22 de janeiro de 2010

Paris Vive à Noite(Paris Blues)






Paris Vive à Noite
Paris Vive à Noite
titulo original: (Paris Blues)
lançamento: 1961 (EUA)
direção: Martin Ritt
duração: 98 min
gênero: Drama

ficha técnica:

* título original:Paris Blues
* gênero:Drama
* duração:01 hs 38 min
* ano de lançamento:1961
* site oficial:
* estúdio:Pennebaker Productions / Diane Productions / Jason Films / Monica Corp. / Monmouth
* distribuidora:United Artists
* direção: Martin Ritt
* roteiro:Walter Bernstein, Irene Kamp, Lulla Adler e Jack Sher, baseado em livro de Harold Flender
* produção:Sam Shaw
* música:Duke Ellington
* fotografia:Christian Matras
* direção de arte:Alexandre Trauner
* figurino:
* edição:Roger Dwyre
* efeitos especiais:


sinopse:

Dois músicos de jazz americanos, Ram Bowen (Paul Newman) e Eddie Cook (Sidney Poitier), escolheram exercer suas carreiras em Paris. Lá eles conhecem duas americanas, Lillian Corning (Joanna Woodward) e Connie Lampson (Diahann Carroll), que estão em férias. Eles se apaixonam por elas e são correspondidos, no entanto elas exigem que eles retornem aos Estados Unidos se desejam algo mais sério. Assim eles se vêem obrigados a avaliar o modo de vida deles e suas carreiras, para então poderem comparar com o amor que sentem por elas.


elenco:

* Paul Newman (Ram Bowen)
* Joanne Woodward (Lillian Corning)
* Sidney Poitier (Eddie Cook)
* Louis Armstrong (Wild Man Moore)
* Diahann Carroll (Cornie Lampson)
* Barbara Laage (Marie Seoul)
* André Luguet (Rene Bernard)
* Marie Versini (Nicole)
* Serge Reggiani (Michel Duvigne)


curiosidades

- Este é o 2º de 6 filmes em que o diretor Martin Ritt e o ator Paul Newman trabalharam juntos. Os demais foram O Mercador de Almas
(1958),
As Aventuras de um Jovem
(1962),
O Indomado
(1963), Quatro Confissões (1964) e Hombre (1967).
- Este é o último de 4 filmes em que o diretor Martin Ritt e a atriz Joanne Woodward trabalharam juntos. Os demais foram A Mulher do Próximo
(1957), O Mercador de Almas (1958) e
A Fúria do Destino
(1959).

Roy Buchanan: o exemplo obscuro de um amante das seis cordas





Se na história da música as memórias são usualmente feitas em nome do primor musical, talento ou músicos encrenqueiros há também o grupo dos injustiçados. Aqueles que foram famosos, mas nunca obtiveram reconhecimento à altura de seu potencial. Roy Buchanan está no hall da fama dos menos conhecidos. O que é curioso, pois a sua história tem todos os elementos de mitos da música. Ele criou e desenvolveu estilo e técnica própria, serviu de exemplo para rockstars que vieram depois de seu legado, deu um nome a sua guitarra e ainda teve uma morte obscura, ou seja, tudo aquilo que o manual de “como se tornar uma lenda da música” exige.



Seu pai era um pastor evangélico e foi por conta disso que ele teve contato com os ricos elementos da música negra. O gospel ressoava nos tímpanos do pequeno Leroy, que quando tinha cerca de cinco anos e brincava com seu violão de aço. Para ele, ter começado a ouvir música dentro do ambiente religioso foi marcante no que diz respeito ao desenvolver de sua personalidade musical. É possível comparar sua maneira de tocar como a de um pastor pregar. O som começa baixo e calmo e conforme o tempo passa o volume aumenta, a velocidade cresce e quem está ouvindo entra em clímax.


Aos nove, quando ganhou de seus pais uma Rickenbacker vermelha, começou a ter aulas com a Sra. Clara Louese. Há uma história curiosa sobre os três anos que Roy tomou aulas com ela. Sua professora ficou sabendo de uma notícia que a fez chorar: Buchanan não sabia ler partitura musical. O garoto tocava tudo de ouvido! Talvez esse começo um pouco torto do ponto de vista técnico, fez com que ele desenvolvesse o feeling de maneira incrível.


Simplicidade foi uma característica do guitarrista, que mais tarde quando muito, usava um digital delay. Costumava plugar sua ‘Nancy’ – uma Telecaster amarela de 1953, direto no amplificador Fender com o ganho no 10´. Com sua técnica e peculiaridade pode-se dizer que ele deu continuidade ao uso da Telecaster no mundo do blues.


Buchanan era com certeza músico dos palcos. Seu desejo era apenas de compartilhar suas catarses criativas com seus espectadores. Sempre teve aversão a ser o centro das atenções, pois preferia passar tempo com sua família e amigos. Por esse motivo, são escassas as informações sobre sua vida pessoal. Em entrevistas, ele mesmo afirmava que o showbizz o assustava.

Aos doze anos ele já era o prodígio instrumentista de uma banda chamada The Waw Keen Valley Boys, na época em que ainda morava em San Joaquin Valley, na Califórnia - apesar de ter nascido em Ozark, Alabama. As coisas começaram a mudar quando Buchanan foi para a cidade grande. Aos 16 anos se mudava para Los Angeles, e lá formaria uma banda com o futuro baterista do Jefferson Airplane - Spencer Dryden, chamada Heartbeats. Mas as coisas não foram muito longe com sua nova banda. Durante uma turnê ao sul da Califórnia, eles foram abandonados pelo seu empresário e sem recursos para poder seguir em frente, encerraram a turnê. Sem problemas.


A estrada é a melhor companheira de um guitarrista de blues. Então, Buchanan decidiu que não era o momento de voltar para LA e rumou para Tulsa. Foi a melhor coisa que poderia ter feito.


Em Tulsa, Buchanan conseguiu um emprego como guitarrista da Oklahoma Bandstand. Havia um show marcado com o “tornado humano” Dale Hawkins – que na época estourava com sua composição “Susie Q” (Após alguns anos Buchanan revelou que na verdade a música era originalmente de Howlin´Wolf e que Hawkins havia apenas dado uma maquiada na versão original). Hawkins sempre foi reconhecido por escolher muito bem seus músicos, especialmente os guitarristas. Já tinha tocado com Scotty Moore, Sonny Jones, Carl Adams entre outros. Não era difícil perceber que o jovem Buchanan estava no lugar certo fazendo o que tinha talento para fazer. Depois desse show é que começou a carreira de rock and roll de Buchanan, pois agora – em uma época em que Elvis estourava as gargantas das menininhas e James Dean estava vivo – ele tocava com um músico do mainstream. Dale Hawkins contratara o garoto.

Após acompanhá-lo por um certo tempo na estrada, chegava a hora de ir para o estúdio. E foi via Chess Records que eles gravaram um compacto – naquela época era muito comum músicos gravarem discos com apenas duas músicas, uma de cada lado. Eles lançaram uma versão de “My Babe” de Willie Dixon. Passaram os próximos dois anos em turnê pelos Estados Unidos. Esse tempo foi uma grande escola para Buchanan, que não só se tornava um músico de rock, mas aprendeu a beber e usar drogas. Eles tinham uma boa relação, como afirma Buchanan: “Eu era um dos poucos que agüentava e sabia lidar com Hawkins, pelo menos espiritualmente. Ele era perfecionista, se algo saía errado nós repassávamos quantas vezes fosse necessário”.

Em Outubro de 1960 em Washington, após um show, uma jovem sorridente e com olhar de admiração disse a Buchanan que adorava o jeito que ele tocava sua Telecaster. Um ano depois ele se casaria com essa garota chamada Judy Owens. Nessa época, ele já começava a despontar como o branco que melhor tocava blues nos EUA. E isso arrancou elogios de gente carrancuda e importantíssima na história da música, como Seymour Duncan ou Les Paul que tinha um discurso interessante sobre Roy: “Eu nunca havia ouvido algo como o que Buchanan fazia na época e isso despertou muito interesse em mim. Por exemplo, ele não tocava um arpejo do jeito que você aprende com o seu professor. Ele tinha sua própria maneira de fazer as coisas, tudo sempre de um jeito diferente. Não importava se palhetava ou se tocava com os dedos, ele era com certeza um guitarrista incomum”.

Apesar de ser conhecido dentro do meio musical, ele nunca havia assinado um hit que fosse para as paradas de sucesso. E foi por volta de 1962, quando o baterista Bobby Gregg gravou e autocreditou-se pela música “The Jam”, que Buchanan tomava o primeiro soco na cara da indústria cultural, pois a música tinha riffs compostos por ele em vários trechos e ela foi para o topo das paradas de R&B.

Enquanto Roy ficava louco com o uso de pílulas e barbitúricos, digerindo sua primeira frustação, nascia seu primeiro filho. Como conseqüência desse acontecimento ele se mudou para Mt. Rainier, Maryland e foi morar com sua sogra. Pelos próximos anos ele passaria seu tempo tocando com bandas locais, nos arredores de Washington uma vez que muitos músicos americanos estavam sendo menosprezados por conta da invasão britânica. The Who, Cream, Beatles eram preferência. E novamente Roy encarava outro momento de frustração, quando viu um pedal de wah wah, em 1968 num show de Hendrix no hotel Hilton de Washington que era capaz de produzir um som já patenteado pelo músico, mas ao simples alcance de uma pisada e com melhoras técnicas referentes à potencia. O wah wah Buchaniano era feito pela manipulação do knob de tonalidade de sua Telecaster, desde o começo da década de 50.




E nesta época obscura Buchanan já tinha seis filhos e trabalhava de dia como barbeiro para poder contribuir com o orçamento de casa. Um dia um cliente entrou na barbearia empunhando uma Fender Telecaster 53´ amarela. Buchanan sentiu que aquela guitarra lhe pertencia. Interrompeu o seu trabalho e foi perguntar para o cliente onde ele havia conseguido a guitarra e se por acaso ele aceitaria trocá-la, prometendo assim, conseguir a guitarra mais bela que já tinha visto para trocar pela Tele amarela – que seria batizada de ‘Nancy’ seu futuro xodó. Conseguiu com um amigo uma Telecaster roxa e trocou de instrumento. Por esse período – em Julho de 69 - o guitarrista Brian Jones dos Rolling Stones havia morrido e eles procuravam por um substituto. Roy foi convidado e recusou o convite, alegando que não gostaria de entrar em turnê com uma banda que possuía uma ‘imagem’ diferente da que ele passava. Contudo, passado algum tempo da recusa ele alegou à imprensa que aprender o repertório dos Stones seria muito difícil.

Em 1970 o canal de televisão de Washington WNET, produziu um documentário sobre o ‘Melhor Guitarrista Desconhecido do Mundo’. Produzido por John Adams, seu conteúdo estava recheado de depoimentos sinceros de Buchanan, carregados com o seu ranço pela indústria de música. “Eu provavelmente nunca me tornei famoso porque eu não me importo se sou ou não famoso. A única coisa que sempre quis foi aprender a tocar guitarra de maneira autodidata. Você é que determina suas metas para o sucesso. E quando as alcança não significa necessariamente que você será uma grande estrela e encherá os bolsos de dinheiro. Você sentirá no seu coração se é bem sucedido ou não”. Nesses tempos ele costumava tocar de costas para o público, com medo que alguém fosse roubar seu estilo de tocar guitarra.

Apesar de tocar com várias bandas, Buchanan tinha sua banda fixa chamada The Snakestretchers. E alegando esse motivo recusou mais um ótimo convite, feito desta vez por Eric Clapton, para integrar o Derek And The Dominoes. E em 1972 ele lança "Buck & The Snake Stretchers". Com a boa repercussão e aparições na televisão e no Washington Post, ele consegui um contrato para três discos com a Polydor. Lançava então, em julho de 72, seu primeiro disco solo que tinha apenas o seu nome na capa, sem qualquer título. Três meses depois já tinha gravado todo o material para o segundo disco. Parecia que Buchanan já estava cansado de tocar em pequenos bares, e finalmente, o caminho da fama parecia estar sendo trilhado.




Seu segundo trabalho foi lançado no começo de 1973, com o título nada original de "Second Album". Se o título não tem personalidade o mesmo não podemos dizer sobre as músicas que são conduzidas pelo timbre agudo e rasgante de Buchanan. Nesse disco o ‘pinch harmonic’ presenteia nossos ouvidos e ao longo das músicas podemos perceber como sua técnica pessoal está presente, especialmente nos solos. O ‘pinch harmonic’ era uma forma de palhetar usando uma palheta, a ponta do dedão e o polegar ao mesmo tempo, suprimindo parcialmente o soar da nota, fazendo com que a guitarra “grite”. Atualmente o guitarrista mais conhecido por tocar com essa técnica é Zakk Wylde.

Seu terceiro disco de 1973 intitulado “That´s what I´m Here For”, obteve baixas vendagens e críticas negativas. Mas isso não impediu que o guitarrista fizesse uma turnê mesmo com as poucas expectativas dos executivos da Polydor. Impressionante é a arrogância de Buchanan, pois durante a gravação desse disco ele jogou em um triturador de lixo mais uma boa oportunidade para sua carreira. No mesmo estúdio onde foram realizadas as gravações de seu terceiro álbum, Jonh Lennon estava fazendo a mixagem de seu disco “Mind Games” e se ofereceu para fazer algum tipo de participação especial, caso o músico desejasse, pois Lennon admirava o estilo marcante de Buchanan. Infelizmente, Roy dispensou o mitológico ex-beatle.Nos anos seguintes ainda pela Polydor ele lançou um disco ao vivo chamado "Live Stock". Era o último disco por essa gravadora.

O lendário Ahmet Ertegun, já queria que Buchanan integrasse o cast da Atlantic desde quando vira o guitarrista tocar no Carnegie Hall em 1972, e recebendo um adiantamento financeiro foi para o estúdio gravar a “Street Called Straight” – algo como “Uma rua chamada correta” – em alusão a sua tentativa de manter-se sóbrio e longe de drogas.

O primeiro disco via Atlantic, "Loading Zone", de 77, foi produzido pelo baixista de fusion Stanley Clarke e nele está a clássica "Green Onions" com um dueto com o Booker T. & the MG´s. A faixa não foi gravada como soa. Stanley acelerou as partes de Buchanan sem avisá-lo, para dar nova textura à faixa e isso alimentou atritos entre os dois. Nesse ano ele também lançou um disco ao vivo, gravado no Japão.

As coisas não começaram muito bem em 1978. O próximo disco, “You´re Not Alone” não foi feito com empolgação. Buchanan quase sempre chegava atrasado e sem nada ou com idéias muito básicas para suas músicas. No final tudo acabou ficando jogado no colo de Stanley Clarke, que trabalhava mais nas faixas do que o próprio Buchanan. Como resultado, ele saiu da gravadora.

Passou os próximos dois anos sem lançar nenhum disco, fazendo pequenas turnês como sideman e tocando em bares. Em uma tentativa de se libertar de qualquer tipo de problema, seja com produtores ou com a própria gravadora – que costuma cobrá-lo por não ser um músico que esvaziava as prateleiras, em 1980 ele resolveu autoproduzir-se no disco “My Babe”, com o intuito de proteger-se de qualquer problema que pudesse surgir. O disco foi distribuído pela independente Waterhouse Records.

Curioso é Buchanan decidir em 1981 que não gravaria mais nenhum disco, pois sentía-se pressionado por grandes gravadoras que sempre tentaram alisar sua música para torná-la mais abrangente ao público geral. Mesmo depois de ser seu próprio produtor, parecia sentir uma pressão interna. Seja por ser um músico muito mais famoso entre os músicos, ou por não conseguir se livrar das drogas.

Entretanto surgiu uma saída para Buchanan. A gravadora de blues Alligator parecia ser uma casa perfeita, pois não era nem muito grande – assim como Roy – mas estava longe de ser insignificante. O resultado de um bluesman em uma gravadora segmentada foi o “When a Guitar Plays the Blues” de 1985. A liberdade fez com que Roy voasse e o disco passou cerca de 13 semanas na Billboard. Como resultado excursionou pela Austrália, Estados Unidos e Europa.

Nos anos que seguiram lançou mais dois discos pela Alligator. “Dancing on the Edge”(86) e “Hot Wires” (87). Tudo parecia começar a dar certo, pois Roy trabalhava com liberdade, fazia turnês e sua popularidade crescia. Ele pensava na época em fazer um disco todo instrumental. Mas no dia 14 de Agosto de 1988 as coisas mudariam novamente...

Buchanan saiu para comprar cigarros e parou em um bar local para beber. Voltou para casa absolutamente embriagado e agressivo. Judy sua mulher, assustada com o estado do marido chamou a polícia. Buchanan pegou o telefone, arremessou-o no parede e saiu para a rua. Após uma busca no bairro os policiais o encontraram vagando e o prenderam, alegando intoxicação por drogas. O sherife Carl Peed o acomodou na cela R-45 e deu continuidade ao seu trabalho. A história diz que um dos guardas que estava de plantão encontrou o músico pendurado pelo pescoço por sua camiseta. Até hoje não se sabe se ele foi violentado ou se realmente se matou. O mistério sobre sua morte permanece, pois apesar das dificuldades que enfrentou, ele não tinha motivos suficientes para se matar.

No final das contas, o guitarrista que preferia alcançar as notas desejadas com bends, que soava pegando fogo com seus harmônicos e que influenciou Jeff Beck, John Lennon e Eric Clapton teve uma carreira que nunca – injustamente – ressoou aos ouvidos de todos.

G.G. Allin: o extremo dos extremos



Por Bruno Cahu

Vida de jornalista tem dessas coisas. Nem sempre é possível dominar o assunto sobre o qual nos debruçamos. O cinema sempre foi uma prioridade, o que me fez deixar muita coisa boa de lado. Curiosamente, foi através do cinema que cheguei até essa pauta. Nas minhas navegadas pela internet, descobri um documentário chamado Hated – G.G. Allin and The Murder Junkies. O vídeo trata de uma figuraça punk dos anos 80 chamado G.G. Allin. A breve sinopse da fita despertou meu interesse de cara.


Imaginem um cantor que perambulava pelas cidades dos Estados Unidos feito um mendigo, maltrapilho e drogado. Seus shows, realizados da forma mais precária possível, tinham propaganda boca a boca e acabavam em menos de dez minutos. A razão? Num mundo onde G.G. Allin vivia, Marilyn Manson ou mesmo o velho Ozzy, seriam apresentadores de programa infantil na TV Globo. Para aumentar minha surpresa, também descobri que não faço parte de um pequeno grupo. Até mesmo dentro da comunidade “roqueira” pouca gente ouviu falar nele. Os que conhecem, preferem ignorar, tamanho seu extremismo e obscenidade.

No final de sua carreira, Allin era o completo porralouca. Adentrava o palco nu, completamente drogado e/ou alcoolizado. Como de costume, defecava no palco, ingeria parte das fezes e arremessava o restante contra a platéia. Não satisfeito, se arrebentava todo durante a apresentação. Automutilação era algo corriqueiro. Pedaços de madeira, instrumentos e até o próprio microfone, que não raro era introduzido no ânus do cantor, eram utilizados numa pancadaria fenomenal. A polícia era chamada para acalmar os ânimos e levava Allin pro xadrez. Festinha divertida essa, não?

Outro aspecto interessante das lendárias apresentações era a relação do músico com a platéia. O público também participava e geralmente saia no braço com ele. Em outros momentos, costumava apontar aleatoriamente um indivíduo e incitava uma agressão generalizada contra o infeliz. Pois é, tinha gente pagando para ser espancado por uma multidão enfurecida.

Por outro lado, G.G. Allin foi o maior exemplo da verdadeira atitude punk. Ele era o que queria ser, não importando a opinião dos outros. O modo niilista como levava a vida suscitou várias dúvidas quanto a sua sanidade mental. O mundo não estava pronto para alguém como ele, que certamente é um nome forte na lista negra da música nos anos 90. Não que fosse muito barulho por nada. Afinal, ligar o rádio e escutar músicas do calibre de I Wanna Fuck Myself, Hard Candy Cock, I Wanna Piss On You e Kill Thy Father, Rape Thy Mother não era nada instrutivo.

A jornada apocalíptica de Allin terminou no dia 28 de junho de 1993, quando após um show, saiu correndo pelado pelas ruas de Nova York. Chegando na casa de um amigo, deu continuidade ao que mais tarde seria diagnosticado como uma overdose de heroína. Durante seu enterro, G.G. Allin que trajava uma jaqueta com a expressão “Fuck Me” gravada, teve seu caixão usado como cinzeiro pelos amigos e fãs. Isso é o que se pode chamar de final punk. Onde quer que esteja, Allin deve estar orgulhoso.

Abaixo, destaco trechos interessantes do texto The G.G. Allin Mission. Uma espécie de manifesto terrorista escrito por ele enquanto cumpria pena na penitenciária de Jackson State. Atentem para a convicção do cara. Mesmo dentro de sua loucura, ele mantinha uma estrutura de pensamento linear e coerente. Uma lógica Perturbadora.

“Se você acredita no verdadeiro rock'n'roll underground, então é hora de fazer alguma coisa. A hora é agora de derrubar a situação e declarar guerra às gravadoras, estações de rádio, publicações, bares e qualquer um que promova a chamada "cena" que existe atualmente. Precisamos destruir tudo e tomar de volta o que está nas mãos de empresários idiotas e conformistas. Mas a ação deve começar agora e sangue poderá ser derramado. (...) Quando nasci em 1956, o rock'n'roll estava começando a existir. Por quê? Porque eu o criei. Eu criei Elvis. Eu fiz tudo acontecer. Mesmo antes de nascer eu já estava comandando. Mas através dos anos as pessoas deixaram a coisa desandar. É por isso que estou pronto para tomar conta de tudo novamente. Ninguém mais teria culhões. Todos me decepcionaram. O dinheiro e o comercialismo fizeram todos se venderem. Até Iggy me decepcionou. Os Sex Pistols me decepcionaram. Sid me decepcionou quando se apaixonou (é por isso que estão mortos). E hoje temos os Ramones elogiando bandas como o Guns n' Roses, que representam tudo que devíamos destruir. Mas agora estamos em 1991. Esta é a década para a derradeira mutilação sangrenta. Hora de tirar o rock'n'roll das mãos das massas e devolver às pessoas que não aceitariam conforto e conformidade a nenhum custo. Então eu cometerei suicídio em pleno palco e o sangue do rock'n'roll se tornará o veneno do universo para sempre. Olhe ao redor e veja o que está acontecendo. Gravadoras invertebradas beijando o c* do sistema, pressionadas pela grana da mídia e pelos políticos. (...) Devemos sabotar as gravadoras não comprando seus produtos. Um boicote. Se quiser um disco, roube-o. Assim não ficarão com o seu dinheiro. Nós precisamos parar de alimentá-los. Seu apoio deve agora convergir para mim - G.G. Allin, o comandante líder e terrorista do rock'n'roll. Por quê você acha que estou na prisão? Porque eles sabem que eu sou e temem minha verdade. Nossa sociedade quer parar minha missão. Eles querem é fazer uma lavagem cerebral em você e mantê-lo ligado na MTV, em seus estagnados e seguros mundos. É necessário destruir o rock'n'roll. Eu sou o salvador. É por isso que sou considerado uma ameaça à sociedade.”

Esta matéria foi originalmente publicada na coluna Vitrolaz do Whiplash!. Informação para quem gosta de cultura. O Vitrolaz é uma revista eletrônica que fala de música, cinema e literatura. A proposta é apresentar sempre críticas, resenhas e entrevistas onde o que é novidade se mistura com o que fez história. O site, que tem uma equipe de jornalistas dividida entre Recife e Curitiba, também abre espaço para enquetes, comentários e promoções.


After Death: membros morrem afogados em praia de Aracaju





NOTA: o mesmo site citado abaixo, na primeira versão da nota publicada, informava a morte de membros do MASTER. A nota foi alterada posteriormente.

Segundo o site InfoNet, da cidade de Aracaju, dois integrantes da banda inglesa AFTER DEATH, que estavam na capital sergipana para um show junto com a MASTER, morreram afogados, na praia da Atalaia, em Aracaju. Abaixo trecho da matéria publicada no site.

Uma tragédia vitimou dois jovens estrangeiros da banda inglesa After Death, eles estavam na capital sergipana para um show junto com banda Master (EUA) que aconteceria nesta sexta-feira, 22, em um estacionamento da rua Santo Amaro, no Centro. De acordo com o soldado Rodrigo, do Corpo de Bombeiros os dois jovens estavam tomando banho na Atalaia, nas proximidades do Oceanário quando se afogaram.

Segundo o soldado, equipes do Corpo de Bombeiros foram acionados, mas quando chegaram no local, encontraram apenas o corpo do guitarrista Leon Villalba, de 21 anos. O baixista Timothy Kennelly, de 18 anos, continua desaparecido.

Leia a matéria completa no link abaixo.


Fonte desta matéria: Infonet

Os 20 álbuns mais desprezados de todos os tempos





A matéria a seguir foi publicada no site da Roadrunner Records.

A lista mais tempestuosa já publicada no nosso site, os álbuns mais desprezados de todos os tempos. A título de conhecimento, 5 de nós (os mais argumentativos do grupo) sentamos e elegemos o TOP 20 do que cada um achava serem os álbuns mais desprezados.

Como você pode imaginar essa lista resultou em um grande debate que alguns de nós simplesmente não queriam finalizar, mas através da democracia chegamos ao seguinte resultado:

1. Faith No More - "Angel Dust"
2. Pantera - "The Great Southern Trendkill"
3. Fear Factory - "Soul of a New Machine"
4. Megadeth - "Youthanasia"
5. Far - "Water & Solutions"
6. Death - "Symbolic"
7. Mr. Bungle - "California"
8. Tool - "Opiate"
9. Type O Negative - "Origin of the Feces"
10. St. Vitus - "V"
11. Wintersun - "Wintersun"
12. Opeth - "Still Life"
13. Gojira - "From Mars to Sirius"
14. Only Living Witness - "Prone Mortal Form"
15. All That Remains - "This Darkened Heart"
16. Aerosmith - "Rocks"
17. Bad Religion - "Recipe for Hate"
18. Starkweather - "Murder in Technicolor"
19. Bloodbath - "Resurrection Through Carnage"
20. Pink Floyd - "Pulse"

Algumas pessoas envolvidas na criação desta lista discordaram sobre o tamanho, ordem ou até mesmo sobre algumas das bandas que estão nela.

Fonte desta matéria (em inglês): Roadrunner Records

Henry Rollins: trocando cartas com Charles Manson




O ícone Henry Rollins revelou ao NME.com que trocava correspondência com o assassino em série Charles Manson.

Rollins disse que eles se escreveram algumas vezes nos anos 80 depois que Manson viu Rollins na MTV.

Rollins explicou: “Ele me escreveu uma carta do nada e disse. ‘Vi você na MTV e achei você muito legal.’ Então nos correspondemos algumas vezes em 1984; Eu apenas contava sobre o que estávamos fazendo no novo disco e ele me respondia com respostas semi-lúcidas. Ele fez referências ao THE BEACH BOYS ter roubado idéias suas, o que me pareceu conversa pra boi dormir, e me disse para mandar todo mundo cuidar da vida selvagem. Deve ter sido o velho hippie dentro dele falando.”

Fonte desta matéria (em inglês): NME.com

Lamb Of God: "O Megadeth merece o Grammy", diz baterista




Greg Pratt, do site Brave Words & Bloody Knuckles, conversou recentemente com o baterista da banda LAMB OF GOD, Chris Adler para ver a reação do músico com relação à segunda indicação da banda ao Grammy. E por mais que Adler adore a idéia de sair de lá com o prêmio, ele admite que há uma certa banda do Big Four para a qual ele está torcendo.

“Eu realmente acho que o Megadeth merece ganhar dessa vez. Eles já foram indicados ao Grammy sete vezes e nunca ganharam. O Megadeth, para mim, é uma banda que ajudou a definir o gênero e o tipo de música que nós tocamos. Eu acho que já demorou demais e eles merecem".

Matéria original: Bravewords

Rafael Bittencourt: de onde surgiu "Nacib Véio"?




"Nacib Véio" é uma música que faz parte do disco solo "Brainworms" de Rafael Bittencourt e é uma música com um nome digamos "estranho", mas que tem uma história longa, datada de 1996, de onde surgiu essa música? Rafael explica no encarte do seu CD, veja:

"Esta música não faz parte do contexto do disco e inicialmente eu não tinha intenção de incluí-la. É uma composição antiga, da época que o Angra compunha o disco "Holy Land", que foi até gravada em versão demo, mas obviamente nunca se enquadrou no estilo da banda porque tem o estilo bem escrachado, inspirado em Raul Seixas. Quis regravá-la para registro pessoal meu ou para, quem sabe, disponibilizá-la na internet como algo diferente. Mas ela acabou ficando muito interessante e cheia de partes de guitarra bem trabalhadas incluindo um dueto country entre eu e o violino do Amon, então decidi incluí-la como um bônus do álbum. A ideia da letra é retratar o povo simples morador do campo ou de uma fazenda. Baseada em fatos e pessoas reais que estão na minha memória".

Fonte desta matéria: CD Brainworms

Discos Marcantes do Slade







Slade - Slayed? (1972)

Origem: Inglaterra
Produtor: Chas Chandler
Formação Principal no Disco: Noddy Holder - Dave Hill - Jim Lea - Don Powell
Estilo: Glam Rock
Relacionados: David Bowie/T. Rex/Alice Cooper/Suzi Quatro
Destaque: Mama Weer All Crazee Now
Melhor Posição na Billboard: 1o


Se David Bowie representava o lado apolíneo do Glam Rock britânico, o lado dionisíaco ficou por conta do Slade. Uma das mais bem sucedidas bandas britânicas de todos os tempos, conseguindo seis primeiros lugares nas paradas de sucesso e doze Top 5. a banda colocava gente até no lustre em shows lotados e a dupla Noddy Holder e Jim Lea (letra e música, respectivamente) chegaram em ombrear gente da estatura de Jagger e Richards no sentido de concorrerem à um duo de criadores da melhor da trilha sonora dos anos 70, com hinos de rock como Happy Xmas Everybody e Cum On Feel The Noise. O paradoxal é que, a despeito de tomarem o Reino Unido de assalto entre 1971 e 74, eles nunca obtiveram êxito similar em terras ianques — o que não os impediu de se tornarem influentes o suficiente para serem a inspiração para o estilo de bandas como o Kiss. Gene Simmons disse que, desde o princípio, admirava a forma com qual o Slade lidava com o público em suas apresentações, sua presença de palco e, sem dúvida, o arranjo marcante de canções como Gudbye T' Jane, que eram canções típicas, em ritmo de marcial, e que se mostrariam, com o tempo, um paradigma de rock’n roll muito boas para — usando a expressão corrente — ‘levantar estádios’, como, por que não dizer, Hold Back The Water, do Bachman Turner Overdrive (1973) e, como não poderia deixar de ser, outra descendente direta de Gudbye T' Jane, Rock And Roll All Nite, do Kiss (curiosamente, as duas fizeram mais sucesso em versões ao vivo). Slayed?, seria o big bang dessa vistosa coqueluche. Embora não tão incensado, audacioso e sofisticado como o Slade On Flame, o terceiro álbum do quarteto inglês apontava para o mega estrelato da banda, com hits como Mama Weer All Crazee Now — primeiro lugar absoluto (em setembro de 72, e que naturalmente alavancou Slayed?, que sairia dois meses depois) nas paradas do Reino Unido, além da supracitada Gudbye T' Jane. O disco ainda contém covers bastante singulares de Move Over, da Janis Joplin e Let The Good Times Roll, da dupla de R&B norte-americana dos anos 50, Shirley And Lee.

Slade








Uma das mais importantes banda inglesas de todos os tempos, o quarteto de ferro do Slade é formado por Noddy Holder (vocals, guitar), Dave Hill (guitar), Jimmy Lea (bass) e Don Powell (drums). Esses quarto músicos despontaram no cenário em 1966, com o single “You better Run” produzido por Kim Fowley.

”Well alright ev'rybody, let your head down
Want to see ev'rybody get up off their seat,
Clap your hands stamp your feet, get down get with it”...

A partir de março de 1972 este refrão estava na boca de todos os garotos do planeta Terra, imortalizado em um dos mais famosos discos ao vivo de todos os tempos. ‘Slade Alive’ com sua inesquecível capa vermelha e preta, ficou em nas paradas de sucesso por 58 semanas seguidas, atingindo o segundo lugar. Gravado em um estúdio em forma de teatro, com seus 200 lugares lotados com membros do fã clube, este disco foi a grande jogada de Chas Chandler, ex-baixista dos Animals que após a morte de Jimi Hendrix, estava produzindo este novo grupo. Com este disco, os ex-skinheads (outra jogada de Chandler para tentar promover sua nova cria), passaram a categoria de ícones do Glitter Rock, dominando as paradas de compactos, batendo inclusive o recorde dos Beatles. De maio de 1971 até novembro de 1975, o Slade teve 6 primeiros lugares, sendo que 3 vieram do nada direto para o topo. Nem os quatro cabeludos fizeram a façanha, que continua imbatível até hoje. Tiveram mais 3 segundos lugares, 3 terceiros, 1 quarto, um quinto...

De 1972 a 1975, a cartola com espelhos e o fraque vermelho de Noddy Holder, sua voz de "gralha", a guitarra "superyob" de Dave Hill, o surpreendente baixo de Jim Lea e a batida marcante de Don Powell foram o som das festas com cheiro de "patchoulli". As botas "cavalo de aço", as calças boca larga e as camiseta justas eram a vestimenta ideal para "sair das cadeiras, bater palmas e pisar forte".

Sua história já é bastante conhecida: um grupo de garotos pobres forma um grupo, desta vez na pequena cidade britânica de Wolverhampton. Em 1964, incendiado pela febre da beatlemania, o jovem Donald George Powell (Don Powell), baterista, junta-se ao cantor Johnny Howells e ao guitarrista Mickey Marson. Logo o trio aumentaria, com a entrada do baixista Cass Jones. O grupo foi batizado como The Vendors. O repertório era basicamente Buddy Holly, Eddie Cochran e Gene Vincent e as apresentações ficavam restritas a clubes, festas e casamentos. A entrada de mais um guitarrista, o solista Dave Hill, egresso do grupo The Young Ones, deu mais força ao grupo. Logo seu repertório mudou para obscuras versões de Lightnin' Hopkins, Sonny Boy Williamson e Muddy Waters. Apresentam-se regularmente e chegam a gravar um EP, no estúdio de um amigo, cuja única cópia existente está nas mãos do baterista Don Powell.

No final de 1964, ocorre a mudança de nome da banda: passam a se chamar The N'Betweens, excursionando regularmente pelos clubes da região. Nestas "turnês" conhecem o grupo "Steve Brett and the Mavericks", cujo guitarrista solo e cantor-de-apoio-de-voz-esganiçada era Noddy Holder. Um namoro entre o grupo e Noddy ficou em banho-maria. Em 1965, eles gravam mais um EP, desta vez para a Barclay Records. O disco só foi lançado na França. Neste disco eles gravaram, entre outras, a música "Little Nighttingale", do guitarrista Jimmy Page, que trabalhava nos estúdios da Pye, em Marble Arch.

Em 1966, mudanças começam a ocorrer no grupo, saindo o baixista e o guitarrista-ritmo, dando lugar ao desconhecido Jim Lea e abrindo brecha o guitarrista "berrador" Noddy Holder, cansado do papel secundário nos Mavericks. Logo Noddy ofuscou o cantor original Johnny Howells, que acabou saindo em junho. O novo grupo lança um compacto, já com a formação definitiva. Seus shows reuniam sucessos dos Four Tops, Goffin/King, Traffic, Procol Harum e muita música da Tamla. Tudo re-arranjado pelo jovem Jim Lea, que apesar de desconhecido tinha um apuradíssimo ouvido musical. Todas as músicas caíam como uma luva na garganta de Noddy Holder. E com muitos shows e frustações, passam os anos de 1967 e 1968.

Chegou 1969! O grupo, rebatizado para Ambrose Slade (psicodelia+flower power+flamboyant=?) assina um contrato com a gravadora Fontana e lança 'Beginnings', um disco onde as covers iam de Beatles a Steppenwolf, passando por alguns temas originais. Mas a grande cartada veio com a entrada de Chas Chanler como empresário e produtor do grupo. Primeira novidade: cabeças raspadas e coturnos nos pés. Os skinheads eram um mercado em evidência e o grupo tinha potencial ao vivo para animar esta massa ávida por decibéis e energia.

Após alguns compactos veio o hino: 'Get Down and Get With It', sucesso de Little Richard que, ao gritar para a massa "abaixem a cabeça, batam palmas e batam os pés", entregou de bandeja o que os usuários de coturnos mais desejavam. Barulho, energia e diversão. Com isso, o agora Slade montou a reputação de melhor show ao vivo em termos de energia e retorno a platéia de todo Reino Unido. Eles nunca lucravam com os shows, pois tinham que pagar pelas cadeiras quebradas e outros estragos menores.

Mas o rock dos anos 70 mudaria após o disco-tributo-aos-fãs, 'Slade Alive'. Os cabelos começaram a crescer na banda, a purpurina passou a adornar o corpo de Dave Hill, as roupas ficaram brilhosas, as botas ganharam saltos e o ano de 1972 ainda não havia acabado.

Os skinheads agora são os Reis do Glitter

”So cum on feel the noize
Girls grab the boys
We get wild, wild, wild
At your door!”...

Agora não tinha mais jeito. Os críticos não podiam torcer a cara e ignorar o que a juventude inglesa está gritando a todos os pulmões. O disco Slade Alive catapultou o grupo para o estrelato e eles agora ditavam a moda!

O compacto Coz I Luv You, de Outubro de 1971, foi o primeiro do grupo a ocupar o topo das paradas. E o primeiro a gerar polêmica. O título original era Because I Love You, pomposo e arrogante, segundo o empresário Chas Chandler. O Slade é uma banda "do interior", de garotos simples, por isso devem falar como seus fãs. Então, grafaram o título foneticamente. Chuva de protestos dos professores ingleses, pela possível "má influência" exercida sobre a juventude. Neste disco, o baixista Jim Lea já mostra seu talento como arranjador, incluindo belas frases e solos com seu violino.

Mas o ano do Slade seria 1972. Logo em Janeiro lançam mais um compacto, Look Wot You Dun. Mais polêmica com os professores. Em duas semanas atingiu o quarto lugar nas paradas, permanecendo no mesmo posto por mais duas semanas seguidas.

A grande cartada de Chas Chandler foi armada para Fevereiro: o grupo alugou por três noites o novíssimo estúdio Command Theatre, em Piccadilly Circus, onde gravariam a nata, la créme de la créme, de seus shows. A cada uma das noites 300 membros do fã clube lotam o simpático auditório do estúdio, dando a resposta perfeita à energia do grupo. As sete músicas escolhidas foram a irretocável amostra do poder do grupo ao vivo. O repertório completo naqueles dias era Hear Me Calling, In Like A Shot (From My Gun), Look Wot You Dun, Keep On Rockin', Move Over, Know Who You Are, Lady Be Good, Coz I Luv You, Darling Be Home Soon, Get Down And Get With It, Good Golly Miss Molly e Born To Be Wild.

Lançado em Março, o disco foi um tremendo sucesso das paradas, ficando em primeiro lugar por várias semanas. Depois, entrava e saía das paradas como "uma bola de ping-pong". Até hoje o guitarrista Alvin Lee, do Ten Years After, agradece os royalties recebidos por Hear Me Calling.

As suíças de Noddy Holder cresceram e passaram a ser sua marca registrada, assim como a cartola de espelhos, as calças xadrez e o fraque vermelho (foto 5). Sua voz esganiçada e sua presença de palco eram o ponto alto dos shows. Nada mais de coturnos, calças pretas, suspensórios ou cabeças raspadas. O baixista Jim Lea (foto 7), passa a se apresentar com ternos "lamê" prateados ou dourados, além de ostentar uma bela cabeleira. Mas o excesso veio com o guitarrista solo, Dave Hill (foto 3). Ele cortou a franja no alto da testa, jogou purpurina em todo o corpo, passou a usar roupas extravagantes e, como símbolo máximo do glitter rock, a guitarra SuperYob.

O grupo excursiona por toda a Europa, onde seus discos são primeiro lugar das paradas. Um novo disco é lançado em Maio, Take Me Bak 'Ome. O baixista Jim Lea confessou que ao aproveitar esta antiga música ele adicionou uma ou duas frases de Everybody's Got Something To Hide..., dos Beatles. No final do mês veio a consagração do Slade. Eles se apresentaram no Great Western Festival, em Lincoln, ao lado do Roxy Music, Beach Boys e Faces. Até então o Slade era um grupo de clubes, apesar do sucesso. Chas Chandler achava que eles só deviam se apresentar em locais que pudessem lotar duas vezes. Mas ali, em frente a 50 mil jovens alucinados eles "roubaram" o festival e as páginas dos jornais e revistas especializadas.

Na semana seguinte, Take Me Bak 'Ome era primeiro lugar das paradas! Este disco trazia, pela primeira vez, os ingredientes que todos os discos do grupo apresentariam em seguida: muito eco, palmas, batidas de pé, multidão gritando o refrão, tudo para dar um "molho" de gravação ao vivo.

A briga agora nas paradas era dividida com Marc Bolan & T.Rex, Sweet, David Bowie, Mott The Hoople, Gary Glitter e Elton John. A a vantagem do Slade era evidente. O compacto seguinte, Mama Weer All Crazee Now, de Agosto, entrou direto em segundo lugar da parada! Na semana seguinte e nas duas subseqüentes era primeiro lugar!

Em Novembro, após excursões pela Inglaterra com Suzi Quatro e Thin Lizzy, pelos Estados Unidos com Humble Pie e J. Geils Band, e pela Australia com Caravan e Status Quo, outro disco foi lançado. Gudbuy T'Jane entra em quarto lugar nas paradas. Pula para terceiro e, na terceira semana atinge o segundo lugar. Não conseguiu alcançar o primeiro lugar pois Chuck Berry acabava de lançar My-Ding-A-Ling, um sucesso fulminante!

Natal chegando e, para coroar o ano, e "abiscoitar" as vendas de Papai Noel, é lançado seu quarto LP, Slayed? Este disco foi igualmente primeiro lugar. Nele estavam as favoritas de seus shows, Move Over e Let The Good Times Roll, além dos últimos compactos de sucesso. A voz de Noddy Holder está impecável neste LP, mais esganiçada do que nunca. Jim Lea simplesmente "arrasa" com seu baixo solando o tempo todo. Dave Hill faz as honras de solista, com belos fraseados e riffs. Para manter a cozinha pulsando, Don Powell marca cada frase de Lea e Hill. O grupo está perfeito, rumo ao sucesso ainda maior!

Agora é só esperar por 1973 e gritar...

Venham Sentir o Barulho!

Slade bate recorde de Elvis e Beatles

"You know how to skweeze me Woh Oh
You know how to pleeze me Woh Oh
You're learnin' it easy Woh Oh
And I thought you might like to know
When a girl's meaning yes, she says no"

Mais um ano iniciava – 1973. O que faltava para o Slade conquistar? Austrália, Japão, Alemanha, Escandinávia, todos estava nas mãos do grupo. As paradas de sucesso eram deles. Mas e a América? Este era o mercado. Em 1972, os impostos britânicos "mordiam" 83% dos ganhos. Sucesso nos Estados Unidos significaria lucros maiores, sem os altíssimos descontos. Ah, George Harrison era mesmo um visionário, com sua ‘Taxman’, de 1966! Como a Polydor americana simplesmente lançava os discos do grupo sem nenhuma divulgação, Chas Chandler decidiu não renovar o contrato de distribuição e assinar com a poderosa Warner Brothers. A invasão americana estava sendo preparada. Enquanto isso, um show no lendário London Palladium acontecia. Era parte das comemorações pela entrada da Inglaterra no Mercado Comum. Segundo a lenda, durante o show do Slade, os balcões superiores balançavam como uma gangorra, devido aos pulos dos fãs. Mas o pior aconteceu com os assentos da platéia: metade estava destruída após o show. O grupo nunca mais foi convidado para tocar no Palladium.

Outra jogada de Chandler estava sendo posta em prática. No ano anterior, o compacto ‘Mama Weer All Crazee Now’ entrou nas paradas direto no segundo lugar. Ou seja, que tal bater os Beatles e Elvis Presley, que tinham compactos que entraram direto em primeiro lugar? Naqueles dias, um artista podia ter um acetato de seu novo disco tocando nas rádios três semanas antes de seu lançamento. A estratégia do Slade seria obter o máximo de propaganda antes do lançamento oficial do novo compacto, gerando pedidos antecipados para o mesmo. Na Inglaterra, os novos lançamentos aconteciam tradicionalmente nas sextas-feiras, com os picos de vendas sendo na própria sexta e no sábado. O grande programa musical da TV era o Top Of The Pops, exibido nas quintas-feiras. No programa eram exibidos os clips das músicas que estavam nas paradas de sucesso. A jogada era obter maciça execução nas rádios, para o grupo aparecer no programa divulgando o novo compacto na véspera de seu lançamento! Como a parada das vendas era compilada na segunda-feira, de noite, eles teriam dois dias e meio de vendas para entrarem direto em primeiro lugar. E o disco ‘Cum On Feel The Noize’ entrou direto em primeiro!!! E ficou nas paradas, em primeiro, por três semanas. Em Maio, o grupo embarca para os EUA. Dave Hill foi "moldado" para as platéias americanas: uma roupa com largas ombreiras, lembrando o uniforme dos jogadores de futebol americano. Entrevistas em estações de rádio, jornais, e não havia um hit para promover (graças à incompetência da Polydor). Mas os shows eram um relativo sucesso, já que tocavam em teatros para 2 mil pessoas, sempre lotados. Em Nova Iorque eles tocaram duas noites, na Academy of Music. Na platéia estavam os membros do Kiss, do Twisted Sister e da Billy Squier Band. Mas estavam longe da histeria causada na Europa. Talvez pelo fato de seus discos serem "pesados demais" para as AMs (que só tocavam "As 40 Mais" das paradas), e "leves demais" para as FMs (que só tocavam músicas de LPs). Segundo comentários do Slade hoje, se naquela época existisse a MTV, as coisas teriam sido diferentes na América.

De volta à Inglaterra, o novo compacto, ‘Skweeze Me, Pleeze Me’, também entrou direto nas paradas em primeiro lugar, fazendo do Slade o primeiro (e único!) artista a ter dois discos sucessivos entrando direto nas paradas em primeiro lugar. Mas a maior consagração viria durante a turnê inglesa, iniciada em junho. No dia 1o de julho, um domingo, o grupo foi tocar no famoso Earls Court Exhibition Centre. Eles haviam reservado o local com antecedência, mas foram o segundo grupo de rock a tocar lá. David Bowie e seus Spiders From Mars tocaram em junho, show que foi um tremendo fiasco. Mas para o Slade as coisas foram muito diferentes. Haviam mais cartolas (e fraques vermelhos!!) naquele domingo do que em qualquer evento social. Os 18 mil fãs foram à loucura com o mestre de cerimônias e cantor-com-voz-de-gralha-esganiçada Noddy Holder, com o baixo arrebatador de Jim Lea, com os riffs e a purpurina de Dave Hill, e com a marcante bateria de Don Powell. Os quatro meninos de Wolverhampton eram agora ídolos nacionais. Mas a vida prega peças nas pessoas. No dia 4 de julho, o baterista Don Powell sofre um trágico acidente de carro, onde sua namorada morre e ele fica em coma por vários dias. No fim de semana seguinte o grupo havia acertado a participação em um show na Isle of Man. Não havia como desmarcar e o irmão de Jim Lea, Frank, tocou bateria neste dia. No final de agosto o grupo embarcou para mais uma turnê americana, com Don Powell de volta à bateria! As únicas seqüelas do acidente, que persistem até hoje, são lapsos de memória (ele precisa anotar tudo o que acontece, pois vai esquecer em seguida!), e a total perda do paladar! Cenas hilárias aconteciam nos shows, pois Don parava e perguntava para Jim: "o que eu toco agora?," totalmente em pânico pela amnésia. A resposta era: bang, bang, bang!!! Durante a passagem por Nova Iorque, o grupo gravou um novo compacto, no Record Plant Studio, na mesma semana em que John Lennon estava gravando o disco ‘Mind Games’. Jim Lea ficou eufórico em usar o mesmo piano que John!!!! E o grupo, em pleno verão americano, gravou ‘Merry Xmas Everybody’, cantando a maior parte do refrão nos corredores do estúdio Receberam comentários do tipo "que ingleses babacas", por parte dos nova-iorquinos presentes. Foram sabotados na turnê pela J. Geils Band, que no único show onde os executivos da Warner foram assistir ao Slade, em Long Beach, apagou as luzes principais e o aterramento idem, resultando em microfonia, sombras e a má impressão dos executivos. Tudo foi religado para o show deles. Na Inglaterra, o novo compacto ‘My Friend Stan’ "só chegou ao segundo lugar". Mas a coletânea ‘Sladest’, foi primeiro lugar durante três semanas. Mas o grande sucesso veio em dezembro: ‘Merry Xmas Everybody’ entrou direto em primeiro lugar, o terceiro do grupo a fazê-lo, tornando-se um recorde imbatível até os dias de hoje! Este disco, que vendeu 300 mil cópias é, ao lado de ‘Happy Christmas’ (War Is Over), de John Lennon, a música padrão de Natal, tocada nas rádios até hoje na Inglaterra.

O Slade agora quer um "pedacinho" da América

"I don’t want much,
I just want a little bit
I don’t want it all,
I just want a little bit"

E foi isso o que aconteceu no ano de 1974: O Slade, de pedacinho em pedacinho, acabou de conquistar o mundo (menos a América, ainda).

Em Fevereiro lançaram seu novo LP, “Old New Borrowed and Blue”, seguindo a linha dos antecessores, indo para o primeiro lugar das paradas. Trazia novos clássicos de seus shows, como “Just A Little Bit” e Good Time Gals”, bom como uma canção em andamento de valsa que logo se tornará seu maior sucesso ao vivo, “Everyday”. O grupo mal descansou e já começou o ano fazendo sua segunda turnê pelo Oriente. Uma curta visita à Austrália e depois sua primeira excursão ao Japão. Durante o vôo para Osaka, uma briga explodiu entre o baixista Jim Lea e o empresário Chas Chandler. Chandler queria que o novo compacto fosse uma canção retirada do LP que estavam gravando. Eles nunca usaram músicas de LPs em seus compactos e não ia ser agora que isso aconteceria. Jim tentou de todas as maneiras, mas seria vencido. “Everyday” seria lançada em Março e alcançaria a terceira posição, um pouco decepcionante para um grupo que ia direto para o primeiro lugar das paradas de compactos. A turnê japonesa teve shows em Osaka, Kyoto e dois em Tóquio. Eles tocaram novas músicas e os fãs japoneses queriam os antigos sucessos de 72. Em seguida voaram para os Estados Unidos, onde fizeram sua quinta turnê americana. Na América foram acompanhados de dois cineastas contratados por Chandler para escreverem o roteiro de um filme que misturava ficção e realidade sobre uma banda de rock.

O mês de Maio foi gasto na gravação da trilha sonora deste filme, “Slade in Flame”, o qual foi rodado nas seis semanas seguintes, em locações como o Rainbow Theatre, a cidade de Shepperton, fábricas em Sheffield e o Hammersmith Palais. Ele retratava a ascensão de uma desconhecida banda de rock ao estrelato e todos os problemas que isso acarretou no relacionamento de seus membros, antes grandes amigos. É aí que a ficção e realidade se misturavam. Mas os sucessos não paravam e o novo single, “The Bangin’ Man” já estava no terceiro lugar em Julho, quando novamente foram ao Top Of The Pops. O lado B era outra bela balada, She Did It To Me, que fez um relativo sucesso no Brasil, em um raríssimo compacto-duplo. Em Agosto uma nova turnê Européia acontece, como prévia do lançamento do filme, em Setembro. As críticas iam de “um bom filme, mas real demais”, “as pessoas não querem ver a realidade do sucesso”, até bons elogios ao filme e aos atores. Em Outubro é lançado mais um compacto, “Far Far Away”, da trilha sonora do filme. Ele entrou em terceiro lugar, chegou ao segundo, mas não foi número um por causa do disco de Ken Booth. A pergunta entre os membros do Slade era “que porra é essa de Ken Booth”? Mais uma turnê Inglesa em Novembro, junto com o lançamento da trilha sonora “Slade in Flame”. O LP só atingiu o sexto lugar das paradas, significando que algo estava mudando na vida deste grupo que só acumulava sucessos nos últimos três anos. O próximo passo seria arriscado e acabou num grande fracasso, que quase encerraria a carreira do grupo: eles se mudariam para os Estados Unidos por dois anos, para conquistá-lo.

E Noddy logo cantaria em 1975:

Não Sou Palhaço de Ninguém...

Hoje na história do Rock no mundo - 22/01




Buddy Holly faz sua última gravação

[22/01/1959] Há 51 anos

Buddy Holly faz aquela que seria sua última gravação, dentro de seu apartamento, em Nova York. Acompanhado apenas por um violão, ele registrou as músicas "Peggy Sue Got Married", "Crying, Waiting, Hoping", "That's What They Say", "What To Do", "Learning The Game" e "That Makes It Tough". Após a sua morte, no mês seguinte, o material foi masterizado e lançado pela Coral Records.


Os Stones esnobam a tradição da TV britânica


[22/01/1967] Há 43 anos

Os Rolling Stones fazem a primeira e última apresentação no programa da rede ITV, "Sunday Night At London Palladium". Depois de tocar as músicas "Let's Spend The Night Together", "Ruby Tuesday", "It's All Over Now" e "Connection", eles deveriam voltar ao palco, no final do especial (como mandava a tradição), para reverenciar o público. Porém, eles se negaram a fazer isso e viraram alvo de críticas severas por parte da imprensa. Alguns fãs também sentiram-se ofendidos e atacaram a atitude de Jagger e companhia.


David Gilmour entra para o Pink Floyd


[22/01/1968] Há 42 anos

O comportamento de Syd Barrett, dependente em LSD, deixa os integrantes do Pink Floyd seriamente preocupados e acaba causando transformações na carreira do grupo. Na época, Roger Waters preferiu afasta-lo dos shows (inicialmente, Barrett ficaria concentrado apenas nas composições) e chamou o amigo David Gilmour para integrar o grupo. Gilmour, guitarrista do Ramblers, topou o convite na hora.


Nasce o primeiro herdeiro de Gene Simmons


[22/01/1988] Há 22 anos

Nasce Nicholas Simmons, o primeiro filho do baixista e vocalista do Kiss, Gene Simmons, com a atriz e ex-coelhinha da Playboy, Shannon Tweed.


Emissora de TV pede desculpas por Slash

[22/01/1990] Há 20 anos

O guitarrista do Guns N' Roses, Slash, xinga o público várias vezes durante a entrega dos prêmios do American Music Awards. Dezenas de telespectadores sentiram-se ofendidos e ligaram para a emissora, que teve de pedir desculpas no ar.

Hoje na história do Rock Brasileiro - 22/01





ATENÇÃO - 1943: Nasceu, em Manhuaçu (MG), Ronald Cordovil, o cantor e compositor Ronnie Cord, um dos grandes nomes da primeira geração do rock brasileiro. Em 1960 gravou seu primeiro disco solo e entre seus sucessos estão “Itsy Bitsy Teenie Weenie Yellow Polkadot Bikini” (Biquini de Bolinha Amarelinha) e “Rua Augusta”. No início da década de 70 abandonou a carreira e chegou a ser dono de banda de jornal.

ATENÇÃO - 1972: Morreu, aos 49 anos, no Rio de Janeiro, o compositor, jornalista e poeta Miguel Gustavo Werneck de Sousa Martins. Compositor de vários sambas, ficou bastante conhecido pela autoria da música “Pra Frente Brasil”, considerado o hino da Copa de 1970. Miguel Gustavo compôs o primeiro rock nacional cantado em português, “Rock’n’Roll em Copacabana”, gravado por Cauby Peixoto em 1957.

Uma homenagem aos primórdios do rock'n'roll brasileiro:







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