23 de janeiro de 2010

Tonite Let’s All Make Love in London








Direção: Peter Whitehead
Gênero: Festival
Ano:1967
Duração: 56 Minutos


Tonite Let’s All Make Love in London”, é um documentário show de Peter Whitehead para TV, traçando o fenômeno da Swinging London, com músicas dos Stones, The Animals, Pink Floyd e The Marquis of Kensigton. O filme conta com Allen Ginsberg, Lee Marvin, a falecida Donyale Luna e Vanessa Redgrave. Neste filme mostra o Pink Floyd no começo da banda ainda com Syd Barrett tocando duas faixas, ("Interstellar Overdrive" e "Nick's Boogie").
A maioria do conteúdo vem em forma de show extremamente raros e sessões de gravação dentro do estúdio, enquanto outros segmentos incluem entrevistas, imagens estranhas de demonstração política, e mesmo um segmento sobre a arte radical de pintura corporal retratando os anos 60!



Com: Alan Aldridge, Eric Burdon, Michael Caine, Julie Christie, Allen Ginsberg, David Hockney, Mick Jagger, Ronnie Lane, Jimi Hendrix e Lee Marvin.

Supergrupos: melhores e piores na opinião da Metal Hammer





Os melhores supergrupos de todos os tempos!

VELVET REVOLVER (Slash, Duff, Matt Sorum, Scott Weiland, Dave Kushner)
AUDIOSLAVE (Chris Cornell, Tom Morello, Tim Commerford, Brad Wilk)
TEMPLE OF THE DOG (Jeff Ament, Matt Cameron, Chris Cornell, Stone Gossard, Mike McCready, Eddie Vedder)
FANTOMAS (Mike Patton, Buzz Osborne, Trevor Dunn, Dave Lombardo, Dale Crover (membro de turnês))
MAD SEASON (Barrett Martin, Mike McCready, John Baker Saunders, Layne Staley)
Tony Iommi’s FUSED (Tony Iommi, Glenn Hughes, Kenny Aronoff, Bob Marlette)
PROBOT (Dave Grohl e amigos: Cronos (VENOM), Max Cavalera, Lemmy, Lee Dorrian (CATHEDRAL), Jack Black)
THEM CROOKED VULTURES (Josh Homme, John Paul Jones, Dave Grohl)
CHICKENFOOT (Sammy Hagar, Joe Satriani, Michael Anthony, Chad Smith)
HEAVEN & HELL (Ronnie James Dio, Tony Iommi, Geezer Butler, Vinny Appice)
THE HIGHWAYMEN (Johnny Cash, Waylon Jennings, Willie Nelson, Kris Kristofferson)
HELLYEAH (Chad Gray, Greg Tribbett, Tom Maxwell, Bob Zilla, Vinnie Paul)
NAILBOMB (Max Cavalera, Alex Newport)
A PERFECT CIRCLE (Maynard James Keenan, Billy Howerdel, Josh Freese, James Iha, Jeordie White)
ROADRUNNER UNITED (Joey Jordison, Matt Heafy, Dino Cazares and the likes of Robb Flynn, Jason Suecof)
SOD (Scott Ian, Dan Lilker, Charlie Benante, Billy Milano)

E os piores supergrupos da história!

BAD ENGLISH (John Waite, Neal Schon, Jonathan Cain, Ricky Phillips, Deen Castronovo)
ROUGH DIAMOND (David Byron, Clem Clempson, Willie Bath, Damon Butcher, Geoff Britton)
CONTRABAND (Bobby Blotzer, Michael Schenker, Tracii Guns, Share Pedersen, Richard Shack)
AUDIOSLAVE (Chris Cornell, Tom Morello, Tim Commerford, Brad Wilk)
GOGMAGOG (Paul Di’Anno, Pete Willis, Janick Gers, Neil Murray, Clive Burr)
ZWAN (Billy Corgan, Paz Lenchantin, Matt Sweeney, David Pajo, Jimmy Chamberlin)
DAMNOCRACY (Sebastian Bach, Ted Nugent, Scott Ian, Evan Seinfeld, Jason Bonham)
METHODS OF MAYHEM (Tommy Lee, Kai Marcus, DJ Aero, Will Hunt)

Sim, o AUDIOSLAVE está nas duas listas. A banda dividiu com sucesso as opiniões nas torres Hammer (onde fica a redação da Metal Hammer).

Fonte desta matéria (em inglês): Metal Hammer

WSCA: os álbuns de Metal e Hard mais tocados em 2009





A Rádio WSCA 106,1 FM de Portsmouth, divulgou a lista dos álbuns de Heavy Metal e Hard Rock mais tocados em 2009.

#1: Enforcer - Into The Night
#2: Heaven & Hell - The Devil You Know
#3: U.D.O. - Dominator
#4: Ronny Munroe - The Fire Within
#5: Megadeth - Endgame
#6: Tyr - By The Light Of The Northern Star
#7: Queensryche - American Soldier
#8: Various Artists - Heavy Metal Killers
#9: Cage - Science Of Annihilation
#10: KISS - Sonic Boom
#11: God Dethroned - Passiondale
#12: Steel Panther - Feel The Steel
#13: Cauldron - Chained To The Nite
#14: Derek Sherinian - Molecular Heinosity
#15: Alestorm - Black Sails At Midnight
#16: Lita Ford - Wicked Wonderland
#17: Wolf - Ravenous
#18: Ravage - The End Of Tomorrow
#19: Mantic Ritual - Executioner
#20: Candlemass - Death Magic Doom
#21: Judas Priest - A Touch Of Evil (live)
#22: Joetown - Pills And Ammo
#23: Steelheart - Good 2B Alive
#24: Ripper Owens - Play My Game
#25: Tony Hernando - Actual Events
#26: Lions Share - Dark Hours
#27: Obscura - Cosmogenesis
#28: Bone Gnawer - Feast Of Flesh
#29: Hammer Horde - Under The Mighty Oath
#30: Halford - Live Insurrection (reissue)
#31: Immortal - All Shall Fall
#32: Ace Frehley - Anomaly
#33: Behemoth - Evangelion
#34: David Chastain - Heavy Excursions
#35: Rusty Cooley - Rusty Cooley
#36: Crescent Shield - The Stars Of Never Seen
#37: Joe Stump - Virtuostic Vendetta
#38: Sacred Oath - Sacred Oath
#39: Korpiklaani - Karkelo
#40: Bloodsoaked - Sadistic Deeds...
#41: White Wizzard - High Speed G.T.O.
#42: UFO - The Visitor
#43: Snew - Snew You
#44: Ex Deo - Romulus
#45: Wodensthrone - Loss
#46: Havok - Burn
#47: Marduk - Wormwood
#48: Lightning Swords Of Death / Valdur - Split
#49: Absu - Absu
#50: Twisted Sister - Stay Hungry 25th Anniversary Edition
#51: Speedtrap - Raw Deal
#52: Razor Of Occam - Homage To Martyrs
#53: Gunfire 76 - Casualties & Tragedies
#54: Thyrfing - Hels Vite
#55: Blacklist Union - Breakin' Bread With The Devil
#56: Sex Slaves - Wasted Angel
#57: Woods Of Ypres - Independent Nature
#58: Azarath - Praise The Beast
#59: Echoes Of Eternity - As Shadows Burn
#60: My Dying Bride - For Lies I Sire
#61: Suidakra - Crogacht
#62: Wolves In The Throne Room - Black Cascade
#63: Vader - Necropolis
#64: Obituary - Darkest Day
#65: Swashbuckle - Back To The Noose
#66: DC4 - Explode
#67: Endstille - Verfuhrer
#68: 1349 - Revelations Of The Black Flame
#69: Steel Assassin - In Hellfire Forged
#70: Amorphis - Skyforger
#71: Primordial - A Journey's End (reissue)
#72: Gorgoroth - Q.P.A.S.T.
#73: Pathology - Age Of Onset
#74: Shining - VI~Klagopsalmer
#75: Cold Northern Vengenace - Domination & Servitude
#76: Anaal Anthrakh - In The Constellation Of The Black Widow
#77: Faith Factor - Against A Darkened Sky
#78: Glittertind - Landkjenning
#79: Sanctification - Black Reign
#80: Vektor - Black Future
#81: Ignitor - The Spider Queen
#82: Candy Striper Death Orgy - Nitromethane EP
#83: Saxon - Into The Labyrinth
#84: Kreator - Hordes Of Chaos
#85: Eluveitie - Evocation I: The Arcane Dominion
#86: Iron Maiden - Flight 666
#87: Emperor - Live Inferno
#88: Out Loud - Out Loud
#89: Abysmal Fall - Immaculate Deception
#90: Grimmstine - Grimmstine
#91: Lynch Mob - Smoke & Mirrors
#92: Pestilential Shadows - In Memoriam Ill Omen
#93: Status Minor - Dialog
#94: Janvs - Vega
#95: Isole - Silent Ruins
#96: Crimfall - As The Path Unfolds
#97: Machines Of Grace - Machines Of Grace
#98: Blasphemer - On The Inexistence Of God
#99: Absentia Lunae - Historia Nobis Assentietvr
#100: Razor Fist - Metal Minds
#101: Orange Sky - Dat Iz Voodoo
#102: Hjallarhorn - Iron Clad Soldiers
#103: Orcustus - Orcustus
#104: Bulletboys - 10c Billionaire
#105: Farscape - For Those Who Love To Kill
#106: Primordial - Imrama (reissue)

Fonte desta matéria (em inglês): Site Oficial Megadeth

The James Gang - A gangue encrenqueira do rock





Aquele guitarrista de cara engraçada, mais conhecido pelos leigos por suas caretas durante o solo de "Hotel California", naquele famoso vídeo dos Eagles, é sempre lembrado como líder do James Gang. Walsh foi sim a figura de frente da gangue durante seu período mais arruaceiro, quando lotavam estádios e lançavam uma trinca de álbuns acima da média. No entanto, quem organizou essa turma toda em prol do rock não foi Walsh, mas sim o baterista Jim Fox.


Fox teve sua primeira aventura ao lado de um grupo profissional lá por volta de 1965, com os Outsiders, uma banda de Cleveland que emplacou um único hit: “Time Won’t Let Me”. A canção emplacou no top five no ano seguinte, alcançando uma projeção sequer sonhada por qualquer canção do James Gang. Curioso que essa é uma frustração que Fox faz questão de relembrar em todas entrevistas que concede. A frustração de não chegar nas paradas sempre foi um fantasma horripilante na visão do baterista.

Ser full member dos Outsiders não era nada fácil para um jovem de 18 anos de idade, principalmente quando uma canção está nos charts e uma tour pelo continente parece eminente. A família de Fox também pressionava bastante, pois o rapaz era um dos destaques da Kent State University de Ohio. Largar tudo pra cair na estrada do rock? Nem pensar!



O bichinho do rock ia corroendo Fox por dentro, principalmente depois do surgimento dos power-trios: Cream e Jimi Hendrix Experience. A idéia de Fox seria montar uma banda naqueles moldes, um trio com total influência das bandas inglesas, algo totalmente diferente do que o pessoal vinha fazendo na América.

Fanático também pelos Yardbirds, Fox começou a juntar uma grana e aos poucos foi investindo em instrumentos para sua futura banda. Estudando na faculdade durante o dia e pegando pesado no trabalho à noite, o baterista ia nos fins de semana montando um pequeno estúdio na garagem de sua casa, comprando peça por peça dos equipamentos.

Não demorou muito para o baterista convocar alguns amigos da faculdade para alguns ensaios em sua casa. Dessas aventuras sonoras surgiu o que seria a primeira versão do James Gang, no formato quinteto: vocal, duas guitarras, baixo e bateria. Numa dessas sessões, um dos guitarristas sugeriu o nome The James Gang, imediatamente aprovado por todos.



Aqui cabe um curioso parênteses: a banda chegou a declarar em seu press-release que era formada por sobrinhos legítimos do lendário bandido Jesse James. Pura balela promocional, que colou por muitos anos, gerando na certa uma repercussão malvada para o grupo. Hoje em dia Fox dá boas gargalhadas sobre o caso e garante que sempre desaprovou apenas um detalhe quanto ao nome James Gang: ele odiava ter a sonoridade da banda associada à música country. Talvez por culpa da gravadora, que abusava de temas Western nas capas dos discos do James Gang, como podemos comprovar no disco ao vivo, "Straight Shooter", "Thirds", "Passin’ Thru", na coletânea da época, "Jesse Come Home", etc. Para Fox, o visual do James Gang era aquele das fotos que ilustravam o álbum "Rides Again', rockers em suas Harleys.

Voltando aos ensaios da moçada, apesar das altas jams que deixavam a família de Fox furiosa, ficou claro que a banda funcionava mais como um trio. Nessa concepção, que era o intuito de Fox desde o início, a formação mais consistente contou com Glenn Schwartz nas guitarras e vocais, Tom Kriss no baixo e o próprio Jim Fox na bateria e vocais. Schwartz não esquenta muito seu posto e sai para integrar o Pacific Gas & Electric.



Nessa altura pinta na gangue Joe Walsh, nativo de Wichita, Kansas, guitarrista que apesar de jovem já esbanjava experiência, tendo se aventurado como baixista por grupelhos semi-profissionais como os G-Clefs, The Nomads e The Measles. Walsh começou na música tocando clarinete, oboé e contra-baixo, mas foi quando se mandou para Cleveland que descobriu a guitarra. Fox conheceu Walsh na Kent State University e nos intervalos das aulas pintou o convite para o guitarrista assumir a linha frente da gangue.

O primeiro registro veio em 1969, com o nome de "Yer Album'. Como era de praxe no período, um cuidado todo especial foi dispensado com a performance dos temas. O James Gang fazia parte daquela escola de Hard que priorizava talvez a execução do que a composição, o que de maneira alguma ofusca o brilho de grande "Yer Album". A bolacha foi uma das primeiras produções de Bill Szymczyk, famoso posteriormente por trabalhar com medalhões da música norte-americana, como os Eagles, por exemplo.

Bill era apaixonado pela sonoridade crua e jovial do James Gang. Na estréia, produziu, cuidou do arranjos, fez engenharia de som pro grupo e ainda quebrou o galho como fotógrafo, registrando as fotos da capa do disco.



Mal o álbum foi lançado e o baixista Tom Kriss sai para dar espaço a Dale Peters. Com uma formação consistente como uma rocha, o trio lançou seu segundo registro em 1970: "James Gang Rides Again". A capa simples já dava as cartas – nada me muita firula – rock sólido e suingado e algumas belas baladas.

Um outro detalhe que é bastante lembrado quando o assunto é James Gang: Pete Townshend perdeu o sono com Joe Walsh! Ao ouvir “Take A Look Around” o cara ficou dias sem dormir e exigiu que seu empresário na época contratasse o James Gang para abrir uma perna da tour do Who, de 1971. Alguém aí já reparou como a introdução de “Pure and Easy”, do The Who, lembra demasiadamente “Take a Look Around” do James Gang? Corra para a vitrola mais próxima e jogue na minha cara se estou mentindo!

Townshend chegou a declarar em algumas publicações sua admiração pelo estilo de Walsh e tais palavras acabou subindo na mente do norte-americano que de uma hora pra outra fartou-se do James Gang.

Perdeu o interesse no grupo[bb] e passava meses só falando em se lançar como artista solo. Nesse meio tempo pinta o convite para participar da trilha do filme Zachariah, inclusive com direito a uma ponta na película e tudo mais.



Pressionado pela gravadora, Walsh engole um sapo e vai para o estúdio com o James Gang, registrando talvez o melhor disco da carreira do grupo, "Thirds". Graças a faixa de abertura do álbum (“Walk Away”), o trio ganha projeção mundial e execução maciça nas rádios. No auge, o James Gang amargava uma tremenda crise interna.

Walsh era nitidamente o centro das atenções, o que gerava desconforto em Fox e Peters, tanto que ambos exigiram que pelo menos quatro músicas de autoria da dupla deveriam aparecer em "Thirds". Os shows ficavam mais concorridos e a gravadora não perde tempo e lança "Live In Concert", um belo souvenir da tour, mais famoso ainda por ser a despedida de Walsh do grupo.

Não foi nada fácil suprir a ausência de Walsh. Fox acabou expandindo a formação para um quarteto com a inclusão de Roy Kenner nos vocais e Domenic Troiano nas guitarras. Jim Fox e Dale Peters conheceram Troiano numa jam do guitarrista ao lado de Eric Clapton, num clube de Cleveland. Eles queriam inclusive que Troiano fizesse também os vocais, mas o guitarrista achou melhor chamar um frontman, Roy Kenner, então seu companheiro na banda Bush.



Nessa fase ‘intermediária’ o James Gang lançou dois álbuns, em 1972: "Straight Shooter" e "Passin’ Thru". Apesar de apresentar dois trabalhos de estúdio acima da média, ao vivo o grupo sofria com os antigos fãs, que não aceitavam a ausência de Walsh. Num show em Santa Monica, foram recebidos com uma chuva de ovos e tomates pela platéia! A imprensa pra piorar ainda mais as coisas declarava que ambos os álbuns eram retratos de uma banda nada inspirada e completamente apática.

Troiano não segurou o tranco, se mandando para o Guess Who. Mais uma vez o James Gang se via à beira de um abismo, sem reconhecimento e sem guitarrista. Quem deu uma força foi o próprio Walsh, que ouviu numa rádio local a notícia de que o grupo estava procurando um guitarrista.

Walsh recomendou o jovem[bb] Tommy Bolin, super-talentoso e egresso de bandas como o Zephyr e o Energy. Bastou uma audição de 15 minutos para Bolin deixar todo mundo de quatro no chão. Estava na cara que a engrenagem voltaria a funcionar bem, como mostra o clássico "Bang", lançado em 1973 e contando com oito faixas de autoria de Bolin. Os shows também melhoram bastante, e o sucesso parece querer timidamente reaparecer graças a uma aparição relâmpago no conceituado programa televisivo "Don Kirshner’s Rock Concert". Ainda nessa fase o grupo lança o álbum "Miami", também altamente recomendável.



Fox declarou que o fato de Bolin aparecer para tocar cada vez mais alto e chapado, era um problemão difícil de ser resolvido. Bolin parecia não perceber que as drogas estavam prejudicando sua musicalidade já nessa época. Ficou com o posto de guitarrista no Deep Purple e o resto da triste história todo mundo leu na poeira Zine número 7.

Sem Bolin o fim estava mais uma vez batendo à porta da gangue. O incansável Fox não desiste e recruta Bubba Keith para os vocais e Richard Shack para a guitarra. Em 1975 lançam "Newborn", embalado numa ilustração alucinante de Salvador Dali. Por problemas legais a banda é obrigada a mudar a capa do álbum, já que tinha usado a ilustração na maior cara de pau, sem sequer consultar alguém sobre os direitos da obra. Apenas uma foto da nova formação foi incluída na capa, aliás foi essa versão que saiu em elepê por aqui em 1976. Nesse mesmo ano, mais mudanças na formação, entram Bob Webb e Phil Giallombardo e saem Keith e Shack. O último registro já nasce brochado, "Jesse Come Home", fraco e sem nenhum respaldo, seja da crítica ou dos fãs. Fox e Peters entregaram os pontos de vez.



Na segunda metade dos anos 90 a surpresa! Walsh resolve juntar o James Gang para alguns shows pelos EUA. O grupo reformulado com Walsh/Peters e Fox participou da campanha de Bill Clinton e ofereceu a chance de toda uma nova geração conferir a força da banda nos palcos.

De lá pra cá a banda vem se reunindo esporadicamente para shows, como fez no início deste ano, percorrendo várias cidades norte-americanas. Alguns selos independentes andaram lançando material desses shows.

Geordie, a primeira banda do vocalista Brian Johnson





Cidades industriais da velha Inglaterra serviram de berço para um bom punhado de lendários agrupamentos roqueiros. A atmosfera caótica e angustiante, o trabalho pesado e a falta de perspectivas forneceram subsídios suficientes para impulsionar carreiras de bandas tão distintas como os Animals, o Black Sabbath, o Judas Priest, o The Clash, o Venom, o Toy Dolls, o Skyclad e o Tygers Of Pang Tang.


No norte do país, muitas dessas bandas lutavam para conseguir um lugar ao sol (se é que ele existia). Desde a explosão beat do começo dos anos 60, a cidade de Newcastle servia de cenário para uma série de bandas e vocalistas poderosos, como Mr. Eric Burdon. Nessa escola, surgiu um sujeito chamado Brian Johnson, filho de um renomado sargento da Infantaria britânica. Brian declarou que aprendeu com seu pai como usar toda sua força e capacidade vocal.

Brian e muitos de sua geração denominavam-se um “geordie”, uma gíria que designava pessoas nascidas no norte do país, nas proximidades do Rio Tyne. A gíria “Geordie” começou a ser usada no século 19, e partiu do nome “Georgie”, o apelido do ilustre George Stephenson, o inventor da locomotiva.

Os Geordies sempre mantiveram um imenso orgulho de suas origens e faziam questão de manter suas diferenças perante o pessoal nascido no Sul do país. Esses princípios foram também o motivo motriz da banda do jovem Brian adotar o nome Geordie, lá pelos idos de 1972.

Antes do Geordie, Brian tinha passado por um grupo chamado Buffalo (não confundir com a banda australiana), onde conheceu o baixista Tom Hill. Ambos mantinham uma forte amizade com um experiente guitarrista, Vic Malcolm que tocava com os grupos Influence, Yellow e Smokestack. Como nenhuma dessas bandas vingou, resolveram unir forças, aproveitando a onda Glam, que assolava a Inglaterra com o sucesso devastador de caras como David Bowie e Marc Bolan, além de bandas como o Slade, Sweet, Mott The Hoople e muitas outras.




Na verdade o Geordie começou em 1971, com o nome de U.S.A., sempre percorrendo o circuito de pubs, universidades e até alguns concertos para numerosas platéias em lugares abertos ao público, como praças e parques.


As boas notícias começaram a vir de Londres, quando um sujeito da Red Bus Organisation ouviu uma fita dos rapazes e descolou um contrato pela estampa Regal Zonophone. Três meses depois saía o primeiro single da banda: "Don't Do That".

Em janeiro de 1973, esse compacto chagava na 32º posição dos charts, o que serviu de isca para a sedenta EMI cair matando. Já pela poderosa gravadora, saiu a estréia do Geordie no formato LP: "Hope You Like It", emplacando alguns hits pela Europa como “All Because Of You” (6º posição na Inglaterra), “Ain't It Just Like A Woman”, a bela balada “Oh Lord”, a vintage “Old Time Rocker” e a divertida “Geordie's Lost His Liggie”, com Brian carregando naquele tradicional sotaque dos nortistas ingleses (Geordies). Essa última tornou-se um dos pontos altos dos shows do grupo.



Em 1974 é a vez de "Don't Be Fooled By The Name", com a banda firmando sua identidade, como mostram as faixas “Going Down”, “Got To Know”, “Mercenary Man” e uma versão para “House Of The Rising Sun”.

A exemplo do registro anterior, o elepê saiu milagrosamente no Brasil, só que ainda mais caprichado, dessa vez com capa dupla e tudo mais. Dois anos depois sai mais um álbum, "Save The World". Salvem o mundo da disco music, da new wave e do punk rock, que minavam cada vez mais grupos como o Geordie, tratados dali pra frente como jurássicos demais para a nova geração sedenta por novidade mais agressivas ou meramente
rebolantes.



Os shows diminuíam e a venda dos discos passava a ser risível. O jeito era se virar de qualquer maneira. Brian abandonou o grupo e lançou um disco solo que não deu em nada ("Strange Man", também de 1976). Chegou até a gravar um comercial para aspiradores de pó na TV inglesa, onde ele emprestava sua peculiar voz ao anúncio publicitário.

O Geordie durou até 1978, quando tudo foi interrompido graças a total descaso do público e da crítica com o então mais recente álbum: "No Good Woman". Dois anos depois, Brian reformula o grupo, mas recebe um convite dos irmãos Young para uma audição referente ao posto de vocalista no AC/DC. A vaga estava aberta com a morte inesperada de Bon Scott.

Brian foi e cantou “Nutbush City Limits” de Ike & Tina Turner e “Whole Lotta Rosie”, do próprio AC/DC. Ficou com a vaga, acabando mais uma vez com os planos do Geordie.



Brian Johnson chegou ao AC/DC graças a um fã norte-americano, que com apenas 14 anos de idade, enviou um LP do Geordie para os irmãos Young, logo após ficar sabendo da morte de Bon Scott. Malcolm Young ouviu a bolacha e lembrou até de ter visto um show do Geordie, onde Brian gritou efusivamente, jogando-se ao chão, se contorcendo, enfim, uma performance histórica. Depois ficaram sabendo que na verdade Brian estava tendo um ataque de apendicite e logo após o show foi levado às pressas para o hospital!

Corre também um boato interessante: desde o início dos 70s, Bon Scott era um fã de Brian Johnson, já que uma de suas primeiras bandas (Fraternity) tinha servido como supporting act do Geordie.



Em 1982, quando o AC/DC ia de vento em polpa com seu multi-platinado e emblemático "For Those About To Rock (We Salute You)", o Geordie voltava às atividades com Terry Schlesser no lugar de Brian Johnson. Buscando desesperadamente por um golpe de sorte, gravaram uma versão de “Nutbush City Limits”. A faixa que mudou a vida do ex-vocalista dos rapazes não teve o poder de fazer algo similar com a trajetória da recém reformulada banda.

Chegaram a gravar mais um disco, chamado "No Sweat", pelo selo Neat, sem nenhuma repercussão. Em 1985 a banda muda seu nome para Powerhouse e lança um disco homônimo, outro fracasso.



Brian sempre se preocupou com a saúde (principalmente) financeira de seus ex-companheiros. Dos anos 90 pra cá, promoveu uma série de reencontros e shows especiais do Geordie, todos contando com sua ilustre presença, o que servia para levantar fundos aos ex-membros (um deles estava sem grana para comprar uma dentadura!). Chegaram a se apresentar com o nome de Geordie II e gravaram duas faixas, “Biker Hill” e uma nova versão para “Wor Geordie's Lost His Liggie”, ambas para uma compilação chamada "Northumbria Anthology", uma homenagem à música e a cultura do norte inglês. Causas nobres...

Woodstock: Caixa traz 5 LPs com 37 faixas do festival





As 2 coletâneas do mais do que famoso festival Woodstock que foram lançadas há alguns anos em LPs triplo e duplo, respectivamente, foram colocadas em uma caixa só e estão à venda no site da Rhino Records.

“Woodstock – 3 Days Of Peace & Music” é uma caixa que agora conta com 5 LPs e 37 faixas de nomes como Jimi Hendrix, Mountain, Joan Baez e outros.

O preço é um pouco salgado, mas para uma caixa histórica com 5 discos de vinil até que não está exagerado: por $75 dólares você o encontra no endereço abaixo.

Heavy Metal: capas de clássicos desenhadas no Paint

A Revista Metal Hammer colocou no ar uma pequena coletânea com capas de álbuns clássicos do heavy metal desenhadas no famigerado Microsoft Paint. Confira abaixo:





































Outras capas podem ser vistas no site Public Collectors:

http://www.publiccollectors.org/MSPaintAlbumCovers.htm

Fonte desta matéria: Metal Hammer


Hoje na história do Rock no mundo - 23/01





Neil Young anuncia a paz no Vietnã

[23/01/1973] Há 37 anos

Neil Young interrompe um show que estava fazendo em Nova York para ler uma nota, confirmando o fim da guerra do Vietnã. Após cerca de 10 minutos de beijos e abraços no palco e na platéia, Young detonou uma versão poderosa de "Southern Man".


Guitarrista do Chicago se mata acidentalmente


[23/01/1978] Há 32 anos

O guitarrista do Chicago, Terry Kath, um verdadeiro aficcionado por armas, coloca uma pistola 9mm contra a cabeça e aperta o gatilho, achando que ela estava descarregada. O trágico acidente aconteceu em Woodland Hills, na Califórnia, e Kath morreu na hora. Ele completaria 32 anos de idade no dia 31 de janeiro.


O Hall da Fama do Rock é inaugurado nos EUA


[23/01/1986] Há 24 anos

A cerimônia inaugural do Hall da Fama do Rock And Roll, realizada no Hotel Waldorf Astoria, em Nova York, divulga os primeiros artistas a serem imortalizados na academia. São eles: Chuck Berry, James Brown, Ray Charles, Sam Cooke, Fats Domino, Everly Brothers, o DJ Alan Freed, Buddy Holly, Jerry Lee Lewis, Little Richard, o fundador da Sun Records, Sam Phillips, e Elvis Presley.


Morre guitarrista do Lynyrd Skynyrd

[23/01/1990] Há 20 anos

Hospitalizado desde setembro de 1989, o guitarrista do Lynyrd Skynyrd, Allen Collins, morre por complicações decorrentes de pneumonia, no Memorial Medical Center, em Jacksonville. Ele tinha apenas 37 anos.


White Zombie: seguidores do demônio?


[23/01/1996] Há 14 anos

A câmara municipal de Johnson City, no Tennessee, assina uma autorização para o White Zombie fazer um show no centro da cidade. Diversos moradores haviam entrado com um pedido para vetar a visita da banda, alegando que Rob Zombie e companhia eram adoradores do diabo.

Hoje na história do Rock Brasileiro - 23/01




- 1962: Nasceu Marcos Valadão Rodolfo, o Nasi vocalista do Ira! No final de 1991 ele formou, junto com amigos, a banda Nasi & Os Irmãos do Blues que, até 2001, lançou três discos independentes. Nasi já produziu a dupla Thaíde & DJ Hum (o 1º disco de rap do Brasil) e também foi vocalista da banda Voluntários da Pátria. Em setembro de 2007 Nasi anunciou sua saída do Ira! para seguir carreira solo.

- 1979: Nasceu, no Rio de Janeiro, Rodrigo Lins Martins, (ex) baterista do Los Hermanos.


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