Dois jovens músicos cubanos, Ruy e Tito, têm um sonho em comum: saírem de Havana e que suas músicas fazem sucesso. Enquanto preparam seu primeiro grande show, descobrem que dois produtores espanhóis estarão buscando talentos cubanos, e percebem então que aquela pode ser uma oportunidade única de sair de Cuba.
A História e as informações que você sempre quis saber sobre seu Artista/Banda preferidos, Curiosidades, Seleção de grandes sucessos e dos melhores discos de cada banda ou artista citado, comentários dos albúns, Rock Brasileiro e internacional, a melhor reunião de artistas do rock em geral em um só lugar. Tudo isso e muito mais...
9 de maio de 2011
For All We Know - For All We Know
Pois então finalmente foi liberado o debut auto-intitulado do For All We Know. O projeto idealizdo pelo guitarrista holandês Ruud Jolie (Within Temptation) tomou forma ao longo de 4 anos, nos quais o músico compôs as canções com muita calma e paciência, cuidado minuciosamente de cada detalhe. Em fins do ano passado, Ruud convidou antigos amigos seus para gravarem o disco.
Os músicos envolvidos abrangem vários estilos, indo desde a versatilidade do vocalista Wudstk, que tem suas raízes nohip hop, mas que criou fama em seu país natal por ser capaz de interpretar vários estilos distintos, todos com muita desenvoltura, passando pela veia prog remetente do Pain of Salvation de Kristoffer Gildenlöw (Baixo) e Leo Margarit na bateria, o lado jazzista de Marco Kuypers e claro a guitarra marcante de Ruud.
Ruud se mostra um compostor muito diversificado, pelo menos foi a minha impressão ao reparar no curioso contraste entre a faixa de abertura e a segunda canção, 'Busy Being Somebody Else'. A primeira é calma e intimista, já esta é um rock com cara de alternativo, bem agitado e com um refrão que facilmente fica na cabeça. Ótima execução dos músicos, temos bons riffs de baixo e guitarra (e um ótimo solo também), bateria ainda simples mas mais intensa e as linhas de teclado que constroem um ar ligeiramente psicodélico. Excelente canção! Logo na sequência vem 'Out of Reach', que se inicia com bonita participação do pianista Marco Kuypers, fazendo um belo dueto com Wudstk. O resto da banda entra encorpando a canção, que fica num tom entre o rock clássico e o jazz. Uma faixa bela e elegante, de um bom gosto inquestionável.
'When Angels Refuse to Fly' é uma muito boa canção de metal progressivo (mais pelo lado progressivo que pelo metal, diga-se de passagem). Bateria agora sim forte e de destaque, riffs variados e marcantes, solos trabalhados e teclados sempre atuantes mesmo que mais discretos. Um dos grandes destaques do álbum como um todo. Em seguida vem 'I Lost Myself Today', outra bela canção soft, com bastante feeling e jeito de balada que cresce num certo ponto, chegando a soar épica no solo na sua parte final; mais um dos inúmeros destaques positivos.
Os convidados de maior destaque são os que menos aparecem (realmente única mácula do trabalho). Sharon den Adel e Daniel Gildenlöw protagonizam um tocante dueto na curtíssima 'Keep Breathing', que não passa de dois minuto, uma canção bela e que merecia com certeza absoluta ser mais longa (nós ouvintes agardeceríamos!); como de costume até aqui, ótima e destacada.
Logo depois nos chega aos ouvidos a mais progressiva de todas, 'Down on My Knees'. Ao longos de seus nove minutos ouvimos momentos rock n' roll, passagens progressivas latentes, quebras de ritmo e viradas completas, e principalmente muita energia. Excepcional canção. Depois desta temos mais uma calma: 'Save Us...' tem belos dedilhados, backing vocals envolventes e mais doses de progressividade. Wudstck mostra o porque da sua fama de versátil, manda várias vocalizações muito inspiradas e diversificadas. Curta e soturna é 'Embrace/Erase/Replace/Embrace', seu clima sombrio se faz principalmente com o teclado e as vocalizes do frontman, e ainda a bateria em tons mais baixos e riffs distorcidos com certa influência sabbathiana. Muito bom.
A canção sequente se chama 'Tired and Ashamed'. Segue na vibe do restante do disco, ou seja, muito boa. Pessoalmente não saberia como enquadrar a faixa seguinte, 'Open Your Eyes'; parece um pouco de pop, mas emenda coisa de metal e rock clássico e pitadas de jazz. E exatamente por essa questão, achei-a incrível! Quando não se consegue rotular algo, é porque de fato é fruto de um trabalho esmerado buscando criatividade e originalidade. Acertaram no alvo!
Esta belíssima estreia termina com mais uma pérola. Esta, chamada 'Nothing More'. Temos algumas passagens de violino, que dão um quê acústico por boa parte do decorrer da música, que perto do fim desanda num belo instrumental, grandioso, cheio de pompa e beleza. Uma forma magistral de terminar com os trabalhos.
Todas as minhas expectativas para com este projeto foram concretizadas, e até mesmo superadas. É um trabalho repleto de personalidade e carisma, com músicos absurdamente competentes e talentosos que deram o melhor de si. Sendo algo paralelo ao Within Temptation por parte de Ruud, de certa forma seria difícil não comparar este For all We Know com sua banda principal; mas rapidamente o nome que é um dos gigantes do metal sinfônico fica de lado, tamanha a competência e cara prórpia desta prodigiosa brincadeira do guitarrista, que não se usa de clichês batidos, nos dando um material impecável e de um alto nível de dar inveja a muita banda grande e famosa por aí.
Claro que não é uma re-invenção da roda e um clássico indiscutível, mas mesmo assim é um trabalho maravilhoso e que deve agradar a muita gente por sua alma e luz próprias, já que ouvindo as canções esquecemos completamente das bandas de origem de seus músicos. Pode não ser genial, mas tem coração e e sentimento, o que já é uma grande coisa.
Um dos belos destaques de 2011. Recomendadíssimo!
O For All We Knoe é:
Wudstk (Vocais)
Marco Kuypers (Piano)
Leo Margarit (Bateria)
Kristoffer Gildenlöw (Baixo)
Thijs Schrijnemakers (Teclado)
Convidados:
SharonDenAdel (Within Temptation)
Daniel Gildenlöw (Pain of Salvation)
John Wesley (Porcupine Tree)
Ruud Howuling
Richie Falkoner (Lauren Harri's Band)
Anke Derks (cantora solo)
Damian Wilson (Threshold)
Tom Sikkers (Brotherhood Foundation)
Camilla van der Kooij (Violinista)
Track List:
1. Blind Me (4:08)
2. Busy Being Somebody Else (5:30)
3. Out of Reach (6:01)
4. When Angels Refuse to Fly (5:42)
5. I Lost Myself Today (4:31)
6. Keep Breathing (1:55)
7. Down On My Knees (9:01)
8. Save us... (3:48)
9. Embrace/Erase/Replace/Embrace (2:52)
10. Tired and Ashamed (5:26)
11. Open Your Eyes (5:19)
12. Nothing more... (4:08)
Origami - ThanatoSchizO
Por Ben Ami Scopinho
Ainda que desconhecido em várias nações, o ThanatoSchizO - ou simplesmente TSO - está se revelando um nome bastante atuante em seu país de origem, Portugal. A banda foi formada em 2001 e transmutou em muito sua música, indo inicialmente de uma fusão de Death, Doom e Rock Progressivo, para atualmente abolir praticamente toda a antiga distorção e se focar em um patamar mais emocional em seu mais novo registro, “Origami".
E este quinto álbum de estúdio é marcado pela saída do vocalista, guitarrista e fundador Eduardo Paulo, que optou por se concentrar nas artes plásticas. Em função disso, praticamente todas as vozes foram assumidas por Patrícia Rodrigues, o que, somado ao fato de a banda usar sua criatividade para compor canções bem acessíveis e com uma abrangência tão mais ampla, faz com que os portugueses se esquivem facilmente dos rótulos tão em voga atualmente.
Contato:
Formação:
Patrícia Rodrigues - voz
Guilhermino Martins - guitarra e samples
Filipe Miguel - teclados
Miguel Ângelo - baixo
Paulo Adelino - bateria
ThanatoSchizO - Origami
(2011 / Major Label Industries - importado)
01. inExistence
02. (Un)bearable Certainty
03. Nightmares Within
04. Pervasive Healing
05. RAWoid
06. Sublime Loss
07. Dance Of The Tender Leaves
08. Sweet Suicidal Serenade
09. The Journey's Shiver
10. Hereafter Path
11. Last Of The Few
12. Pale Blue Perishes
Confronting The Mirror - Sized
Por Ben Ami Scopinho
Ainda que Florianópolis seja a capital de um estado, infelizmente não existe muita movimentação no sentido de as bandas de Heavy Metal se prontificarem a lançar discos. São poucos os nomes dessa discreta lista... Assim, é gratificante quando nos deparamos com um novato como o Sized, na ativa desde 2008 e que vem mostrando muita vontade em injetar algum diferencial em seu Thrash Metal em meio a uma cena nacional que se torna cada vez mais competitiva.
Assim, após uma demo que foi bastante requisitada pelo público da região, o Sized se sentiu confortável para sua estreia em disco. "Confronting The Mirror" segue uma linha de Thrash Metal que é old school por natureza e vocação, próximo do que era feito nos primórdios do Sepultura, mas com os catarinenses pinçando elementos típicos do Heavy Metal Tradicional, algo de Death, insinuações progressivas e até mesmo flertando com ritmos brasileiros.
Contato: www.myspace.com/sizedbr
Formação:
Kavera - voz
Vitor - guitarra
Quira - baixo
Ovo - bateria
Sized - Confronting The Mirror
(2010 / Fonomídia - nacional)
01. Suicide
02. Empty
03. For The Enemy
04. Systematic Chaos
05. Way To It All
06. Barquinho... In Hell
07. Above The Throne
08. Insufficient
09. Hypnosis
10. Inside
11. Salvation
Live From The Living Room - Mr. Big
Postado por Renato Trevisan
Que o Mr. Big é uma das bandas mais técnicas do Hard Rock e da música pesada em si, todo mundo sabe. Que a discografia do grupo americano conta com mais lançamentos ao vivo do que com álbuns de estúdio, tudo mundo também sabe. Mas eu pergunto a todos que estão lendo essa resenha: Alguém, algum dia imaginou que a banda lançaria um álbum ao vivo no Japão?!? E pra o espanto de todos... Sim! Eles lançaram!
Brincadeiras a parte, é impossível negar a genialidade do grupo que conta com Eric Martin nos vocais, Paul Gilbert na guitarra, Billy Sheehan no baixo e Pat Torpey na bateria. O quarteto responsável por hits como "To Be With You" e "To Be With You" (risos) realizou sua tão esperada volta aos palcos com a formação clássica em 2009, quando lançou o CD/DVD "Back To Budokan" e, no finalzinho de 2010, lançou seu tão esperado álbum de inéditas, o magnífico "What If...". Logo, as apresentações começaram e, dia 28 de janeiro, realizou-se um "show secreto" para 200 japas sortudos - sortudos mesmo, visto que foram escolhidos por sorteio. E "Live From The Living Room" foi este show, lançado dia 27 de abril em CD (contendo 10 músicas) e DVD (com 15 canções).
Bem, quando falamos de Mr. Big, já é de se esperar um show tecnicamente perfeito e, é justamente isso que temos aqui. Ressaltando apenas que algumas canções, por serem executadas de forma acústicas, perdem alguns de seus detalhes, mas não pecam em nada na mescla entre virtuosidade e feeling. Digo isso pois as versões apresentadas não ficaram tão "encorpadas", já que temos apenas um violão. Creio que seria bem mais viável se Eric Martin fizesse algumas bases com violão, para dar mais "consistência", detalhes e um pouco mais de peso às execuções. Sim, eu disse peso, pois Pat Torpey também abandonou sua bateria e ficou apenas na percussão. Se por um lado isso mostra versatilidade e em alguns momentos dá uma forma bem interessante e um clima amistoso e íntimo ao show, por outro, deixa um espaço vazio, um vácuo dentro da apresentação. Eu vejo isso da seguinte forma: Músicas de Rock precisam de uma condução coesa, mesmo quando executadas em um formado acústico. Logo, a falta de bateria e de mais um violão não foi suprida nem mesmo com o acréscimo da orquestra.
De um jeito ou de outro, ouvir o Mr. Big tocar é sempre um presente para amantes de boa música e "Live From The Living Room" prova isso (mais uma vez). Logo, eles podem lançar um ao vivo no Japão a cada 6 meses, pois de qualquer forma, o Hard Rock agradece... E que venham logo ao Brasil!
Eric Martin - vocais
Paul Gilbert - violão
Billy Sheehan - baixo
Pat Torpey - percussão
01. Undertow
02. Still Ain't Enough for Me
03. Green-Tinted Sixties Mind*
04. As Far As I Can See
05. Voodoo Kiss
06. Where Do I Fit In?*
07. Take Cover
08. Around The World
09. Daddy, Brother, Lover, Little Boy*
10. Stranger In My Life (w/ Strings)
11. All The Way Up (w/ Strings)
12. To Be With You (w/ Strings)
13. Nobody Left To Blame (w/ Taiko Drums)
14. Shy Boy (w/ Taiko Drums)*
15. 30 Days In The Hole*
* -» somente no DVD
Fonte desta matéria: ocaralhoa4.blogspot.com
I Am All - Head:Stoned
Por Ben Ami Scopinho
Tendo iniciado suas atividades em 2006, o Head:Stoned é um novato na cena underground de Portugal, mas que tem conseguido tocar frequentemente por vários pontos do país. Esse contato com o público sempre é fundamental e a resposta adquirida após liberarem o EP "Within The Dark" (09) foi surpreendente, preparando o terreno para seu primeiro álbum completo, que está chegando ao mercado via Major Label Industries.
Tendo o novo guitarrista Nuno Silva participado ativamente do processo de composição, "I Am All" apresenta uma evidente progressão no Thrash Metal oferecido pelo registro anterior, que agora explora uma veia mais Heavy Metal Tradicional e com muitos elementos Doom. O resultado é uma sonoridade bastante curiosa e que se caracteriza principalmente pela dramaticidade, fator que se amplifica ainda mais em função das melancólicas linhas vocais de Vítor Franco.
Contato: www.myspace.com/headstonedmetal
Formação:
Vítor Franco - voz
Pedro Vieira - guitarra
Nuno Silva - guitarra
Verá Sá - baixo
Augusto Peixoto - bateria
Head:Stoned - I Am All
(2011 / Major Label Industries - importado)
01. Through All The Doubts
02. Yet Another Flaw
03. Within The Dark
04. Driven By Fear
05. Invisible
06. Blood Ties
07. Absence Of Closure
08. Hope Lies Dead
09. Reaching The Abstract
10. I Am All
The Yellow Tree - Bad Trip
Por Ben Ami Scopinho
Bem legal essa demo! Enquanto tantas bandas procuram seguir a tendência do momento ou realmente modernizar sua música, o paulistano Bad Trip vai ao sentido oposto. Fundado em 2006, o grupo foi alterando sua formação até se estabilizar com Victor Dehe (voz e guitarra), Daniel Stunges (guitarra), George Erwin (baixo) e Rafael Tatani (bateria), que, enfim, encontraram a linha musical que consideraram ideal.
E seu estilo é totalmente retrô. Tendo como clara influência o rock britânico dos anos 1960 e 1970, o Bad Trip vai um pouco além e se sai positivamente criativo com seus experimentos e flertes de funk e soul, que resultam em algo com um jeitão meio viajante e progressivo. E o mais importante nisso tudo é que há bom senso mais do que suficiente para não soarem pretensiosos - pelo contrário, a coisa toda flui de forma muito natural.
Bad Trip - The Yellow Tree
(2008 / CD-Demo – nacional)
01. The Yellow Tree
02. Dark Hair
Peace Through Superior Firepower - Cradle Of Filth
Por Rodrigo Simas
m abril de 2005, no Elysée Montmartre, em Paris, a entidade conhecida como Cradle Of Filfh (como o próprio encarte os denomina) fez o show gravado para esse DVD, intitulado “Peace Through Superior Firepower”.
Depois das constantes mudanças de formação – hoje, apenas Dani Filth se mantém do grupo original – a banda parece ter se recuperado plenamente com dois bons CDs consecutivos: “Damnation and a Day” (2003) e “Nymphetamine” (2004), e uma extensa turnê mundial que chegou a passar pelo Brasil.
O som em 5.1, que hoje em dia é um dos grandes diferenciais dos DVDs, é pobre, a mixagem é ruim e a bateria (principalmente os bumbos) cobrem quase todos os outros instrumentos, deixando as guitarras num segundo plano. Quase é melhor assistir o show usando o som “normal” 2.0.
Qualidade sonora à parte, as imagens também não ajudam. A resolução não é legal, a edição é fraca e dificilmente quem não é fanático pela banda vai conseguir assistir o show completo sem ficar cansado no meio. As luzes parecem não terem sido pensadas para a gravação, já que elas “brigam” diversas vezes com a imagem (a maioria das bandas tem um cuidado mais do que especial na hora de arrumar a iluminação para uma gravação desse porte) e conseguem piorar o resultado que já não estaria perto do ideal.
Nos extras, algumas coisas legais, como dois documentários (um no estúdio e outro numa sessão de autógrafos) e clipes de diversas músicas: destaque para o bem produzido “Nymphetamine”, com participação da cantora Liv Kristine (que gravou a original) e para o vídeo de “Her Ghost In The Fog”.
No final fica a impressão de que a performance é boa, os músicos desempenham bem seus papéis (o baterista Adrian Erlandsson é uma máquina de torturar a bateria) e as músicas têm qualidade de sobra (é só ouvir todos CDs de estúdio), mas tudo é prejudicado pela qualidade técnica da produção do DVD.
Poderia até entrar na discussão se todos aqueles teatros nas músicas são válidos ou não (já que volta e meia acontece alguma coisa, desde pessoas vestidas com fantasias toscas de demônios dançando no palco, até uma mulher se balançando numa corda), mas provavelmente os fãs devem gostar e fica a critério do gosto de cada um.
Mas que o Cradle merecia um produto com bem mais qualidade, isso merecia.
Voodoo Circle: "cinco caras tocando suas músicas junto"
Vejo como uma banda. Sei que nos reviews aparece como projeto, mas não é como temos isso entre nós. São cinco caras tocando suas músicas junto.
Você ainda está no Silent Force?
Bem, é uma banda que é minha também. Há alguns anos, decidi deixá-la em espera, pois a prioridade era oPrimal Fear, além do Voodoo Circle e o Sinner. Além disso, os outros caras estão ocupados, como DC Cooper que voltou ao Royal Hunt e Andre, que é baterista do Rage, então nesse momento não temos nada planejado para o Silent Force.
E o Primal Fear?
Sou um membro fixo agora. Já anunciamos isso há uns 8 meses, mas não rolou estardalhaço pois muitos achavam que eu já era mesmo (risos). Eu e Mat Sinner somos amigos há mais de 25 anos, então vira quase um negócio de família.
Matéria original: Blog Van do Halen
Wishbone Ash: entrevista com o guitarrista Andy Powell
Matt Warnock: Qual foi a inspiração para as filmagens do documentário “This is Wishbone Ash”?
Andy Powell: Um documentarista francês, fã de WISHBONE ASH, veio até nós e fez a sugestão. O nome dele é Christian Guyonnet. Ele faz parte dessa espécie rara de fãs proativos que utilizam seus talentos para ajudar a promover a banda. Há muita gente excelente que busca nosso bem-estar de maneiras como essa. É inacreditável e gratificante.
Matt: Em que nível a banda se envolveu no processo de filmagem, ou isso foi deixado nas mãos da equipe de filmagem enquanto vocês de concentravam na música?
Andy Powell: Bem, nós fizemos uma reunião inicial apresentando uma espécie de storyboard. Havia uma lista de coisas que nós queríamos conseguir. Nós sabíamos que queríamos incluir imagens de um concerto ao vivo que estávamos fazendo na França naquele momento. Também queríamos mostrar algumas composições menos conhecidas, do final dos anos 70, que estavam sendo revisitadas e ensaiadas. Canções como "Right or Wrong" e "Rainstorm".
Obviamente, houve alguns lances musicais espontâneos que aconteceram enquanto estávamos filmando. E era precisamente esse tipo de coisa que nós estávamos esperando capturar. Estou falando do nascimento concreto de canções durante o processo de composição. Você pode escutar e ver isso muito claramente com a música nova “Reason to Believe”, em que vocês podem nos ouvir tentando dominar os trechos de guitarra durante o estágio das idéias e reunindo os versos, improvisando idéias líricas ao vivo no estúdio.
Também há uma bela seqüência lírica que o Christian filmou enquanto estávamos tocando o instrumental “Lullaby”. Ele tinha a idéia de construir uma seqüência inteira em torno dessa música com alguns planos no terreno de um velho solar na Normandia, com as pessoas por ali, e sobrepor essa filmagem a cenas da banda mandando ver ao vivo, mas essa filmagem acabou sendo transposta para slow motion. Nem em um milhão de anos eu poderia ter uma idéia dessas. E deu realmente muito certo com as imagens da banda tocando a música nesse pequeno ensaio. Edição genial e grande exemplo da arte do cineasta.
Matt: Você está satisfeito com o filme acabado? Há planos para fazer outros documentários para futuros álbuns ou então para documentar uma turnê?
Andy Powell: Muito satisfeito. Sob o ponto de vista técnico, Christian e sua equipe têm toneladas de experiência em documentários de vários tipos, musicais e tantos outros. Os franceses têm uma grande tradição nesse tipo de filme. Não há muita coisa brilhante e pretensiosa acontecendo, mas sim uma captura profunda da atmosfera, com todas as imperfeições. É muito honesto. Você pode perceber que, no início, nós estamos um pouco nervosos, nos acostumando à presença permanente das câmeras e então, gradualmente, as coisas começam a ficar mais relaxadas, chegando a um ponto em que mal nos damos conta das câmeras.
Não existem planos imediatos para realizar outro documentário, já que só agora estamos nos acostumando com esse que temos agora. É algo completamente novo para nós. Contudo, alguns registros de turnê saíram no nosso recente DVD de 40º aniversário do show em Londres. Foi uma espécie de mini road movie.
Matt: A banda tem permanecido junta, entre saídas e entradas, desde 1969. A que você atribui esse sucesso de longo prazo enquanto muitos de seus pares acabaram caindo no esquecimento ao longo dessas décadas?
Andy Powell: Em primeiro lugar, o WISHBONE ASH tem sido uma entidade permanente, sem interrupção, desde 1969. Se alguém decidiu deixar a banda, foi substituído. As pessoas saíram de uma maneira fragmentada. A banda nunca se separou, ao contrário de tantas dessa era. Houve períodos em que três dos membros originais estavam lá, depois dois, e agora um. E assim é com muitas outras bandas, comoJETHRO TULL, DEEP PURPLE e THIN LIZZY. É um pouco como as equipes esportivas com uma grande história, um grande ethos. É esse espírito que segue adiante com os fãs e com a própria música.
Até certo ponto, eu tenho que relutantemente levar algum crédito por manter banda para frente nos altos e baixos e ao longo das várias mudanças no negócio da música durante esses últimos 41 anos. Eu realmente comprei a idéia original da banda de energia positiva e ação positiva, desde o começo. Nós todos nos comprometemos com isso. Infelizmente, nem sempre é possível para os indivíduos colocar isso em prática o tempo todo. Eu tenho sido afortunado por ter um histórico favorável com essa minha perspectiva de jamais desistir.
Algo que tem me mantido numa posição favorável é a humildade e o pragmatismo. Por um lado, eu acredito que a banda tem fortes raízes nos anos 70 e a ética do trabalho que todos nós tínhamos naquela época ainda permanece. Além disso, percebi que nós somos essencialmente uma banda de apresentações ao vivo, e é justamente aí que a coisa fica séria. É aí que acontece a verdadeira ação, ao vivo no palco. Antigamente, de tempos em tempos éramos deixados de lado pelos selos das gravadoras e suas prioridades. Então, havia os managers, ou seja lá quem fosse, tentando justificar suas posições, mas a solução era sempre continuar tocando, se apresentando e gravando.
Além disso, nós nunca fomos estereotipados com insanidades do tipo “vocês só são tão bons quanto seu último single”. Nós simplesmente jamais tivemos singles que fossem grandes hits. Isso nos permitiu ficar um pouco fora do radar e, ao mesmo tempo, nos deixou aptos a tocar ao redor do mundo em todos os contextos imagináveis. Assim, só no ano passado, nós visitamos todos os países da Europa, América do Norte, Canadá, além de Japão e África do Sul. Nada mal. Ontem à noite cheguei em casa depois de retornar de Dublin, minha sexagésima apresentação só este ano.
Matt: Quais foram algumas das maiores mudanças, boas e ruins, que você percebeu na indústria da música nessas últimas quatro décadas?
Andy Powell: A especialização da música, a categorização de tudo. Parece que se você é R&B não pode ser Folk ou se você for Prog, então não pode fazer Blues, esse tipo de coisa. O que era maravilhoso no começo dos anos 70 é que você podia fazer o que bem quisesse. Há também uma vida útil curta para tudo agora. As coisas não duram. Naquela época, estávamos ditando as regras e produzindo clássicos de certo modo duradouros.
Isso não quer dizer que as pessoas tenham menos talento agora. Não é isso. É apenas sociologicamente diferente. Agora, a sociedade se tornou Rock n’ Roll. Os baby boomers empurraram seus ideais no mundo inteiro, para o bem ou para o mal. Não há muito contra o que se rebelar, exceto a ganância corporativa e o novo stablishment, o que não é fácil dada a imensidão demográfica dessa sociedade em envelhecimento que temos agora.
No nível empresarial, é muito daquilo que sempre foi. Todos aqueles ideais de alternativas e de um negócio gerido pelo próprio músico deram lugar à coisa corporativa, do tipo Live Nation. Você tem simplesmente que passar por cima e trabalhar ao largo disso tudo. Isso não tem muito impacto sobre o WISHBONE ASH.
Matt: Em 1998 houve alguma controvérsia envolvendo o copyright do nome da banda. Essa questão foi resolvida e todos foram capazes de seguir em frente e voltar o foco para a música?
Andy Powell: Deixe-me dizer isso, o foco do WISHBONE ASH é cem por cento na música. Sempre foi. Não houve controvérsia em 1998 sobre a questão da marca. Houve uma percepção depois, e uma tentativa subseqüente de três dos membros originais em registrar o nome para seu uso próprio. Isso aconteceu há uns dois anos, depois de 20 anos fora da banda, no caso de alguns indivíduos.
Eu registrei o nome junto às autoridades de marca em 1998. Acredito que foi há 13 anos, especialmente porque nunca houve um registro anterior. Eu percebi que a cena estava se tornando cada vez mais confusa com todas essas bandas de tributo e que estava ficando difícil de distinguir o que havia de verdade nessa realidade.
O legado dessa grande banda, WISHBONE ASH, pode estar realmente ameaçado dessa maneira, como tem acontecido com outras bandas. De fato, eu estava fazendo um favor aos ex-membros originais da banda ao proteger o nome do mau uso por impostores musicais e de outros tipos. Eu tive que regularmente proteger o nome da banda do uso indevido, de empresas de vestuário a cachorros de desenhos animados.
Todos os membros originais tomaram seus próprios rumos e estavam vivendo no interior cultivando hortaliças ou algo do gênero e, na maioria dos casos, não estavam fazendo música. Por insistência de uma terceira parte interessada, os caras tentaram fazer o registro, como eu disse. As autoridades de registro imediatamente decidiram em desfavor deles. Na Alemanha, por exemplo, o judiciário de lá deu proferiu uma decisão contra o uso indevido do nome num certo local, que estava confundindo os fãs quanto a quem realmente estava se apresentando por lá, nesse local na Baviera. Eles estavam anunciando que o WISHBONE ASH estava se apresentando na cidade, numa casa de shows em Würtzburg. Esse tipo de lance está acontecendo muito agora. É uma espécie de coisa da recessão desesperada.
A tendência agora é que vários músicos que entregaram os pontos no passado resolveram sair da toca, percebendo que esse é o melhor momento de suas vidas e tentaram ressuscitar aquele sentimento em si mesmos, além de fazer um pouco de dinheiro pelo caminho. Quanto a mim? Eu jamais tive que manter esse diálogo comigo, simplesmente porque eu nunca abandonei turnês e gravações, e nunca deixei o WISHBONE ASH. Ponto final.
Matt: Como você se sente em relação ao projeto do Martin Tuner que ele chama “MARTIN TURNER’S WISHBONE ASH”?
Andy Powell: Ele originalmente decidiu voltar a tocar baixo de novo, cerca de cinco anos atrás. Eu aplaudi isso. Ele me perguntou se eu me importaria caso ele utilizasse o nome “MARTIN TURNER’S WISHBONE”. Eu disse que não. Ele, então, na última hora, saiu-se com esse nome que você mencionou, o que causou, subseqüentemente, o tipo de controvérsia ao qual você se referiu anteriormente.
O triste disso é que promoters e managers passaram por cima dessa confusão mercadológica, e, como eu temia, exploraram esse comportamento em busca de grana rápida. Desse modo, jogam pra baixo valores e trabalham para acumular nossos territórios duramente conquistados, sempre utilizando as palavras WISHBONE ASH em sua publicidade. O público, então, acredita que se trata da única e mesma entidade que tem dedicadamente produzido CDs e DVDs por 41 anos. É terrível para o retorno do Marty da música, maculando tudo o que ele faz agora. Completa perda de credibilidade. Triste para ele e para seu legado.
Matt: Quais guitarras você utilize hoje em dia nos palcos e no estúdio?
Andy Powell: Agora sim uma pergunta bem mais interessante! Eu tenho várias Flying V’s, é claro. Ninguém esperaria o contrário. Há algumas Gibson, minha original '67, meu modelo branco '72 , além de alguns modelos customizados por gente como Kevin Chilcott e, também um recente do Jon Case. Ambos esses caras são excelentes luthiers no Reino Unido.
Recentemente ressuscitei minha Telecaster original de 1952, que pertencia ao ROY BUCHANAN, e a tenho utilizado nos palcos. É uma guitarra animal, realmente um instrumento formidável. Além disso, eu uso Suhr, Music Man e, mais recentemente, Duesenberg alemã. Eu tenho desde uma Strat mexicana fantástica, que eu comprei por $400, até uma cara Fender Custom Shop reedição '54, e assim por diante. Eu também tenho uns amplificadores Fender vintage dos anos 50, tweed combo, que eu sempre usei em estúdio, como Bassmans e Concert amps. Eu adoro aqueles alto-falantes de 10 polegadas.
Matt: Exatamente agora você está na estrada nos EUA e, depois, de volta à Europa. A vida na estrada não se torna muita cansativa ou a energia que vocês recebem em suas apresentações mantém em vocês o amor pela programação constante das turnês?
Andy Powell: Ah, por favor! É como perguntar “a sua vida nunca se torna cansativa”? Bem, às vezes eu passo um dia ruim, em pé numa fila da segurança de aeroporto, mas ser um músico é a minha vida e, em resposta à questão: sim, eu tenho um prazer imenso em tocar, gravar, fazer DVDs etc. Você recebe muita energia de volta da música. Esse é o melhor “trabalho” no mundo: viajar, conhecer pessoas, visitar culturas interessantes e ser instigado por diferentes atitudes, costumes, culinária, cenários. Se você está disposto a isso, então se torna estimulante.
Todavia, não é para todo mundo. Minha mãe de 90 anos me disse que eu sempre fui uma criança inquieta. Eu sempre quis saber o que estava acontecendo além do muro do quintal e sempre fugia pra longe do nosso bairro, à medida que crescia. Na verdade, na primeira vez que saí de casa eu viajei por terra até Marrocos, saindo de Londres. Eu tinha cerca de 17 anos na época. Aparentemente, nunca olhei pra trás para dar adeus.
Confira a matéria (em inglês) e algumas fotos no link abaixo.
Fonte desta matéria (em inglês): Guitar Internantional
Cliteater: entrevista com o guitarrista/ pitch vocal Ivan
Logo após postar a resenha do novo trabalho da banda holandesa Cliteater – “The Great Southern Clitkill”– mandei umas perguntas para o guitarrista e pitch vocal (vocal com efeito) Ivan Cuijpers, pensando que demoraria dias, ou talvez semanas para que ele as respondesse. Para a minha grata surpresa, ao abrir o e-mail na manhã seguinte, estava lá a entrevista respondida, tudo bonitinho, prontinha para ser traduzida e publicada. Pois aqui está, fãs do bom e velho grindcore, as palavras bem humoradas do senhor Cuijpers. Além dele, fazem parte da fabulosa Cliteater Joost Silvrants (Vocal), Vedran Bartolcic (baixo), Robbie Pennings (guitarra) e Clemens Kerssies (bateria).
Som Extremo: Olá, Ivan Cuijpers, tudo certo? O que você pode nos contar sobre o mais recente álbum do Cliteater – “The Great Southern Clitkill” - aos fãs brasileiros?
Ivan Cuijpers: O álbum foi gravado em junho de 2010, durante a Copa do Mundo na África do Sul. Infelizmente não vencemos a final ahah. Essa foi a primeira vez que gravamos na Alemanha, no famoso Soundlodge Studio, por Jorg Uken. Foi uma ótima experiência. Jorg fez um grande trabalho, criando um som “brutal na sua cara”. Estamos muito felizes com o resultado final! O álbum foi lançado ao redor do mundo pelo selo alemão War Anthem Records em outubro, e tem obtido ótimas críticas. Estamos muito satisfeitos com o novo álbum.
Som Extremo: E existe uma “lei” que obriga vocês a “satirizarem” outros álbuns, como do Metallica (na verdade, é um homevídeo), do Death ou do Pantera, por exemplo? ahah
Ivan Cuijpers: Ahah Não, não há uma lei, mas agora fazemos esse tipo de coisa porque agora é parte da história (da banda). Nosso próximo split 7” se chamará “For Those about to Eat Clit, We Salute You” (Nota do Redator: o nome é uma paródia de um álbum do AC/DC). Já sabemos até o próximo título (de um futuro álbum), mas não posso dizer qual é! Ahah É segredo! ;)
Som Extremo: Você acha que a banda tem o reconhecimento que merece?
Ivan Cuijpers: Não sei, estou ocupado fazendo meu trabalho, escrevendo músicas e tocando sempre que possível.
Som Extremo: O vocalista Joost Silvrants também canta no Inhume. É difícil para vocês (e obviamente para ele) trabalhar com as duas bandas? Como funciona a agenda de shows?
Ivan Cuijpers: Isso não é problema. Viemos da mesma área e ensaiamos no mesmo lugar. Temos a agenda meio tranqüila, e quando dá, ele pode tocar com as duas bandas no mesmo evento.
Som Extremo: Como é o processo de composição de letras e da parte instrumental da Cliteater?
Ivan Cuijpers: Nós apenas fazemos umas jams no local de ensaio e quando alguns riffs soam legais, criamos uma música, gravamos e mandamos uma demo para Joost. Então, ele cria as letras e BOOM, uma nova música do Cliteater nasce. Às vezes escrevemos 3 ou 4 músicas em 2 horas!
Som Extremo: Atualmente a Holanda conta com ótimas bandas extremas. Como é a cena por aí? Que bandas destacaria?
Ivan Cuijpers: A Holanda tem grandes bandas de death metal, thrash metal, grindcore, etc. Minha banda favorita é nova, chamada Dictated. Dê uma conferida no www.myspace.com/dictatedmusic.
Som Extremo: A pergunta que não quer calar: quando a Cliteater virá ao Brasil?
Ivan Cuijpers: Iremos se conseguirmos alguma oferta, fácil assim! Ahah Esperamos poder tocar aí um dia, ouvi várias grandes histórias de bandas que já tocaram aí!!!
Som Extremo: Muito obrigado pela entrevista, Ivan. Por favor, deixe uma mensagem para os fãs brasileiros.
Ivan Cuijpers: Saudações, Brasil! Espero que tenham curtido esta entrevista. Fiquem à vontade para darem uma olhada em nosso novo website: www.cliteater.net. Permaneçam fiéis ao clitóris (N. do R.: Cliteater significa “comedor de clitóris”), e esperamos tocar qualquer hora no Brasil!!!
Abaixo, o clipe da música "Cock & Love" que, embora não seja do último trabalho, dá uma boa noção do que é a Cliteater:
Matéria original: Som Extremo