4 de novembro de 2010

Remove Silence: entrevista com Mariutti para o Ex-Machina


Na ativa desde de 2008, o REMOVE SILENCE é uma banda de rock nacional que segue o mesmo caminho de bandas como ANGRA e SEPULTURA, ou seja suas letras são em inglês. Formada por Hugo Mariutti (guitarra e vocal), Alexandre Souza (baixo e vocal), Fabio Ribeiro (Teclados) e Edu Cominato (bateria e vocal). O guitarrista Hugo Mariutti (SHAMAN e ANDRE MATTOS) conversou com o Ex-Machina.
1 - Como está indo a repercussão do álbum "Fade" no Brasil e no exterior?
HM: Muito boa!! Tanto que estamos concorrendo ao grammy USA em duas categorias: Melhor Álbum e melhor perfomance com a música "Pressure". Apenas com um CD ter isso tudo e mais um contrato com uma empresa alemã de management, mostra que estamos trilhando o caminho certo. Esperamos que aqui no Brasil a banda possa ser tão reconhecida como lá fora.
2 - O que levou vocês a se apresentarem vestindo terno e gravata nos shows?
HM: Nós queremos ter uma unidade no som, letra e visual. Achamos muito importante a parte visual em uma apresentação. Nossas letras são fortes e acredito que o som também, por isso essa preocupação em ter as coisas linkadas, e o terno acho que foi a melhor escolha para este tipo de concepção. Pensamos no som, na iluminação e em tudo que envolve uma apresentação ao vivo, e acho que é legal tentarmos passar as mensagens das nossas letras da melhor maneira possível.
3 - O que você achou do novo Shaman?
HM: O "Reason" é de 2005, por isso já não é novo.
4 - O nome Remove Silence tem alguma coisa a ver com o Andre Mattos?
HM: O nome Remove Silence foi uma grande coincidência, e vem de uma ferramenta de um software de gravação que estávamos trabalhando nas nossas demos e no primeiro CD. Gostamos da sonoridade do nome e principalmente do seu significado. Acho este nome hoje em dia perfeito para o conceito da banda e foi uma idéia do Ale, baixista e vocalista da banda.
5 - Você já teve alguma decepção com algum ídolo seu na música?
HM: Nunca, todos que encontrei sempe me trataram muito bem. Tive a honra de conhecer o DIO em um jantar no México e o Rob Halford em Paris, e posso falar que conheci um dos dois maiores vocalistas de Heavy Metal de todos os tempos, e que foram extremamente educados e atenciosos. Deveria servir de exemplo para muita gente que não amarra nem a bota deles.
6 - Você é fã de críticos de música como Régis Tadeu, Tom Leão e Vitão Bonesso?
HM: Acompanho bastante os comentários do Régis e acho ele uma pessoa que não fica em cima do muro, por isso admiro ele. Falta as vezes aqui no Brasil um pouco de coragem para falar o que realmente você pensa. Não vejo motivos para os críticos não falarem mal de uma coisa que achou ruim, ou falarem bem de uma banda que não é do seu estilo, mas é competente, pois cada um tem seu gosto. Nenhuma banda vai ter 100% de aprovação e nem de rejeição, por isso encaro crítica de música como gosto de cada um.
Matéria original: blog Ex-Machina.

AC/DC: entrevista com o diretor do "Beyond the Thunder"


Kurt Squiers é um cara normal. Marido, pai, diretor de arte, publicitário, dono de seu próprio negócio... e, como você e eu, fã do AC/DC.
Eu disse ? Fã é pouco, o termo não lhe faz justiça. Squiers é apaixonado pelo AC/DC. Obcecado, até (no bom sentido). Tanto que decidiu deixar a carreira de lado para realizar o sonho de fazer um documentário sobre a influência da banda na vida defãs como ele. E como nós.
Ele é o homem à frente de Beyond the Thunder, aquele documentário do qual todos já ouvimos falar, cujo trailer já vimos inúmeras vezes e, no entanto, ninguém sabe quando será lançado. E isso inclui o próprio Squiers e seu parceiro Gregg Ferguson, o homem por trás da câmera. Após diversas tentativas frustradas de contato com representantes do AC/DC, pode-se dizer que os cineastas estão cansados. Apesar de o filme estar quase pronto, eles não querem nem podem continuar sem o respaldo da banda.
Depois de dois anos de trabalho e investimento do próprio bolso, Squiers está abatido por não saber que rumo o projeto tomará daqui pra frente. Ainda assim, fala com muita paixão sobre o filme e com mais paixão ainda sobre a banda que o motivou a fazê-lo.
Enfim, Kurt Squiers é um cara normal. Mas não um cara qualquer.
Um trecho pode ser lida abaixo. A entrevista completa no site AC/DC Brasil
Por que vocês resolveram fazer o Beyond the Thunder?
Em 2007, eu me mudei para a Carolina do Norte, abri minha própria agência, a SQUiERS, LLC, e consegui alguns clientes bem famosos, como Microsoft, Xbox 360 Kinect, Sam Adams, Behringer, Hotel House of Blues, entre outros. Me juntei a um grande amigo do Maine, Gregg Ferguson, da Current Motion, para gravar vários projetos para essas marcas grandes e, por acaso, cruzei com o Brian Johnson e o Cliff Williams em um elevador, enquanto gravava no House of Blues, em Chicago. Eles foram tão legais que me chamaram para beber com eles ao perceberem que eu era muito fã do AC/DC. Não babei muito, eu juro. Na manhã seguinte, Gregg e eu colocamos no papel o conceito de ‘Beyond the Thunder’ no verso de um guardanapo. Tentamos nos aproximar dos representantes do AC/DC, não deu em nada, e decidimos que precisávamos de uma prova de conceito para persuadir os manda-chuvas de que aquela poderia ser uma ótima idéia. Pouco depois, veio a recessão. Sem trabalho, pensamos: qual é a melhor forma de enfrentar uma crise econômica, se não fazendo um filme sobre fãs do AC/DC?
Quando será lançado o documentário? Quais são os obstáculos que impedem o lançamento?
Essa é uma pergunta que sempre me fazem. Aqui vai a história real: Gregg e eu queremos que este filme tenha o aval do AC/DC antes de avançarmos mais. Não queremos fazer um documentário não-autorizado. Não queremos um produto que o AC/DC jamais endossaria. Isso significa uma oportunidade de nos reunirmos com a banda, fazê-los entender nosso projeto, o que este filme significa para incontáveis fãs e fazê-los perceber que este é um filme ímpar, feito para os fãs e sobre os fãs – não um documentário sobre a banda, eles não se interessariam por isso. Se eles se envolvessem minimamente, daríamos à banda total controle criativo e qualquer porcentagem do filme que eles quisessem. Não é uma questão de dinheiro pra gente, é um projeto passional que, sendo bem sincero, oferece a pessoas de todo o mundo um meio de dizer: “É exatamente isso que o AC/DC significa pra mim, mas eu nunca consegui traduzir em palavras. Este filme consegue fazer isso por mim.” Entretanto, 'AC/DC' se tornou uma marca tão grande que a fortaleza ao redor da banda é quase impenetrável, especialmente para dois caras desconhecidos que começaram esse projeto sem nenhum apoio.
Vocês ainda estão filmando? Há planos de entrevistar fãs da América do Sul e de outros continentes?
Pra falar a verdade, não estamos filmando há meses porque nos sentimos como se tivéssemos sido... bem... shot down in flames por não conseguir uma única chance de apresentar a idéia aos representantes da banda. Falta muito pouco para terminarmos de filmar. Temos mais ou menos 2/3 do filme concluído, mas não podemos continuar sem apoio. Simplesmente não podemos. Sequer sabemos se a banda viu ou ouviu falar do ‘Beyond the Thunder’. Tivemos boa divulgação na imprensa, nosso trailer promocional foi exibido na Classic Rock Magazine e também na exposição AC/DC Family Jewels, que agora está percorrendo a Austrália. Mas a maior força que temos recebido vem dos fãs de todo o mundo via twitter, Facebook e pelo www.BeyondtheThunder.com. Vocês realmente nos fazem continuar. Até as pessoas retratadas no filme nos escrevem dizendo que nos apóiam até o fim. E nós ficamos muito gratos! Acreditem, se o documentário retomar seu rumo, o Brasil está no topo da nossa lista de lugares para filmar antes de concluirmos o filme, assim como a Austrália.
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Mais informações: AC/DC Brasil

Bruce Dickinson: a história do "Bíceps de Aço" com o Samson



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"Biceps Of Steel" ("Bíceps de aço") é um curto filme B filmado em 1980 mas só lançado em 2003. Ele apresentava a banda NWOBHM Samson e duas canções de seu álbum "Head On".
O curta-metragem retrata um super roadie que luta contra seguranças malvadosvestidos  com um macacão laranja que estão impedindo a diversão de uma multidão em um show de rock-n-roll. Ele então apaixona-se pela moça do mal que seduz e corta seu cabelo, a fim de tirar sua força. No final doconcerto o super-roadie faz as duas torres de amplificadores cair, tendo a sua vingança. O enredo reproduz a história original bíblica de Sansão.
O filme tem em torno de 15 minutos de duração e foi criado sob a forma de dois videoclipes. Estrelando Thunderstick como Super Roadie e com seu cunhado (como revelado por BRUCE DICKINSON, em entrevista para DVD Anthology) para interpretar o papel do baterista. Mais tarde, trechos do filme seriam usados no filme de terror Incubus, que é talvez mais conhecido.
O DVD "Anthology", que passa a limpo a carreira de BRUCE DICKINSON, traz esta filmagem como bônus no terceiro disco.
Fonte desta matéria (em inglês): wikipedia

Blog Imprensa Rocker: os 10 discos que marcaram a década


Senhoras e senhores, faltam menos de dois meses para o ano de 2010 terminar. Um ano de grandes acontecimentos no mundo do Rock n’ Roll; alguns tristes, como a morte de DIO, outros maravilhosos, como os shows de Paul McCartney. Sem dúvida o grande acontecimento do Rock n’ Roll em 2010 foi a chegada do blog IMPRENSA ROCKER (modéstia é para os fracos) na rede mundial de computadores.
Não sei se vocês já perceberam, mas junto com 2010 também vai embora a primeira década deste novo século. O curioso é que quando ainda era estudante secundarista, nos anos 90, uma das minhas matérias preferidas era História, e eu ficava viajando em como seriam as pessoas do início do século. Agora me dei conta que eu sou uma pessoa do início do século… Viagem total.
Bom, mas este post na verdade foi feito para todos nós compartilharmos nossas opiniões, escolhas e, quem sabe, até dicas de grandes discos. Eu vou listar abaixo, em ordem decrescente de preferência, os dez discos que mais me marcaram nesta década (só valem álbuns lançados entre 2001 e 2010) e deixo os comentários livres para vocês opinarem e colocarem a lista de vocês.
Preparados? Então vamos ao meu ranking!
10. Guns n’ Roses – Chinese Democracy (2008)
09. Tom Petty – Highway Companion (2006)
08. New York Dolls – One Day It Will Please Us to Remember Even This (2006)
07. Paul Stanley – Live to Win (2006)
06. Paul McCartney – Chaos and Creation in the Backyard (2005)
05. Jerry Lee Lewis – The Last Man Standing (2006)
04. Marcelo Nova – O Galope do Tempo (2005)
03. Backyard Babies – Making Enemies is Good (2001)
02. KISS – Sonic Boom (2009)
01. The Darkness – One Way Ticket To Hell… And Back (2005)

Uau, agora que prestei atenção, quatro dos meus 10 discos escolhidos foram lançados em 2006. Parece que este foi um ano importante para mim…
Agora é com vocês! Pensem direito (foi foda chegar nesta minha lista final!), acessem owww.imprensarocker.com.br e deixem a lista de vocês nos comentários.
Fonte desta matéria: Blog Imprensa Rocker

Marilyn Manson: é do cantor o vídeo mais assustador


Em uma enquete online promovida pelo site da revista Billboard para o Halloween, a canção de MARILYN MANSON  de 1995, "Sweet Dreams (Are Made of This)" venceu e ficou com o título de "vídeo mais assustador já feito".
"Todos sabemos que o rockeiro MARILYN MANSON tem um dom para o lado demoníaco. Mas quando ele vestiu um traje de noiva (cortando-se e montando em cima de um porco) para gravar o vídeo, ele realmente assustou as pessoas."
"Thriller" do Michael Jackson e "Come to Daddy" do Aphex Twin ficaram em segundo e terceiro lugar respectivamente. Completam o top 5, "Bark at the Moon" do OZZY OSBOURNE e "If I Had a Heart" do Fever Ray.
Fonte desta matéria: Billboard

Marilyn Manson: "novo álbum é meio punk", diz baixista


Eric Blair do programa "The Blairing Out With Eric Blair Show" entrevistou o baixista Twiggy Ramirez (nome real: Jeordie White) no evento Dimebash 2010 na noite de sexta feira passada (29 de outubro), que se realizou em honra do falecido, grande "Dimebag" Darrell Abbott (PANTERA, DAMAGEPLAN) no mundialmente famoso Key Club na Sunset Strip em West Hollywood, California. Você pode ver abaixo a conversa.
Quando perguntado sobre o que tem se passado no mundo de MARILYN MANSON nesse momento, Twiggy respondeu "Estamos com um álbum novo [no qual estamos trabalhando]. Está quase pronto. Provavelmente sairá no ano que vem. Está fantástico. É o melhor disco que já fizemos, eu acho. Quero dizer, todos sempre dizem isso, mas eu acho que é nosso melhor trabalho até então...É meio como um punk rock que nem o 'Mechanical Animals' [terceiro álbum do MARILYN MANSON, que saiu em 1998] sem soar pretensioso demais."
Ano passado MARILYN MANSON rompeu com o selo de longa data Interscope após o desempenho desapontante nas vendas do útlimo álbum do roqueiro, intitulado "The High End Of Low".
Trent Reznor, do NINE INCH NAILS assinou com MARILYN MANSON para seu selo Nothing Records, um selo paralelo da Intercope em 1993. A Nothing Records foi extinta em 2004, e o MARILYN MANSON permaneceu contratado unicamente com a Interscope.
"The High End Of Low" vendeu 49.900 cópias nos Estados Unidos em sua primeira semana de lançamento estreando na posição nº 4 da tabela The Billboard 200.
O álbum anterior de MARILYN MANSON, "Eat Me, Drink Me", abriu com 88.000 unidades chegando à 8ª posição. Isso marcou uma significante queda diante da contagem de 118.000 registrada por seu predecessor, "The Golden Age Of Grotesque", que entrou na tabela na primeira posição, em maio de 2003.
"The High End Of Low" foi o primeiro álbum de Manson com o baixista de longa data, Twiggy Ramirez desde o álbum de 2000 "Holy Wood".
Produzido por Manson, Vrenna e Twiggy, "The High End Of Low" foi gravado no estúdio de Manson em Hollywood Hills.
Fonte desta matéria (em inglês): Blabbermouth

Fabio Massari: "do texano R. Loren a Johnny Cash"


Fabio Massari, jornalista e ex-VJ da MTV Brasil, escreveu nova matéria em sua coluna no Yahoo! Confiraabaixo alguns trechos.
Começamos essa emissão de Mondo Massari aqui pelo Yahoo! Brasil com os sinistros zumbidos emandados do álbum White Moth, debute em longa duração do projeto de mesmo nome – espécime único de inseto-satélite esquisito e de vaga classificação, foi liberado, algo arriscadamente, do laboratório de um tal R. Loren, situado em Denton, Texas. Com seus cultuados Pyramids, R. Loren já desafia os instintos classificadores ao cometer peças complexas em que se cruzam sutilmente alguns gêneros mais pesadões e grandiloquentes – articulando sua narrativa semiprog entre silêncios bem explorados e os inevitáveis arremates catárticos.
White Moth é sua estranha criatura, forjada ao longo de mais de uma década em casulo de infusõesestéticas  variadas (algumas referências são mais explícitas e programáticas), e colocada em funcionamento com a participação cúmplice de elementos de grifes como Krallice, Zs e Dälek. E estrelando Lydia Lunch e Alec Empire!
Pequena gema do noise desorientador, White Moth chega a produzir alguns efeitos hilariantes nos que entram em seu raio de ação.
Os riffs massivos estão presentes, claro, mas fazem parte de um sistema mais elaborado, quase hermético, de reconfiguração e despacho de sonoridades intensas e virulentas. Uma algazarra danada de terror digital, delírios parapsicodélicos e metal genghistrônico das esferas alienígenas – das trips desopiladoras do Atari Teenage Riot aos experimentos sônico-biológicos do Tribes Of Neurot.
Confira a matéria na íntegra no link abaixo.
Fonte desta matéria: Yahoo!

Akelei: novo website da banda holandesa com músicas online


Akelei, banda holandesa de doom metal atmosférico, lançou recentemente seu novo  website. Nele estão disponíveis novas músicas, que farão parte do vindouro álbum de estréia, intitulado "De Zwaarte van het Doorstane". Todas faixas estão disponíveis gratuitamente para download.
Confira o site no link abaixo:
Fonte desta matéria (em inglês): Doom-Metal.com

Slash: vídeo de "Rise Today" com o Alter Bridge


guitarrista SLASH  foi convidado especial no show do ALTER BRIDGE no dia 2 de novembro na "Arenan" em Estocolmo, na Suécia, para executar a canção "Rise Today".
Slash escreveu em seu perfil no Twitter logo após o concerto, "Isso foi legal e totalmente inesperado. ALTER BRIDGE tem um som fantástico ao vivo. Primeira vez que eu vi eles pessoalmente. Eu acho que nós vamos fazer isso de novo muito em breve."
Assista abaixo ao vídeo da performance.
Fonte desta matéria: Blabbermouth

AC/DC: A primeira vez de Angus Young com o uniforme



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O Daily Telegraph publicou uma foto exclusiva  que registra um momento histórico do Rock - a primeira vez em que o lendário guitarrista do AC/DC, Angus Young, subiu ao palco com o uniforme que se tornou sua marca registrada.
Essas fotos foram tiradas durante um show em abril de 1974 no Victoria Park, em Sydney, quando o AC/DC havia acabado de sair dos ensaios, Bon Scott ainda fazia parte de outra banda e Angus havia terminado a escola recentemente.
Noel Taylor, baterista da banda na época, disse que as fotos foram tiradas por Kim Osborn, para registrar esse momento tão importante da história deles. "Nós conversávamos sobre o que vestir, aí decidimos que seria desse jeito", disse Taylor. "Foi algo diferente, queríamos chamar a atenção".
Leia mais no Daily Telegraph.

Buffalo, Rock vulcânico direto da Austrália

Costumo brincar com amigos, dizendo que o CD foi a segunda maior invenção humana (só perde para a roda - o fogo foi descoberto, não inventado) pois graças a ele, tivemos acesso a muitas coisas até então completamente desconhecidas, que com certeza ficariam perdidas no tempo. E uma das descobertas (não invenções) que mais me marcou neste quesito foi a existência de um trabalho maravilhoso, totalmente desconhecido (pelo menos aqui no Brasil), registrado por uma banda australiana: o álbum chama-se "Volcanic Rock", e a banda, BUFFALO.



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Sabem aqueles discos que ouvimos e logo no início sentimos um "arrepio", como que antevindo que estamos diante de algo que vai passar a fazer parte de nossa vida? Pois é, foi isto que aconteceu comigo quando recebi pelo correio este CD, que a primeira vista me pareceu muito estranho, pois além da capa "pornográfica", tinha sido porcamente pirateado (sequer o nome das músicas aparecem creditadas na capa, como pode ser visto ao lado - só no selo do CD, que por sinal, foi gravado de um vinilzão cheio de chiados). Entretanto, confiei na palavra do lojista ("se você não gostar, me manda de volta", disse ele), e lá fui eu colocar o bichinho no CD-player... nem preciso dizer que ele permaneceu durante muitos e muitos dias por lá!
Logicamente o próximo passo foi procurar maiores informações sobre a banda, que tinha na época vários outros discos pirateados no mesmo esquema circulando pelas lojas, alguns bons, outros nem tanto, mas que também traziam pouquíssimas informações adicionais (a desinformação era tanta que tinha nego que dizia que eram do Canadá...)
Com a chegada da internet (a terceira maior invenção humana, logo atrás do CD e seguida pelo MP3), finalmente o mistério foi totalmente solucionado. E, nada mais justo que começar esta coluna jogando alguma luz sobre esta maravilhosa banda setentista, digna de figurar ao lado dos grandes nomes da história do Rock.
Como diz a contracapa do "Volcanic Rock": "Now blow your speakers out!"

Vamos encontrar entre 1966-67 o vocalista Dave Tice (que na realidade nasceu na Inglaterra) e o baixista Pete Wells tentando a sorte em diversas bandas na cidade de Brisbane (THE ODD COLOURS, STRANGE BREW e THE CAPITOL SHOW BAND), que embora obtivessem algum êxito local, acabam sem deixar rastros. Ambos resolvem então, no início de 1968, montar o HEAD, que seria o embrião do BUFFALO, ao lado de Neil Jensen (guitarra) e Steve Jones (bateria).
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Decididos a tentar a "sorte grande", o grupo resolve se mudar para Sydney em 1970; entretanto, Jensen e Jones não resistem às dificuldades de morar na metrópole, e acabam caindo fora, sendo substituídos respectivamente por John Baxter e Peter Leighton (que vinham de duas bandas chamadas MANDALA e AFTERMATH).
Em 1971 o grupo faz seu registro fonográfico, com o compacto "Hobo"/ "Sad Song" e "Then" (uma raridade sem tamanho, pois até hoje não foi relançado em nenhum formato), e logo em seguida o baterista Leighton resolve sair da banda, sendo substituído por Paul Balbi, que trouxe consigo mais um vocalista, Allan Milano (também ex-integrante do tal de MANDALA).
Foi aí que, graças ao então empresário da banda, Mal Myles, eles decidem mudar de nome, pois, conforme Myles, além de HEAD ter uma certa conotação com DROGAS e sexo(!), ele achava que deveriam adotar algum nome que começasse com a letra B, afinal, bandas com esta inicial geralmente eram bem sucedidas (BEATLES, BLACK SABBATH, etc). Não se sabe ao certo de onde surgiu a idéia de adotar o nome BUFFALO, mas concretamente quem a propôs foi Milano.
Talvez o empresário tivesse razão, pois em março de 1972 eles conseguem assinar contrato com ninguém menos que a lendária gravadora Vertigo (foi a primeira banda de fora da Inglaterra a conseguir tal feito), que tinha em seu cast ninguém menos que URIAH HEEP e o próprio BLACK SABBATH.
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Com isto, não demorou para registrarem seu primeiro trabalho, "Dead Forever", que sairia em maio de 1972, tendo sido precedido por um compacto com "Suzie Sunshine" e "No Particular Place To Go", esta última um cover de CHUCK BERRY, que não foi editada no álbum. Ainda no mesmo ano mais um compacto, com "Just A Little Rock'N'Roll" e "Barberhop Rock", que também não constavam no LP (estes compactos são outras raridades imensas hoje em dia).
(Curiosamente, o "Dead Forever" chegou a ser relançado em 1991 tanto em CD quanto em LP pela Repertoire Records, mas ficou pouquíssimo tempo em catálogo, pois supostamente a gravadora alemã não detinha os direitos autorais - tanto que, há uma certa controvérsia se ele teria sido ou não masterizado a partir de uma cópia em vinil, pois ouvindo-se atentamente com o fone de ouvido, percebe-se alguns chiados meio característicos...)
Porém, a total falta de repercussão acabou causando uma forte crise interna, que resultou no fim da banda. Tice foi para um grupo chamado MR.MADNESS, enquanto os demais integrantes continuavam ensaiando esporadicamente - com excessão de Milano, que literalmente sumiu do meio musical até meados da década. Parecia o fim.
Porém, um acontecimento iria reverter a situação...
Em janeiro de 1973, o BLACK SABBATH fez uma turnê pela Austrália, e a gravadora, que sabia ter um nome "de peso" (no sentido sonoro da coisa) naquele país, praticamente impôs a presença do Buffalo para abrir os shows, que foram batizados "The Clash Of The Titans", e vendidos como sendo o máximo em experiência auditiva para fãs de Heavy Rock.
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Talvez por nacionalismo exarcebado ou motivos que não são conhecidos, a imprensa local teceu elogios imensos aos seus conterrâneos, e não gostou muito do que apresentou os ingleses (houve até um "crítico" que disse que o Sabbath é que deveria ter aberto o show!). O fato é que parece que eles andavam realmente afinados ao vivo, pois cerca de duas semanas mais tarde abriram para o SLADE e o STATUS QUO, sendo novamente aclamados pela platéia.
Como perceberam que o lance mesmo era tocar "alto e pesado", decidiram que iriam gravar um álbum com este direcionamento, e iniciam os ensaios. Neste meio tempo, Balbi sai da banda, e é substituído por Jimmy Economou, vindo do MANDALA (mais um!).
Sendo assim, com a formação estabilizada em Dave Tice no vocal, John Baxter na guitarra, Peter Wells no baixo e Jimmy Economou na bateria, é editado em 1973 o pesadíssimo (para a época) "Volcanic Rock", a obra-prima da banda, um verdadeiro petardo do início ao fim, que levou ao extremo a proposta de fazer "Heavy-Rock", que já vinha sendo antevista no "Dead Forever", que possui alguns lampejos neste sentido, mas é um trabalho bem mais suave.
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Ainda no mesmo ano sai mais um compacto ("Sunrise" e "Pound Of Flesh"), e logo em seguida a banda inicia as gravações de seu terceiro álbum; neste meio tempo, além de outro compacto ("What's Going On"/ "I'm Coming On"), sai também um EP (aqui no Brasil conhecido como compacto duplo), que traz as faixas "Suzie Sunshine"/ "Dead Forever"/ "Barbershop Rock" e "Sunrise" (as três primeiras são da época do primeiro álbum, só a última foi extraída do segundo).
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Em 1974 é editado o "Only Want You For Your Body", na minha opinião um excelente trabalho, porém bem longe do seu antecessor. E, no final do ano, entra mais um integrante, Norman Roue (egresso do BAND OF LIGHT) na guitarra slide. Porém, o grupo faz pouquíssimas apresentações com cinco na formação, pois logo em seguida uma briga entre John Baxter e o então empresário da banda, Sebastian Chase, faz com que o guitarrista seja demitido, sendo substituído por Colin Stead (ex-SWEET WINE).
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Aparentemente Baxter era um dos pilares da sonoridade do BUFFALO, pois já em seu próximo álbum, "Mother's Choice", nota-se uma certa suavização nas composições, que estavam mais próximas do Rock'N'Roll "tradicional", e sem o peso que caracterizava a banda, que a esta altura do campeonato, já havia substituído Norman Roue por um indivíduo chamado Karl Taylor. Vale mencionar que a intenção original era que o disco se chamasse "Songs For The Frustrated Housewive" ou "Thieves, Punks, Rip-Offs And Liars", mas a gravadora rejeitou ambos títulos.
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Pouco antes do lançamento do álbum, mais dois compactos: "Little Queenie"/ "Girl Can't Help It" e "Lucky"/ "On My Way". As duas faixas do lado-B não saíram no "Mother's...", mas foram inclusas numa compilação editada em 1990 chamada "Skit Lifters (Hightlights & Oversites 1972-1976)", que foi editada em LP e CD (se alguém tiver uma cópia, por favor entre em contato comigo, há anos que procuro este disco...)
Ainda em 1976, Karl Taylor é substituído por Chris Turner (ex-THE ACTION), e logo em seguida quem resolve abandonar o barco é Pete Wells, que monta o ROSE TATTOO, juntamente com Ian Rilen e Angry Anderson. Em seu lugar ingressa um baixista chamado Ross Simms.
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Oficialmente, o BUFFALO encerrou atividades em 16 de novembro de 1976, durante uma turnê do RAINBOW pela Austrália, onde atuaram como banda de abertura. Porém, mais um álbum é lançado no ano seguinte, o "Average Rock'N'Roller", que, desde a capa, já transparece estar bem distantes dos seus primeiros trabalhos, e serve somente para fãs completistas.
Praticamente todos que passaram pelo BUFFALO prosseguiram tocando, porém a maioria em bandas desconhecidas, com exceção do já citado Pete Wells, Chris Turner (que se trata de um músico requisitadíssimo), Dave Tice e John Baxter. Aliás, estes últimos possuem seus próprios websites, a saber:
Chris Turner - www.big-rock.com.au
Dave Tice - www.davetice.com
John Baxter - www.geocities.com/jabaxt
de onde por sinal foram extraídas parte das fotos que ilustram esta matéria, além da própria história da banda.

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Em 1980 sai uma compilação chamada "Rock Legends", que não traz nada de novo, apenas faixas extraídas dos LPs. "I'm A Skirt Lifter" seria editada numa compilação chamada "Boogie, Balls & Blues Vol.1 OZ Hard Rock Of The 70s" e "Till My Death" no "Golden Miles - Australian Progressive Rock 1969-1974".
Em 4 de junho de 2000, é realizada em Sydney uma reunião dos antigos membros do BUFFALO, contando com Dave Tice, Pete Wells, Allan Milano, Jimmy Economou, John Baxter e Chris Turner, que sobem todos juntos ao palco para uma versão de "Gloria" e de "Crossroads". Há um vídeo pirata do evento circulando entre os colecionadores e, até onde sei, só existe uma gravação ao vivo da década de setenta, feita no show em que abriram para o BLACK SABBATH pelo próprio John Baxter, aparentemente de forma precária (ele disse numa entrevista que usou um gravador de quatro canais, mas não deixou claro se este fora plugado na mesa ou se estava simplesmente do lado do palco...).
Há planos de se relançar oficialmente todo o catálogo do BUFFALO, mas, de qualquer forma, o melhor da banda (em minha opinião) pode ser encontrado numa edição dois-em-um remasterizada lançada pela Second Battle e em formato digipack, trazendo o "Volcanic Rock" e "Only Want You For Your Body". Vale a pena gastar uma graninha para adquirir - se você não gostar, me manda de volta...

Rock comCiência: informação diferenciada na rádio e web


Criado em setembro de 2010, o programa Rock ComCiência trata de assuntos relacionados à Ciência, à vida, ao universo e tudo mais ao som do mais puro Rock and Roll. Trata-se de um projeto de divulgação científica do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde do Campus de Rio Paranaíba da Universidade Federal de Viçosa, sob coordenação do professor Rubens Pazza.
Rock ComCiência vai ao ar todos os sábados às 17h30 pela rádio Maximus Fm 101,5Mhz (www.paranaibamaximus.com.br) de Rio Paranaíba e conta com um blog no qual são disponibilizados os podcasts dos programas anteriores e textos de apoio sobre os temas da semana. Já foram abordados temas básicos sobre ciência, além de biotecnologia, eleições, Douglas Adams e muito mais, sempre com humor e descontração.
Nesta semana, a bola da vez foi a divulgação do sequenciamento do genoma de OZZY OSBOURNE, ícone do Heavy Metal mundial. O próximo programa abordará pseudociências.
Os programas podem ser ouvidos por "streaming", baixados para ouvir depois ou ainda assinados pelo iTunes. Tudo isso através do www.rockcomciencia.com.br.

RHCP: Flea forma nova banda com vocalista do Blur


De acordo com informações da Rolling Stone Brasil, o baixista do RED HOT CHILI PEPPERS, Flea, formou umnovo  grupo com o vocalista do BLUR, Damon Albarn. Em entrevista ao portal neo-zelandês Stuff, Albarn disse que o projeto ainda não tem nome, mas que três quartos do primeiro trabalho da banda já foram gravados.
O baterista Tony Allen, do The Good, The Bad and the QUEEN, que também conta com o vocalista do BLUR, completa o grupo. "Desta vez sou eu, Tony e Flea e alguns de meus músicos africanos favoritos", afirmou Albarn, acrescentando que o projeto terá influência afrobeat. Segundo o cantor, o início da banda se deu quando Flea viajou para a Nigéria como parte do Africa Express, turnê promovida por Albarn.
Fonte desta matéria: Rolling Stone Brasil

Mushroomhead: morre JJ Righteous, ex-guitarrista da banda


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O ex-guitarrista e membro fundador do MUSHROOMHEAD, John E. Sekula (JJ Righteous), faleceu nessa quinta-feira (28/09) aos 41 anos de idade.
Sekula tocou guitarra nos 3 primeiros álbuns do MUSHROOMHEAD: "Mushroomhead", "Superbuick" e "M3". Não se sabe ainda a causa real de sua morte. St1tch (samplers, turntables, percussão) apenas disse que Sekula estava internado há duas semanas.
Matéria original: Gorilas de Marte