1 de março de 2010

Kurt Cobain - Vida e Morte de um Mito - The Early Life of a Legend






Ano:2004
Direção: Packed With
Duração: 86 Minutos


Este documentário detalha os primeiros anos da vida de Kurt, desde os tempos de infancia, numa pequena cidade no estado de Washington, até os breves momentos que experimentou o superestrelato que se seguiu ao lançamento do clássico multiplatinado Nevermind.
A problemática e breve existência de Kurt Cobain. Uma história pouco contada dos anos de formarção deste músico excepcionalmente talentoso. Documenta sua luta na infancia e como estes eventos ajudaram a definir o formato do movimento grunge, uma forτa criada por Kurt Cobain praticamente sozinho, rompendo as fronteiras da música para sempre. Repleto de entrevistas com aqueles que o conheceram melhor (Parentes, Músicos, Amigos); Este documentário aponta as cameras para onde elas jamais espreitaram antes, dando a Kurt o recolhimento que ele tanto merece.

Paul Kossoff - Dor transmitida através das cordas





Nascido em 14 de setembro de 1950, filho de uma tradicional família inglesa (seu pai, David Kossoff, é um conceituado ator inglês), Paul começou estudando violão clássico durante nove anos - hábito esse rapidamente abandonado quando viu um concerto de Eric Clapton junto com John Mayall’s Bluesbreakers no inverno de 1965. Passado o baque, o garoto decidiu se juntar a uma banda de rock.


Era 1966, e a psicodélica swinging London fervia com a explosão de tantas novas promessas, nessa época Kossoff trabalhava numa loja de instrumentos e eis que num belo dia, surge então um desconhecido guitarrista negro e canhoto que adentra o estabelecimento procurando por uma nova guitarra. O tímido Kossoff se aproxima oferecendo ajuda, mas não havia guitarras para canhotos na loja.

O guitarrista canhoto não se faz de rogado, agarra uma guitarra “normal” e a toca naturalmente! O garoto simplesmente não acreditava no que via. Em dezembro daquele ano é lançado o single “Hey Joe”; a Inglaterra fica de quatro com Hendrix. O jovem vendedor achava a maior inspiração de sua vida.


A paixão de Kossoff por Jimi Hendrix era tanta, que ao saber sobre sua morte em 1970, Kossoff ficou desolado - quis largar tudo e partir para o funeral em Seattle. Coube a Simon Kirke fazê-lo desistir da idéia.

Em 1968, surge o Free, apadrinhado e batizado pelo guru Alexis Korner, um dos pais do blues britânico. Além de Kossoff, o Free tinha Paul Rodgers nos vocais, Andy Fraser no baixo, e Simon Kirke na bateria, esse último um velho conhecido de Kossoff, dos tempos do Black Cat Bones (outra seminal banda do blues inglês).


O auge do Free acontece em 1970, com o lançamento do disco Fire and Water, que continha o hit “All Right Now” um dos mais certeiros singles já lançado na terra da rainha. No mesmo ano a banda se apresenta no lendário festival da Ilha de Wight, ao lado do Who, Doors, e de Jimi Hendrix.

Muitos desentendimentos internos terminam com o grupo em 1971. Kossoff forma junto com Kirke o projeto “Kossoff Kirke Tetsu Rabbit”, e lançam um álbum no ano seguinte. A saúde de Paul começa a deteriorar nessa época, devido ao abuso de drogas e anti-depressivos. O guitarrista tenta se manter ocupado fazendo jams e tocando em discos de amigos.

Em soliedariedade ao amigo, os ex-companheiros de Free resolvem voltar com a banda, acreditando essa ser a forma mais fácil e agradável de tirar Paul Kossoff daquela fase horrível que atravessava. Todos acreditavam que essa “volta” salvaria Paul.

É lançado em 1972, “Free at Last”, a mais amarga despedida que essa formação poderia esperar. Comparado aos anteriores, o disco soava arrastado. O clima entre eles na gravação do disco era o pior possível. Fraser abandona o grupo, e mesmo assim o Free ainda arruma forças para lançar mais um disco, “Heartbreaker”, em 1973, contando com Tetsu Yamauchi no baixo e Rabbit nos teclados. Impossibilitado de excursionar e de comparecer as gravações, Kossoff aparece como “convidado” no álbum.

O fim da banda é inevitável e em 1973 tudo acaba. Rodgers e Kirke formam o Bad Company, e Kossoff lança seu primeiro disco solo, “Backstreet Crawler”, que nada mais era do que uma compilação de jam sessions, pois o guitarrista estava impossibilitado de entrar no estúdio e gravar um disco inteiro nessa época. Pouco tempo depois, Kossoff toma emprestado o nome de seu disco solo e batiza sua nova banda de “Backstreet Crawler”, lançando o disco “The Bands Play On” em 1975.


A saúde de Paul vai piorando cada vez mais. Ele não aceitava o fato do Bad Company ter estourado na América, e vendido milhões do seu disco de estréia. Para ele, Rodgers e Kirke o abandonaram. O Backstreet Crawler nunca sequer sonhou com um terço do sucesso e prestígio de que o Bad Company gozava.

No começo do mês de março de 1976, Paul Kossoff arranjou forças e conseguiu fazer quatro apresentações num clube chamado “Starwood” na Sunset Strip em Hollywood. Curiosamente o Bad Company estava na cidade tocando no Forum, e após essas apresentações eles vinham ao Starwood, e subiam no palco junto com Kossoff e seu “Backstreet Crawler”. Seu sonho estava finalmente realizado, voltando a tocar com seus velhos companheiros.

Numa trágica despedida, esses foram os últimos shows de Kossoff. Ele foi achado morto num banheiro de um avião durante um vôo de Los Angeles para New York, no dia 19 daquele mesmo mês. A causa da morte foi uma parada cardíaca induzida por uma overdose de heroína.

DISCOGRAFIA SELECIONADA:

FREE:

# Tons of Sobs (1968) – Estréia de Kossoff em disco, onde ele arrasa no blues “Goin’ Down Slow” e já dá mostras de seu inconfundível timbre de guitarra.

# Fire and Water (1970) – O maior clássico do Free, contém o mega hit “All Right Now”, seu mais conhecido riff de guitarra.

# Highway (1970) - Recheado de baladas, o disco mais sentimental e deprê do Free. Habitat perfeito para Kossoff brilhar em coisas como “Love you So” e “Be My Friend”.

KKTR:

# Kossoff/Kirke/Tetsu/Rabbit (1972) – Interessante projeto levado a cabo pelo guitarrista. Curiosidade: Kossoff canta na faixa “Colours”.

PAUL KOSSOFF:

# Backstreet Crawler (1973) – Primeiro disco solo de Kossoff, na verdade uma compilação de jams de estúdio. Destaque para a linda e emotiva balada “Molten Gold”, onde todos os integrantes do Free participam.

# Blue Soul (1986) - 17 faixas nessa ótima compilação recheada de raridades. Traz gravações de Kossoff junto com Jim Capaldi, e bandas obscuras como Uncle Dog e The Rumbledown Band.

BACKSTREET CRAWLER:

# Second Street (1976) – Derradeiro registro de Kossoff, que morreu durante as gravações do álbum. Amarga e bela despedida, bem no estilo de Paul, como fica claro na faixa “Blue Soul”.

As dez melhores atuações de Paul Kossoff

# Worry (do disco “Tons of Sobs” do Free) – O que poderia ser um monótono “traditional blues” se transforma num angustiante arrasa quarteirão.

# Moonshine (do disco “Blue Soul” de Paul Kossoff) – Feelin’ à flor da pele nessa fúnebre canção. Parece que o guitarrista transmite toda sua dor através das cordas.

# All Right Now (do disco “Fire and Water” do Free) – O mais certeiro riff criado por Paul; sujo, displicente e arrasador. Destaque também para o belo e original solo.

# Come Together in the Morning (do disco “Heartbreaker” do Free) – Mostra a tradicional pegada do guitarrista, num disco onde ele aparece junto de outros guitarristas convidados.

# Molten Gold (do disco “Backstreet Crawler” de Paul Kossoff) – Traz o Free inteirinho como banda de apoio. A guitarra literalmente “chora” nessa que é talvez a mais forte composição de Paul.

# Tuesday Morning (do disco “Backstreet Crawler” de Paul Kossoff) – Jam instrumental que ocupava o primeiro lado inteiro do vinil de estréia do músico. Com Alan White na batera e Rabbit nos teclados, Kossoff se sente à vontade para “voar” nessa imensa faixa que beira os 18 minutos de duração.

# Blue Grass (do disco “Kossoff/Kirke/Tetsu/Rabbit”) – Excelente trabalho guitarra-teclado onde mais uma vez a “pegada” do homem faz a diferença.

# Time Spent Time Away (do Box Set “Songs of Yesterday” do Free) – Versão na íntegra da jam ao lado de John Martyn, que aparecia editada no primeiro disco de Paul. Um verdadeiro deleite guitarrístico.

# Be My Friend (do disco “Highway” do Free) – Kossoff cria com sua guitarra, o clima perfeito para o lamento de Paul Rodgers, nessa marcante e emotiva balada.

# Love You So (do disco “Highway” do Free) – Muito delicada e sutil, é como soa a guitarra nessa faixa. Foi usada como uma póstuma homenagem ao falecido guitarrista num home vídeo da sua ex banda Free.

Ian Gillan no Black Sabbath




Ian Gillan no Black Sabbath – anos depois, essa notícia ainda causa espanto. As opiniões ainda divergem bastante quanto a essa reunião; uns amam, outros odeiam e outros simplesmente acham graça. Passados mais de 25 anos dessa inusitada reunião, resolvi passar a limpo esse importante período na carreira do glorioso Black Sabbath.


O ano de 1982 foi bastante conturbado na carreira do Sabbath. Os problemas entre Ronnie James Dio e Tony Iommi começaram a ficar críticos durante a mixagem do disco “Live Evil”. Esse seria então o primeiro disco ao vivo lançado perante total concessão do grupo (o “Live at Last” de 1980, foi uma trapaça do antigo empresário da banda). “Live Evil” também era a resposta do Sabbath ao “Speak of The Devil” de Ozzy, onde ele desfilava também em formato “live”, somente clássicos de sua época com o Black Sabbath. Além disso, ambos os lados se atacavam na imprensa, e o disco ao vivo do Sabbath causou uma expectativa grandiosa nos fãs e críticos da época.

Toda essa tensão acabou afetando os membros da banda, que na mixagem final do disco, literalmente quebravam o pau dentro do estúdio. A verdade é que Dio aumentava sua voz na mixagem, para que ela se sobressaísse perante os instrumentos. Era só o baixinho sair do estúdio que Iommi vinha e fazia o mesmo com sua guitarra; criando uma situação constrangedora. É lógico que “a corda estourou do lado mais frágil”, pois Iommi sempre foi o “manda-chuva” do Sabbath, e acabou sobrando para Dio, que levou um belo pé na bunda. Para não deixar barato, o vocalista ainda “arrastou” consigo o batera Vinny Appice. O último show com essa formação foi realizado no Poplar Creek de Illinois, no dia 30 de agosto de 1982.

O Sabbath se via sem vocalista e sem baterista, justamente numa época em que o Heavy Metal era grande no mundo inteiro novamente – graças à explosão do Metal Britânico com a New Wave Of British Heavy Metal. Era o auge de bandas como o Iron Maiden, o Saxon e o Def Leppard. O atraente mercado norte americano também estava ávido por bandas pesadas.

O Sabbath precisaria renascer das próprias cinzas - de preferência mais pesado do que nunca - precisaria conquistar uma nova geração sedenta por Heavy Metal, e essa passou a ser a meta da banda dali em diante...

Tony Iommi e Geezer Butler andavam meio que desanimados quando sem querer acabaram encontrando com Ian Gillan num daqueles pubs enfumaçados, típicos bares ingleses.


Gillan tinha acabado de “implodir” sua banda Gillan, que havia lançado uma série de pesados e excelentes discos (vide o essencial Mr. Universe de 1979), mas que infelizmente não venderam nada. Já se iam 10 anos de sua debandada do Deep Purple, e não precisa nem dizer que ele estava salivando por turnês grandiosas, grana, groupies, fama, enfim - tudo aquilo que costuma acompanhar os grandes nomes do Rock N’ Roll. Naquele início de 1983, já era bastante comentada uma volta do Deep Purple com a formação clássica da Mark II (com Gillan, Glover, Paice, Lord e Blackmore), só que como o Rainbow de Blackmore (contando com Glover também nessa altura) tinha uma série de compromissos e contratos a serem cumpridos, a reunião acabou ficando na geladeira por mais um ano. Gillan estava então livre para encarar qualquer parada.

Gillan, Iommi e Geezer perceberam de cara naquele casual encontro no boteco (oops, desculpe, Pub), que tinham algo especial em comum – os caras simplesmente viravam todas – eram bebuns nato, e depois de muito álcool surge a idéia de Gillan ser o então novo vocalista do Black Sabbath. “O bom é que se não der certo, a gente fala que foi papo de bêbado, viagem de pinguço...”(deve ter pensado os rapazes na ocasião). Anos depois, o próprio Gillan declarou que sua entrada no Sabbath foi um “acidente”, algo precipitado, fruto de uma decisão não muito pensada. (Realmente é bem difícil pensar quando se está de “cara cheia”). Ele também ressaltou que o convite de Iommi foi feito para ambos criarem um projeto “Gillan/Iommi”, e não uma volta do Black Sabbath, como veio a ocorrer.

Apesar do vocalista não ter muito o estilo do Sabbath tradicional, tudo pareceu ser uma ótima idéia para ambas as partes na época. Em entrevistas, a banda chegou até a cogitar uma mudança de nome para Deep Sabbath – o que na realidade não passou de uma brincadeira.


Resolvem chamar Bill Ward novamente para a bateria, que topa logo de cara. Os três membros originais do Sabbath mais Gillan se trancam no Manor Estúdio no interior da Inglaterra, e de lá saem com um novo disco batizado de “Born Again”.

Gillan de início não queria se vestir de couro, nem de roupa preta. Muito menos ostentar enormes crucifixos como o restante da banda sempre fez. Com a tour se aproximando, o vocalista percebeu que tudo isso era bobagem, e que ele poderia se apresentar do seu próprio jeito, como lhe era de costume.

O disco foi lançado em 7 de agosto de 1983 e foi direto para o 4o posto da parada britânica, coisa que eles não conseguiam desde o “Sabbath Bloody Sabbath”, lançado exatos 10 anos antes. O disco tinha uma gravação bem “estranha”, o som é propositalmente abafado, com a guitarra de Iommi soando meio ”estourada” e estridente. O próprio já declarou que simplesmente odeia o disco: “Fomos obrigados a gravar o disco com os amplificadores estourados, eles foram danificados durante as gravações e ninguém percebeu!”.


Gillan por sua vez, simplesmente arregaçou com uma atuação impressionante, cantou como nunca tinha cantado antes, literalmente colocando os miolos pra fora em cada canção. Agudos desesperados e vocais matadores, tanto que ao vivo o vocalista nunca conseguiu repetir a performance do disco. Essa excelente atuação do “Silver Voice” deixou seus ex-companheiros de Gillan Band muito putos. Afinal de contas, um dos principais motivos para Gillan acabar com sua própria banda, foi uma alegação de um grave problema em suas cordas vocais, que realmente aconteceu, mas funcionou mais como uma desculpa, pois Gillan estava levando muitos prejuízos com a banda, e sua entrada para o Sabbath certamente aliviaria suas dívidas. Se esses problemas vocais fossem tão sérios assim, como ele cantou daquele jeito no Born Again?


Ouvindo o álbum, a abertura com “Trashed” era pau puro. Vigorosa e empolgante, chegando até a merecer um clip hilário, tipo “A volta dos Mortos Vivos”. “Disturbing the Priest” era de assustar, pesadíssima, harmonias de guitarra dissonantes, berros endiabrados e letra diabólica – tudo o que o Sabbath precisava nesse novo e difícil parto. Outro clip promocional foi rodado para “Zero the Hero”, que também é um ponto alto do disco, com seu riff super plagiado (até pelo Guns N’ Roses em Paradise City). Mais pancadaria em “Digital Bitch” e “Hot Line”, e uma pequena obra prima – a linda balada “Born Again”, cheia de clima e emoção – uma das melhores composições da banda. Já a capa é de extremo mau gosto, causando repulsão até hoje. Ela foi desenhada por Steve “Krusher” Joule, que na época fazia as capas dos discos de Ozzy e as ilustrações para a revista Kerrang. Ele ofereceu a capa para Tony Iommi, crente que o guitarrista recusaria a arte. Ledo engano, pois Iommi adorou o desenho, ao contrário de Gillan que declarou posteriormente: “Quando eu vi aquela capa fiquei com vontade de vomitar! Assim como quando ouvi a mixagem final do disco”.


A Tour de promoção teve mais baixos do que altos e durou de agosto de 1983 até março de 1984. Para começar, Bill Ward estava totalmente impossibilitado de sair em turnê. Sua saúde piorava cada vez mais, e o cara estava sem pique para fazer um show inteiro com o Sabbath na época. Dizem as más línguas, que ele até usou a ajuda de uma bateria eletrônica durante a gravação do disco. Para os shows, Bev Bevan – o experiente baterista do Electric Light Orchestra – foi convocado.

O repertório trazia além de algumas faixas do então lançamento, clássicos da era Ozzy, que há muito tempo eles não faziam ao vivo – como “Supernaut” e “Rock N’ Roll Doctor”. Da era Dio somente um trecho de “Heaven and Hell” era executada (no fim da tour, eles acabaram incluindo Neon Knights também). A surpresa ficava para a “encore” dos shows, onde o Sabbath detonava “Smoke on The Water” do Deep Purple, uma banda que chegou a rivalizar com o próprio Sabbath no início dos anos 70 pela liderança do rock Pesado mundial. Ainda bem que eles decidiram não colocar nada do ELO no repertório, nada contra o supergrupo de Jeff Lynne, mas já pensou o Sabbath tocando “Living Thing” ou “Last Train to London”?


O show mais importante daquela tour foi sem dúvida o do festival de Reading, na Inglaterra, onde o Sabbath foi o headliner da principal noite do festival. O Thin Lizzy também estava tocando no Reading, inclusive fazendo um de seus shows de despedida. Outras bandas que se apresentaram também naquele Reading: Ten Years After, Suzy Quatro, Stevie Ray Vaughan e Marillion.

Quanto ao show do Sabbath, o palco do Reading foi um dos únicos que conseguiu abrigar o imenso palco “Stonehenge” que a banda havia preparado para aquela turnê. Em arenas e outras casas de show, ficava simplesmente inviável montar aquela geringonça toda.

O show impressionou os presentes e até virou um belo bootleg, pois foi transmitido via rádio para toda a Inglaterra.

Infelizmente, o projeto não vingou e logo tudo estava acabado, com Gillan voltando para o Deep Purple em 1984 e gravando o disco “Perfect Strangers”. Os fãs do vocalista costumam dizer que nos shows com o Sabbath ele berrou tanto, que em menos de um ano acabou com sua voz, e não sobrou quase nada do antigo Gillan nos shows da turnê do “Perfect Strangers”.

Born Again é considerado uma baixa na carreira do Sabbath por fãs e crítica do mundo inteiro. Tanto Gillan, como Iommi e Geezer, simplesmente odeiam o disco, e nunca fizeram questão de esconder isso. Já no Brasil a estória é diferente. O disco já nasceu com estatus de “cult”, pois era Sabbath com Ian Gillan nos vocais. O álbum foi cultuado por toda uma geração que cresceu ouvindo o Metal do início dos anos 80, como o pessoal do Sepultura (inclusive eles até chegaram a tocar um trecho de “Zero the Hero” em alguns shows no início de carreira, e o Andreas aparece no clip da Roots Bloody Roots com uma camiseta do Born Again).

Agora se você quiser saber minha opinião, eu simplesmente acho o Born Again um dos melhores discos do Sabbath. Antes que eu seja crucificado, gostaria de deixar claro que adoro também a fase Ozzy(a melhor), Dio e até a fase com Glenn Hughes. Sempre curti muito também esses álbuns, mas que o Born Again é especial, isso ninguém pode negar...

Discos Marcantes de Captain Beefheart II






Captain Beefheart and His Magic Band - Trout Mask Replica (1969)

Origem: EUA
Produtor: Frank Zappa
Formação Principal no Disco: Don Van Vliet - Bill Harkleroad - Jeff Cotton - Victor Hayden - Mark Boston - John French
Estilo: Experimental / Avant-Garde
Relacionados: Frank Zappa
Destaque: Ella Guru
Melhor Posição na Billboard: Não encontrado

No manifesto das artes, de Riccioto Canudo, a música aparece como a primeira arte, a habilidade técnica de manipulação do som. Ao longo do tempo, vimos na história dezenas de músicos, chamados artistas, realizando seus trabalhos e sendo admirados por isso. Pois bem, assim como no campo das outras artes, a abstração hora ou outra teria de aparecer no campo da música. Trout Mask Replica é a criação definitiva desse conceito. A junção dos jovens estilos do free jazz com o garage rock, com o minimalismo e com dezenas de estilos e escolhas tanto sonoras quanto poéticas já presentes no R&B, no blues e na música erudita, ganha vida nesta obra. Um disco que, escrito em 3 semanas, leva pelo menos 8 meses de aprendizado pelos músicos para ser executado, é no mínimo cataclísmico. A mão de Zappa na produção é sentida mais que nunca nos discos de Beefheart, seu amigo de anos e que, tão inovador quanto Frank, bolou a coisa toda. Polêmico, experimental e desafiador, Trout Mask Replica é o quadro mais absurdo que a música poderia produzir ao fim dos revolucionários anos 60. A crítica política presente nas letras desconexas e incompreendidas é uma escultura monumental à arte simbólica. A capa do álbum é uma das mais míticas da história. Mas assim como arte, depende do gosto pessoal. Há quem vá ouvir esperando música, nos padrões naturais tal qual a maioria a conhece: não irá encontrar. Daí cabe a cada um apreciar ou não. Um dia não é o bastante pra deglutir todas as informações. Mas seria até injusto com o trabalho da Banda Mágica do Capitão BeefheART.

Discos Marcantes de Captain Beefheart





Captain Beefheart And His Magic Band - Safe As Milk (1967)

Origem: EUA
Produtor: Bob Krasnow / Richard Perry
Formação Principal no Disco: Don Van Vliet - Alex St. Clair Snowffer - Jerry Handley - John French - Ry Cooder
Estilo: Blues Rock / Experimental
Relacionados: Frank Zappa; Yardbirds;
Destaque: Electricity
Melhor Posição na Billboard: Não encontrado

Captain Beefheart, codinome de Don Van Vliet, era uma banda musicalmente excêntrica. Apesar do blues-rock de qualidade, eles se preparavam para fazer um som muito mais à frente, vanguardista, superando todos os "oponentes" do gênero. E foi isso que saiu já no primeiro disco que, mesmo com este nome, não consegue ser tão seguro para as mentes viajantes como leite. Neste disco temos o soul impecável de I'm Glad, as linhas de baixo poderosas em Dropout Boogie (que viria a nomear o relançamento posterior do álbum), o blues pulsante em Zig Zag Wanderer e muito mais. As viagens sonoras, que fariam este ser um dos álbuns preferidos de gente como John Lennon, começam a sobressair a partir da psicodelíssima Electricity, que se utiliza de instrumentos musicais pouco conhecidos como o theremin, trilhando assim o caminho experimental de Frank Zappa, camarada de Van Vliet. Mas a diferença é que a banda mágica do capitão conseguia ser, acima de tudo, acessível e isso, pelo menos neste disco de estréia, torna tudo especial.

Captain Beefheart





Don Van Vliet (nascido Don Glen Vliet, no dia 15 de Janeiro de 1941 em Glendaele, Califórnia) é um pintor e músico aposentado, mais conhecido pelo pseudônimo Captain Beefheart. Seu trabalho musical tinha o acompanhamento de um grupo rotativo de músicos chamado Magic Band, que esteve ativo desde o meio dos anos 60 até o início dos anos 80. Van Vliet era principalmente um cantor, mas também tocava harmônica, e ocasionalmente tocava saxofone de uma forma barulhenta, sem didática, num estilo free jazz. Suas composições são caracterizadas pela estranha mistura de marcações de tempo inusitadas e pelas letras surrealistas, enquanto Van Vliet é lembrado como um ditador rude em relação aos seus músicos, e também pelo seu relacionamento enigmático com o público.

Van Vliet se uniu a recém-formada Magic Band em 1965, logo assumindo o cargo de líder. A sonoridade do grupo tinha raízes no blues e no rock, mas Captain Beefheart & The Magic Band adotou uma linha mais experimental. Em 1969 foi lançado o disco mais conhecido do grupo, Trout Mask Replica, que foi produzido por Frank Zappa, amigo de infância de Van Vliet. O disco hoje é visto como uma obra-prima revolucionária e altamente influente. Van Vliet lançou vários discos no decorrer da década de 70, com várias mudanças na formação da Magic Band e com praticamente nenhum sucesso comercial. No fim da década de 70 a formação estabilizou com um grupo de músicos jovens, com uma derradeira série de três discos com grande sucesso de critíca. O legado de Van Vliet é de más vendas, mas sua música possui muitos admiradores, e inclusive teve grande influência nos movimentos punk e New Wave.

Desde o fim de sua carreira musical em 1982, Van Vliet fez poucas aparições em público, preferindo uma vida tranqüila na sua casa em Mojave Desert, e concentrando-se na sua carreira como pintor. Seu interesse por arte vem desde sua infância, quando já demonstrava aptidão para escultura. Sua arte é denominada como "abstrata-expressionista aestética neo-primitiva", e têm recebido bom reconhecimento internacional. Van Vliet sofre de esclerose múltipla.

Vários ex-membros da Magic Band reformaram o grupo e desde 2003 estão fazendo shows.


Informação geral

Nome completo: Don Glen Vliet

Data de nascimento: 15 de Janeiro de 1941 (69 anos) Glendaele, Califórnia

Gêneros: Rock Progressivo, Rock experimental, outsider, blues-rock, Rock psicodélico, protopunk

Instrumentos: Voz, gaita, saxofone, baixo, clarinete, teclados

Período em atividade: 1964–1982

Outras ocupações: Músico, compositor, pintor, poeta, produtor musical

Gravadoras: A&M, Buddah, Blue Thumb, ABC, Reprise, Straight, Virgin, Mercury, DiscReet, Warner Bros., Atlantic, Epic

Afiliações: The Magic Band, Frank Zappa, Ry Cooder, Zoot Horn Rollo, Rockette Morton, John French, The Tubes, Jack Nitzsche, Gary Lucas, Moris Tepper

Hoje na história do Rock no mundo - 01/03




Jim Morrison mostra o bráulio e vai preso


[01/03/1969] Há 41 anos

Ao término de um show em Miami, na Flórida, o vocalista dos Doors, Jim Morrison, vai preso por ter abaixado as calças e mostrado o bráulio para a platéia. Ele foi acusado, oficialmente, de "libertinagem e comportamento lascivo em público por expor suas partes privadas e por simular masturbação e copulação oral", difamação, bebedeira e outras causas menores. No entanto, Morrison só seria julgado e acusado no ano seguinte, quando pegou uma pena de oito meses de trabalhos forçados e o pagamento de uma multa no valor de 500 dólares.


Mulher de Bob Dylan pede divórcio


[01/03/1977] Há 33 anos

Sara Dylan entra na justiça com um pedido de divórcio contra seu marido, Bob Dylan. Em junho, o pedido seria aceito e Sara ficaria com a mansão do cantor, mais a custódia dos cinco filhos. Na época, Dylan evitou conversar com a imprensa e dedicou parte do seu tempo na conclusão do filme autobiográfico "Renaldo and Clara".


Patti Smith casa-se com Fred 'Sonic' Smith


[01/03/1980] Há 30 anos

A cantora e poetisa Patti Smith casa-se com o veterano Fred 'Sonic' Smith, músico da cena rock de Detroit e integrante do grupo MC5.


R.E.M. termina show sem Peter Buck


[01/03/1995] Há 15 anos

Durante um show do R.E.M., em Lausanne, na Suiça, o baterista Peter Buck deixa o palco no meio da música "Tongue", reclamando de fortes dores de cabeça. Os integrantes remanescentes tocaram algumas versões acústicas e depois concluíram o set com a ajuda de Joey Peters, baterista do Grant Lee Buffalo. Mais tarde, Buck foi diagnosticado com aneurisma cerebral.


Morre fundador do Social Distortion


[01/03/2000] Há 10 anos

O guitarrista e fundador do Social Distortion, Dennis Dannel, morre aos 38 anos de idade, aparentemente, por causa de um aneurisma cerebral. Na época, o selo da banda evitou falar sobre o assunto e insistiu em dizer que Dannel havia morrido por causas naturais. Já o empresário deles, Jim Guerinot, disse a um jornal de Los Angeles que o guitarrista passou mal, quando estava indo pra casa, sob suspeitas de aneurisma.

Hoje na história do Rock Brasileiro - 01/03




ATENÇÃO - 1982: Entrou no ar a rádio rock Fluminense FM, mais conhecida como “A Maldita”, idealizada pelos jornalistas Luiz Antônio Mello e Samuel Wainer Filho. Junto com o Circo Voador, a Fluminense foi fundamental para a geração 80 do rock/pop brasileiro. Foi a primeira rádio a tocar e divulgar bandas como Paralamas do Sucesso, Kid Abelha, Barão Vermelho, Legião Urbana, Biquini Cavadão, Titãs, Ira!, Ultraje à Rigor entre outras tantas. Ela ficou no ar até 30 setembro de 1994. Anos depois voltou como AM.

ATENÇÃO - 1987: O Cólera iniciou sua turnê européia. Foram cinco meses e 56 shows. A banda tocou na Espanha, França, Alemanha, Noruega, Holanda, Suíça, Áustria, entre outros. O último show dessa turnê rolou em 23 de julho. Foi a primeira banda brasileira a fazer uma excursão pela Europa.

- 1989: O Ultraje à Rigor lançou o terceiro disco Crescendo. Os destaques são “O Chiclete”, “Santa Inocência”, “Filha da Puta”, “Ricota” e a faixa título. Grande disco...







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