24 de maio de 2011

Roqueiros - Wassup Rockers - 2005








Um filme sobre um grupo de adolescentes latinos do bairro de South Central, em Los Angeles que, em vez de se conformarem com a cultura hip-hop do seu bairro, usam calças justas, ouvem punk rock e andam de skate. Evitar a violência do ambiente perigoso em que vivem é um desafio diário.
Os Rockers decidem pegar um carro para andar de skate no mundialmente famoso "Nine Stairs", no Liceu de Beverly Hills. Aí conhecem algumas garotas das redondezas, atraídas pelos "punks" do gueto, mas começa rapidamente a dar para o torto, vendo-se perseguidos pelos meninos ricos do bairro chique e vigiados de perto pela Polícia de Beverly Hills.

Fugindo dos polícias, os Rockers vêem-se perdidos no meio de Beverly Hills. Tentando evitar serem presos e envolverem-se com os rapazes do local, os Rockers correm de casa em casa e de jardim em jardim, neste mundo abastado e estranho para eles, procurando uma forma de voltarem ao seu próprio território. 


Direção: Larry Clark
Duração: 96 minutos


Emo: eles poderiam ter salvo o Rock n' Roll


As grandes revoluções no Rock n’ Roll ocorreram a partir de revolta. O próprio Rock n’ Roll é uma revolução na música e tem como base a revolta. Sejam guerras, repressão ou o que for, esse estilo musical trouxe algo para a juventude poder se rebelar. Isso sempre fez as coisas mudarem e causou as principais mudanças no estilo. Uma vertente musical com muitas variações, tanto de público como de musicalidade, que é o que torna o Rock n’ Roll tão fascinante.
Acontece que a juventude hoje em dia parece ter estacionado no tempo, acomodou-se. Quando não gostam de algo, simplesmente o deixam de lado ou o detonam. Mas pouco fazem pra que as coisas mudem e voltem a ser de um jeito que os agrade.
Assistindo ao VMB de 2010 percebi o quanto amam odiar o RESTART. A banda mais premiada foi simplesmente vaiada a cada prêmio. Mas o mesmo público que vaiou não se preocupou em aclamar novas bandas com uma identidade Rock n’ Roll e muito menos novas bandas surgiram com essa tal identidade de que todos sentem falta.
O Emo e o Happy Rock (que são vertentes da mesma coisa) incomodam muito os roqueiros, é verdade. Mas até agora não apareceu ninguém com idéias novas que pudesse definitivamente enterrar esse estilo. Simplesmente surgiram mais bandas Emo e Coloridas seguindo a moda atrás de dinheiro e fama. Só não surgiram verdadeiros roqueiros que dessem um basta nisso tudo com música e atitude. Simplesmente por que esses estão ouvindo as velhas bandas de sempre e se ocupando em vaiar os que não gostam.
Esses estilos ingratos de música pop baseado em Hardcore Melódico deveriam servir pra que os verdadeiros roqueiros se voltassem para o verdadeiro Rock n’ Roll. Assim criando novas bandas e estilos, e fazendo essas bandas sumirem ou terem de conviver em igual ou menor espaço com bandas de qualidade. E até existem um bom número de bandas interessantes, mas essas são esmagadas pela quantidade exorbitante de fakes e principalmente pelo desinteresse do público em geral.
Não adianta só culpar produtores, empresários, selos e as hoje raras grandes gravadoras. Eles só investem no que sabem que vai dar certo. E essas bandas dão certo por que o público, principalmente, as fortalece. Essa molecada fica muito tempo na internet seguindo as modas e propagando a coisa toda. O entretenimento em geral é direcionado a esse público teen que é quem consome esse tipo de cultura pobre que temos hoje em dia (“Harry Potter”, “Crepúsculo”, LADY GAGA, etc.). Se não dermos outra opção, se não nos revoltarmos e só continuarmos vaiando, isso não acaba nunca.
E ainda por cima só piora – depois do Emo vieram os Coloridos e o que vem a seguir até agora não deu esperanças de ser bom. O Emo poderia ser o impulso pra que a revolta gerasse revolução e talvez surgisse uma cena que realmente salvasse o Rock n’ Roll.

Ídolos: candidatos roqueiros tem chance ou são ou piada?


No reality show da música, o programa ídolos se destaca por revelar grandes talentos da música. Variando entre vários estilos, mas quando se trata do Rock and Roll, a coisa é um pouco diferente. Raramente um candidato roqueiro entra e impressiona os jurados, e quando conseguem chamar a atenção, não é pela voz mas sim pelo visual. Muitas vezes alguns candidatos participam do programa só pra tirar sarro da cara dos jurados. Alguns exemplos deixam a desejar pelo repertório e falta de talento, assim como acontenceu há algumas semanas na versão brasileira do reality show, veja.
Mas quando alguém encara os jurados de verdade como fez o finlandês Ari Koivunen... lembram dele? O vencedor do Ídolos da Finlândia em 2007, mostrou o que mais sabe fazer, cantar Rock ´n´ Roll, e conseguir ser o grande campeão do programa. Veja sua performance para a música "Fullmoon", do SONATA ARCTICA:
Fonte desta matéria: youtube.com

Live and Dangerous: as 10 melhores bandas ao vivo


Mais uma listinha dos “dez mais” publicada pelo site da Gibson. Desta vez, a relação assinada por Russell Hall, com o título “Live and Dangerous”, reúne as bandas com as melhores performances ao vivo. Confira a seguir.
10. QUEEN
9. PINK FLOYD
8. IRON MAIDEN
7. THE STOOGES
6. AC/DC
5. THE FLAMING LIPS
4. THE ALLMAN BROTHERS BAND
3. THE ROLLING STONES
2. LED ZEPPELIN
1. THE WHO


Mais informações: Gibson

Small Faces: o dia em que Marriott disse não a Jimi Hendrix


Conforme nota publicada no site Contactmusic, Steve Marriott teria recusado convite de Chas Chandler, empresário de HENDRIX, para que os SMALL FACES acompanhassem a turnê americana da JIMI HENDRIXEXPERIENCE em 1968.
Segundo Peter Frampton - amigo de Steve Marriott, com quem viria a formar o HUMBLE PIE em 1969 - declarou à Uncut Magazine, "Ronnie Lane chegou correndo e falou: 'Chas Chandler quer que a gente abra pro Hendrix na turnê pela América!'. Eu disse: 'Meu Deus, isso é fantástico!'.Steve reagiu assim: 'Fuckin' no way. Ele é que deveria abrir pra gente. Nós não vamos.' Então, eles não foram. Os SMALL FACES nunca foram à America. Foi, assim, uma oportunidade de ouro, e ele entrou em parafuso. Por quê?”
Mais informações: Contact Music

Discos Marcantes do The Fall III








The Fall | The Infotainment Scan - 1993


CD 1
  1. Ladybird (Green Grass)
  2. Lost in Music
  3. Glam-Racket
  4. I’m Going to Spain
  5. It’s a Curse
  6. Paranoia Man in Cheap Shit Room
  7. Service
  8. The League of Bald-Headed Men
  9. A Past Gone Mad
  10. Light
  11. Why Are People Grudgeful?
  12. League Moon Monkey Mix
CD 2
  1. Ladybird (Green Grass)
  2. Strychnine
  3. Service
  4. Paranoia man In Cheap Shit Room
  5. Glam Racket
  6. War
  7. 15 Ways
  8. A Past Gone Mad
  9. Why Are People Grudgeful?
  10. Glam Racket
  11. The Re-Mixer
  12. Lost In Music
  13. A Past Gone Mad (alternate version)
  14. Instrumental Outtake
  15. Service (instrumental demo)
  16. Glam Racket (instrumental demo)
  17. Lost In Music (mix 3)
  18. Lost In Music (mix 7)
  19. Lost In Music (mix 14)

Discos Marcantes do The Fall II







The Fall | This Nation´s Saving Grace - 1985


  1. Mansion
  2. Bombast
  3. Barmy
  4. What You Need
  5. Spoilt Victorian Child
  6. L.A.
  7. Vixen
  8. Couldn’t Get Ahead
  9. Gut of the Quantifier
  10. My New House
  11. Paintwork
  12. I Am Damo Suzuki
  13. To Nkroachment: Yarbles
  14. Petty (Thief) Lout
  15. Rollin’ Dany
  16. Cruisers Creek

Discos Marcantes do The Fall





The Fall | Live At The Witch Trials 1979


  1. Frightened
  2. Crap Rap 2
  3. Rebellious Jukebox
  4. No Xmas for John Quays
  5. Mother-Sister!
  6. Industrial Estate
  7. Underground Medecin
  8. Two Steps Back
  9. Live at the Witch Trials
  10. Futures and Pasts
  11. Music Scene

The Fall





The Fall são uma banda de Post-punk inglesa, formada em PrestwichBuryGrande Manchester em 1976.


Informação geral
OrigemPrestwichBury
PaísInglaterra
GênerosPost-punk
Rock alternativo
Período em atividade1976 - presente
Gravadora(s)Rough TradeBeggars Banquet,NarnackPhonogram, Permanent, Slogan
Página oficialTheFall.info
Integrantes
Mark E. Smith,
Elena Poulou, Tim Presley, Rob Barbato,
Orpheo McCord, Dave Spurr,
Pete Greenway, Keiron Melling




Biografia

Mark E. Smith é o The Fall, o The Fall é Mark E. Smith, e vice-versa. Entendeu?

Smith não pode ser considerado uma pessoa comum. Líder de um grupo totalmente caótico, com seus vocais anasalados, cantando de maneira incompreensível suas letras cheias de cinismo e com movimentos espasmódicos em cima do palco. E Mark nunca gostou muito de estabilidade, já que o número de músicos que passaram pelo The Fall é enorme. Na verdade, pode-se considerar o grupo de apenas um integrante, mais convidados. E o mais impressionante de tudo isso é que ele produz de uma maneira avassaladora, compulsiva.

Mark é uma dessas lendas que você pouco ouviu falar ou mesmo ouviu suas músicas. Mas, para surpresa de muitos, ele já esteve no Brasil, no final da década de 80. Tudo por causa do disco The Frenz Experiment, o segundo lançamento do grupo por aqui e que continha o sucesso “Victoria”, uma regravação do clássico dos Kinks, uma das maiores referências de Mark. E muitos ainda vêem o Fall como um filho bastardo do Velvet Underground pelo extremo caos de suas melodias. Mas o Fall acabou sendo mais do que um simples casamento (e que já seria por demais de bizarro) das duas bandas. E Mark é muito mais do que um filho bastardo de Ray e Lou…
Quando o movimento punk explodiu na Inglaterra, Mark era apenas um jovem que trabalhava nas docas de Manchester e que havia tentado, sem sucesso, entrar em uma das bandas de heavy metal locais. Mark odiava o estilo e preferia os sons mais experimentais do Velvet Underground e do grupo alemão Can. Resolveu então sair à caça de algumas pessoas para formar um grupo e ver o que podia conseguir. Foi assim que conheceu o guitarrista Martin Bramah, o baixista Tony Friel, o tecladista Una Baines e o baterista Dave, que ficou poucos dias e foi substituído por Karl Burns. Nascia assim o The Fall, nome tirado de uma novela do escritor franco-argelino Albert Camus.
Em junho de 1978 se apresentam no Peel Sessions de John Peel, na BBC, já com a formação bastante modificada. Peel acabaria sendo um dos maiores fãs do grupo e considerado quase um membro da banda, tamanha a amizade e o apoio que daria a eles. Em agosto o grupo lança o primeiro EP pelo selo Step Forward, Bingo Master’s Break-Out!. O Fall havia assinado anteriormente com o selo New Hormones criado pelos integrantes e conterrâneos do Buzzcocks, mas o disco acabou sendo engavetado e só conseguiu lançaram o EP após assinarem com a Step Forward, de Miles Copeland, que ficaria famoso como irmão de Stewart Copeland, baterista do The Police.
Preocupado em criar uma banda mais coesa e menos precária em termos musicais, Mark começaria uma verdadeira mutação nos integrantes, fixando Marc Riley (guitarra, baixo e teclado) e Yvonne Pawlett (teclados) no grupo. Assim, lançam um segundo compacto, It’s The New Thing. Em dezembro fazem uma nova aparição no programa de John Peel.

Em 1979 lançam, no mês de janeiro, o primeiro LP, Live At The Witch Trials, ainda pela Step Forward. Já nessa época o grupo promove vários shows pelo país, tocando em pequenos clubes e em qualquer buraco em que fossem aceitos.
Contribuiu, e muito, para o crescente número de fãs, a ajuda de John Peel, que começou a colocar as músicas do grupo em sua programação normal. Mark começava a atrair um culto imenso, com sua maneira maníaca no palco e sua postura agressiva. Sobre Peel, Mark afirmaria, de forma irônica, que John apenas se tinha tornado um obcecado pelo grupo e que tinha a mania de tocar as músicas no ar, sem parar. “É um cara legal, mas um pouco esquisito”, diria Mark em uma entrevista para o próprio Peel, anos depois.
Em junho lançam outro compacto, Rowche Rumble e em outubro sai o segundo disco do grupo, Dragnet, dois meses antes da primeira excursão do The Fall aos Estados Unidos. Ao longo dos anos, Mark estabeleceria uma relação dúbia em relação à América. “Eu gosto do estilo de vida dos Estados Unidos, mas isso não quer dizer que eu vá comer cinco hambúrgueres por dia.”

Além dos novos integrantes, o The Fall também muda de casa, deixando a Step Forward e indo para a Rough Trade. Na década de 90, a Step passaria a se chamar I.R.S. e contrataria o R.E.M. e relançaria os dois primeiros discos do The Fall em CD.

Totale’s Turn (It’s Now Or Never) é o terceiro disco, o primeiro pela nova casa, em 1980. A banda segue tocando por todo país e fazem o primeiro show na Holanda, em junho e em agosto aportam novamente no programa de John “Obcecado” Peel. Em novembro lançam um novo disco Grotesque. O som do grupo evolui para um caos planejado, com Mark alternando-se entre vocais, violinos e edição de fitas, alterando os tons e freqüências de sua voz, deixando-a mais incompreensível, modorrenta e ininteligível. Uma das melhores canções desse disco é irônica “How I wrote ‘Elastic Man’”. As letras de Mark costumam ser quilométricas, cheias de gírias e referências difíceis de serem traduzidas e compreendidas.
O ano de 1981 é novamente dividido entre shows e estúdio. Apresentações pela Alemanha, Islândia, Holanda, Reino Unido e os Estados Unidos acabam sendo uma constante. Lançam em abril, o disco Slates e tocam mais duas vezes no Peel Sessions. O ano seguinte é um ano importante para o grupo já que lançam o aclamado Hex Introduction Hour, lançado pela pequena Kamera Records, já que o grupo havia brigado com a Rough Trade. E também se apresentam, pela primeira vez na Austrália, Nova Zelândia, Grécia e Bélgica.
Em 1983, durante um show em Chicago, Mark conhece Laura Elise Smith, que acabaria virando sua esposa e adotaria o nome Brix Smith. A paixão instantânea fez com que se casassem no dia 19 de julho do mesmo ano e Brix faria parte do grupo entre setembro de 1983 a julho de 1989 e agosto de 1994 a outubro de 1996. Com ela, o grupo entraria em sua fase mais produtiva e mais elogiada e Brix contribuiu muito para dar uma direção mais acessível e pop ao grupo. O primeiro trabalho do casal é o disco Perverted By Language. O disco contém um dos maiores clássicos do grupo, a cáustica e perturbadora canção “Garden”.
Em 1984 assinam com a gravadora Beggars Banquet, que havia sido o selo do Bauhaus e por eles lançaram excelentes discos até 1989.

O primeiro deles é The Wonderful And Frightening World Of…The Fall, onde se percebe uma busca por melodias mais redondas. Nesse ano, Mark faz uma inusitada parceria com o coreógrafo Michael Clark, que acabaria resultando no disco I Am Kurious Oranj, lançado em 1988. Mas antes desse trabalho que mereceu inúmeros elogios, o Fall lançou discos simultaneamente por outros selos. Em 1985 saiu pela Banquet o disco This Nation’s Saving Grace e pela Situation Two, o LP Hip Priest And Kamerads.
Aos poucos, Mark foi permitindo que Brix participasse mais das composições e principalmente das letras. Em 1986, o grupo surpreendeu os fãs por não lançar nada nos primeiros seis meses do ano, mas em julho, o grupo vai – novamente – ao programa de John Peel promover o novo single, “Living Too Late”.

Dois meses depois seria a vez de Mr. Pharmacist e em outubro um novo disco, Bend Sinister.
Bend Sinister é uma obra-prima do grupo, a mistura perfeita entre a cacofonia e o pop, na medida exata e ainda rendeu um dos grandes clássicos do grupo, “Mr. Pharmacist”, uma sátira aos famosos farmacêuticos que sempre possuem a cura que a pessoa necessita, uma espécie de “Dr. Robert” dos anos 80. Essa foi a primeira canção do grupo a entrar entre as 40 mais da paradas de sucesso. Vale dizer que esse foi o primeiro disco do Fall a sair no Brasil, no ano seguinte.
No ano seguinte, o grupo conseguiu outra canção entre as 40 mais com “Hit The North”, em outubro, uma canção que mais parecia um single do New Order.

Em dezembro é lançado um novo título, Palace of Swords Reversed, um disco pirata que se tornou oficial e saiu pela gravadora Cog Sinister.

Em fevereiro de 1988 lançam o que pode ser considerada a grande obra-prima pop da banda, The Frenz Experiment. O disco trazia, além de “Hit The North” (na versão americana e alemã), uma cover de “Victoria”, dos Kinks, que se tornou o maior sucesso da carreira do grupo, disparado.
Esse disco também saiu por aqui, sendo a cópia brasileira semelhante à americana. Após o lançamento de I Am Curious Oranj, o Fall encerra o ano de 1988, que foi excelente tanto comercialmente como em produção.

Em 1989, o grupo esteve tocando no Brasil e Mark mostrando sua postura avessa a entrevistas disse que a banda não iria tocar “Victoria” que era o cartão de visitas da banda por aqui. Apesar de reiterar várias vezes que a cover do Kinks não seria executada, ela foi. E se 1988 foi um ano ótimo para o grupo, 1989 ficou marcado pela saída de Brix, após lançarem o disco Seminal Live e pela saída da Beggars Banquet.
O final do casamento foi o fator determinante para a saída da musa do grupo. O final da relação deixou profundas marcas em Mark, que desceu a lenha na ex-companheira na canção “Sing! Harpy”, no disco Extricate. Esse, aliás, deve ter sido o principal motivo para a má vontade de Mark com o público brasileiro, já que o show, realizado em abril, acontecia quando o casamento já estava praticamente encerrado.


Extricate é o primeiro disco após o final do acordo com a gravadora e a partir daí a banda soltaria discos por vários selos.
Em dezembro, a Beggars resolve ganhar mais algum trocado em cima do grupo e lança duas coletâneas simultâneas 458489 A Sides e 458489 B Sides. Os títulos, apesar de parecerem complicados, são simples de serem entendidos: 45 é a rotação de compactos, geralmente de 12 polegadas. 8489 seriam os anos em que estiveram na gravadora. A Sides seriam os lados A dos compactos, as músicas de trabalhos e B Sides, as canções que ficam no lado B dos mesmos. O de Lado A foi lançado no Brasil, em CD, no final da década de 90.

Na década de 90, o grupo continuou lançado discos e em agosto de 1994 foram surpreendidos com a volta de Brix. Ela conta que sentia muita falta de Mark para compor novas músicas. “Mark é um cara brilhante. Um dia eu liguei para ele e disse que se ele quisesse, eu poderia voltar para tocar e escrever algo em conjunto. Ele me disse ok e não nos falamos mais, e quatro horas depois me telefonou dizendo que não acreditava que eu havia feito isso porque ele havia pensado em me chamar, já que sentia falta de mim, da minha guitarra. E assim voltei.”

Brix conta que nos primeiros shows teve enorme dificuldade com novas e antigas composições e alguns fãs sacavam de seus bolsos notações e davam a ela, para que não se sentisse tão perdida com as novas composições. “Eles foram muito amáveis comigo, como sempre, aliás.” Mas Brix não ficou muito tempo, pois saiu em 1996, mas desta vez, em termos amigáveis.

Mesmo sem Brix, Mark continuou reformando o grupo e lançando dezenas e dezenas de títulos, e alguns com qualidade técnica duvidosa, especialmente alguns títulos ao vivo. Ele chegou a fazer uma ponta no filme 24 Hour Party People filme que conta a história da gravadora Factory e do Joy Division.
Mesmo estando com apenas 47 anos (nasceu em 1957), Mark parece ter sentido muito o peso dos anos, como mostra essa foto tirada em um concerto meses atrás, sem, no entanto, darem mostras de que irão parar de gravar e tocar tão cedo, já que o Fall é uma instituição inglesa tão forte e influente.


Discografia

Bingo-Master’s Break-Out! / Psycho Mafia / Repetition (single, 1978)
It’s The New Thing / Various Times (single, 1978)
Live At The Witch Trail (1979)
Rowche Rumble / In My Area (single, 1979)
Dragnet (1979)
Totale’s Turns (It’s Now Or Never) (1980)
Grotesque (1980)
Slates (1981)
77 – Early Years – 79 (1981)
Live In London 1980 (1982)
Hex Enduction Hour (1982)
A Part Of America Therein, 1981 (1982)
Room To Live (Undilutable Slang Truth!) (1982)
Perverted By Language (1983)
In A Hole (1983)
The Wonderful And Frightening World Of… The Fall (1984)
Hip Priest And Kamerads (1984)
This Nation’s Saving Grace (1985)
Nord-West Gas (1986)
Bend Sinister (1986)
Palace Of Swords Reversed (1987)
The Frenz Experiment (1988)
I Am Kurious Oranj (1988)
Box One (caixa de 4 CDs, 1988)
Seminal Live (1989)
Box Two (caixa de 4 CD, 1989)
Extricate (1990)
458489 A Sides (1990)
458489 B Sides (1990)
Shift-Work (1991)
Code: Selfish (1992)
The Collection (1993)
The Infotainment Scan (1993)
BBC Radio1 Live In Concert (1993)
Middle Class Revolt (1994)
Cerebral Caustic (1995)
The Twenty Seven Points (1995)
The Legendary Chaos Tape (1996)
Sinister Waltz (1996)
Fiend With A Violin (1996)
Oswald Defence Lawyer (1996)
The Light User Syndrome (1996)
In The City… (1997)
Archive Series (1997)
The Other Side Of The Fall (CD triplo, 1997)
The Less You Look, The More You Find (1997)
15 Ways To Leave Your Man, Live (1997)
Levitate (1997)
Oxymoron (1997)
Cheetham Hill (1997)
Smile…It’s The Best Of (1997)
Live To Air In Melbourne 1982 (1998)
Northern Attitude (1998)
The Post Nearly Man (1998)
Live Various Years (CD duplo, 1998)
Nottingham 92 (1998)
Peel Sessions (1999)
The Marshall Suite (1999)
Live 1977 (2000)
A Past Gone Mad (2000)
I Am As Pure As Orange (2000)
Psykick Dance Hall (2000)
Live In Cambridge 1988 (2000)
The Unutterable (2000)
Austurbaejarbio (Live In Reykjavik 1983) (2001)
Backdrop (2001)
A World Bewitched (CD duplo, 2001)
Liverpoll 78 (2001)
Live In Zagreb (2001)
Are You Are Missing Winner (2001)
2G+2 (2002)
Totally Wired - The Rough Trade Anthology (CD duplo, 2002)
Pander! Panda! Panzer! (2002)
High Tension LIne (2002)
Listening In (2002)
Early Singles (2002)
It’s New Thing! The Step Forward Years (2003)
Time Enough At Last (2003)
Words Of Expectation - BBC Sessions (CD duplo, 2003)
Touch Sensitive… Bootleg Box Set (Caixa com 5 CDs, 2003)
The Idiot Joy Show (2003)
Live At The Phoenix Festival (2003)
The War Against Intelligence - The Fontana Years (2003)
The Real New Fall LP Formerly ‘Country On The Click’ (2003)
Rebellious Jukebox (CD duplo + DVD, 2003)
50,000 Fall Fans Can’t Be Wrong - 39 Golden Greats (CD duplo, 2004)
Interim (2004)

Hoje na história do rock no mundo - 24/05

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