17 de novembro de 2010

Raimundos Hollywood Rock 1996





Gravado em janeiro de 1996 no Festival Hollywood Rock, na mesma noite que tocaram Urge Overkill e Jimmy Page & Robert Plant. Após esse show deu origem ao Cesta Basica. 

1. Tora-Tora 
2. Eu Quero Ver o Oco 
3. Bê-a-bá
4. Cajueiro/Rio das Pedras 
5. Minha Cunhada 
6. Marujo 
7. Rapante 
8. Bestinha 
9. Esporrei na Manivela 
10. Selim 
11. O Pão da Minha Prima 
12. Nêga Jurema 
13. Puteiro em João Pessoa 
14. Palhas do Coqueiro

Gibson: elege "Back in Black" como o melhor riff dos 80s


A Gibson divulgou uma lista com os 10 maiores riffs da década de 80 do século passado. Embora tenha classificado apenas os riffs da década de 80, o site ressalta que os grandes riffs começaram a surgir já na década de 50 como na música “Susie Q“, do cantor e guitarrista Dale Hawkins (vale ressaltar que a música ganhou fama quando saiu no debut “Creedence Clearwater Revival!” do CREEDENCE CLEARWATER REVIVAL em 1968), mas que foi na década seguinte, graças às mãos dos grandes Dave Davies (THE KINKS), Pete Townshend (THE WHO), Keith Richard (THE ROLLING STONE) entre outros nomes, na maioria vindos da terra da Rainha, que os riffs ganharam mais expressão.
Nos anos 70, relata o site, os riffs passaram a ser partes integrantes do rock “clássico”, citando como exemplos as músicas “Iron Man” do BLACK SABBATH, nas mãos de Tony Iommi, e “Sweet Home Alabama” do LYNYRD SKYNYRD, nas mãos de Ed King. Sendo assim os anos 80 mantiveram a tradição de grandes guitar heros com os já existentes de épocas passadas, como Keith Richards e Tony Iommi, como os da nova safra, como Slash e Viviam Campbell. Com base nisso o site listou os melhores riffs da década de 80, tarefa árdua diante de tantos monstros da guitarra como Van Halen, Tony Iommi e os “garotos” do IRON MAIDEN. Confira a lista.
10. RUSH, “Limelight”
Alex Lifenson consegue se destacar através de solos criativos fazendo o seu melhor desde “Passage to Bangkok., mesmo dividindo o palco com o melhor baixista e provavelmente o melhor baterista na Terra.
9. GUNS N´ROSES, “Sweet Child o’ Mine”
Mesmo o álbum “Appetite for Destruction” contando com pesos pesados como “Welcome to the Jungle” e “Mr. Brownstone” foi na balada do CD que estava o riff mais original e memorável. Créditos para SLASH e Izzy que fizeram uma balada se tornar um exercício tortuoso para as mãos.
8. THE CLASH, “Should I Stay or Should I Go”
As vezes só precisa de dois acordes para fazer algo memorável, e foi isso que Mick Jones e Joe Strummer fizeram e deixaram de exemplo para os novatos.
7. MICHAEL JACKSON (com Steve Lukather), “Beat It”
Nem heavy metal é, mas tinha nomes de peso. Embora a música embora tivesse um solo insano de VAN HALEN, foi o gênio Lukather quem a impulsionou.
6. JUDAS PRIEST, “Breaking the Law”
Os fãs do Priest poderão perguntar por “Livin’ after Midnight” ou “Heading Out to the Highway”, mas “Breaking” consegue unir simplicidade e brutalidade.
5. DEF LEPPARD, “Photograph”
Lembra a abertura de "A Hard Day's Night" dos BEATLES e há duas partes de guitarra entrelaçadas sobre esta explosão aparentemente simples de piromania.
4. SCORPIONS, “Rock You Like a Hurricane”
Talvez a mais pesada combinação de simples e poderosos acordes já feitos graças aos cinco acordes de Rudolph Schenker na música tornando-a instantaneamente memorável.
3. OZZY OSBOURNE (com Randy Rhoads), “Crazy Train”
Era difícil na década de 80 não encontrar algum garoto que não estivesse tocando isso. A agitação e a sinistra abertura a arremessam você para diante e cria uma dinâmica que nunca cessa.
2. The ROLLING STONES, “Start Me Up”
Doze anos depois de “Honky Tonk Women”, Keith Richards consegue criar outra jóia. Esse agitado clássico de 1981 ainda hoje é tocado nos estádios futebol na hora do ponta pé inicial, mesmo tendo se passado 30 anos de seu lançamento.
1. AC/DC, “Back in Black”
Talvez o maior álbum de todos os tempos repleto de clássicos riffs. Marca também a despedida do saudoso Bon Scott. Os irmãos Young fritaram alguns dos maiores riffs de suas carreiras neste álbum, uma obra prima (inclulem aí “You Shook Me All Night Long,” “Hell’s Bells” e “Have a Drink on Me”), mas o destaque maior, claro, vai para a hard/heavy faixa título.
OBS: você pode, por diversas razões, não concordar com a lista, mas só lembrando, ela foi feita pela Gibson e aqui apenas foi feito um resumo do que o site postou.
E você? Qual considera o melhor riff de guitarra dos anos 80? E das outras décadas? Comente no fórum abaixo.
Fonte desta matéria: Gibson

Angra: "seria legal, mas não preciso deles para ser feliz"


A Radio Metal divulgou uma entrevista com o guitarrista doANGRA  Kiko Loureiro. Entre outros assuntos, Kiko fala sobre o novo álbum “Aqua”, o retorno do baterista Ricardo Confessori e a possibilidade de um evento especial para celebrar o 20º aniversário da banda no ano que vem. Segue alguns trechos.
Você sente falta da amizade que tinha na época de ANDRE MATOS e Luis Mariutti?
Kiko: ”Na verdade não penso nisso. Naturalmente seria legal se todos tivéssemos bons relacionamentos. Por isso foi bom ter Ricardo de volta. Mas isto aconteceu muito naturalmente: você encontra com alguém, fala a respeito dos velhos tempos e se diverte, e a próxima coisa você sabe, você oferece a ele para tocar contigo de novo. É isso o que aconteceu com Ricardo, e percebemos que a química ainda está lá. Isso não aconteceu com Andre. Um agente certa vez me pediu para chamar Andre para fazer uma turnê. Isso pareceria forçado, e tem que ser algo natural. Mas o clima no ANGRA é legal no momento, não temos razões para chamar um outro cara que vá estragar a situação”.
Ano que vem vai ser o 20º aniversário do ANGRA. Seria possível ter Andre e Luis de volta para um evento especial?
Kiko: “Isto seria legal. É uma idéia, podemos ver a respeito disso. Mas não é como se eu precisasse daqueles caras para ser feliz. Talvez seria legal para os fãs, mas por agora, a banda está fazendo bem. Por isso que estou dizendo que tem que ser natural, não forçado. Se eu tiver algum convite ou encontrar com eles em algum bar, talvez pudéssemos conversar, relembrar como começamos 20 anos atrás e relembrar o quão legal era. Então talvez poderíamos pensar a respeito de um evento especial para o aniversário e tocar, por exemplo, ‘Carry On’ como fazíamos 20 anos atrás”.
Mas se você está esperando por eles tomarem a atitude e eles estão esperando por você fazer isso, nada irá acontecer!
Kiko: “Sim, claro, poderíamos convidá-los. É algo que pensaríamos a respeito para o próximo ano. Eu não sei da parte deles mas da minha não teria nenhum problema com isso.”
Entrevista completa (em inglês):
Fonte desta matéria (em inglês): BW&BK / Bravewords.com

Rhapsody Of Fire: curiosidades a respeito da banda

A pouco menos de um mês para o tão aguardado retorno dos italianos do RHAPSODY OF FIRE, RHAPSODY para os mais íntimos que se apresentaram aqui pela primeira e única vez, até então, no distante ano de 2001 estive vasculhando algumas coisas que eu tinha no computador, meio antigas realmente, a respeito da banda. Segue abaixo algumas curiosidades a cerca da banda como mudanças de vocalista, baixista e baterista, treta entre Luca Trulli e Fabio Lione, Thunderforce, e muita mais.


Mudanças no vocal


Embora Fabio Lione seja de fato a voz do RHAPSODY OF FIRE, Cristiano Adacher foi o primeiro vocalista da banda e com ele gravaram os dois primeiros DEMOs, ainda com o nome Thundercross, porém antes de entrarem em estúdio para gravar o primeiro CD da banda, já como RHAPSODY, “Legendary Tales”, Lione assumira os vocais, e aí todos sabem no que deu, mas...
Imagem

Fabio Lione critica “Land of Immortals”

A banda além de ser conhecida por suas grandes orquestrações e claro as letras baseadas nos contos “tolkkienianos” às vezes é alvo de críticas por explorar demais esses contos, mas o que nem Luca e nem Staropolli esperavam era que a crítica viria tão cedo de onde eles menos esperavam, de dentro da própriacasa. Durante a gravação de “Land Of Immortals”, hoje um dos vários hinos da banda que infelizmente é pouco tocada ao vivo, Lione sentiu nojo da música, puxou o microfone e murmurou “isto é uma merda”. Luca depois, em entrevista à época do “Power Of The Dragonflame”, comentou “não é um segredo que nós nunca tivemos uma grande relação com ele [Lione]”. Ainda bem que isso é águas passadas, difícil imaginar a banda sem os vocais de Lione.

Sascha Paeth no baixo

Andrea Furlan foi o primeiro a ocupar o cargo, mas antes do lançamento do CD debut ele saiu e em seu lugar trouxeram Alessandro Lotta. Lotta está presente no encarte do primeiro CD, porém as linhas de baixo foram tocadas pelo o grande “mago” das produções Sascha Paeth e seu escudeiro Robert Hunecke-Rizzo, ambos posteriormente viriam a fazer parte da banda solo de Luca.

Problemas com Felipe Andreoli e Luis Mariutti

Após uma polêmica entrevista a uma revista os brasileiros comentaram que o RHAPSODY [OF FIRE] era uma falsa banda e que o produtor e guitarrista/baixista Sascha Paeth era quem fazia tudo na banda, desde tocar até programar a bateria. Esse fato azedou os italianos que divulgaram nota lamentando o fato e até propuseram pagar a passagem de avião para ambos conferir o RHAPSODY [OF FIRE] trabalhando em estúdio.

Rhapsody In Black

Pois é, isso mesmo, uma versão black do RHAPSODY. Há muitos anos essa era uma das idéias que Turilli tinha em mente. Não se sabe muitos detalhes sobre isso, pois nunca chegou a ocorrer de forma descarada, o certo é isso nunca veio a acontecer... Seria interessante ouvir algo do tipo vindo da banda.

“3” bateristas já passaram pela banda

O 3 está entre aspas pelo fato de conhecermos apenas dois, embora sabemos quem um suposto terceiro baterista gravou mais da metade da discografia da banda. Danielle Carbonera foi o primeiro baterista e saiu após o “Symphony Of Enchated Lands”. Depois disso a banda passou a contar com dois bateristas, pelo menos ao vivo quem comandava era o alemão Alex Holzwarth, por que em estúdio era...

Thunderforce, o maior mito da banda

Se você pegar os encartes dos CDs a partir do “Dawn Of Victory” verá fotos com Alex Holzwarth, porém, embora estando na banda desde 2001 ele só pôde gravar com a banda em 2004 no EP “The Dark Secret”. Luca alegava que por questões contratuais não poderia revelar o real nome do baterista Thunderforce.

Lione e os “Santos”

“MUCHAS GRACIAS SAN PAULO. ..EHH, SANTIAGO OR SAN PAULO?!” A frase é de Fabio Lione em pleno show em Santiago do Chile. O show em terras chilenas foi poucos dias antes do show na capital paulista.

Banana cósmica

Bem, acho que essa talvez seja a mais criativa, assim digamos, das respostas de Luca. Certa vez perguntando o que representava “Gaia” [na época ele tinha em mente lançar um site “Defenders Of Gaia”, nome que anos depois virou música extra do álbum Triumph Or Agony – para mais informação pesquise por “Teoria de Gaia” ou “Hipótese de Gaia”] e em um trecho da resposta ele comenta: “O milagre da vida. Olhe esta banana que estou comendo. Prove e você sentirá o poder da vida, da energia cósmica. Esta é uma banana cósmica!”

Sepultura: brasilidade ao máximo em "Kaiowas"

Apesar dos álbuns "Beneath The Remains" (1989) e "Arise" (1991) introduzirem o nome do SEPULTURA internacionalmente, apenas após o lançamento de "Chaos A.D" (1993), quinto álbum da banda, o SEPULTURA atingiu seu amadurecimento musical, acrescentando brilhantemente a música regional ao seu som pesado e agressivo.



Imagem

Inicialmente a ideia parece um tanto estranha, mas os elementos da música regional, tal como a influência de música tribal foram fundamentais em "Chaos A.D" e contribuiram para consolidar, de uma vez por todas, o SEPULTURA entre os grandes representantes da música pesada. "Kaiowas", quinta faixa do álbum, é certamente uma das peças mais intrigantes do disco.



A música é uma instrumental que difere de tudo que a bandajá lançou, sendo bastante acessível - ela não traz todo o peso presente nas outras faixas de "Chaos A.D".

O nome da canção faz referência direta aos Caiouás (Kaiowá), povo guarani cujas aldeias distribuem-se em partes da Argentina, Bolívia e partes do estado brasileiro do Mato Grosso do Sul.

De acordo com a banda:


"Esta canção é inspirada por
Uma tribo indígena brasileira chamada "Kaiowas"
Que vivem na floresta tropical
Eles cometeram suicídio em massa
Como um protesto contra o governo
Que estava a tentar tirar a sua terra santa"



Veja a matéria completa no link abaixo.

http://hangover-music.blogspot.com/2010/10/coluna-playlist-2-sepultura-kaiowas.h...


Versão completa desta matéria: Hangover Music

Da Morte ao Mito: Keith Richards, biografia de um mito vivo


revista Veja publicou em sua edição desta semana, uma divertida entrevista com Keith Richards, guitarrista do ROLLING STONES e eterno pai do Capitão Jack Sparrow, de Piratas do Caribe. Estarrecida com a (engraçada) ironia do músico, não hesitei em deixar de dividir com vocês a modéstia do ídolo que considera-se um mito vivo.
Com o título “Sou um sujeito família”, a revista Veja, em tom descontraído, leva a conversa com a celebridade que se considera portadora de um sangue imbatível. Richards diz estar limpo e afirma nunca ter tido problemas com DROGAS, somente com a polícia. Além de suas travessuras no Rolling Stones, Richards leva a vida de uma maneira tranqüila e parece lidar com a fama como algo divertido.
Leia a matéria completa no link abaixo.
Mais informações: Da Morte ao Mito

Kings Of Leon: em quadro humorístico usando perucas


Na sexta-feira passada, o KINGS OF LEON participou  do programa Late Night com Jimmy Fallon para divulgar seu mais novo disco, “Come Around Sundown”.
Além de participar  musicalmente do episódio, a banda também apareceu em um quadro onde os quatro membros colocaram perucas e se vestiram de recepcionistas de um hotel bizarro, o Slappington, onde o cumprimento é um tapa (ou “slap”) e o hóspede a ser atendido é o próprio Jimmy Fallon.
Você pode assistir o quadro logo abaixo, bem como a performance de “Mary” no programa.

Travis Barker com Tom Morello: assista novo videoclipe


Travis Barker está lançando o seu primeiro álbum solo chamado “GIVETHEDRUMMERSOME”. E o segundo clipe deste disco é da música  “Carry It” que Travis gravou com o guitarrista do Rage Against The Machine, Tom Morello, e também com Raekwon, do Wu Tang Clan e o RZA.
O primeiro clipe deste álbum foi da música “Jump Down” com o The Cool Kids. O disco solo de Travis deve sair em Fevereiro de 2011 e além das participações acima ainda vai contar com nomes como Ludacris, Snoop Dogg, Lupe Fiasco, Lil Wayne e mais.
Assista o vídeo no link abaixo.

Andre Matos: Projeto Caixa Preta no SESC Santo André


Andre Matos faz show nesta sexta-feira, dia 19 de novembro, às 21h, no SESC Santo André, no Espaço de Eventos. O show faz parte do Projeto Caixa Preta do Rock. Com ingressos a R$16, é uma oportunidade imperdível para os fãs do ABC Paulista e da Grande São Paulo assistirem a mais uma grande apresentação do vocalista. A banda promete um repertório especial, que inclui músicas dos dois CDs solos, grandes clássicos de sua carreira e mais surpresas a cada show.
Em turnê do disco "Mentalize", nos palcos de Manaus, Acre, festival Porão do Rock em Brasilia, Rio de Janeiro e recentemente, São Paulo, ANDRE MATOS  tem mostrado porque é considerado pela crítica especializada e pelo público o melhor vocalista de heavy metal do Brasil e um dos maiores nomes do metal de todo o mundo.
Além da impecável performance do frontman ANDRE MATOS nos vocais e piano, a banda conta com os talentosos instrumentistas Hugo Mariutti (guitarra), André ‘Zaza’ Hernandes (guitarra), Bruno Ladislau (baixo), Fabio Ribeiro (teclados) e Eloy Casagrande (bateria).
Data: 19/11/10 - sexta-feira
Horário: 21h
Local: SESC Santo André – Espaço de Eventos
Endereço: Rua Tamarutaca, 302, Vila Guiomar, Santo André - SP
Ingressos: R$ 16,00 (inteira); R$ 8,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, professores da rede pública de ensino e estudantes com comprovante); R$4,00 (trabalhador no comércio e serviçosmatriculado no SESC e dependentes)
Informações: 11 4469-1200
Press-release: Vera Kikuti

Hard Rock - Aqueles que ficaram para trás - Parte 1

Muito já foi dito sobre a explosão do hard rock na década de oitenta, de onde surgiram as grandes bandas que todos já conhecem e seus discos que são citados até os dias de hoje. Mas e os outros conjuntos, aqueles que lançaram um ou outro disco, ficando na maior expectativa, não estouraram ou que, no máximo, tiveram seus “quinze minutos” de fama?


Pois bem, este texto é dedicado a estas bandas de segundo escalão, que lançaram ótimos trabalhos e caíram no esquecimento ou que continuam na ativa até hoje, tocando em locais tão pequenos que nem vale a pena mencionar, fazendo sempre o mesmo rock n´ roll pesado que ainda faz a cabeça de muita gente por aí.
A grande maioria destas bandas não se enquadra no quesito “visual andrógino” tão em voga na época, pois seus discos não chegaram a fazer sucesso tempo suficiente para que as grandes gravadoras exercessem pressão nesse sentido. São somente alguns amigos tocando o que curtem, com sonhos e muita ansiedade na cabeça.
Vamos a alguns destes bons discos:


THE THROBS
The Language Of Thieves And Vagabonds
(1991- Geffen Records)
Imagem

Imagem

Faço questão de começar pelo excelente The Throbs, quarteto formado pelo canadense Ronnie Sweetheart nas vozes e os norte-americanos Danny Nordahl no contrabaixo, Johnny Thunders na guitarra e Roger Magri nas baquetas.
Tudo começa em 1988, num destes típicos clubes noturnos de New York, quando Sweetheart, recém-saído do Canadá, conhece o compositor Danny, que já tinha bons músicos também dispostos a começar algo, mas faltava um vocalista que se encaixasse de maneira satisfatória. Nos ensaios o entrosamento é excelente e surge The Throbs, com um som simples e muito contagiante; aquele rock n´roll setentista cru como o velho AEROSMITH e Stones faziam no início de suas carreiras, mas bem mais pesado e com um leve cheiro psicodélico.
Dão uma geral tocando em tudo quanto é clube de New York e sem nenhuma demo, apenas na raça, acabam fechando contrato com a Geffen Records, que fica bastante impressionada com o que vê e escuta, tanto que aciona Bob Ezrin, famoso por produzir ALICE COOPER, para a produção de seu primeiro e único disco, “The Language of Thieves and Vagabonds”, que sai em 1991.
Cheio de idéias diferentes para cada faixa, apresentando músicas pesadas e variadas, onde o grande destaque vai mesmo para o tatuadíssimo Sweetheart, que com sua voz marcante, entre berros e excelentes melodias vocais consegue realmente chamar a atenção. Com canções pesadas como “Underground”, “Come Down Sister”, “It's Not The End Of The World”, a bonita balada bem Stones “Honey Child” e a viajante “Ocean Of Love”, a banda parte se apresentando nos EUA, Europa e Japão. Mas, apesar de ter um disco e tanto em mãos, platéias que interagissem com sua música onde quer que toquem; o que poderia ser promissor cai no marasmo, única e simplesmente pelo fato de todas as gravadoras da época começarem a focalizar suas atenções para o novo filão do momento: o grunge.
Apenas como citação, a capa de “The Language Of Thieves And Vagabonds” é uma reprodução de uma tela pintada em meados do séc. XIX por um paciente de um manicômio que havia esfaqueado seus pais, sendo uma pintura com tantos detalhes que realmente nunca chegou a ser concluída.


KIX
Blow My Fuse
(1988 - Atlantic Records)
Imagem

Imagem

Originalmente chamando-se “Shooze”, depois “Generators” e finalmente, Kix, essa banda de Baltimore surgiu em 1979, fazendo uma mistura de Led Zeppelin com AC/DC. Esses amigos tocavam seis dias por semana em tudo quanto é buraco que aparecesse e assim formaram uma pequena legião de fãs e seguiram gravando discos acima da média com aquele rock n´roll despretensioso e cheio de energia.
Mas foi em 1988, com seu quarto trabalho, “Blow My Fuse” que a banda estoura nas paradas com a baladinha ”Dont´t Close Your Eyes”. Mas o disco não é somente uma faixa lenta, é puro peso e refrões que grudam na cabeça, como nas faixas “Red Light, Green Light, TNT”, “Boomerang” ou “Blow My Fuse” entre tantas outras. Kix ganha o disco de platina e parte em turnê com seus ídolosAC/DC, Aerosmith, David Lee Roth, Ratt e muitas outras feras da época. E o sucesso tão sonhado durou apenas um momento, pois mesmo estando no topo do mundo, a situação financeira do grupo estava totalmente deteriorada. Para onde ia o dinheiro das turnês, merchandise e venda dos discos?
Entre este e outros problemas, bastante abalada com a atitude dos tubarões da indústria fonográfica e com todo o glamour-relâmpago que ficou para trás, Kix, por amor à música arranja forças para seguir em frente, mas tocando novamente em pequenos clubes e botecos. Aproximando-se musicalmente cada vez mais da sonoridade do AC/DC, lança ainda dois bons discos de estúdio e um ao vivo, até encerrar as atividades em 1995. O vocalista Steve Whiteman então monta o Funny Money, banda sonoramente até similar ao Kix, onde lança quatro álbuns e está na ativa até os dias atuais.


CIRCUS OF POWER
Vices
(1990 - BMG/RCA)
Imagem

Imagem

O Circus of Power é de New York e fazia o típico rock das ruas, termo que a banda sempre rejeitou, mas que se encaixa perfeitamente na sua proposta musical. Aquele som bem sujo, com muitas melodias e meio bluesy, resultando num hard bem vigoroso, tanto que a banda conseguiu fazer bastante barulho no circuito underground na época.
Formado inicialmente por Alex Mitchell (vocals), Ricky Beck Mahler (guitarra), Gary Sunshine (baixo) e por Ryan Maher (bateria), era uma banda bem marginal, bastante chegada a umas DROGAS, com uma imagem áspera e por isso fazia pouco caso dos conjuntos que estavam no topo, principalmente aquelas que usavam quilos de maquiagem e purpurina.
Seu primeiro e homônimo disco de 1988 é considerado um clássico no gênero, mas esse “Vices”, seu terceiro trabalho, é bem mais variado e pesado, talvez pela alteração na formação, sendo que Sunshine foi para a segunda guitarra e o novato Zowi assumiu o baixo. “Vices” apresenta músicas bem despojadas, sacanas e até certo ponto relativamente alto-astral, com ótimos trabalhos nas guitarras gerando momentos marcantes em toda a audição deste disco.
Circus of Power desde o início sempre teve lá seus problemas com os executivos engravatados, nunca conseguindo realizar dois discos consecutivos na mesma gravadora. E da próxima vez não seria diferente: os mesmos empecilhos começam novamente, tanto que seu próximo e derradeiro registro, “Magic & Madness” de 1993 tem um sentimento bem pessimista, e seu típico hard rock sujo apresenta um blues bem mais acentuado. Comenta-se que atualmente a banda, devidamente reformulada, está novamente compondo material para um novo trabalho, mas o assunto acaba por aí, pois não houve mais nenhum lançamento.


HOUSE OF LORDS
House of Lords
(1988 - Simmons/RCA)
Imagem

Imagem

O norte-americano Greg Giuffria é um tecladista que fez história nos anos 70 ao participar de um dos conjuntos pioneiros no que se convencionou chamar de rock cristão: a lendária banda Angel, descoberta por Gene Simmons (Kiss) e que liberou seis discos ultra-melódicos, encerrando suas atividades em 1981.
Posteriormente, Greg monta uma banda que leva seu sobrenome, Giuffria, e, com dois álbuns trazendo um hard rock bastante melódico e majestoso, logo atrai novamente a atenção de Gene, que contrata o grupo para Simmons Records, que era uma extensão da major RCA.
Logo de cara o prestativo Gene já começa a orientar para que o grupo alterasse seu nome, resultando em House Of Lords, sem contar que pressionou para que também se demitisse o vocalista original, David Glen Eisley. A banda fica então com Greg Giuffria nos teclados, o estupendo vocalista James Christian (que tem um timbre bem semelhante ao de David Lee Roth), Lanny Cordola na guitarra, Chuck Wright no baixo e o bastante técnico Ken Mary na bateria.
Logo lançam seu debut, com músicas carregadas de belas melodias e dramaticidade, perfeitas para serem apresentadas em grandes arenas. As músicas não tinham aquele peso, mas havia distorção suficiente para chamar a atenção de muita gente. Faixas como “I Wanna Be Loved”, “Hearts Of The World”, “Under Blue Skies”, “Call My Name” e “Love Don't Lie” (cujo clip rolou direto na MTV) mostram a grande performance e bom gosto nas composições. Porém, em mais uma dessas peças que a vida nos prega, o disco passa meio despercebido pelo público e não vende muito bem.
A desilusão bate e começam-se os problemas de alteração na formação; o segundo álbum “Sahara” vem recheado de convidados ilustres e vende melhor, conseguindo disco de platina. Mas não tem jeito, o House Of Lords racha de vez... Sobrando somente Greg e James, lançam ainda um terceiro disco caça-níqueis para o mercado japonês. E somente em 2002, dez anos após esse último disco, o House Of Lords se junta novamente e libera o apenas razoável “The Power And The Myth”.

LOVE/HATE
Blackout In The Red Room
(1990 - Columbia)

Imagem

Imagem

Essa banda começou em Los Angeles pelos amigos de escola Jon E. Love na guitarra, Skid nas quatro cordas e Joey Gold na bateria. A formação se completa depois com a inclusão de Jizzy Pearl nas vozes, e a partir daí os caras começam a se levar a sério, adotando o nome Love/Hate e mudando sua sonoridade, deixando sua música mais pesada e suja.
Em 1988 são contratados pelo grande selo Columbia, que passa a investir imensas quantidades de dinheiro na divulgação da banda, tornando-os imensamente conhecidos e somente depois de dois anos nesse esquema em cima do público rocker é que permitem ao conjunto gravar seu primeiro disco, intitulado “Blackout In The Red Room”.
E aí vem o mais interessante: com a insistência da gravadora na divulgação do Love/Hate e seu álbum, seria de se supor que este venderia horrores, certo? ERRADO! Nada aconteceu. A banda excursionou com AC/DC e ia muito bem na Inglaterra, mas nos EUA, sua terra natal, a coisa não engrenou. E “Blackout In The Red Room” é um disco bem bacana, nervosão e agressivo, apesar de na época não acrescentar nada de novo na já saturada cena musical.
Resumindo: Love/Hate perde a gravadora, perde o guitarrista, perde a paciência... Mas a banda, com trocas de integrantes, segue gravando vários discos até 2000, mas incorporando em sua música influências de punk, funk, psicodélico e blues, se transformando em uma banda mais alternativa e descaracterizada.

RAGE
Nice And Dirty
(1982 - Carrere Records)

Imagem

Imagem

Apesar do nome Rage, essa banda é britânica, foi formada em 1980, antes do Rage alemão. Enquanto os alemães fazem até hoje seu power metal, esse Rage inglês lançou três discos com um hard rock obviamente bem diferente dos moldes norte-americanos.
Com o cantor Dave Lloyd, o guitarrista Mick Devonport, o baixista Keith Mulholland e o baterista John Mylett, esse quarteto inglês de Liverpool lança seu primeiro álbum pelo selo Carrere em 1981, chamado “Out of Control”, que vende muito bem e tem boa recepção da imprensa.
Mas para seu próximo álbum o Rage acrescenta o segundo guitarrista Tony Steers e “Nice And Dirt” é lançado em 1982, sendo todo aquele tipo de música cheia de feeling que chama muito a atenção, sendo em grande parte canções que poderiam entrar tranqüilamente nas velhas propagandas televisivas de uma certa marca famosa de cigarro, apresentando aquele hard europeu enérgico e cativante, melodioso e direto, com os instrumentos equalizados por igual e refrãos que já saímos cantando logo na primeira audição.
A fotografia da capa mostra duas beldades nas preliminares, algo descabido há mais de vinte anos. As vendas deste disco foram grandes, mas a banda começa a ser ignorada com seu terceiro e último disco, o bom “Run for The Night” e a banda se desmancha, sendo que cada um de seus membros começam a participar de outros projetos, alguns voltados para a NWOBHM.

WENDY O. WILLIAMS
W.O.W.
(1984 - Plasmatics Media)

Imagem

Imagem

E para fechar esta primeira etapa, nada como essa singela garota que sempre teve muito mais atitude “sexo, drogas e rock n´roll” do que muitos marmanjos por aí. Independente de ter sido artista pornô entre outras profissões que fariam torcer o nariz de muita gente, Wendy O. Williams ficou mundialmente conhecida como líder da banda punk Plasmatics. Suas apresentações deixavam o público de queixo caído, com performances teatrais com muito apelo sexual e agressividade, destruindo paredes de televisores, veículos, muitos incêndios, pirações em biplanos, prisões, etc.
Em 1984, Gene Simmons produz o primeiro álbum-solo de Wendy, o que infelizmente resultou num disco não muito bem gravado, mas que apresentava músicas completamente diferentes do que era feito no Plasmatics.
A banda neste disco se completava com Wes Beech e Michael Ray nas guitarras, Reginald Van Helsing no baixo e T.C. Tolliver na bateria. Com participações de vários músicos, entre eles os membros do KISS (inclusive o disco apresentava a faixa “Thief In The Night”, que anos mais tarde acabou entrando no álbum Crazy Nigths do próprio Kiss). No lugar da tosqueira punk de outrora, as canções eram puro e simples hard rock da época, mas que com a interpretação e a voz rouquíssima da cantora obteve uma imensa carga de energia extra e identidade própria.
Ainda grava mais um álbum com o Plasmatics e um segundo solo intitulado “Kommander of Kaos”, que sai em 86 e se aproxima bastante do heavy metal propriamente dito. Porém, no final dos anos oitenta começa o enfraquecimento de sua carreira e ela deixa o ramo artístico, passando a levar uma vida saudável longe da loucura dos anos idos, se retirando com seu companheiro de longa data Rob Swenson (seu produtor de filmes pornô e empresário de toda sua carreira musical) para Connecticut / EUA, em 1995.
No dia sete de abril de 1998, Wendy, cansada de viver num mundo que considerava decadente, mas em paz consigo mesma, põe fim em sua vida, suicidando-se com um tiro na cabeça com apenas 48 anos.

E depois de um final trágico como esse, vou encerrando essa primeira série de bons discos que merecem serem lembrados. Não são clássicos, mas sempre proporcionarão aos ouvintes momentos de boa música dentro deste estilo. Na próxima etapa teremos os alucinados caras do Zodiac Mindwarp, Axe, War Babies, entre alguns outros... Saudações e até!