single do grupo e amúsica que mostra as influências de heavy metal e hard rock, sem apelar para vocais muito agudos ou um ritmo excessivamente acelerado. Mesmo com esse ritmo constante, o CD mostra mais peso a cada música que passa. São 13 músicas ao todo, sem faixas instrumentais extensas, mas sempre com muita guitarra e baixo completando a força da bateria.
All Your Lies já mostra um ritmo meio punk e hardcore da banda, com Chris Cornell gritando e um instrumental correndo atrás dele. Já Beyond The Wheel brinca com o retorno do som da guitarra, bem saturado, com vocais lentos, pesados e densos. Os temas abordados pela banda são assuntos urbanos, históricos e do cotidiano, como acidentes, nazistas e agressão.
Smokestack Lightning, originalmente composta por Howlin' Wolf, está em um cover no CD, mostrando muito blues e refrões marcantes do Soundgarden na interpretação. A trupe de Chris Cornell também fez uma versão de Two Minutes of Silence, originalmente composta por John Lennon e Yoko Ono, na faixa One Minute of Silence. A composição é apenas um silêncio com uma interferência ao fundo, encerrando o álbume atribuindo autoria ao ex-beatle por essa faixa.
Ultramega OK é um CD simples de ouvir, com muitas influências e várias faixas curtas que compõem todo seu conteúdo. Vale a pena para não ter a imagem do grunge difundida apenas por Kurt Cobain e seuNirvana, vendo um lado muito mais pesado e denso desse segmento musical. Entre o material de Soundgarden, este é certamente bem mais simples, e metal, do que clássicos como Black Hole Sun e outras músicas.
Faixas:
1. Flower (3:25)
2. All Your Lies (3:51)
3. 665 (1:37)
4. Beyond the Wheel (4:20)
5. 667 (0:56)
6. Mood for Trouble (4:21)
7. Circle of Power (2:05)
8. He Didn't (2:47)
9. Smokestack Lightning (Howlin' Wolf cover) (5:07)
10. Nazi Driver (3:52)
11. Head Injury (2:22)
12. Incessant Mace (6:27)
13. One Minute of Silence (John Lennon cover) (1:09)
Line-up
Chris Cornell - Vocal, guitarra base e baixo em Circle of Power
Matt Cameron – Bateria
Kim Thayil – Guitarra solo
Hiro Yamamoto – baixo e vocal em Circle of Power


Angelus Exuro Pro Eternus - Dark Funeral

Uma montanha caindo sobre você! Essa é a impressão que se tem ao ouvir os primeiros acordes de "The End of Human Race", faixa de abertura do quinto álbum de estúdio do DARK FUNERAL.





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Intitulado com o singelo nome "Angelus Exuro Pro Eternus" (do latim, algo como "Queimando Anjos pela Eternidade") uma arte de capa que você fica se perguntando: "de onde o cara que desenhou isso tirou essas imagens?".
Todos os elementos clássicos da sonoridade dessa horda sueca estão lá. Frases de guitarra feitas por Lord Ahriman em escalas sombrias e melodias soturnas, os vocais de Calígula cada vez mais doentios e desesperados, bateria que a cada álbum fica mais devastadora com bumbos incessantes e blast beats para ninguém colocar defeito e todo o clima caótico e infernal que o DARK FUNERAL é especialista em expressar na sua arte.
Este álbum é um grande salto de qualidade em relação ao anterior "Attera Totus Sanctus" (2005) porém, numa visível continuidade de elementos explorados neste como, músicas mais cadenciadas, os vocais de Emperor Magus Calígula trabalhados de modo que não soam mais como na época de "Diabolis Interium" (2001) e os anteriores, isto é, mais lineares sempre naquele urro agudo com berros esporádicos.
O som de "Angelus Exuro Pro Eternus" é "cheio", ou seja, a produção do álbum foi feita de modo que a atuação das guitarras, baixo, bateria e vocal juntos formam um volume musical imenso e sujo, mas sem estar emaranhado ou irritante.
A faixa de abertura como eu disse antes é uma montanha desabando, um peso incrível, com cadências de baixo-bateria inusitadas em meio aos riffs matadores de Ahriman. Na seqüência, "The Birth of The Vampiir" não alivia com um andamento de tirar o fôlego, "Stigmata" segue a paulada, com melodias sombrias na ponte para o refrão, "My Funeral" a “música de trabalho" do álbum (é estranho afirmar que uma banda de Black Metal tem uma música de trabalho) é mais cadenciada com clima sinistro igual ao do vídeo clipe. A faixa título e a que julgo ser a melhor "Demons of Five" continuam o massacre sonoro com Calígula explorando muito bem os vocais guturais, "Declaration of Hate" uma boa pedrada com mais uma atuação incrível do vocalista, "In My Dreams" com um andamento mais lento porém, extremamente pesado precede a excelente "My Latex Queen" que encerra muito bem os quarenta e seis minutos de devastação sonora promovida pela banda.
Outro diferencial deste álbum é a volta do experiente Peter Tägtgren como produtor, o que demarca a diferença entre o lançamento anterior "Attera Totus Sanctus" (2005) produzido por Daniel Bergstrand e Örjan Örnkloo. Em algumas partes a sonoridade desse álbum lembra levemente o já citado "Diabolis Interium" de 2001, também gravado sob os auspícios do mesmo produtor.
Pode-se dizer que ao conter os elementos do lançamento de 2001 e ao mesmo tempo agregar as mudanças que surgiram no álbum de 2005, Lord Ahriman e cia conseguiram consolidar e ao mesmo tempo renovar sua identidade sonora. Fato que ajuda a classificar esta horda como uma das mais importantes e influentes da cena Black Metal européia e quiçá mundial.
Considero esse um dos melhores lançamentos de 2009 e o melhor álbum do DARK FUNERAL até o momento. Nele estão as características próprias do timbre inconfundível da guitarra de Lord Ahriman, os vocais cada vez mais desesperados de Calígula, uma "cozinha" que sabe ser rápida e cadenciada nos momentos certos. Irretocável!
Origem: Suécia
Lançamento: 2009
Selo: Regain Records
Line-up:
Lord Ahriman (guitarra)
Emperor Magus Calígula (vocal)
Chaq Mol (guitarra)
Dominator (bateria)
B-Force (baixo)
Faixas:
1."The End of Human Race" - 4:43
2."The Birth of The Vampiir" - 4:50
3."Stigmata" - 5:06
4."My Funeral" - 5:30
5."Angelus Exuro pro Eternus" - 5:04
6."Demons of Five" - 4:48
7."Declaration of Hate" - 5:24
8."In My Dreams" - 6:30
9."My Latex Queen" - 5:21
Tempo total: 46:58

Kairos - Sepultura

Esqueçamos as circunstâncias. Esqueçamos as contemporizações. Falemos de Kairos, ok? A obra, pura e tão somente. Abstraída de qualquer concepção que não vise abordar apenas o assunto MÚSICA.





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Nesses termos, temos aqui um bom disco. Sim, apenas bom. A faixa de abertura "Spectrum" traz logo de cara um riff simples, porém, potente, até "viajante" devido às repetições, e, pra mim, soou como "olha aqui, se estão esperando algo extraordinário, esqueçam, isso aqui é o que somos, é o mais sincero que podemos ser". Aí eles emendam a faixa-título "Kairos" e provam que, apesar de nada extraordinários, eles podem ser, sim, muito bons em sua sinceridade! Refrão matador! E a levada do final, contagiante.
"Relentless" é emendada embalada pela levada do final de "Kairos" e traz um DERRICK GREEN agressivo e um solo como há muito não se via o ANDREAS KISSER fazer. Nostálgica. A faixa "2011", pra mim, dispensável, deve representar algo pra eles, portanto, cada um com seu cada qual. Não conheço a original de "Just One Fix", mas é uma faixa legal, arrisco-me a dizer que deva ter sido uma boa versão.
"Dialog" e "Mask", são, pra mim, o ponto alto do disco. "Dialog" é o SEPULTURA  em sua essência (ops, olha eu contemporizando), JEAN mostra, aqui, porquê é o baterista que teve a responsabilidade de substituir IGGOR. Grande pegada. Coisa que se repete em "Mask". E como. Que pancada ! Que peso! E a pegada mais thrash no arranjo final, incluindo o solo, só mostram o quão inspirados eles estavam.
Em "1433" atribuo a mesma abordagem de "2011". "Seethe" é matadora. Ponto. "Born Strong" tem uma introdução meio "insossa", mas quando os vocais de GREEN entram, a ordem se estabelece e o bicho pega. Apontamos pro final do play e a peteca não dá nem indício de que vai cair. "Embrace the Storm" mantém o pique e "5772" só me faz pensar em "que raios são esses números?" (alguém já sabe?).
"No One Will Stand" é pesadíssima e, pra mim, a melhor do disco. Favorita ! Que levada empolgante no final ! E o solo, outro cortante. "Structure Violence (Azzes)" é mais experimental, diferente, mas não deixa de ser interessante. Bem posicionada. "4648" nem ouvi (perdi algo?). As faixas bônus fico devendo, no momento. Quando minha edição Deluxe chegar, eu atualizo aqui no www.dorff.com.br. Sepa na veia!
The track list for Kairos is…
1. Spectrum
2. Kairos
3. Relentless
(2011)
4. Just One Fix (Ministry cover)
5. Dialog
6. Mask
(1433)
7. Seethe
8. Born Strong
9. Embrace The Storm
(5772)
10. No One Will Stand
11. Structure Violence (Azzes)
(4648)

A Revolta dos Dândis - Engenheiros do Hawaii

Depois do seu debut em 1986, no ano seguinte, a banda formada em Porto Alegre para durar apenas uma noite, os Engenheiros do Hawaii, partem para seu segundo álbum de estúdio, abandonando aquela sonoridade mais característica das bandas de rock nacional oitentista, e começa a se destacar como uma das melhores bandas da sua geração com "A Revolta dos Dândis".





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No geral, vejo uma grande evolução nas composições de Humberto Gessinger, do Longe demais das capitais para o segundo disco, “A revolta dos Dândis”. É um grande passo a frente do álbum de estréia.
Se faz aqui mais perceptível a maneira filosófica de Gessinger para expor seus temas em canções, se ainda seguirmos comparando-o com o primeiro disco. Como em “Revolta dos Dândis I” onde ele parece expressar algo como estar perdido entre tantos extremos ou contradições, ou então na baita música que é “Infinita Highway” que certamente fala da vida como sendo uma estrada, e que podemos interpretar de forma diferente a cada vez que a ouvimos. Inclusive isso é uma das coisas que me chama atenção nos Engenheiros do Hawaii, o fato de poder escutar os álbuns, as músicas, e a cada ouvida perceber uma palavra e um significado oculto para o que está sendo dito .
Este release deve constar entre os melhores já registrados no rock nacional, ao lado de outros da banda,como “Gessinger, Licks e Maltz” e "O Papa é Pop", apesar de considerar que o instrumental da banda em "A Revolta dos Dândis" ainda não alcançou seu auge.
O álbum contém músicas como a já citada “Infinita Highway”, “Terra de gigantes” e “Refrão de bolero”, que são algumas da músicas mais conhecidas da banda até os dias de hoje. Enfim, este é um dos discos que me da a certeza de que escutar Engenheiros do Hawaii nos dá a oportunidade de uma reformulação completa sobre sua própria música e o que ela pode representar para o ouvinte, que os escuta, a cada vez que coloca suas músicas ou álbuns a tocar, seja por um clique no computador, seja no seu velho toca-discos.
Tracklist:
1. A Revolta dos Dândis
2. Terra de Gigantes
3. Infinita Highway
4. Refrão de Bolero
5. Filmes de Guerra, Canções de amor
6. A Revolta dos Dândis II
7. Além dos out-doors
8. Vozes
9. Quem tem pressa não se interessa
10. Desde aquele dia
11. Guardas da fronteira

Blood Magick Necromance - Belphegor

Desde o lançamento do excelente “Lucifer Incestus” (2003) esta horda vem ganhando cada vez mais atenção e espaço mundo afora. E o melhor de tudo isto é que os austríacos do BELPHEGOR têm se superado a cada lançamento, e o recém-lançado “Blood Magick Necromance” segue esta tendência. É justo classificar esta banda como uma das mais importantes da cena de Black Metal europeu da atualidade.





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Este, que é o nono álbum de estúdio de sua respeitável discografia, traz composições muito bem estruturadas, velocidade e momentos mais cadenciados nas horas certas; a blasfêmia típica desta horda e uma produção impecável.
Aliás, este é um dos maiores destaques deste trabalho que é produzido pelo renomado Peter Tägtgren e gravado no seu estúdio “The Abyss”, que pode ser considerado uma espécie de templo do metal extremo considerando-se a quantidade de bandas importantíssimas para a cena que gravaram e produziram álbuns lá. Todas as camadas e efeitos de guitarra, o baixo, a bateria e os vocais são nítidos e mostram que é possível existir ordem no caos. Sim, para quem não conhece o trabalho desses caras vale a pena conferir o caos sonoro devastador de sua arte.
Neste álbum temos uma banda madura que sabe dosar velocidade, cadência, peso e até alguma melodia, num trabalho de Black Metal que soa dinâmico e atual. A faixa de abertura “In Blood – Devour This Sanctity” tem frases de guitarra que grudam na mente e uma introdução avassaladora, talvez uma das melhores faixas de abertura desta horda. “Rise To Fall And Fall To Rise” e “Discipline Through Punishment”, de refrão diferente e soturno, trazem uma atmosfera densa e andamento menos veloz, sobressaindo como destaques dos momentos mais lentos do disco.
As velozes “Angeli Mortis De Profundis” e “Sado Messiah” são pedradas perfeitas para incendiar o público em shows. Os grandes destaques deste excelente lançamento ficam por conta de “Possessed Burning Eyes” que é rica em mudanças de andamento combinadas a riffs matadores e “Impaled Upon The Tongue Of Sathan” que é a “música de trabalho” do disco e tem um vídeo clipe sinistro no estilo “pornô-satânico-gore” característico da banda.
Em suma, para os que já são fãs, este lançamento é uma grata novidade e um deleite; para os que ainda não conhecem o trabalho desses austríacos insanos, é uma boa chance de conferir um trabalho exemplar de Black Metal feito com profissionalismo, talento e maturidade.
Fica a expectativa de curtir algumas músicas deste disco, ao vivo, na extensa turnê que a banda vai fazer por estas terras quentes em setembro deste ano!
Origem: Áustria
Lançamento: janeiro de 2011 (Europa) / fevereiro de 2011 (Brasil e EUA)
Selo: Nuclear Blast
Line-up:
Helmuth (guitarra/vocal)
Serpenth (baixo)
01 - In Blood - Devour This Sanctity 05:31
02 - Rise To Fall And Fall To Rise 06:01
03 - Blood Magick Necromance 07:00
04 - Discipline Through Punishment 04:05
05 - Angeli Mortis De Profundis 03:00
06 - Impaled Upon The Tongue Of Sathan 05:42
07 - Possessed Burning Eyes 05:34
08 - Sado Messiah 03:51

Antithesis - Anaxes

Eu já tinha ouvido e gostado bastante do trabalho do vocalista Guilherme Antonioli ao lado do Tierramystica. Guilherme possui um vocal poderoso com timbre e técnica excelentes e desde então venho acompanhado o trabalho da banda e tive uma grande surpresa ao ouvir o primeiro disco do Anaxes, a outra banda de Guilherme.





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A banda gaúcha foi formada em 2005 por Bruno Pinheiro Machado (guitarra) ao lado do baterista Thiago Caurio. Inicialmente, a proposta da banda era levar um sominstrumental,mas logo essa idéia foi deixada de lado com a entrada de Guilherme Antonioli. Com a nova idéia em mente a banda começou a fazer vários shows, já colhendo os frutos da competência de seus músicos.Em 2006 a bandalança a sua primeira demo.
Não sou um grande fã do prog metal, mas o Anaxes apresenta no álbum “Antithesis” um trabalho de qualidade com músicas bem técnicas, junto com o peso e melodias marcantes. Como eu já havia dito, Guilherme é um excelente vocalista e mostra perfeito domínio de sua voz, com um bom equilíbrio de agressividade e suavidade, que encaixa perfeitamente com o som da banda, que apresenta diversas variações rítmicas durante o álbum,mas sem perder o foco do trabalho.Todo esse domínio técnico e equilíbrio pode ser constatado de cara logo na primeira faixa “Cause/Consequence”, com um fantástico trecho à capela.
“Wait For the Dawn” e “Stuck In This World” são as músicas mais leves do trabalho, mas sem soarem deslocadas, deixando um clima suave antes de “Wishing Higher Skies”, que pega o ouvinte de surpresa, com seus riffs rápidos e pesados.
De modo geral, o Anaxes veio para mostrar que tem potencial para ser reconhecido com um grande expoente do prog-metal atual e “Antithesis” deixa o ouvinte ansioso para conferir os próximos trabalhos. Com músicos excelente e composições de qualidade a banda está no caminho certo.

Blood - Bad Moon Rising

Sabe quando você ouve um disco e logo você faz um air guitar, air bass, air drums e até tenta imitar o vocalista? É, muitos discos na história do Rock faz o ouvinte tentar interpretar ou fingir ser determinado artista. Bom, este é o caso que podemos constatar no disco Blood do Bad Moon Rising.





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Com músicos competentes, o Bad Moon Rising faz um Hard Rock muito bem executado. Não há excesso de virtuose neste disco, mas podemos notar que o som é direto e não menos bem elaborado, havendo passagens empolgantes ao longo das canções contidas neste play.
O Bad Moon Rising conta com ninguém menos que Doug Aldrich nas guitarras, que atualmente acompanha oWhitesnake e já tocou com o lendário Ronnie James Dio. Este guitarrista tem uma energia e um feeling que me faz considerá-lo como um dos melhores guitarristas do Rock n’ Roll atual. A sua pegada é forte, feroz e harmoniosa, tudo isso ao mesmo tempo. Kal Swan nos vocais, Ian Mayo no baixo e Jackie Ramos na bateria completam o time.
Kal Swan juntamente com Doug Aldrich (ambos trabalhavam juntos desde os tempos da banda Lion, banda antecessora ao BMR), na minha humilde opinião, formam uma das grandes duplas do Hard Rock (no mesmo nível de Slash e Axl Rose, Steven Tyler e Joe Perry etc.) - embora não sejam reconhecidos pela grande massa -, pois o entrosamento de ambos nas composições e nas performances deixam o ouvinte elétrico. A banda, pra variar, fez sucesso no Japão (país aonde bandas de Hard Rock e Heavy Metal costumam despontar, embora isso não aconteça em muitos outros países), deixando a desejar em muitos outros países. Isso não quer dizer que o trabalho seja ruim. Podemos atribuir diversos fatores ao não-sucesso da banda em outros países, tais como a fraca divulgação do material, a época em que eles tentaram levar ao mundo a sua música (época em que o Hard Rock estava em decadência, a década de 90) etc., deixando cada vez mais restrito uma sonoridade de público também restrito.
Podemos até dizer que o disco Blood é uma pérola que se perdeu no oceano – não só este disco, mas a pequena discografia da banda de apenas três discos lançados -, pois não caiu nas graças do grande público, encurtando a vida de uma banda que muito tinha para contribuir para a história do Rock. Talvez hinos do Rock deixaram de serem compostos devido este fato lastimável.
Quanto às canções, o fã de Hard Rock e Heavy Metal sabe que quando os músicos destes estilos enveredam-se na seara da Power ballad, os mesmos se transformam, compondo assim canções profundas e de beleza ímpar (vide bandas como Skid Row, com as músicas I Remember You, In a Darknned Room; Iron Maiden, com Wasting Love; Guns n’ Roses, com Don’t Cry; Scorpions, com Still Loving You, Life is too Short etc. dentre outras), assim não o é com o BMR. As canções “Tears in the Dark” e “Remember Me”, que fecha o disco, deixam qualquer roqueiro bruto de coração mole. Mas, estes mesmos roqueiros ficaram felizes ao ouvires músicas como “Dangerous Game”, “Servants of the Sun”, “Blood on the Streets”, “Chains”, “Till the Morning Comes”, "Devil's Son (While Our Children Cry)".
Bom, só lamento por bandas boas serem obscurecidas pela grande mídia e sua música comercial. Por sorte, temos a internet, pelo menos alguns de nós, que nos propicia a chancer de buscarmos bandas como o BMR.
Doug Aldrich: Guitarra
Kal Swan: Vocais
Ian Mayo: Baixo
Jackie Ramos: Bateria
Faixas:
01 - Dangerous Game
02 - Servants of the Sun
03 - Devil's Son (While Our Children Cry)
04 - Blood on the Streets
05 - Tears in the Dark
06 - Heart of Darkness
07 – Chains
08 - Till the Morning Comes
09 - Time Will Tell
10 - Remember Me

Horn of the Wasted - Drunken Bastards

Após a boa estréia com “Posercrusher” (2007), os insanos húngaros do DRÜNKEN BASTARDS retornam com um novo lançamento, para delírio dos aficionados pelo bom e velho thrash metal “old school”.





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Para quem não conhece, o som da banda é uma mistura de thrash metal bem sujo e agressivo com Crossover, Hardcore e Punk, além de alguns toques de Death/Black Metal, e com um vocal totalmente insano, que parece que vomita asletras divertidíssimas compostas pela banda. Imaginem uma mistura de METALLICA (no início de carreira) com VENOM, MOTORHEAD e THE EXPLOITED. Para quem acompanha essa nova safra de bandas de thrash metal “old school” que vêm surgindo, é algo relativamente parecido com o que tem feito o MERCILESS DEATH, mas ainda mais sujo e agressivo.
E a evolução dos músicos é notória neste novo lançamento, demonstrando ainda mais todo o seu poder de fogo, e deve agradar os ouvintes mais exigentes.
Apesar da banda considerá-lo como um novo álbum, “Horn of the Wasted” (que sequer chega 20 minutos de duração) apresenta apenas duas canções novas, as excelentes e destruidoras “Toxic Patrol” e “Baptized in Speed and Blood”, que remete o ouvinte direto de volta aos anos oitenta, com riffs geniais e passagens matadoras. As demais consistem em três regravações (alias, muito melhores que as originais) para “Posercrusher”, “Drink With Satan” e “Alcoholic Big Tits” (que só pelo nome já é possível prever o quão hilária é a letra), além de dois covers muito legais para “Destroy the Factory” (do Eat My Fuck) e “Prophecy of the Evening Star” (do Barbatos). Todas as músicas são (muito) rápidas, sem maiores firulas ou inovações, e sem dar qualquer descanso para o ouvinte.
A gravação do álbum também é bem primitiva, mas sem comprometer a qualidade do material (apesar de o vocal estar um pouco baixo), ressaltando ainda mais o tom nostálgico criado pelo som da banda. Ademais, a arte gráfica também é bem tosca, com desenhos bizarros característicos do estilo. O encarte é bem pobre, sem as letras das músicas ou maiores informações, mas feito em um papel não usual, como se fosse uma cartolina mais dura, o que demonstra um diferencial do produto.
Se você procura modernidade, passe longe desse álbum. Também não irá revolucionar o metal, mas se você é fã da velha escola do metal, pode correr atrás do seu que é diversão mais do que garantida.
Horn of the Wasted – Drünken Bastards
(2010 – Hells Headbangers - Importado)
Track List:
1 - Nuclear Era - 0:57
2 - Toxic Patrol - 3:20
3 - Posercrusher - 2:10
4 - Destroy the Factory - 1:56
5 - Drink With Satan - 2:36
6 - Alcoholic Big Tits - 1:52
7 - Baptized in Speed and Blood - 3:37
8 - Prophecy of the Evening Star - 3:12

Illud Divinus Insanus - Morbid Angel

Quem se liga em música extrema sabe que o MORBID ANGEL é uma banda crucial para o desenvolvimento de várias tendências do Death Metal do final dos anos de 1980 para cá. Muitos atribuem, com justiça, o epíteto de “Reis do Death Metal” à banda da Trey Azagthoth e cia. É quase unânime entre as grandes bandas de Death Metal de todo o mundo a reverência aos seus trabalhos. Algumas características são bem marcantes como o timbre da guitarra (riffs, frases e solos) de Trey que dão um tom obscuro e pesadíssimo às músicas; a interpretação e o vocal gutural de David Vincent com sua voz barítono imortalizado, por exemplo, na música “God of Emptiness” do álbum “Covenant” (1993); e a bateria insana de Pete Sandoval, que com certeza pode ser classificado como um dos bateristas mais rápidos e técnicos do Metal.





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Contudo, a banda naturalmente foi passando por altos e baixos ao longo dos anos e neste processo o vocalista David Vicent saiu para tocar outros projetos. Isto foi há 15 anos. Neste intervalo o Morbid Angel lançou discos muito bons como “Gateways to Annihilation” (2000) e “Heretic” (2003) com Steve Tucker no vocal e baixo. Mas, em 2008 foi anunciada a volta de David Vincent ao line-up da banda, notícia recebida com entusiasmo pelos fãs. Após fazer algumas turnês com a formação clássica, eis que Trey e cia decidiram lançar um novo disco.
E então... Decepção.
“Illud Divinus Insanus” talvez seja a grande decepção de 2011 para o Metal Extremo. Nele não encontramos, na íntegra, o velhoMorbid Angel que conquistou fãs fiéis mundo afora e foi inspiração para muitas bandas. Neste álbum temos uma infeliz mistura de elementos industriais e eletrônicos com o peso das guitarras de Azagthoth. A abertura do disco ficou até legal, mas quando soam os primeiros acordes de “Too Extreme!” é difícil acreditar que se trata de um disco do Morbid Angel. Com uma batida industrial e efeitos incompatíveis com o Death Metal primoroso da banda, esta música irrita e decepciona. Entretanto, o disco tem momentos de alento que remetem ao Death Metal característico da banda como as matadoras “Existo Vulgoré”, “Blades for Baal”, “10 More Dead”, “Nevermore”. As faixas “Destructos Vs. the Earth/Attack”, “Radikult” seguem a linha da experimental que vem gerando polêmica em torno deste lançamento. Porém, o ponto mais problemático é a última e irritante faixa “Profundis – Mea Culpa”. Após várias audições não foi possível digeri-la.
Sendo mais flexível, é até possível considerar como interessante a atmosfera densa criada pelo trabalho de guitarra de Trey em “Destructos...”, mas a estrutura da música como um todo está muito descaracterizada para ser considerada como um trabalho do Morbid Angel que conhecemos e gostamos.
Não sou contra inovações e experimentalismo, mas tudo tem que ser feito com bom senso, talvez de forma gradual. Imagine, por exemplo, se o CANNIBAL CORPSE lança um disco com vocais femininos líricos e batidas eletrônicas? Não que estes elementos musicais sejam ruins, mas num contexto equivocado pode soar estranho e inadequado.
MORBID ANGEL nunca foi uma banda repetitiva, isto é, que lança discos parecidos uns com os outros sem inovar. Pelo contrário, sua discografia é rica em inovações de um disco para o outro e até mesmo experimentalismos como no álbum “Formulas Fatal To The Flash” (1998). Experimentar os limites da guitarra pesada com afinação em freqüências abaixo do normal sempre foi característica de Trey Azagthoth, e isto é um dos fatores que ajudaram a consagrá-lo como um compositor de mão cheia e um guitarrista criativo e talentoso. Entretanto, as experimentações tentadas neste álbum são mal sucedidas mesmo se considerarmos um contexto de Metal Industrial na sua estrutura consagrada por bandas como MINISTRY, FEAR FACTORY, WHITE ZOMBIE, STATIC-X e RAMMSTEIN. Soa forçado.
A inovação no metal é muito bem vinda, ainda mais em estilos como o Death Metal que por vezes carece de criatividade por parte de bandas mais novas, mas tudo com equilíbrio para evitar a descaracterização.
É entristecedor ver um lançamento que, embora tenha momentos positivos, tinha tudo para ser um dos melhores do ano e um marco positivo na discografia da banda, ser desperdiçado com experimentalismos fadados ao fracasso no contexto de uma banda que é referência de peso, criatividade, talento técnico, velocidade e letras ácidas. Resta-nos esperar o próximo lançamento e torcer para que Trey e cia retomem sua criativa e estimulante arte de fazer nossas cabeças bangear e sentirmos toda a energia e poder que o Death Metal bem feito tem.
Ponto alto: “Blades for Baal”
Ponto baixo: “Profundis – Mea Culpa”
Morbid Angel – “Illud Divinum Insanum”
Pais: EUA
Lançamento: junho de 2011
Selo: Season of Mist
Line-up:
David Vincent – Vocais/baixo
Destructhor - Guitarras
Trey Azagthoth - Guitarras
Tim Yeung – Bateria (Pete Sandoval não pôde participar da gravação deste álbum, pois teve que submeter-se a uma operação)
Tracklist:
01. Omni Potens 02:28
02. Too Extreme! 06:13
03. Existo Vulgoré 03:59
04. Blades for Baal 04:52
05. I Am Morbid 05:17
06. 10 More Dead 04:51
07. Destructos Vs. the Earth / Attack 07:15
08. Nevermore 05:08
09. Beauty Meets Beast 04:57
10. Radikult 07:37
11. Profundis - Mea Culpa 04:06

Mentalize - Andre Matos

Depois de dois anos do lançamento de Time To Be Free, Andre Matos voltou com o bom Mentalize, mais direto e menos melódico, o que pode desagradar algumas pessoas, mas sem duvidas não tira a qualidade do álbum, que se mostra muito superior a seu antecessor.





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disco começa com a enigmática Leading On, com um início muito misterioso e cadenciado, e que entra em um refrão forte e marcante, com coros muito bem colocados.
Ja em I Will Return, a música começa com um coro bem animado, o que continua na música, a animação.
Someone Else é uma canção mais progressiva e pesada, vale pelo solo, que é excelente.
Já emenda em Shift The Night Away, que é uma típica música de Power Metal ao estilo de bandas tradicionais do estilo, como as anteriores de Andre.
Back To You é uma das baladas do disco. Muito bonita e com coros muito bem colocados. Merece destaque, pois é lindíssima mesmo.
A faixa-título do álbum começa bem normal, nada acima da média, mas o refrão é bem marcante, e a música continua muito boa, apesar de nada diferente.
The Myriad é, na minha opinião, a pior do disco. Muito parada e simples, mas nada que tire o encanto do álbum.
Já When The Sun Cried Out é outra faixa mais progressiva com aspectos bem melódicos. Conta com uma introdução matadora!
Mirror Of Me é uma música boa, mas, assim como Shift The Night Away, não faria falta no disco, visto que não é nada diferente de qualquer coisa que já se ouviu.
Violence é outra música mais Power Metal, digna de grandes nomes do estilo. Muito empolgante, ficaria ótima ao vivo.
A Lapse In Time é uma das melhores do álbum! Uma balada lindíssima só com piano e voz.
PowerStream é outra mais power, digna de encerramento de disco, muito empolgante e gostosa de se ouvir.
A versão brasileira do álbum ainda traz uma regravação excelente de canção do Angra que nunca foi lançada em álbum nenhum se não a demo Reaching Horizons. A música segue os padrões da original, mas muito melhor gravada e mixada.
O álbum é bom. Nada fora de série, ou que seja lembrado no futuro como clássico, ou coisa assim, mas digno da carreira de um músico como Andre Matos.

Dedicated to Chaos - Queensryche

Como eu sempre digo, mudanças são fatores bem subjetivos. Muitas vezes podem ser fatores positivos, em outros casos negativos, e em Dedicated do Chaos temos ambos os lados. O disco começa como uma música fraquíssima que deixa suas expectativas para o resto do CD bem baixas, e as cinco próximas músicas mantém essa impressão péssima, até que "Retail Therapy" muda isso. Dessa parte pra frente o disco se torna um grandíssimo trabalho, porém poucas vezes remetendo a trabalhos antigos da banda.





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A ausência de peso no disco é aparente em grande parte do trabalho, fato que também faz o mesmo se diferenciar bastante de trabalhos anteriores. Apesar da falta de qualidade das primeiras músicas, algumas passagens e riffs são interessantes, mas nada que torne-as grandes canções. Depois da ótima "Retail Therapy", temos "I Believe" e "The Lie" para descer o nível do álbum novamente.
Novos elementos musicais foram explorados pelo Queensrche nesse disco, como de costume, porém alguns foram elementos que, de fato, não se encaixaram tão bem na banda como alguns anteriores. Em certos momentos lembramos fortemente dos Beatles, e elementos mais fortes do Jazz aparecem muito também, coisa que na minha opinião não coube na proposta do grupo.
Geoff Tate continua com seu vozeirão, há alguns riffs incríveis até em músicas mais fracas, e passagens, transições, harmonias e melodias de tirar o fôlego, trabalhos excepcionais. Mudanças em todo o disco? Sim, algumas não colaram, nem como "experimentalismo", já outras caíram como uma luva. Independente disso, o Queensrche está sempre inovando, nunca sendo monótono, e explorando novos elementos dentro do Heavy Metal/Metal Progressivo.
Em Dedicated to Chaos temos excelentes músicas, novos horizontes explorados pela banda que eu descreveria como trabalhos incríveis e muito bem colocados sobre os parâmetros musicais do grupo, mas outras faixas desanimam o ouvinte.
1. "Get Started" - 3:32
2. "Hot Spot Junkie" - 3:57
3. "Got it Bad" - 3:45
4. "Around the World" - 4:00
5. "Higher" - 3:45
6. "Retail Therapy" - 5:08
7. "At the Edge" - 4:53
8. "Broken" - 6:03
9. "Hard Times" - 3:48
10. "Drive" - 4:13
11. "I Believe" - 4:18
12. "Luvnu" - 6:35
13. "Wot We Do" - 3:46
14. "I Take You" - 3:49
15. "The Lie" - 4:18
16. "Big Noize" - 6:35
Eddie Jackson - Bass
Scott Rockenfield - Drums
Michael Wilton - Guitars
Geoff Tate - Vocals

Black Light Bacchanalia - Virgin Steele

Mesmo estando na luta pelo metal desde o início dos anos 80, os americanos do VIRGIN STEELE nunca conseguiram atingir o sucesso e reconhecimento merecidos, mesmo tendo álbuns excelentes em sua discografia, como as duas partes de “The Marriage of Heaven and Hell”, “Invictus” e os teatrais “The House of Atreus - Act I e Act II”.





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Contudo, o Virgin Steele sempre se manteve relevante com seu heavy metal tradicional, com grandiosas passagens épicas, como se fosse uma mistura de MANOWAR com SAVATAGE, lançando grandes álbuns e realizando showsmemoráveis.
E depois de uma leve derrapada com seu álbum anterior, o apena bom “Visions of Eden”, de 2006, um pouco mais leve e épico do que os demais lançamentos do grupo, eis que em 2010 a banda consegue dar a volta por cima com este excelente “The Black Light Baccanalia”, seu décimo segundo álbum, que nos remete aos seus melhores momentos.
Além das já famosas partes épicas, o peso das guitarras esta de volta ao som da banda (mas ainda menos do outrora, é verdade) e, aliados aos belos vocais de DeFeis, fazem deste CD um grande lançamento. Além disso, as letras da banda também são muito interessantes, apesar de tratarem de temas fantasiosos, e conseguem se alinhar perfeitamente ao instrumental das músicas (algo mais ou menos parecido com o King Diamond consegue fazer em suas canções com temas de terror).
O início do álbum já mostra todo seu potencial, com a excelente “By The Hammer of Zeus (and The Wrecking Ball of Thor)”, com riffs pesados e cavalgados, aliados ao vocal sereno de DeFeis, em um excelente contraste. Além desta, destacam-se a agressiva “Pagan Heart”, a épica “The Crown Them With Halos (parts 1 & 2)”, com seus mais de onze minutos, a belíssima balada “Nepenthe (I Live Tomorrow)” e a sensacional “In a Dream of Fire”, que nos leva de volta aos bons tempos de “The Marriage of Heaven and Hell”.
E como não poderia deixar de ser, o grande destaque do álbum é David DeFeis, que além de cantar muito, tanto em passagens mais lentas quanto nas mais agressivas, consegue criar melodias muito belas, além de tocar piano e teclado como poucos. A produção do álbum também merece aplausos, posto que conseguiu deixar o som totalmente límpido e cristalino, ressaltando na medida certa cada instrumento.
A versão nacional do álbum ainda traz um CD bônus, com duas músicas mais épicas e uma biografia da banda em forma de narrativa épica, com mais de 30 minutos.
Enfim, trata-se do VIRGIN STEELE em um de seus melhores momentos, sendo “The Black Light Bacchanalia” mais uma obra de arte na carreira de David DeFeis. Não perca.
The Black Light Bacchanalia – Virgin Steele
(2010 – Shinigami Records – Nacional)
Formação:
David DeFeis - Vocals, Keyboards, Orchestration, Bass
Edward Pursino - 6 String Guitars
Josh Block - 7 String Guitars
Frank Gilchriest - Drums
Track List:
CD 1:
1. By the Hammer of Zeus (And the Wrecking Ball of Thor)
2. Pagan Heart
3. The Bread of Wickedness
4. In a Dream of Fire
5. Nepenthe (I Live Tomorrow)
6. The Orpheus Taboo
7. To Crown Them With Halos, Pts. 1 and 2
8. The Black Light Bacchanalia (The Age That is to Come)
9. The Torture s of the Damned
10. Necropolis (He Answers Them with Death)
11. Eternal Regret
CD 2:
1. When I'm Silent (The Wind of Voices)
2. Silent Sorrow
3. From a Whisper To a Scream (the Spoken Biography)

Terror Beyond - Beyond The Grave

O Beyond the Grave foi formado no interior do Estado de São Paulo, em Itaquaquecetuba, e após lançar alguns demos e participar de alguns splits, com grande repercussão no underground, chega a seu debut, lançado pela gravadora brasiliense Kill Again Records em meados de 2011.





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E a banda investe em um thrash metal bem pesado e direto, fortemente influenciado pelo começo das carreiras de Sepultura e Slayer, com influência de death e black metal, elementos que fazem de seus som ainda mais atraente e original, lembrando o que bandas como MERCILESS DEATH e LICH KING tem feito atualmente.
Os riffs de guitarra pesados e ríspidos de Ivi Kardec e Sérgio Araújo, aliados ao vocal soturno e agressivo de David Sampaio, são o grande destaque do trabalho, dando muito agressividade ao som sujo e pesado do Beyond the Grave. A bateria de Ricardo Santana, apesar de correta e muito bem tocada, peca um pouco em alguns momentos de poucas variações, mas nada que comprometa o excelente som do conjunto.
A gravação, bem simples e sem muita modernidade, deixou o som da banda ainda mais soturno, sujo e agressivo, nos remetendo aos anos 80, e dando um caráter totalmente “old school” ao trabalho, o que lhe dá um toque ainda mais especial.
O álbum é todo muito bom, mas destacam-se as cacetadas thrash “The Silence of the Defeat” (que possui riffs soberbos) e “The Wound Still Bleed”, além da agressiva “The Shadow Killer”, cujo vídeo clipe oficial esta prestes a ser lançado pela banda. Há ainda no final do álbum, após a faixa “Blood Reing”, um cover muito agressivo do clássico “Curse the Gods” dos mestres alemães do DESTRUCTION, que ficou muito legal. Um dos pontos negativos do trabalho é a capa, muito simples e esquisita.
Mas como o que importa é o som desta excelente banda,“The Terror Beyond” merece ser conferido por todos aqueles que apreciam boa música, no volume máximo, e sem moderação, pois é diversão garantida!
The Terror Beyond – Beyond the Grave
(2011 – Kill Again Records – Nacional)
Formação:
David Sampaio – Vocal/Baixo
Ivi Kardec – Guitarra
Sérgio Araújo – Guitarra
Ricardo Santana - Guitarra
Track List:
1. The Silence of the Defeat
2. TheWound Still Bleed
3. Speech of An Assyrian King
4. The Shadow Killer
5. The Terror Beyond (Instrumental)
6. Conflict Zone
7. Inquisition
8. Hall of the Corpses
9. Open the Gates of Chaos
10. Bloody Reing + Curse the Gods (Destruction cover)

Annihilation Process - Violator

E eis que depois de quatro anos de espera os brasilienses do VIOLATOR lançam um material inédito, com este novo EP, sucessor dos excelentes “Violent Mosh” (EP – 2004) e “Chemical Assault” (2006), além do insano DVD Thrashin United Tour – Live in Santiago, um dos shows mais intensos já registrados.





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E não é à toa que a banda é considerada como uma das mais promissoras da nova safra brasileira, tendo inclusive feito vários shows fora do país, com grande destaque.
E desculpem o trocadilho, mas a banda realmente nos apresenta um “processo de aniquilação” neste novo material, novamente lançado pela gravadora brasiliense Kill Again Records. O VIOLATOR continua investindo no thrash metal/crossover “old school” sem inovações, muito rápido e pesado, sem espaço para concessões ou firulas, feito para bangear, conseguindo aliar com maestria elementos da escola alemã com a bay area. Além disso, a paixão dos músicos pelo estilo transborda em cada composição, levando o ouvinte direto de volta aos anos 80. E como podemos perceber pelas entrevistas de seus membros (todos muito humildes, aliás), a banda tem orgulho de fazer parte do underground, não tendo qualquer pretensão de levar seus som ao grande público.
Os grandes destaques do álbum, assim como os anteriores, são os riffs de guitarra matadores da dupla Cambito e Caçapa, aliados ao vocal agressivo de Poney e batera ríspida e precisa de Batera. Contudo, desta vez a mixagem deixou o baixo um pouco de lado, dando mais destaque às guitarras e à bateria.
Dentre as faixas que se destacam, podemos citar a excelente abertura com as rápidas “Poisoned by Ignorance” e “Uniformity is Conformity”, além da maravilhosa “Futurephobia” (que também tem um clipe muito legal) e do cover do EXECUTER, “You’ll Come Back Before Dying”.
A arte gráfica também é excelente, inclusive deixando de lado o antigo mascote da banda (o famoso Thales), pra investir em algo mais voltado para velha escola do thrash, como temas de ficção.
“Annihilation Process” não supera os trabalhos anteriores do VIOLATOR, mas mantém a banda como a maior representante da nova safra do thrash metal “old school” do Brasil, e uma das maiores do mundo. Agora é só torcer para que a banda não nos deixe mais quatro anos esperando por um novo material, e que lance logo seu próximo full length pois, se manter a regularidade, tem tudo para ser uma das melhores bandas de thrash metal de todos os tempos.
Annihilation Process – Violator
(2010 – Kill Again Records – Nacional)
Formação:
Poney – Baixo e Vocal
Cambito – Guitarra
Caçapa – Guitarra
Batera - Bateria
Track List:
1. Poisoned by Ignorance
2. Uniformity Is Conformity
3. Give Destruction or Give Me Death
4. Apocalypse Engine
5. Deadly Sadistic Experiments
6. Futurephobia
7. You ll Come Back Before Dying (Executer cover)

Wartrail - Hatefulmurder

É de trazer lágrimas de felicidade aos olhos quando vemos bandas que são capazes de evoluir sem abrir mão de seus estilos, trabalhando cada vez mais sua sonoridade sem se tornar repetitivos, mas sem deixar sua essência de lado. E os cariocas do HATEFULMURDER fazem bonito em mais um ótimo trabalho, o terceiro deles, chamado ‘The Wartrail’, centro de nossa atenção nesta resenha.





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banda, ainda adepta de um híbrido entre Thrash e Death Metal, bem particular e agressivo, mas sem ser repetitivo, conseguiu polir ainda mais seu talento e botou para fora esta verdadeira cacetada nos tímpanos, capaz de satisfazer o fã mais exigente de estilos mais extremos sem perder mão de uma ótima instrumentação.
‘The Wartrail’ já tem um grande destaque na arte do CD, que é extremamente conceitual com as letras das canções, muito bem feita em todos os aspectos. A produção sonora está um pouco mais limpa e seca que em seu trabalho anterior, ‘When the Slaughter Begins’, já focado por aqui, e a banda ficou ainda mais brutal e direta, mas sem perder o trabalho instrumental refinado que possuem desde o início.
Após a intro ‘Rise Up the Hordes’, que é um belo aquecimento para a bordoada que é a faixa ‘The Wartrail’, que entra veloz e empolgante, mas que logo dá uma cadenciada, onde podemos comprovar os ótimos riffs de guitarra e ver a técnica apurada no baixo, que não apenas acompanha, mas tem vários momentos  em que se sobressai e dá a tônica dos andamentos. ‘Caught by the Arms of Death’ inicia cadenciada e trampada, com urros cada vez mais insanos e o batera, estreante na banda, dá um autêntico show particular de técnica e peso, seja nas viradas ou nas variações, sem deixar de segurar bem os andamentos. ‘Black Chapter’ encerra o disquinho, mas tome mais pancadaria com velocidade e técnica, vocais urrados a extremo, ótimos riffs, e a cozinha fazendo bonito nos quesitos peso e técnica.
Mais um bom lançamento da banda, e esperemos que algum selo se interesse pelos rapazes, pois a banda merece uma chance de lançar um CD próprio.
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Formação:
Felipe Lameira - Vocais
Renan Ribeiro - Guitarras
Ernani Henrique - Baixo
Thomas Martinoia - Bateria
Tracklist:
Tracklist:
01. Rise Up the Hordes
02. The Wartrail
03. Caught by the Arms of Death
04. Black Chapter
Contatos:
http://www.myspace.com/hatefulmurder
reverbnation.com/hatefulmurder
contac.hatefulmurder@gmail.com

3rd Round Knockout - Chrome Division

Tempos atrás, muita gente ficou de orelhas em pé por conta da existência de uma banda paralela de Shaggrath, vocalista do DIMMU BORGIR, com uma proposta sonora bem diferente de sua banda principal, já que nada tem com esta, sendo voltada diretamente para um Rock’n’Roll de raiz cheio de energia, peso e totalmente descompromissado com rótulos ou imagens, mas apenas com a vontade de seus componentes, chamado CHROME DIVISION. Todos acreditavam que era apenas um projeto para a gravação de um disco só, e aqui estão esses cinco loucos de volta com seu terceiro disco, chamado ‘3rd Round Knockout’.





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O CD ainda vai naquela mesma linha dos anteriores, ou seja, tome Rock’n’Roll à lá AC/DC e MOTORHEAD pela cara, mas devido às mudanças na formação, a banda veio um pouco diferente do apresentado nos dois primeiros CDs, ou seja, está mais pesado e melodioso que antes, mas ao mesmo tempo, está menos descompromissado, e um pouquinho menos feroz que antes, talvez porque a voz de Eddie Guz, uma das marcas registradas da banda, não está mais lá, apesar de Shady Blue tentar suprir esta carência. Mas são estilos bem diferentes, então, existirão os que vão gostar, e outros, não.
A parte gráfica segue bem os mesmos parâmetros dos anteriores, ou seja, nada muito complexo, mas de forma alguma relaxado ao extremo, e a produção está bem limpa, o que talvez tenha sido uma falha, pois bandas assim precisam daquele som mais sujo e ‘gorduroso’ típico de quem lida com a trilogia ‘sex, beer, and Harleys’ em suas canções. Mas vamos com calma, já que o trabalho não chega a ser comprometido. Musicalmente, a banda está bem, com ótimas canções como a faixa ‘Bulldogs Unleashed’, bem pesada e extremamente empolgante, com uma excelente pegada, como se espera de uma boa faixa de abertura; ‘7-G Strings’ é um pouco mais freada, mas com ótima interpretação de Shady Blue, mesmo nosmomentos mais amenos, e no solo bem ‘bluesy’; ‘Join the Ride’, outra canção não rápida, mas bem amena e que prende a atenção do ouvinte; ‘Fight’, outra boa música e bem empolgante, com doses legais de melodia; ‘Magic Man’, aquela típica música Blues/Country que, em geral, achamos em discos de bandas de Hard Rock californiano dos anos 80, bem legal mesmo; a ótima versão para ‘Ghost Riders in the Sky’, de JOHNNY CASH, bem pesada e energética, que creio que deixará algumas outras bandas que tentaram fazer versões anteriores com certa dose de inveja (e não me refiro a esta ou aquela banda especificamente), adicionando um bom solo nela; e ‘Satisfy my Soul’, mais uma canção não tão rápida, mas muito legal.
Um bom CD, que merece uma conferida com muito carinho e atenção, apesar da banda já ter feito coisas melhores antes.
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Formação:
Shady Blue – Vocais
Shagrath – Guitarras
Ricky Black – Guitarras
Björn Luna – Baixo
Tony White – Bateria
Tracklist:
01. Bulldogs Unleashed
02. 7 G-Strings
03. Join the Ride
04. Unholy Roller
05. Zombies and Monsters
06. Fight
07. The Magic Man
08. Long Distance Call Girl
09. Ghost Riders in the Sky (Johnny Cash Cover)
10. Satisfy My Soul
Contatos: