1 de novembro de 2010

Ozzy Osbourne: saiba porque ele odeia banheiros públicos


Darryl Sterdan da QMI Agency, recentemente conduziu uma entrevista  com o lendário vocalista de heavy metal OZZY OSBOURNE. Alguns trechos da conversa seguem abaixo.
QMI Agency: Foi difícil de fazer "Scream", depois de perder Zakk Wylde? Ele foi o seu guitarrista e braço direito por 20 anos.
Ozzy: "Deixe-me colocar algo claramente: Eu não perdi Zakk. Era hora de eu seguir em frente. Eu amo o cara, tanto quanto eu sempre amei, e tanto quanto eu sempre vou amá-lo. Ele é como da família, você sabe. Eu me lembro quando ele estava no hospital há algum tempo. Ele teve um coágulo de sangue em sua coxa ou perna ou algo assim. Mandei um e-mail que dizia: "Zakk, se você morrer antes de mim, eu vou te matar!"
QMI Agency: Falando de saúde, eu entendo que você está escrevendo uma coluna de conselhos de saúde agora.
Ozzy: É apenas um pouco de diversão, você sabe. As pessoas me fazem perguntas. Algumas são realmente interessantes. Uma vez me perguntaram sobre algo que me deixa louco. Quando eu uso banheiros públicos, eu lavo as minhas mãos. Mas então eu tenho que abrir a maldita porta, onde todas as outras mãos imundas pegaram. "Qual é o problema com essa merda? Eu não sou germofóbico, mas eu não quero tocar em algumas maçanetas de portas que tem mais paus nelas do que na porra de um bordel."
QMI Agência: Eu falei com Geezer Butler recentemente e ele disse que adoraria fazer mais uma turnê mundial com o BLACK SABBATH.
Ozzy: Eu aposto que ele faria. (Risos) Hum, eu não estou dizendo que eu não faria isso. Mas não agora. Eu tenho mais um ano para terminar minha turnê. E se eu fizer uma turnê com o BLACK SABBATH, ele tem a promessa de parar de se lamentar. Geezer, eu o amo. Mas ele é sempre daquele jeito: "Ohhhhh". E eu estou como, "Sim, que bom ver você também, Geezer".
Para ler a entrevista completa (em inglês), acesse o link abaixo:
Fonte desta matéria (em inglês): Blabbermouth

Collector's Room: Kleiton e Kledir e Paul, a piada do ano




Depois de uma semana cheia, fiz algo que quase nunca faço: o cansaço era tanto que simplesmente apaguei e caí no sono sábado a tarde. Ao acordar, lá pelas 15 horas, acessei o Twitter para ver o que estava acontecendo no mundo e li uma notícia absolutamente senil: após dias de especulação, havia sido anunciado quem abriria o concorridíssimo show de Paul McCartney em Porto Alegre, no próximo sábado, dia 7 de novembro, e, para minha surpresa, os escolhidos haviam sido Kleiton e Kledir. Pensei que continuava dormindo e estava tendo um pesadelo, mas era a mais pura verdade.
Depois dos preços totalmente fora de órbita anunciados pela EMI para o relançamento em vinil da discografia da Legião Urbana, pensei, em minha vã inocência, que seria impossível ouvir uma notícia mais sem sentido em 2010, mas me enganei feio. Kleiton e Kledir são dois irmãos que tem uma carreira que já dura quase quarenta anos, e em todo esse tempo o máximo que conseguiram foi cometer a chatíssima "Deu Pra Ti", considerada pelos porto-alegrenses - ao lado de outras canções - uma espécie de hino paralelo da cidade. Irmãos do genil Vitor Ramil, jamais ostentaram uma fagulha do enorme talento de seu irmão caçula, um dos músicos mais originais do Brasil. E mais: o ostracismo é tanto que a dupla estava semi-aposentada, e agora ressurge abrindo o show de um Beatle.
Antes que me crucifiquem, uma informação importante: eu também sou gaúcho. Mas, ao contrário dos meus conterrâneos, um povo naturalmente arrogante e bairrista, sei que existe muita vida fora do Rio Grande do Sul e nunca endeusei bobagens que são idolatradas no RS, nomes como o péssimo Nenhum de Nós e o supervalorizado Engenheiros do Hawaii.
É claro que, como em qualquer região, no estado também existe uma variadade fauna de ídolos locais, alimentada principalmente pela principal rede de rádio do RS - e de Santa Catarina -, a Atlântida, do grupo RBS, afiliado da Rede Globo. Com emissoras em todo o estado e cobrindo todo o seu território - em SC acontece a mesma coisa -, a Atlântida mantém viva a cena musical do RS, notadamente através do festival Planeta Atlântida, um dos maiores do país, com edições anuais no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Entre esses ídolos há grupos terrivelmente meia-bocas como Tequila Baby, Fresno e ComunidadeNin-Jitsu, que convivem com artistas de inegável qualidade como Nei Lisboa e a rica cena rock contemporânea de nomes como Pata de Elefante, Locomotores e afins.
Dito isso, a pergunta: o que leva alguém em sã consciência a pensar que a escolha de Kleiton e Kledir é a mais adequada para abrir um show do porte do de Paul McCartney? Se era para valorizar um ícone local, a escolha óbvia seria Nei Lisboa, uma espécie de Bob Dylan dos pampas, dono de uma discografia pra lá de interessante. Se era para escolher uma banda de rock, o nome era a Cachorro Grande, um dos principais grupos do Brasil e assumidamente influenciados - além de declaradamente fãs - dos BEATLES. Mas Kleiton e Kledir?!?!?
Em seus melhores momentos, a carreira da dupla foi meramente irrelevante, recheada de composições insossas e constrangedoras que aquela sua tia solteirona adorava cantar quando bebia demais - " ... depois do terceiro ou quarto copo, tudo que vier eu topo, tudo que vier vem bem ...". Kleiton e Kledir não tem relevância artística, importância comercial e muito menos similaridade estilística com Paul McCartney para abrir seu show. Essa escolha é totalmente ridícula, equivocada, patética e sem sentido, digna de quem não entende nada de música e acha que teve uma grande ideia, uma sacada sensacional, quando na verdade está é dando um tremendo tiro no pé!
O show de Paul vai ser inesquecível, afinal estamos falando de um dos maiores artistas da história da música, mas bem que o meu querido Rio Grande do Sul poderia passar sem essa piada sem graça e de mau gosto ...
Matéria original: Collector´s Room

Mr.Ego: "só elogios até agora", sobre o “Mythology”


Natural da cidade de Monte Azul Paulista, interior de São Paulo, a banda Mr.Ego foi formada em 1995 pelos irmãos Julio Vieira (vocal) e Paulo André (baixo). Contando com diversos singles e dois álbuns full, a banda vem acumulando experiência, ganhando cada vez mais espaço ao longo dos anos e obtendo ótimas críticas nos principais sites e revistas especializadas, não só no Brasil, como também em países como Argentina, Estados Unidos, Alemanha, França, Chile, Itália e muitos outros. Contanto com Júlio Vieira (voz), Iuri Nogueira (guitarra), Igor Nogueira (teclados), P.A Vieira (baixo) e Alexandre Zanetti (bateria), atualmente a banda encontra-se em divulgação do ótimo álbum “Mythology” lançado no inicio de 2009 pela Free Mind Media. Hoje eu falo com o baixista PA Vieira, que concedeu estaentrevista  exclusiva ao The Mind’s Eye!
Abaixo segue o link com a matéria completa.
Fonte desta matéria: nikkury.blogspot.com

Ozzy Osbourne: um "Crazy Train" diferente em Washington


OZZY OSBOURNE tocou sua canção clássica "Crazy Train" no National Mall em Washington nesse sábado dia 30 de outubro durante o “Comedy Central” com os comediantes Jon Stewart e Stephen Colbert, como parte de um dueto com Cat Stevens, também conhecido como Yusuf Islam, cantando "Peace Train".
Fonte desta matéria (em inglês): Blabbermouth

Me Abre Ela Diss: projeto em São Paulo


O Projeto ME ABRE ELA DISS se trata de um coletivo organizado por Felipe Ricotta envolvendo músicos, gente de tv, atores, atrizes, dj's, gente da noite e variantes.
É o nome de uma coleção de seis discos de música instrumental feita com sintetizador, dois programas de tv diferentes, três festas que acontecem no mês de novembro no Rio, em SP e em Itajubá-MG e um flyer. Tudo interligado.
O disco está sendo comercializado nas ruas em formato de flyer. Em troca do flyer, os promoters pedem uma contribuição simbólica pela obra em forma de moeda.
Apesar de parecer bizarro, tem dado muito certo e em menos de um mês de divulgação apenas com um promoter atuando, já foram vendidos quase 5.000 flyers.
A segunda tiragem já foi encaminhada e a meta é atingir 20.000 flyer vendidos até o fim do mês de novembro. Ao mesmo tempo em que o disco é vendido, a divulgação das festas é feita.
Em SP, a festa acontece todas as quintas no ClubeOuts e traz shows de bandas voltadas a música experimental, intuitiva, freejazz e variantes, sempre com um dj convidado.
No Rio, a festa acontece na Casa Da Matriz todas as terças a partir do dia 09/11 e não se trata apenas de uma festa, se trata de uma festa-filmagem-piloto de uma programa novo de tv que estréia ano que vem.
Dj's ilustres convidados, bandas/artistas/humoristas/personalidades sendo entrevistadas, colunismo social, filmagens envolvendo mini ficcoes e personagens, tudo isso acontece a partir das 18h quando a casa abre ao público em clima de happy hour rockenrou.
Em Itajubá, a festa ME ABRE ELA DISS acontece toda sexta feira dentro da segunda edição do ItajublastCityNights, evento de música autoral que visa valorizar os artistas locais e convidados de fora que fazem música própria, lutando contra a máfia das bandas Cover que dominam a cena noturna da grande maioria das cidades do interior de Minas Gerais e estimulando a evolução da cena cultural da cidade. Também em Minas, rolarão filmagens diversas que farão parte do piloto do programa.
ME ABRE ELA DISS também é uma série de ficção baseada no blog www.carolazevedo.zip.net que estréia ano que vem, tendo como trilha sonora os seis discos de música instrumental feita com sintetizador.

Sepultura: novo video de estúdio, shows com Angra nos EUA


O segundo de uma série  de vídeos com imagens do SEPULTURA  em estúdio compondo para o novo álbumpode ser visto abaixo.
O grupo retornará para os EUA para dois shows exclusivos em 2011. Junto com eles estarão os companheiros brasileiros do ANGRA.
13 de janeiro - House of Blues - Anaheim, CA
14 de janeiro - House of Blues - Hollywood, CA
Fonte desta matéria (em inglês): Blabbermouth

Crimson Lake: com Paul Day, 1º vocalista do Iron Maiden



Após anos fora do cenário do Heavy Metal mundial, Paul Mario Day (primeiro vocalista do IRON MAIDEN, ex-vocalista das bandas MORE e WILDFIRE e que participou da gravação de um álbum ao vivo  do SWEET), está na formação da CRIMSON LAKE que planeja lançar seu CD de estréia.
Formação:
Danny Jackson - Guitar and vocals
Stuart Humphris - Drums
Mark Middleton - Bass Guitar and vocals
Paul Mario Day - Vocals

Mais detalhes no link abaixo.
Fonte desta matéria: paulmarioday.com

Discos Marcantes de Eric Calpton II






Eric Clapton | 461 Ocean Boulevard - 1974


  1. Motherless Children
  2. Give Me Strength
  3. Willie and the Hand Jive
  4. Get Ready
  5. I Shot the Sheriff
  6. I Can’t Hold Out
  7. Please Be With Me
  8. Let It Grow
  9. Steady Rollin’ Man
  10. Mainline Florida
  11. Give Me Strength

Discos Marcantes de Eric Calpton








John Mayall´s Blues Breakers | John Mayall´s Blues Breakers With Eric Clapton - 1966


  1. All Your Love
  2. Hideaway
  3. Little Girl
  4. Another Man
  5. Double Crossing Time
  6. What’d I Say
  7. Key to Love
  8. Parchman Farm
  9. Have You Heard
  10. Ramblin’ on My Mind
  11. Steppin’ Out
  12. It Ain’t Right

Mesmo não sendo um disco solo do artista...deve estar em sua discografia básica por ser um albúm histórico da música.

Eric Clapton




Eric Patrick Clapton CBE (Ripley30 de março de 1945) é um guitarristacantor e compositor britânico. Apelidado de Slowhand, é considerado um dos melhores guitarristas do mundo.
Embora seu estilo musical tenha variado ao longo de sua carreira, Clapton sempre teve suas raízes ligadas ao blues. Clapton foi considerado inovador pelos críticos em várias fases distintas de sua carreira, atingindo sucesso tanto de crítica quanto de público e tendo várias canções listadas entre as mais populares de todos os tempos, tais como "Layla", "Wonderful Tonight" e a regravação de "I Shot the Sheriff", de Bob Marley.
Em 2004 foi condecorado com o título de Comandante da Ordem do Império Britânico (CBE).

Informação geral
Nome completoEric Patrick Clapton
ApelidoSlowhand
Data de nascimento30 de março de 1945 (65 anos)
OrigemRipleySurrey
País Inglaterra
GênerosRockBlues-rockHard rockRock psicodélico
InstrumentosVocalguitarraguitarra acústica,sintetizadorguitarra clássica, guitarra ressonadora, guitarra slide
Modelos de instrumentosBlackie
Brownie
Eric Clapton Stratocaster
Gibson Les Paul
Período em atividade1963 – atualmente
AfiliaçõesBB KingCasey Jones and the EngineersThe RoostersThe YardbirdsJohn Mayall & the BluesbreakersPowerhouse,CreamThe BeatlesThe Dirty Mac,Blind FaithThe Rolling StonesThe Plastic Ono BandJeff BeckMartha VelézDelaney, Bonnie & Friends,Derek and the DominosRoger WatersDire StraitsT.D.F.Jimi HendrixPaul McCartney
Página oficialEric Clapton.com



Carreira musical e vida pessoal


Infância e início da carreira

Clapton nasceu em Ripley, na Inglaterra, Sua mãe era solteira e com 16 anos de idade. Foi criado pela sua avó e pelo marido desta, acreditando que eles eram seus pais e que sua mãe era sua irmã mais velha. Descobriu a verdade aos 9 anos de idade, e essa revelação foi um momento muito marcante na sua vida. Depois disso, ele deixou de se aplicar na escola e se tornou um garoto calado, tímido, solitário e distante de sua família.
Seu primeiro emprego foi como carteiro e, aos 13 anos de idade, pela sua insistência, ganhou seu primeiro violão de sua avó Rose. Apesar da dificuldade inicial de aprender a tocar o instrumento, quase desistindo, acabou se esforçando para tocar os primeiros acordes influenciado por canções antigas de blues, que tentava reproduzir. Em pouco tempo, já dedicava horas diárias ao aprendizado, e foi conseguindo dominar o instrumento.
Depois de completar o ensino básico, em 1962 Clapton fez um ano introdutório na Kingston School of Art, mas não continuou o curso. Em janeiro de 1963, indicado pela namorada do guitarrista Tom McGuinness, que fora sua colega no curso de artes, ingressou na banda The Roosters. Seus ensaios eram no andar de cima de um pub e a guitarra, o teclado e o vocal iam no mesmo amplificador, pois não tinham muitos recursos. Chegaram a fazer algumas apresentações, e Eric permaneceu na banda até agosto do mesmo ano.

O surgimento de Clapton

Ainda em 63, passou a integrar a banda Yardbirds, que começava a fazer sucesso na Grã-Bretanha. O empresário da banda e grande entusiasta do blues chamava-se Giorgio Gomelsky. Giorgio tinha aberto um lugar chamado CrawDaddy Club, no velho Station Hotel, em Richmond. A banda que residia o local nas noites de domingo era a recém-formada Rolling Stones. Lá Eric conheceu Mick, Keith e Brian em seu período de gestação, quando tocavam apenas R&B. Entrou na banda Yardbirds depois de ser alertado por seu então amigo Keith Richards, do Rolling Stones de que o guitarrista Topham estava prestes a desistir da banda. Com o passar do tempo, os Yardbirds foram alternando seu estilo para o ritmo Pop, o que desagradava a Eric. Sendo assim, fiel à suas raízes no blues, recusou-se a seguir a direção escolhida pelo grupo, e acabou saindo em março de 1965, após a saída de Clapton a banda ainda teria mais 2 grandes guitarristas como integrantes, sendo o primeiro Jeff Beck, e depois Jimmy Page. Depois de um tempo em empregos temporários, entrou para a John Mayall & the Bluesbreakers, estabelecendo seu nome como músico de blues e inspirando o fanatismo de jovens que pichavam Londres com a inscrição "Clapton is God" ("Clapton é Deus").
Ele largou os Bluesbreakers em 1966 e então formou o Cream, um dos primeiros "power trios" do rock, com seus amigos Jack Bruce e Ginger Baker, este, a pedidos de Eric à Jack Bruce. Foi nessa época que Eric começou a desenvolver-se como cantor, embora Bruce, um dos melhores vocalistas do rock, fizesse a maioria dos vocais.
No final de 1966 o status de Clapton como melhor guitarrista da Grã-Bretanha foi abalado com a chegada de Jimi Hendrix. Hendrix compareceu a uma das primeiras apresentações do Cream, no London Polytechnic em 1 de outubro de 1966, e tocou uma jam com a banda durante "Killing Floor". Eric imediatamente percebeu que havia ganho um imbatível adversário, cujo carisma era igualado somente por sua incrível técnica na guitarra. Os primeiros shows de Hendrix no Reino Unido foram assistidos pela maioria dos astros da música britânica, incluindo Clapton, Pete Townshend e os Beatles. A chegada do americano teria um impacto profundo e imediato na próxima etapa da carreira de Clapton.

Fim do Cream

Embora o Cream seja apresentado como um dos melhores grupos de sua geração, a banda teve vida curta. As lendárias brigas internas - especialmente entre Bruce e Baker - aumentaram a tensão entre os três integrantes, levando ao fim do trio. Outro fator significante foi uma crítica pesada da revista Rolling Stone de um dos shows do Cream, o que afetou Clapton profundamente.
Goodbye, álbum de despedida da banda, apresentava faixas ao vivo gravadas no Royal Albert Hall, assim como a versão de estúdio de "Badge", composta por Eric e George Harrison.
A amizade próxima dos dois resultou na performance de Clapton em "While My Guitar Gently Weeps", lançada no White Album dos Beatles. Ao acompanhar de perto o sofrimento da esposa de Harrison, Pattie Boyd, que vivia abandonada em razão do interesse do marido pela cultura hindu, Eric acabou se apaixonando. E o sofrimento por amar a mulher de seu melhor amigo o inspiraria a compor uma das suas canções mais conhecidas: "Layla".
Uma segunda participação em outro super grupo, o menos-sucedido Blind Faith (1969), com Baker, Steve Winwood e Rick Grech, resultou em um álbum fraco e uma turnê norte-americana cancelada. Já aí Clapton estava cansado de sua fama e do burburinho que cercava o Cream e o Blind Faith, além de ter ficado profundamente afetado pela música do The Band – com o qual de fato ele já havia pedido para se juntar depois do fim do Cream. Clapton então decidiu ficar um pouco nas sombras, e passou a viajar em turnê como convidado do grupo americano Delaney and Bonnie and Friends. Ele tornou-se amigo íntimo de Delaney Bramlett, que o encorajou a voltar a compor e a cantar.

Solo

Usando a banda de apoio de Bramletts e um elenco estelar de músicos de estúdio, Clapton lançou seu primeiro disco solo em 1970, que trazia uma de suas melhores composições: "Let It Rain".
Se apropriando da seção rítmica do Delaney & Bonnie – Bobby Whitlock (teclado, vocais), Carl Radle (baixo) e Jim Gordon (bateria) – ele formou uma nova banda com a intenção de contrastar com o culto de "estrelismo" que crescera a sua volta e mostrar Clapton como um integrante no mesmo patamar dos demais. Isto tornou-se ainda mais evidente com a escolha do nome – Derek and the Dominos – que veio de uma piada nos bastidores do primeiro show da banda.
Trabalhando no Criterion Studios em Miami com o produtor Tom Dowd, a banda gravou um brilhante álbum duplo, hoje em dia considerado como a obra-prima de Clapton: Layla and Other Assorted Love Songs. A maioria do material, incluindo a faixa título, foram inspirados pelo conto árabe Majnun e Layla e mostravam o grande amor não declarado de Clapton por Patti Harrison. "Layla" foi gravada em duas sessões distintas; a seção de abertura na guitarra foi gravada primeiro, e para a segunda seção, o baterista Jim Gordon compôs e tocou o elegante trecho ao piano.
Mas a tragédia marcou o grupo durante sua breve carreira. Durante as sessões, Clapton ficou devastado com a notícia da morte de Jimi Hendrix; a banda gravou uma versão tocante de "Little Wing" como um tributo a ele, adicionando-a ao álbum. Um ano depois, Duane Allman morreu em um acidente de motocicleta. Contribuindo mais para o sofrimento de Clapton, o álbum Layla receberia somente algumas poucas críticas neutras quando de seu lançamento.

Drogas e álcool

Clapton em 1974.
O esfacelado grupo resolveu iniciar uma turnê norte-americana. Apesar da admissão posterior de Clapton de que a turnê ocorreu em meio a uma verdadeira orgia de drogas e álcool, aquilo acabou resultando em um poderoso álbum ao vivo, In Concert. Mas o grupo se desintegraria pouco tempo depois em Londres, na véspera da gravação de seu segundo LP de estúdio. Embora Radle tenha continuado a trabalhar com Clapton por vários anos, a briga entre Eric e Bobby Whitlock foi aparentemente feia, e eles nunca mais voltariam a tocar juntos. Outra trágica nota de rodapé para a história do Dominos foi o destino de seu baterista Jim Gordon, que sofria de esquizofrenia não-diagnosticada – anos depois, durante um surto psicótico, ele mataria a própria mãe a marretadas, sendo confinado em um hospício, onde permanece até hoje.
Apesar de seu sucesso, a vida pessoal de Clapton encontrava-se em estado deplorável. Além de sua paixão por Pattie Boyd-Harrison, ele parou de tocar e se apresentar e tornou-se viciado emheroína, o que resultou em um hiato em sua carreira. A única interrupção notável desse hiato foi sua participação no Concerto para Bangladesh - organizado por George Harrison - e, depois, pelo "Rainbow Concert", organizado por Pete Townshend do The Who para ajudar Clapton a largar as drogas.
Clapton devolveu a gentileza ao interpretar o "Pregador" na versão cinematográfica de Tommy em 1975; sua aparição no filme (tocando "Eyesight To The Blind") é notável pelo fato de ele estar claramente usando uma barba falsa em algumas sequências – o resultado de ele impensadamente raspar sua barba entre as gravações!
Relativamente limpo novamente, Clapton começou a organizar uma nova e forte banda, que incluía Radle, o guitarrista George Terry, o baterista Jamie Oldaker e as backing vocals Yvonne Elliman e Marcy Levy. Eles viajaram em turnê ao redor do mundo, posteriormente lançando o soberbo E.C. Was Here (1975).
Clapton lançou 461 Ocean Boulevard em 1974, álbum mais enfatizado nas canções ao invés de sua técnica na guitarra. Sua versão de "I Shot The Sheriff" foi um grande sucesso, sendo importante ao apresentar o reggae e a música de Bob Marley para um público mais extenso. Ele também promoveu o trabalho do cantor-compositor-guitarrista J.J.Cale.
Eric continuou a gravar e a fazer turnês regulares, mas a maioria de seu trabalho desta época foi deliberadamente mais calmo, fracassando em obter a mesma repercussão do início de sua carreira.


Clapton em 1977.

Maré de azar

Em 1976, Clapton foi o centro de polêmicas devido a acusações de racismo, ao protestar contra a imigração crescente durante um show em Birmingham. Clapton disse que a Inglaterra estava "se tornando superpopulada" e implorou para que a platéia votasse em Enoch Powell para impedir que a Grã-Bretanha virasse uma "colônia negra". Seus comentários motivariam diretamente a criação do evento Rock Against Racism. Apesar do impacto negativo em sua carreira e reputação, Clapton sempre se recusou a diminuir o episódio e negou que havia alguma contradição entre seu ponto de vista político e sua carreira baseada essencialmente num formato musical criado pelos negros. Nesta mesma época, seu nome começou a aparecer em álbuns lançados no Japão como "Eric Crapton" ("Crap" significa "fezes", em inglês), embora isso seja provavelmente mais um caso de "engrish" do que de malevolência.
O final dos anos 1970 viu um Clapton com dificuldades de se acertar com a música popular, causando uma recaída no alcoolismo que o levou a ser hospitalizado e depois internado para um período de convalescência em Antígua, onde ele mais tarde apoiaria a criação de um centro de reabilitação existente até hoje, chamado Crossroads Center, e, mais tarde, criou um evento chamadoCrossroads Guitar Festival, que visava arrecadar dinheiro para contribuir com o tratamento dos dependentes de drogas. Em 1985 Clapton conheceu Yvone Khan Kelly, com quem ele começaria um relacionamento. Eles tiveram uma filha, Ruth, que nasceu no mesmo ano. Clapton se divorciaria de Yvone Khan Kelly em 1988.
No começo dos anos 1990, a tragédia voltaria a atormentar a vida de Clapton em duas ocasiões. No dia 27 de agosto de 1990 o guitarrista Stevie Ray Vaughan (que estava em turnê com Eric) e dois membros de sua equipe de apoio morreram em um acidente de helicóptero. No ano seguinte, em 20 de março de 1991, Conor, filho de quatro anos de Clapton com a modelo italiana Lori Del Santo, morreu depois de cair da janela de um apartamento. Um instantâneo da dor de Clapton pôde ser visto com a canção "Tears In Heaven", My Father's Eyes (Pilgrim, 1998) e Circus Left Town (Pilgrim, 1998).

Slowhand ressurgindo

Assim como MTV Unplugged (vencedor do Grammy em 1993), seu álbum From The Cradle trazia várias versões de antigos sucessos do blues, dando destaque a seu estilo econômico no violão. Em 1997, ele gravou um álbum de música eletrônica sob o pseudônimo de TDF,Retail Therapy, terminando o século XX com aclamadas parcerias com Carlos Santana e B. B. King.
Em 1999, Clapton, então com 56 anos, conheceu a artista gráfica Melia McEnery, 25, em Los Angeles enquanto trabalhava em um álbum com B. B. King. Eles se casaram em 2002 e tiveram três filhas, Julia Rose (2001), Ella May (2003) e Sophie, nascida em 2005.
Tão conhecido quanto Clapton é o seu costume de usar uma variedade de guitarras. No começo de sua carreira, ele usava uma Gibson Les Paul do final dos anos 1970, sendo parcialmente responsável pela reintrodução do estilo original da Les Paul pela Gibson.
Mais tarde, Clapton começou a usar Stratocasters da Fender. A mais famosa de todas as suas guitarras foi Blackie, montada com pedaços de várias Strats e que ele usou até os anos 1990, Depois, por medo de danificá-la, guardou em casa, e não a levou mais aos palcos. Por fim, Clapton se desfez da "Blackie" por U$959,500 no leilão organizado pelaChristie's de Nova York, em benefício do centro de reabilitação Crossroads.
Em 1988, Clapton foi honrado pela fábrica de guitarras Fender com a introdução de uma Stratocaster feita sob medida para ele, juntamente com Yngwie Malmsteen. Aquelas foram as primeiras guitarras modeladas para artistas na famosa série "Signature" da Stratocaster, que desde então incluiu modelos para Jeff BeckBuddy Guy e Stevie Ray Vaughan, entre outros.
Em 1999, Clapton levou a leilão parte de sua coleção de guitarras para levantar fundos para o Crossroads, centro de reabilitação para viciados que ele fundou na Antígua em 1997. O montante total conseguido no leilão pela Christie’s foi de U$7,438,624.
Em 3 de novembro de 2004, Clapton é condecorado com o título de Comandante da Ordem do Império Britânico (CBE).

Discografia

  • 1963 Sonny Boy Williamson and The Yardbirds (com Yardbirds)
  • 1964 Five Live Yardbirds (com Yardbirds)
  • 1965 For your love (com Yardbirds - coletânea americana)
  • 1965 Having a Rave Up (com Yardbirds - coletânea americana)
  • 1966 Bluesbreakers with Eric Clapton (The Beano) (com John Mayall and The Bluesbreakers)
  • 1966 Fresh Cream (com Cream)
  • 1967 Disraeli Gears (com Cream)
  • 1968 Wheels of Fire (com Cream)
  • 1969 Goodbye Cream (com Cream)
  • 1969 Blind Faith (com Blind Faith)
  • 1969 Best of Cream (com Cream - coletânea)
  • 1970 On Tour with Eric Clapton (com Delaney & Bonnie & Friends)
  • 1970 Live Cream (com Cream - coletânea ao vivo)
  • 1970 Eric Clapton
  • 1970 Layla and Other Assorted Love Songs (com Derek and the Dominos)
  • 1971 The Yardbirds Featuring Performances by: Jeff Beck, Eric Clapton, and Jimmy Page (com Yardbirds - coletânea)
  • 1972 Live Cream Volume II (com Cream - coletânea ao vivo)
  • 1972 Heavy Cream (com Cream - coletânea)
  • 1972 History of Eric Clapton (coletânea)
  • 1972 Eric Clapton at His Best (coletânea)
  • 1973 Clapton (coletânea)
  • 1973 Live at the Fillmore (como Derek and the Dominoes) (ao vivo em 1970)
  • 1973 Eric Clapton's Rainbow Concert (ao vivo em 1972)
  • 1974 461 Ocean Boulevard
  • 1975 There's One in Every Crowd
  • 1975 E.C. Was Here (ao vivo em 1975)
  • 1976 No Reason to Cry
  • 1977 Slowhand
  • 1978 Backless
  • 1980 Just One Night (duplo; ao vivo em 1979)
  • 1981 Another Ticket
  • 1982 Time Pieces: Best Of Eric Clapton (1970-1978)
  • 1983 Money and Cigarettes
  • 1984 Too Much Monkey Business
  • 1984 Backtrackin'
  • 1985 Behind the Sun
  • 1986 August
  • 1987 The Cream of Eric Clapton
  • 1988 Crossroads (Box Set)
  • 1989 Homeboy
  • 1989 Journeyman
  • 1990 The Layla Sessions (como Derek and the Dominoes) (Boxset comerando os 20 anos de lançamento)
  • 1991 24 Nights (ao vivo em 1990)
  • 1992 Rush
  • 1992 Unplugged (ao vivo em 1992)
  • 1994 From the Cradle
  • 1995 The Cream of Clapton
  • 1996 Crossroads 2: Live in the Seventies (CD quádruplo, gravações ao vivo de 1974 a 1978)
  • 1998 Pilgrim
  • 1999 The Blues (álbum duplo)
  • 1999 Clapton Chronicles: The Best of Eric Clapton
  • 2000 Riding With the King (com B.B. King)
  • 2001 Reptile
  • 2002 One More Car, One More Rider (ao vivo em 2001)
  • 2004 Me and Mr. Johnson (versões de músicas de Robert Johnson)
  • 2005 Back Home (álbum de estúdio)
  • 2006 Road To Escondido" (álbum gravado com JJ Cale)
  • 2007 Complete Clapton
  • 2009 Eric Clapton and Steve Winwood (Live from Madson Square Garden)
  • 2010 Eric Clapton Clapton (2010)

Curiosidades


  • Eric Clapton foi creditado no álbum Brothers in Arms do Dire Straits só porque emprestou a Mark Knopfler uma de suas guitarras.
  • Clapton foi proibido de dirigir na França e teve sua carta de motorista cassada no Reino Unido depois de ser pego dirigindo um Porsche 911 em alta velocidade numa rodovia francesa em outubro de 2004.
  • Em 1987, Eric Clapton convidou Tina Turner para gravar a música Tearing Us Apart, não rendeu muito sucesso. Porém é considerado uma grande música e rendeu duas performances ao vivo, uma na Inglaterra e uma no Prince Trust Concert, onde ainda tinha a participação de Phil CollinsElton John e Mark Knopfler