26 de setembro de 2010

Black Sabbath: a "era 'Mob Rules'"

Chamado por muitos como “o primo pobre” de Heaven And Hell, o segundo álbum de Ronnie James Dio com o BLACK SABBATH envelheceu de forma grandiosa e hoje também é considerado um clássico supremo do heavy metal.


Depois de alguns meses de férias após a extensiva e extenuante turnê do álbum "Heaven And Hell", oBLACK SABBATH se reuniu em Los Angeles, em abril de 1981, para começar a compor e gravar aquele que seria o segundo registro da era-Dio. Mudanças foram propostas de imediato pela própria banda: Geezer, que era o letrista principal do conjunto nos anos 70, voltaria a escrever, agora ao lado de Dio, que cuidou sozinho das letras do disco anterior, devido a ausência temporária do baixista. Na parte sonora, a banda queria fugir um pouco da sonoridade mais limpa e cristalina de HAH e voltar à agressividade e distorção dos antigos discos com Ozzy no vocal. Para isso convocaram novamente o experiente Martin Birch.
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Com tudo parecendo estar nos trilhos novamente, um misterioso baixo astral começou a rondar a banda com força total, como relembrou RJD 20 anos depois: “Foi nessa época que adentramos nosso período ‘Sabbath odeia todo mundo’. HAH foi muito fácil de ser criado, pois envolveu apenas eu e Tony; quando Geezer voltou e insistiu para participar desse processo, tudo ficou mais difícil. Eu não sei a razão, mas Geezer tinha atitudes extremamente negativas perante a banda e a sua própria vida. Bastava tudo estar indo bem para ele desconfiar que existia alguma conspiração contra ele ou contra o grupo. Ele achava que todo mundo queria sabotar a banda de alguma forma. Se não existia algum problema com o Sabbath, Geezer logo criaria um bem rápido e daqueles bem problemáticos. A trajetória do conjunto comprova exatamente isso, foram problemas atrás de problemas. Isso colaborou, e muito, para as coisas ficarem difíceis pra gente; se alguém não está feliz dentro do grupo a música sofre com isso. Essa negatividade estava presente o tempo todo. Mesmo assim escrevemos juntos. Geezer é um excelente letrista, apesar de às vezes você ter que concordar com ele, evitando assim uma discussão que levaria a coisa muito adiante. Ele tinha muitos problemas familiares na época e odiava estar nos EUA, mas isso não pode afetar o processo criativo de um disco e foi exatamente o que aconteceu. Isso tudo estava muito distante do alto astral meu e de Tony quando fizemos o HAH.”
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"Mob Rules", o novo disco, sofria então com esse caótico processo de composição. Mesmo assim Geezer aprovava o novo material: “Estou mais satisfeito com esse disco do que com o anterior. HAH continha algumas músicas que me cansaram com o passar do tempo. Agora Vinny se encaixou muito bem no grupo e ele era um apreciador de nossa música desde o início da banda. Mesmo assim, Bill ainda é o meu favorito. Ronnie por sua vez escreve tudo muito rápido, ele pode inclusive escrever uma letra enquanto canta a melodia. O ponto baixo é que Ronnie pensa que HAH foi um sucesso unicamente pelo fato de contar com a sua própria presença, não dando crédito para mais ninguém pelo que foi feito naquele álbum. Ele tinha esse tipo de atitude: ‘Eu ressuscitei essa banda e sem mim eles não seriam nada’. Era muito difícil lidar com essa postura dele.”
O processo de composição nessa época, por mais produtivo que fosse, trazia algumas fissuras que logo derrubariam por completo a confiança e a amizade entre os integrantes. Em HAH, os créditos de todas as composições (músicas) ficaram divididos entre os quatro integrantes, tudo “em nome da música”, o que deixou DIO furioso, pois ele sempre clamou por ter criado tudo sozinho ao lado de Iommi.
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Em "Mob Rules", todas as músicas foram creditadas a “Butler, Dio e Iommi”, com todas as letras do disco sendo creditadas à apenas Dio, assim como no álbum anterior. Essa tensão perante os créditos pairava no ar e Ronnie sempre deixou muito claro que essa não foi uma época feliz de sua carreira. A alegria e camaradagem havia durado pouco, somente na época de HAH. Em "Mob Rules" a coisa já havia desandado e o vocalista considerava também a fase de "Live Evil" como a mais triste e depressiva de toda a sua carreira.
Nessa época a banda havia renovado seu contrato com a Warner, que teria avisado que HAH seria o último lançamento pelo selo. Devido ao grande sucesso de vendas a gravadora não só renovou o contrato para mais alguns álbuns, como assinou também, na surdina, um contrato com Ronnie James Dio para um disco solo. Enquanto "Mob Rules" estava sendo gravado, o Sabbath foi convidado para se apresentar no lendário festival Heavy Metal Holocaust, que aconteceu em Stoke On Trent, na Inglaterra, e contou com Frank Marino, Triumph, Motörhead e OZZY OSBOURNE. Evitando um contato direto com seu ex-vocalista, o grupo cancelou sua aparição e se concentrou totalmente na gravação do novo álbum.
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"Mob Rules" foi finalmente lançado no dia 4 de novembro de 1981, e chegou a 12ª posição da parada britânica, por onde permaneceu por 14 semanas. Dois singles foram extraídos da bolacha: “Turn Up The Night” e “The Mob Rules”.
Com exceção de “Over And Over”, a banda executou todas as faixas do novo álbum durante a tour que se seguiu, que teve início no Quebec City Coliseum (Le Colisee), em Quebec, Canadá, no dia 15 de novembro de 1981. A abertura ficou por conta de Alvin Lee e sua banda, que nessa época contava com uma forcinha especial do guitarrista Mick Taylor. Para o Sabbath era uma honra ter um ex-integrante do Ten Years After e um Stone no palco naquela primeira “perna” da turnê. Três dias depois, no gigantesco Maple Leaf Gardens, ainda no Canadá, mais um tumulto entre o público. Parecia que o BLACK SABBATH atraía esse tipo de confusão...
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O show na capital escocesa de Edimburgo foi cancelado em função da forte neve que castigava a cidade. Em Cardiff, no País de Gales, o teto do teatro onde o grupo se apresentaria, o Sophia Gardens Pavilion, desabou devido a uma tempestade de neve. Mais cancelamentos no caminho... E também confusões de mais diversas procedências durante a excursão: Vinny Appice foi ferido pelo gelo seco do palco e Tony Iommi passou maus bocados depois de ingerir comida estragada. O show em Winnipeg, Ontario, Canadá, precisou ser cancelado por um motivo pra lá de bizarro: a arena tinha sido alugada para um circo, que estava montado quando a banda chegou para se apresentar. O jeito foi arrumar outras preocupações e tentar ignorar a onda de azar: durante a parte norte-americana da tour a banda grava algumas apresentações para um futuro álbum duplo ao vivo. Era preciso combater "Live At Last", lançado à revelia de Iommi e Geezer.
"Mob Rules" pode não ser tão conceituado como "Heaven And Hell", mas sem dúvida é mais épico, pesado e até mesmo mais “progressivo” que seu antecessor. Se "Heaven And Hell" era o cérebro, "Mob Rules" era o coração pulsante da era-Dio do Sabbath. Seja qual for o seu preferido, o que é unânime é que ambos são capítulos emocionantes e irretocáveis da história do heavy metal.
"Mob Rules" - O Disco
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O segundo disco de Dio com o Sabbath tem um som diferente: mais gordo, encorpado e caloroso se comparado a "Heaven And Hell": “O equipamento utilizado foi o mesmo, não alteramos nada. Tivemos um troca de baterista, é claro, mas creio que foi mais uma progressão natural do nosso produtor Martin Birch. Ele estava testando coisas diferentes e isso refletiu no disco,” confessou Ronnie James Dio.
Os graves definitivamente estavam mais pesados e marcantes. Os bumbos de Vinny Appice apareciam com destaque, assim como o baixo de Geezer e os riffs infernais de Iommi. Birch era fissurado em sons pesados de bateria e baixo, e teve como meta extrair o melhor som possível da banda em estúdio.
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As incansáveis comparações entre "Mob Rules" e "Heaven And Hell", o trabalho anterior da banda, se dão ao fato da primeira faixa de ambos ser muito semelhante, praticamente uma repetição da fórmula. “Turn Up The Night” tenta desesperadamente recriar o vigor, potência e frescor de “Neon Knights”, mas não consegue. DIO inclusive nunca foi um grande apreciador dessa canção.
“Voodoo” é a faixa seguinte, mais cadenciada e com um riff cavalar de Iommi; e abre caminho para talvez a melhor do disco, a épica e gloriosa “The Sign Of The Southern Cross”, uma das preferidas de DIO, com uma letra mística e elaborada: “Eu amo essa música. Quando se fala desse álbum ela é a primeira a ser lembrada. Gosto muito também do título e quando eu tocava trompete quando garoto, a gente tocava uma canção chamada ‘The Southern Cross’. Foi muito divertido compor essa canção, pois precisávamos de algo na linha de ‘Heaven And Hell’.”
“E5150” é uma vinheta eletrônica, utilizada também para abrir os shows da banda dali pra frente. Geezer queria de qualquer maneira incluir a palavra “evil” no disco, então aqui temos a letra “E”; o “5” no algarismo romano é “V”, o “1” é “I”, e o “50” é “L”; juntando tudo: “EVIL”. O VAN HALEN mais adiante batizou um álbum e uma música como “5150”, mas alegando que se tratava de um código usado pela polícia norte-americana para designar os criminosos com problemas mentais.
Versão pirata em fita K7
Versão pirata em fita K7

A faixa “The Mob Rules” é outro destaque, uma das mais agressivas da carreira da banda; “Country Girl” foi escrita por Ronnie em homenagem a sua esposa Wendy e tinha uma temática mais convencional, o que desagradou Tony e Geezer, apesar do riff que era Sabbath puro. “Slipping Away” é a próxima e tem uma levada mais funk que é puro LED ZEPPELIN, com Vinny colocando de fora toda sua admiração por John Bonham. Outro ponto alto do tema é o solo de baixo repleto de distorção e malandragem de Geezer.
“Falling Of The Edge Of The World” traz outro riff agressivo de Iommi, como há tempos não pintava num disco do Sabbath. Foi uma das últimas faixas a ser composta para o disco e também caprichava no teor épico e dramático. O título, assim como “Heaven And Hell”, foi mais uma vez baseado numa outra canção de George Young e Harry Vanda, a dupla de compositores dos australianos do Easybeats, uma das bandas favoritas de RJD.
O disco é encerrado com a melancólica “Over And Over”, uma pequena pérola depressiva, com solos mais blueseiros de Iommi e uma interpretação impecável e dramática de DIO, que comentou sobre ela: “Gosto do que eu escrevi nessa letra; ela é essencialmente um tema bem ‘Dio’, e reflete como eu me sentia nessa época, passando uma ideia da minha luta contra a negatividade da banda. Tem até um trecho que retrata a vida como um pedaço de papel, e daí temos uma chama. Essa chama pra mim era como algum integrante do grupo na época.” A letra trazia também uma frase que resumiu o fim da era-Dio no Sabbath: “Oh How I Need To Be Free Of This Pain.”
Kill OZZY?
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O impressionante desenho usado na capa de "Mob Rules" é na verdade uma tela de autoria do artista Greg Hildebrandt, que pintou essa obra ainda nos anos 70. Com nome original de Mob Dream, a tela foi licenciada para ser usada pelo Black Sabbath e foi aí que a confusão começou.
Para muitos fãs, a arte que apareceu na capa do álbum traz a inscrição “Kill Ozzy”, ou “Matar Ozzy” meio escondida na parte inferior do desenho, no que seria o chão daquela cena violenta. A palavra “Kill” pode ser percebida ao lado esquerdo da assinatura do artista, e a palavra “Ozzy” exatamente abaixo do nome do artista.
Más línguas garantem que a arte foi alterada a pedido do grupo. Um representante da Warner chegou até a confessar que isso realmente aconteceu, porém a banda sempre negou tal acusação.
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Dio: “As pessoas sempre vão ler o que querem ler. É uma questão de querer enxergar algo fictício, assim como aquele papo de que virando o logo DIO de ponta-cabeça você tem a palavra ‘DEVIL.’”
Esse texto e muitos outros sobre Ronnie James Dio você encontra na edição impressa da revista poeira Zine, numa edição limitada de colecionador inteiramente dedicada ao vocalista. Black Sabbath, Rainbow, ELF, Heaven & Hell, DIO e muito mais. Para saber mais sobre essa edição, acesse owww.poeirazine.com.br.
Fonte desta matéria: poeira Zine

Fúria: questão de vida ou morte no universo do Heavy Metal

Os gregos criam as Eurínies (as) ou as Eumênides, que os romanos transformam nas três Fúrias (Tisífone, Megera e Alecto) e, há milênios, as sobras da humanidade vêm incumbindo-se, diga-se de passagem, com inexorável maestria: de espalhar o ódio, a cólera e o furor (ruim) por todos os cantos do nosso manjado admirável mundo novo


Fúria, o “Aurélião” (dicionário) define-a como: ira, agitação violenta ou entusiasmo; Ambrose Gwinett Bierce (pensador e jornalista americano, 1842 – 1914) como: ódio ou “o sentimento reservado para ocasião de superioridade de alguém”, isto é, da vantagem de alguém sobre outros pobres mortais.
Os antigos gregos – que pensam muito e têm resposta para quase tudo – costumam arremessar o furor (ou a raiva) contra as pessoas sob a forma da própria divindade alegórica Fúria ou através de um convite às Harpias (seres alados monstruosos, sempre famintos, com: corpo de abutre, rosto de senhoras pouco sociáveis, garras medonhas e um péssimo humor) ou às Eurínies. Tem-se um exemplo clássico na loucura que atinge o maior herói semideus de todos os tempos: Hércules (ou Alcides, ou ainda Héracles em grego), quando Juno (Hera) ordena à deidade Fúria e à Demência que o castiguem, insuflando-lhe um desejo incontrolável de matar a flechadas alguns de seus filhos.
Gottfried Wilhelm Leibniz (filósofo alemão, 1646 – 1716) - em sua obra Novos Ensaios sobre o Entendimento Humano, Livro II, capítulo XIX - enuncia que o entusiasmo do homem está ligado ao seu espírito de dominação no subconsciente. Os gregos, pra variar, já diziam que ficar entusiasmado seria o mesmo que possuir um deus ou uma divindade “dentro de si” e que o êxtase, que pudesse segui-lo, seria um estado de euforia ou embriaguez que, literalmente, significava “sair de si”, para fora. Muito interessante essa coexistência de dois sentimentos humanos tão íntimos e ambivalentes, podendo tornar-se opostos ao mesmo tempo.
A fúria (benéfica, não a destrutiva) é uma questão de vida ou morte no universo do mais denso e impetuoso gênero musical que se tem notícia: o Heavy Metal. Faz-se vital a perpetuação de uma imagem de puro dinamismo para aqueles veteranos grupos desejosos de manter a sua clientela de fãs ou para as bandas principiantes ansiosas de construir o seu próprio público. O visual é essencial, mas a performance em concertos “fechados” ou festivais ao ar livre é determinante, mesmo que as músicas (composições) atuais sejam infinitamente inferiores aos grandes clássicos já produzidos.
Por motivo de consciência pessoal, não vou listar os grupos que perderam a vontade ou o tesão de tocar e, por conseguinte, também a sua criatividade. Ocorre que a maioria dos músicos perdeu o entusiasmo e a empática interação com as plateias, estes artistas não se expressam mais com a natural alegria necessária. Posso apenas citar alguns grupos do Heavy Metal (como também do Hard Rock), que continuam a encantar pela “agressiva” postura em palco e pelo som “furioso” que ainda produzem, tais quais: o AC/DC, o Slayer, o Exodus, o METALLICA, o WASP e o Judas Priest, e, outros que retornaram à ativa, carregando a mesma paixão de outrora, como: o Raven, o Foreigner, o Krokus e o Accept.
A vida sem ira, emoção e vontade, simplesmente, não se manifesta em toda a sua plenitude, pois se extingue o interesse na criação. E fúria e entusiasmo são elementos indispensáveis na constituição do Heavy Metal. É por isso que não se consegue amordaçar o Rock Pesado, nunca, ele é livre, independente; por isso ele vive a conquistar posições de destaque em vendas - a despeito da discriminação ainda sofrida por boa parte da crítica e da mídia nacional e do exterior -; e por isso, eternamente, ele cresce e adquire reformada robustez, granjeando o amor (simpatia) das novas gerações e prostra toda a teoria que o censura como causador de todos os problemas da juventude, e também da minha meia-idade.

Traduzido por Adriano Alves Fiore

Mike Portnoy: algumas perguntas ficam no ar


Uma triste notícia para todos os fãs do DREAM THEATER (entre os quais me incluo): o baterista Mike Portnoy, líder e membro fundador da banda anuncia sua saída da mesma, através do Twitter e de um post em seu perfil no Facebook e no seu site oficial.
Com um texto demonstrando bastante pesar, Portnoy informa em seu fórum que esta era uma notícia que ele nunca havia imaginado que um dia poderia dar. Sua intenção na verdade seria fazer uma pausa nos trabalhos com o DT, mas os demais membros da banda não teriam concordado e se mostraram aparentemente irredutíveis na decisão de não parar com a banda agora. Devido à desgastante maratona de mais de 20 anos em atividade, Portnoy temia que a insistência em continuar sem uma pausa revigorante pudesse desgastar também sua relação com os outros membros da banda.
Mike descreve que teria até mesmo oferecido trabalhos ocasionais durante o ano de 2011, o que iria até contra o seu desejo inicial de suspender temporariamente as atividades do grupo, porém sua decisão não teria sido acatada pelos outros integrantes, que decidiram continuar os trabalhos ininterruptamente.
Embora bastante aturdido com a notícia, não pude deixar de considerar alguns aspectos da decisão de MP. Primeiramente, todos sabem que como cérebro da banda, Portnoy tomava conta de cada detalhe de tudo o que a envolvia (setlists, iluminação dos shows, edição dos álbuns, arranjos, escolha das músicas dos álbuns etc.) o que realmente deve ser estafante se, mesmo sendo prazeroso, torna-se uma obrigação repetida por 25 anos a fio. Em segundo lugar, a experiência com A7X (Avenged Sevenfold) apenas como integrante do grupo, sem ter de tomar qualquer decisão, somente tocar e divertir-se, deve tê-lo feito concluir que o trabalho com o DREAM THEATER  já não era mais tão agradável de se levar adiante. O próprio M. Shadows (vocalista do A7X) afirmara em entrevista recente veiculada aqui mesmo no Whiplash!) que MP parecia bem à vontade no grupo devido a este fato (de não ter de tomar decisões). Por fim, mas não menos agravante (isto não foi mencionado por Portnoy, é opinião pessoal minha): Mike também tem família, e seu ritmo de trabalho constante, sempre inventando trabalhos paralelos o impede de estar mais presente. Creio que ele também tenha vontade de estar junto de seus filhos, vê-los crescendo e acompanhar seu desenvolvimento. Além de sua paixão pelos seus cães...
Mesmo assim, não posso deixar de ficar triste, muito triste com a notícia. Resta pelo menos o consolo de tê-los visto pela última vez juntos em 20 de Março deste ano, no Citibank Hall, em mais uma majestosa apresentação (não é a toa que o primeiro nome do grupo foi Majesty). Espero sinceramente que todos reconsiderem suas decisões, para que tenhamos a oportunidade de continuar a desfrutar das músicas mais brilhantemente já produzidas pelo rock progressivo.
Para finalizar, deixo algumas perguntas no ar:
1) quem, entre todos os bateristas do Universo, estaria à altura de substituir Mike Portnoy no comando das baquetas do Dream Theater?
2) quem, entre os componentes restantes do DREAM THEATER, substituirá Mike Portnoy no papel de líder e cérebro do grupo, estando atento a absolutamente todos os detalhes da produção dos seus shows e álbuns?
3) como soarão os próximos trabalhos do DT sem as impressões digitais de Mike?
4) por fim, qual será o futuro de Portnoy? Continuará com o A7X como membro definitivo? Tentará levar a firmar carreira algum de seus projetos paralelos? (LTE, Transatlantic, Hail etc).
Enfim, que todos tenham uma boa sorte e que tenham sucesso em suas respectivas carreiras!
Por Fernando Garrido
Fonte desta matéria: Site oficial de Mike Portnoy

Quem tem medo do Pop?


Você já se perguntou o que é ser Pop no mundo da música? É simplesmente atingir todos os tipos de ouvintes, diriam alguns. É ser musicalmente pobre, diriam outros. Mas será que ser Pop se resume mesmo a não ter nada de bom para oferecer? Será que aquilo que a mídia chama de Cultura Pop é, na verdade, o universo dos acéfalos? A questão é mais complicada do que se pensa.
IRON MAIDEN  é uma banda popular no mundo todo. Mas eu nunca ouvi ninguém dizer que o Iron seja um grupo que faça música Pop. Também nunca li nenhum artigo que afirmasse que os comandados de BRUCE DICKINSON fossem pobres de melodia. Mas seguindo a lógica do conceito que muitos tem sobre Cultura Pop, podemos afirmar que se o IRON MAIDEN é popular, ele é Pop. Se ser Pop é ter composições fracas, o IRON MAIDEN compõe músicas ruins, visto que é uma banda Pop. Apelo à Filosofia: se as premissas são verdadeiras, a conclusão a que se chega também será verdadeira.
Imagine agora que ser Pop implicaria também em não ter uma boa temática nas letras. Partindo dessa premissa, alguém afirmaria que o RAGE AGAINST THE MACHINE foi uma banda sem conteúdo em suas letras? Mas seguindo a lógica do conceito que muitos tem sobre Cultura Pop, podemos afirmar que se o RAGE AGAINST THE MACHINE foi (e continua sendo) popular, a trupe de ZACK DE LA ROCHA foi (e continua sendo) uma banda Pop. Se ser Pop é ter letras ruins, o RAGE AGAINST THE MACHINE compôs muitas letras ruins.
Mas talvez estar inserido na Cultura Pop seja receber atenção da grande mídia especializada em forma de premiação pela excelência de um trabalho. Mas em 2004 o DIMMU BORGIR recebeu na Noruega o Spellemannsprisen, premiação equivalente ao Grammy naquele país, pelo estrondoso sucesso de Death Cult Armageddon. Com base em toda a lógica do conceito que se tem sobre Cultura Pop, posso afirmar que oDIMMU BORGIR é uma banda Pop. Ou não? Difícil dizer o que é e o que não é Pop, meus caros. Mesmo apelando para a Filosofia, a situação não se resolve.
No fim das contas eu me arrisco a afirmar que Humberto Gessinger estava certo: O Pop não poupa ninguém!
Seja lá o que isso signifique.

Fora da Lei: por que dizer não à pirataria no Metal?


Bem, estamos em plena era do MP3 e das músicas compartilhadas pela Internet, o que ajuda muito as bandas de Metal a se divulgar amplamente, mas infelizmente, baixar músicas de bandas é um processo que acaba também sendo uma forma de matar o gênero...
Por que?
Ora, se o Brasil tivesse uma economia digna, o que apesar dos clamores do Planalto Central, não tem, talvez eu nem escrevesse estas linhas.
Bandas de Metal, tanto lá fora quanto aqui, recebem um percentual muito pequeno das gravadoras porvenda de CD, talvez excetuando-se pelas gigantes do gênero; os pequenos selos, em geral, entregam às bandas algumas cópias do CD gravado para que ela mesma venda e possa ter um retorno financeiro que as ajude a sair, no mínimo, no zero a zero, ou seja, a banda se sustenta, mas sem render um centavo aos músicos. Estou falando em ensaios em estúdios, manutenção de instrumentos (cordas de baixo, de guitarra, peles de bateria, pratos, consertos dos instrumentos, entre outras coisas), deslocamento aos locais de shows, e mesmo design de home pages e myspace, o que nem todos sabem fazer.
E quem faz isso tudo, faz por amor ao Metal?
Não, custa grana, e são processos caros!
Mais uma vez, evocando que a economia nacional é um lixo, o fã baixa o CD pela net, e depois, não quer mais comprar o oficial. Ele pensa estar ajudando a banda, mas na realidade, está lesando a banda e a cena nacional de Metal como um todo. E por conta disso, várias bandas deixam de gravar CD.
Quando conversei com um ícone da cena extrema nacional, que já excursionou na Europa e perguntei porque a banda estava sem lançar nada a muito tempo, a resposta foi assustadora:
“A mentalidade das gravadoras hoje em dia é que as bandas paguem para gravar.”

Assustados?
Esta é a realidade que está por trás disso: As gravadoras independentes querem ter o mínimo de prejuízos possíveis, o que não é injusto, e a banda arcar com a gravação é uma forma de minimizá-los, já que os selos podem ter problemas com vendagens baixas. Ou seja, a cada CD que você baixa, sem querer pagar pelo oficial depois, está lesando uma banda nacional.
Se me perguntam porque as bandas no exterior conseguem ir bem, mesmo com o MP3 sendo trocado em demasia, a resposta é bem simples: a economia estável e forte dos países de primeiro mundo permite que as bandas recebam cachê, auxílio de transporte, refeição e estadia. As três últimas são as famosas exigências obrigatórias que se tem que arcar para tê-las em eventos. E nem toquei na parte das exigências de equipamentos.
Ou seja: O que não ganham em vendas de CD, tiram nos cachês de shows, o que por aqui é bem raro quando tratamos de bandas brasileiras. Há exceções, mas são bem poucas.
Além do mais, CDs de bandas, compradas com elas, sempre são baratos, entre 10 a 15 Reais, o que não é pesado para ninguém. Se você, caro banger, comprar um CD nacional, irá auxiliá-las a continuar e as lojas especializadas a manterem as portas abertas; se for à shows nacionais, estará incentivando para que outros ocorram, com produções cada vez melhores; se comprar camisetas, bottons e outros itens das bandas, estará dando um auxílio às bandas, e ao mesmo tempo, incentivando-as a continuar. E mesmo as que disponibilizam seu material na net para divulgação, esperam que os fãs comprem o oficial. Pergunte a algum amigo de banda e veja se não estou dizendo a verdade.
É bonito se falar em ‘amor ao Metal’, mas tão belo quanto é dar à cena condições dignas de continuar existindo.

Foreigner: um pouco sobre uma banda injustiçada


No ano de 1976, a partir da junção de alguns bonsmúsicos norte-americanos e ingleses, fundou-se uma banda chamada FOREIGNER. A banda está na ativa até hoje, mesmo que tenha passado por várias reviravoltas em sua formação. Mas a questão que me proponho a discutir não é essa.
O FOREIGNER é uma daquelas raras bandas que conseguiu trilhar um caminho fiel ao rock, sobretudo nos anos 1980, ao mesmo tempo em que agradava ao público mais pop. Para ser mais claro, é uma daquelas bandas que você ouve tanto na KISS  FM, quanto na ALPHA FM. Músicas como WAITING FOR A GIRL LIKE YOU, I WANT TO KNOW WHAT LOVE IS, I DON´T WANT TO LIVE WITHOUT YOU e DOWN ON LOVE, são canções que qualquer pessoa já escutou, mas poucas, poucas mesmo, sabem de quem é a autoria.
Além dessas músicas claramente melosas, basta guiar-se pelos títulos, o FOREIGNER também produziu um rico material HARD ROCK tipicamente oitentista, como as ótimas SAY YOU WILL e BREAK IT UP, a clássica COLD AS ICE e a fantástica HEART TURNS TO STONE, todas dignas de qualquer trilhar sonora dos clássicos filmes de ação dos anos oitenta.
Se você é amante de HARD ROCK e não reconhece o FOREIGNER pelo nome, ou ainda pelos títulos das músicas, vale a pena dar uma conferida.

Por Felipe Milano Riveglini

Angra: versões bizarras de músicas da banda


Já está batido dizer que a banda ANGRA  está entre as maiores do mundo, que seus músicos são técnicos, criativos e influenciaram toda uma geração.
O mais curioso disso tudo, é que o ANGRA  é referência até na música brega brasileira. Músicas como Stand Away e Bleeding Heart, foram regravadas por bandas como Calcinha Preta, Mala 100 Alça e Desejo deMenina.
resultado disso? Acompanhe e tire suas conclusões. :-)
Calcinha Preta – Agora Estou Sofrendo
(Angra – Bleeding Heart)

Mala 100 Alça – Vou Sofrer
(Angra – Stand Away)

Moleca 100 Vergonha – O Alvo
(Angra – Stand Away)

Desejo De Menina – Somos Um Só
(Kate Bush/Angra – Wuthering Heights)
Matéria original: Rock Way

Tirinhas do Grilo: Bon Jovi


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O vocalista (e "galanzão") John Bongiovi gravou algumas músicas demo no estúdio de seu primo, que chamaram a atenção de uma grande gravadora e renderam-lhe um contrato. Para gravar seu disco, John optou por formar uma banda ao invés de fazer um trabalho solo, convocando seu velho amigo David Rashbaum (futuramente David Bryan), além de Richie Sambora, Alec John Such e Tico Torres. O nome BON JOVI  foi uma ideia dos próprios músicos, se inspirando na pronúncia do sobrenome de John. A partir daí, ele também mudaria seu nome artístico para JON BON JOVI. Portanto, não confundam: BON JOVI é a banda; JON BON JOVI é o vocalista. Futuramente, ele também faria uma carreira solo e lançaria alguns discos, daí a importância de não se misturar as duas coisas.

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O músico, compositor e produtor Desmond Child teve participação fundamental na carreira da banda, ajudando a escrever seus maiores sucessos, como "Livin' on a Prayer", "You Give Love a Bad Name", "Bad Medicine", "Born to Be My Baby" e "Keep the Faith", entre outras. Verdadeiros hinos do hard rock!

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Com a invasão grunge, principalmente no ano de 1991, as bandas de hard rock começaram a perder a fama grandiosa conquistada nos anos 80 e ceder espaço a grupos como NIRVANA e PEARL JAM. Mas o BON JOVI, por ter inovado e mudado seu estilo para uma sonoridade mais pop rock, ainda mantendo sua pegada hard rock, escapou desse "massacre" dos grunges, que afetou, entre outras, bandas como GUNS N' ROSES e SKID ROW.

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Em 1994, a banda lança a coletânea "Cross Road", contendo algumas músicas inéditas como "Someday I'll Be Saturday Night" e a clássica "Always". Este foi o último trabalho a contar com a participação do baixista Alec John Such, demitido no mesmo ano por não satisfazer aos outros integrantes em suas performances, tanto ao vivo como em estúdio. Foi substituído por um membro não oficial, Hugh McDonald (não, ele não tem uma rede de fast foods), que já havia trabalhado com Jon no início de sua carreira.

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Em 2003, é lançado "This Left Feels Right", um disco de estúdio contendo regravações de grandes sucessos em versões semi-acústicas com uma levada mais voltada ao country e ao pop rock. Os vocais de Jon encontram-se mais graves e arrastados, dando uma nova cara para músicas que antes eram pesadas e com vocais agudos. Apesar de dividir a opinião dos fãs, trata-se de um bom disco e que abriria as portas para um novo estilo que a banda exploraria na década de 00, mesclando o country ao seu já consagrado hard/pop rock.

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Essa influência country alcançou seu auge em "Lost Highway", disco de 2007. O álbum causou controvérsias entre os fãs, agradando a alguns e causando desejo de morte em outros. Mas no fim das contas, é um excelente disco que vale a pena ser ouvido. Para deixar a obra ainda mais voltada ao country, há a participação da dupla Big & Rich e da boa cantora LeAnn Rimes em “We Got It Going On” e “Till We Ain’t Strangers Anymore”, respectivamente. Ótimo trabalho para quem não tem a mente fechada e sabe apreciar uma fusão de estilos sem preconceitos. E pensar que algumas pessoas ainda tem a "coragem" de confundir country com sertanejo...
Fonte desta matéria: Blog Rock Trucker

Tirinhas do Grilo: Stratovarius


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Esta ótima banda finlandesa de power metal surgiu em 1984, com o nome BLACK WATER, e posteriormente foi rebatizada como STRATOVARIUS. De acordo com o baterista Tuomo Lassila, trata-se de uma junção de "Stratocaster" (um modelo de guitarra) com "Stradivarius" (uma rara e famosa marca de instrumentos de corda, como violinos e violoncelos). Isso representaria perfeitamente a proposta da banda: unir o heavy metal à música erudita, originando um característico power metal sinfônico.

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Com a saída de Tuomo Lassila, o baterista Jörg Michael une-se à banda. Vale ressaltar que a pronúncia de seu nome, Jörg, é algo semelhante a "Iôrgue", e não "Jorge", como é comum de se ouvir. Um erro semelhante ocorre com o nome da ex-vocalista do NIGHTWISH, Tarja Turunen. A pronúncia correta seria "Tária", e não "Tarja" ao pé da letra, já que, em finlandês, o "J" tem som de "I". E convenhamos, ficaria estranho um GEORGE MICHAEL tocando no STRATOVARIUS, não?

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Com certeza trata-se de uma coincidência, mas é realmente alto o número de músicas do STRATOVARIUSque possuem nomes de músicas já existentes (e na verdade essa é a única semelhança entre elas). Além das já citadas, também podem ser encontradas "Forever" e "Black Diamond" (também nomes de músicas do KISS); "Coming Home" (SCORPIONS); "Learning to Fly" (PINK FLOYD), entre outras. Ah, e a tal "música do A-HA", citada pelo guitarrista Timo Tolkki na tirinha, trata-se de "Hunting High and Low", sucesso do álbum "Infinite", de 2000.

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Após um período áureo entre os discos "Episode" e "Elements Pt. 2", o STRATOVARIUS  entra em crise e passa por uma época de turbulência. Timo Tolkki, guitarrista e líder, tem um acesso de loucura e toma várias atitudes bizarras, como expulsar metade da banda e convocar uma vocalista chamada Miss K (que nunca chegou a gravar um disco oficial com o grupo). Ele também se banhou em sangue, colocou fotos dessa cena "linda" na internet e declarou frases místicas sobre a Kabbalah. Como se não bastasse, ele conseguiu ser esfaqueado na Espanha, e de quebra recebeu um "presente" vindo diretamente do Brasil: um pacote, enviado por um fã revoltado, contendo uma seleta e considerável quantidade de fezes, demonstrando seus mais "puros" e "belos" sentimentos para com o músico. Anos mais tarde, Tolkki desmentiu tudo, e disse que foi uma jogada de marketing da gravadora.

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Após a gravação do disco "Stratovarius" (2005), ocorre uma mudança na formação. O baixista Jari Kainulainen deixa o grupo após 10 anos. De acordo com Jörg Michael, Jari não tinha mais a empolgação de antes nem vontade de fazer uma turnê. Dessa forma, os demais membros, liderados por Timo Tolkki, decidiram demiti-lo. Para ocupar o posto deixado por Jari, foi convocado um baixista de nome, digamos, "curioso" (pelo menos para nós, brasileiros): Lauri Porra. O novo baixista, que “gozava” de muito prestígio no meio underground finlandês (sacaram o trocadilho? Ahn? Ahn?), aceitou o convite com muito ânimo. Antes, ele já havia tocado na banda solo de KOTIPELTO e no SINERGY.
Fonte desta matéria: Blog Rock Trucker

Tirinhas do Grilo: AC/DC


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Angus Young, considerado um dos melhores guitarristas do mundo, tem como marca registrada fazer shows utilizando um uniforme escolar. Ele costumava ensaiava logo após as aulas e, consequentemente, o uniforme sempre estava presente. A ideia de começar a fazer shows com essa roupa foi dada pela sua irmã, Margaret Young.

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O lendário vocalista Bon Scott faleceu depois do lançamento de "Highway to Hell", após "tomar todas" em uma noite e sofrer uma intoxicação causada pela aspiração de seu próprio vômito. No entando, uma versão menos aceita diz que Scott bebeu "apenas" o suficiente para adormecer em seu carro, mas como era uma noite muito gelada, isso teria resultado em morte por hipotermia.

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Com a morte de Bon Scott, foi recrutado o excelente Brian Johnson, o único "substituto insubstituível" do mundo. Sua voz conseguia ser ainda mais aguda e estridente que a de Scott, capaz de causar inveja a qualquer arara. Também é perfeita para irritar pais e vizinhos, ou seja: perfeita para o rock and roll do AC/DC.

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Malcolm Young, guitarrista base e um dos principais compositores do grupo, não pôde participar da turnê de "Blow Up Your Video", disco de 1988, por enfrentar problemas com o alcoolismo. Stevie Young, seu sobrinho, o substitui durante este período. Para a felicidade geral da nação (nada contra Stevie), Malcolm logo estava de volta para gravar o fabuloso "The Razors Edge", em 1990.

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Chris Slade, baterista do AC/DC entre 1990 e 1994, se destacou não só por sua técnica avançada, como também pelos bumbos laterais que costumava usar em sua bateria, na altura aproximada de sua cabeça, dando um peso a mais ao som da banda.

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Porém, mesmo com toda a habilidade de Slade, a banda opta por chamar de volta Phil Rudd, que havia se separado do grupo por problemas pessoais com Malcolm durante as gravações de "Flick of the Switch", em 1983. Angus considerou Chris Slade um dos melhores músicos que já passaram pelo AC/DC, mas para trazer Phil de volta, valeria a pena pedir gentilmente ao "carequinha" para que ele se retirasse. E foi o que aconteceu, com a banda revivendo a formação do clássico "Back in Black".

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Em 2009, o AC/DC  lança um box intitulado "Backtracks", contendo várias raridades, como CD's, DVD's, livro, palheta, pôster etc. Porém, um dos artefatos que mais chama a atenção é a caixa da versão deluxe, onde estão contidos os demais objetos: trata-se de um pequeno amplificador de guitarra de 1 watt, que funciona de verdade. Existem apenas 50.000 edições deluxe desse box, disponibilizadas para venda via internet.
Fonte desta matéria: Blog Rock Trucker