19 de janeiro de 2010

O Homem Que Amava Yngve - Mannen som elsket Yngve







Ao:2008
Direção: Stian Kristiansen
Duração: 94 Minutos


“The Man Who Loves Yngve” se passa em novembro de 1989. O muro de Berlim colapsa. Na cidade de Stavanger, Jarle Klepp, 17 anos, não tem idéia de que as coisas estão prestes a mudar. Até agora ele tinha de tudo; a melhor namorada e o mais legal amigo do mundo. Juntos formam a mais agressiva banda de punk rock da cidade, a Mattias Rust Band. Mas então surge um novo colega de classe, Yngve, que não é como a maioria, deixando Jarle confuso. Lentamente, mas de forma constante, ele deixa de lado todos os que o cercam, e descobre o que significa ficar sozinho. A Trilha Sonora fica por conta de The Cure, Joy Division, REM, Japan, Jesus and Mary Chain e entre outros




Libertines: retorno da banda deve realmente acontecer





Segundo o Terra, parece que finalmente o LIBERTINES vai voltar ao cenário musical. Depois de seus líderes, o vocalista Pete Doherty e o guitarrista Carl Barat, ensaiarem um retorno diversas vezes nos últimos anos, desta vez a volta do grupo britânico deve realmente se concretizar. Em entrevista ao The Evening Standard, o guitarrista confirmou a informação. "Ainda não é definido. Posso falar em 2011, mas é difícil planejar qualquer coisa com o Libertines. 2011 é o ano para acontecer. Se tudo der certo, sim, será muito glorioso nos aventurar novamente", disse Barat.

O polêmico Doherty também já havia manifestado o desejo de reunir o LIBERTINES, mas acabou dando sequência em seu trabalho com o BABYSHAMBLES. Doherty e Barat parecem estar dispostos a deixar seus conflitos para trás. "Caso funcione, temos uma porta para atravessar e com certeza faremos isso", afirmou o guitarrista. Desde o fim da banda, em 2004, o LIBERTINES se apresentou algumas vezes na capital inglesa.

Fonte desta matéria: Terra

Janis Joplin: brasileiro pode filmar longa sobre a cantora





O cineasta brasileiro Fernando Meirelles foi escolhido por investidores norte-americanos para filmar um longa-metragem sobre a vida de Janis Joplin.

O filme ("Gospel According to Janis"), que vem sendo prometido desde 2006, já teria um roteiro definido por Meirelles e a atriz escolhida para interpretar a cantora foi Zooey Deschanel.

Ainda não há previsão para o início das filmagens.

JANIS JOPLIN morreu em 1970, aos 27 anos, vítima de uma overdose de heroína.

Fonte desta matéria: Uol

W.A.S.P.: vitaminas e esteróides, este é o segredo da banda




O site Sleaze Roxx entrevistou o líder do W.A.S.P., Blackie Lawless. Alguns trechos a seguir.

Qual é o segredo para a longevidade do W.A.S.P.?

"Muitas vitaminas e esteroides!"

De verdade?

"Eu estive vendo toda essa coisa do Mark McGwire (ex-jogador de baseball que confessou ter usado esteróides) e eu fiquei pensando o que aconteceria se as pessoas soubessem da verdade. Existem muito mais coisas acontecendo do que parece".

Seria correto dizer que depois do álbum 'The Headless Children' você passou a ser o dono da banda? Você se sente confortável assim?

"Houve um tempo nesta época que você mencionou... vamos apenas dizer que muita coisa caiu em meus ombros. Se você observar o que fizemos nos últimos anos, esta banda está junta há seis anos; os discos que nós fizemos são bem mais um esforço do grupo do que no passado, incluindo os primeiros trabalhos. Os caras que estão nesta banda são os melhores músicos que o W.A.S.P. já teve. Eles podem competir com qualquer um e igualmente importante é o nível de criatividade deles. Eles trazem muita coisa e toda vez que fazemos a pré-produção de um disco existem várias ideias que são mostradas. Para você ter uma ideia, neste nosso ultimo trabalho, 'Babylon', nosso guitarrista Doug Blair contribuiu tanto ou mais do que eu".

Fonte desta matéria (em inglês): Brave Words & Bloody Knuckles

Site Rökk on!: divulgando lista dos melhores do ano





O site Rökk on!, especializado em sleaze e hard rock, divulgou sua lista dos 10 melhores lançamentos de 2009.

10. Sister – Deadboys Making Noise
9. Dirty Penny – Young & Reckless
8. S.E.X. Department – Rock ‘n’ Roll Suicide
7. Danger Danger – Revolve
6. Nasty Idols – Boys Town
5. Innocent Rosie – Bad Habit Romance
4. Babylon Bombs – Babylon’s Burning
3. The Last Vegas – Whatever Gets You Off
2. Hardcore Superstar – Beg for it
1. Vains of Jenna – The Art of Telling Lies

Confira a matéria inteira no site.

Fonte desta matéria: Rökk on!

VH1: produzindo novos episódios de 'Behind The Music'




Uma nova versão do episódio do (programa de televisão produzido pelo canal por assinatura VH1, um variante da MTV para públicos mais maduros) BEHIND THE MUSIC sobre o DEF LEPPARD produzido originalmente em 1988 deve ir ao ar nos EUA em breve.

A VH1 fez novos episódiso atualizados intitulados 'Behind The Music Remastered'. Isso foi mencionado primeiramente por (notório fotógrafo inglês especializado em rock) Ros Halfin em Janeiro de 2009. Ross contribui para os episódios sobre o DEF LEPPARD e o Judas Priest. O programa irá mostrar novas entrevistas e atualizar a história passada de 1998 a 2009.

Comunicado do Departamento de Relações Públicas da VH1:

'Behind The Music Remastered' estréia sábado, 6 de fevereiro às 10 horas (horário de NYC - somente para os EUA)

A série da VH1 indicada ao prêmio Emmy e sucesso de crítica, 'Behind The Music' retorna para continuar algumas dessas agora icônicas histórias. A começar por sábado, 6 de fevereiro, o canal VH1 Classic irá levar ao ar oito novos episódios semanais de meia-hora de 'Behind The Music Remastered', estrelando alguns dos astros seminais do rock, incluindo GENESIS, MÖTLEY CRÜE, Metallica, JUDAS PRIEST, DEF LEPPARD e JOHN LENNON. Pegando do ponto onde o episódio original de 'Behind The Music' parou, o VH1 Classic irá exibir novas entrevistas, filmagens e video clipes que atualizam as histórias de vários artistas clássicos pelos últimos 10 a 15 anos.

Fonte desta matéria (em inglês): Site do Def Leppard

Lita Ford: suspeita de manipular resenhas de seu álbum





O site americano AMAZON.COM, o maior varejista de música do mundo, apagou 124 críticas '5 estrelas' do último CD de LITA FORD, 'Wicked Wonderland' da relação de resenhas enviadas por seus clientes. Isso baixa o número real de resenhas para o realístico índice de 74, abaixo da soma fabricada de 198, e classifoca o disco como merecedor de belas 3 estrelas. Aparentemente, todas as 124 resenhas falsas vieram da mesma fonte e coincidentemente todas elogiavam os vocais de Jim Gillete (marido de Lita e ex- vocalista do NITRO). Este tipo de 'manipulação eleitoral' é ilegal, assim como imoral.

Matéria completa do site Free Press Release (de 23 de novembro de 2009):

Tal como visto no website da Amazon, as resenhas do novo de LITA FORD tem sido variadas, ainda que sejam absurdamente frequentes (156 desde a última contagem ou aproximadamente 5 por dia desde o lançamento do disco).

Para um álbum lançado por um selo desconhecido e desacreditado - com pouco ou nenhum apoio à distribuição, ganhar tal quantidade sem precedentes de resenhas 'imparciais' é algo inédito. Compare a contagem de resenhas que os discos do Kiss ou os outros da mesma Lita Ford que tem estado no mercado durante toda a história da Amazon.com para dar-se conta do escancarado desrespeito pela política da Amazon.

As resenhas deste CD, e comentários feitos destinados às resenhas não-favoráveis feitas por esse 'desconhecido' ou relatos de resenhas obviamente fabricadas mancham o que é, de outro modo, um bom sistema para julgar a adequação, forma e função de um produto para aqueles que possam estar interessados em uma compra.

Enquanto a qualidade musical do CD e o apelo aos fãs realmente ter seu mérito, esse autor acha que a Amazon e outros grandes pilares no jogo do mercado online deveriam rever o que eles chamam de críticas 'imparciais', e tentar impor suas políticas estabelecidas contra descarada auto-promoção, técnicas de marketing mal-operadas e relatos impostores.

Enquanto certamente qualquer um possa se esconder atrás do anonimato da internet para fazer (ou saber de) quaisquer males possam desejar, aqueles que possam reconhecer os padrões nas inverdades e palavras deceptivas dos doentes patolóicos e deveriam defender seus direitos de obter informação limpa e sugestões úteis daqueles 'por dentro'.

Fonte desta matéria (em inglês): Free Press Release/Amazon.com

Joe Perry confirma: Aerosmith procura outro vocalista





O que antes parecia apenas especulação de bastidores parece estar tomando ares verdadeiros. Em entrevista a Brad Wheeler, do periódico The Globe and Mail, o guitarrista do Aerosmith, Joe Perry, confirmou que a banda está mesmo à procura de um novo vocalista. Veja os principais excertos do bate-papo logo a seguir:

The Globe and Mail — Você lançou um álbum solo e vai cair na estrada para divulgá-lo, mas antes de falarmos sobre isso, diga-me qual é a situação do AEROSMITH?

Joe Perry — No momento, estamos conversando a respeito de um novo cantor para o lugar de Steven [Tyler]. Não sei o que está acontecendo com ele, mas enquanto houver Aerosmith, vamos encontrar alguém para cantar.

The Globe and Mail — Será alguém desconhecido, um cantor parecido ou alguém já conhecido do público?

Joe Perry — Acho que faria mais senso, com uma banda como o Aerosmith, ter alguém que os fãs reconheçam. Não há sentido algum sair por aí com uma banda clone do Aerosmith. Para que seja bom para ambos os lados, para que todos saiam com algo bom disso tudo, para que as coisas se mexam musicalmente, é importante termos alguém que seja legítimo em suas características.

The Globe and Mail — Um ex representante da A & John Kalodner disse recentemente à Rolling Stone que vocês seriam incapazes de gravar um novo “Toys in the Attic” porque não têm mais 23 anos de idade. Como você responderia a isso?

Joe Perry — Milhares de fãs já vieram até mim e me perguntaram: ‘por que vocês não gravam um álbum como os antigos?’. Tentei imaginar exatamente sobre o que eles estão falando. É sobre a sonoridade? O modo como as canções foram escritas? As letras? O modo como as guitarras foram tocadas?

Para ler a entrevista na íntegra, em inglês, clique aqui.

Fonte desta matéria: The Globe and Mail

Discos Marcantes do The Isley Brothers








The Isley Brothers - 3+3(1973)

Origem: Estados Unidos
Produtor: Ronald Isley, Rudolph Isley
Formação Principal no Disco: Ronald Isley - Rudolph Isley - O'Kelly Isley, Jr - Ernie Isley - Marvin Isley - Chris Jasper - George Moreland - Truman Thomas
Estilo: Funk, Soul
Relacionados: Temptations/Marvin Gaye/Al Green
Destaque: That Lady
Melhor Posição na Billboard: 8o


Os Isley Brothers consolidaram a sua imagem como um trio cuja música foi proeminente nos anos 60, com canções marcantes como Twist And Shout e This Old Heart of Mine (Is Weak for You), que foi o auge do sucesso do grupo já na Motown. Depois de uma exitosa turnê pela Inglaterra, de 1968, onde eles sempre gozaram de enorme popularidade, os Isley dediciram sair do selo de Braford Gordy e mudar o seu som. assinaram com a alternativa Buddah Records e, como um quarteto, com a adição de Ernie Isley (já bastante influenciado por Hendrix àquela época) na guitarra, conseguiram um milhão de cópias com a clássica e irresistível (e genial) It's Your Thing que, antes dos 70, já apontava para a tendência ao funk que iria se tornar coqueluche. Nos anos 70, eles mudariam novamente a formação, se tornando um sexteto, com a entrada de Marvin e Chris Jasper, assinariam com a Epic e, de quebra,ingressariam na nova era da soul music, junto com Gaye, Tamptations & Wonder. 3+3, que é o resumo desses anos musicais, com farto uso de sintetizadores a la Steve Wonder (que, junto com eles, estava gravando innervisions no Plant Studios, e naturalmente que a troca de figurinhas seria inevitável), uma percussão mais trabalhada, backings mais elaborados e seções instrumentais, como o memorável solo de Ernie em That Lady, que transformou a canção numa mini-suíte e que, além disso, puxou o disco para o oitavo lugar na Billboard, fazendo o crossover entre o pop branco e o soul dos Isley Brothers — principalmente pelo sucesso do cover de Summer Breeze, do duo texano Seals and Crofts, de 1972.

The Isley Brothers








The Isley Brothers é um banda estadunidense de Soul e R&B. São um dos poucos grupos a ter uma longa carreira de sucesso nas paradas da Billboard colocando um single na parada em cada década desde 1959. O repertório vai desde o doo-wop, R&B, rock 'n' roll, soul, funk, disco, e hip-hop soul. O grupo teve várias formações, indo de um quarteto para um trio, daí para para um sexteto e finalmente um duo.

Informação geral

Origem: Cincinnati, Ohio

País: Estados Unidos

Gêneros:R&B, doo-wop, rock and roll, soul, gospel, funk, motown, quiet storm

Período em atividade:1957 - atualmente

Gravadoras: RCA, Scepter, Tamla-Motown, T-Neck/Epic, DreamWorks, Def Soul/Island Def Jam

Afiliações:Jimi Hendrix,Angela Winbush,R. Kelly

Página oficial: Isley Brothers homepage

Integrantes:Ronald Isley,Ernie Isley

Ex-integrantes

O'Kelly Isley, Jr. (falecido)
Rudolph Isley
Marvin Isley
Chris Jasper
Vernon Isley (falecido)

"'Shout' faz parte do primeiro cânone do rock’n’roll. Influenciamos os Beatles. Tivemos hits na Motown. Jimi Hendrix tocou em nossa banda antes do festival de Monterey. Tivemos hits nas eras do funk e da discoteca. Rappers sampleiam-nos. Você pode ouvir nossa música em estádios, em filmes, em comerciais. Ninguém tem esse tipo de currículo". Ernie Isley tem razão. Ninguém, na história do rock durou tanto tempo, passou por tantas mudanças e continuou importando em toda sua existência como os Isley Brothers. São quase 60 anos na ativa, ajustando-se à modernidade sempre com estilo e personalidade. Uma carreira finalmente festejada na belíssima caixa de três CDs It’s Your Thing: The Story of the Isley Brothers, lançada no final do ano passado.

A história dos Isley Brothers começa quando o chefe do clã Isley, um sujeito enorme e respeitável de fala mansa mas de objetivos bem definidos, chamado O’Kelly aproxima-se de Sallye Bernice em um encontro familiar, revela-lhe seu desejo de tornar-se seu marido e de dar-lhe uma tropa de filhos que se tornaria uma trupe de artistas. Vindo do emergente showbusiness, O’Kelly percebeu como poucos empresários o potencial da indústria de entretenimento no jovem século 20 e apostou a própria linhagem como estava certo. Precisava apenas encontrar a parceira correta. Naquele dia no meio dos assustadores anos 30 (que começara com uma falência financeira massiva e terminaria com uma guerra mundial), o patriarca Isley pousou o pesado olhar sobre a bela pequena e sabia que seu futuro estava começando. Mudaram-se para Lincoln Heights, um subúrbio de Cincinatti, Ohio.

E as crianças nasceriam. O’Kelly Jr., Rudolph, Ronald e Vernon entrariam no mundo da criação artística como muitos antes deles. Na igreja, foram apresentados não só ao gospel como à importância de se entregar à uma performance. Em casa, seu pai lhes alimentava com diferentes músicas, acostumando-os a todos os estilos para que retirassem o melhor de todos eles. Eram os Isley Brothers e logo estariam em programas de televisão ao lado de artistas como Dinah Washington, Erskine Hawkins e Nat King Cole. Inspirados no grupo Billy Ward and the Dominos, eram um quarteto vocal mirim que começava a fazer sucesso no circuito de doo-wop.

Mas algumas coisas fugiram dos planos do pai Isley. Primeiro foram os nascimentos dos caçulas Ernie e Marvin, uma década e meia após o nascimento da primeira safra. Depois veio a trágica morte de Vernon, atropelado por um caminhão quando andava de bicicleta. Finalmente, o velho O’Kelly previu que não estaria vivo para ver o sucesso dos filhos, para horror da família. Mesmo assim, fez com que seus filhos voltassem à vida artística mesmo após a morte do irmão, que havia suspendido suas apresentações.

Como havia previsto, O’Kelly morreu em 1956, o mesmo ano em que os irmãos decidiram embarcar para Nova York, tentar a sorte na cidade grande. Descobertos na rua por Richard Barrett (que havia descoberto artistas como Frankie Lymon and the Teenagers, Chantels, Crows, Little Anthony, entre outros sucessos da era pré-rock’n’roll), o trio foi contratado por George Goldner, que fez fama sobre os nomes encontrados por Barrett. Mas com os Isleys não seria tão fácil e o grupo gravou cinco singles que não deram em nada. Até que o próprio grupo sugeriu à sua nova gravadora (a RCA) que gravassem um número que fazia sucesso nos shows, chamado Shout. Não era nem uma música, era "uma coisa", como eles mesmos diziam. Atiçando a multidão a gritar "shout!" ("grite!"), a faixa se limitava a um jogo de pergunta e resposta feito entre artista e platéia, um número conhecido das missas gospel. Os Isleys apenas traduziram-no para o rock e tiveram um hit instantâneo.

Mas um só não era suficiente. Depois de alguns singles sem sucesso, o grupo voltou à estaca zero. Havia mudado-se em definitivo para Nova Jérsei, ao lado de Nova York, mas os discos não estavam vendendo. Até que caíram nas mãos do empresário Bert Berns, que mais tarde seria responsável pela autoria de hits como "Piece of My Heart" (gravada por Janis Joplin e Dusty Springfield) e "I Want Candy", além de descobrir talentos como o Them e os Drifters. Foi ele quem decidiu dar ao grupo um single que já havia gasto com o grupo Top Notes (numa versão produzida por um novato Phil Spector). Mas adaptá-los ao novo número era justo, afinal fora "Shout" uma das inspirações para "Twist and Shout" (a outra, claro, seria "The Twist", de Chubby Checker). Com os Isley Brothers, "Twist and Shout" ganhou sua primeira versão notável - mas não sua definitiva. Esta chegaria através de um novo grupo inglês que incorporaria hits dos jovens Isleys em seu repertório. Mas seria a versão dos Beatles para "Twist and Shout" um dos principais carros-chefe para a invasão da Beatlemania. O sucesso puxado pela explosão dos Beatles afetou quase todos os artistas que eles gravavam e logo os Isleys estariam na Inglaterra, excursionando com um jovem pianista que mais tarde passaria a atender por Elton John.

Mas enquanto estavam na Inglaterra, as coisas mudaram. Com a Beatlemania veio a invasão britânica e vários grupos como Rolling Stones, Animals e Yardbirds se debruçariam sobre a música negra americana ganhando o mercado branco e tomando lugar nas paradas de rhythm’n’blues. Como todos os artistas negros no começo dos anos 60 (à exceção louvável de James Brown), os Isley Brothers tiveram que se adaptar ao rock inglês e logo montariam uma banda. Mais do que isso: montariam seus próprios shows e gravariam seus próprios discos. Fundaram a gravadora T-Neck e logo um novo talento em Rudolph e Kelly afloraria. Juntos, os irmãos mais velhos seriam responsáveis por toda a estrutura por trás do conjunto, procurando músicos, conversando com empresários, fechando contratos e shows. Ronald foi liberado para mostrar seu verdadeiro talento vocal, com sua voz macia que se tornaria marca registrada do conjunto.

Foi Rudolph quem descobriu o jovem Jimmy Hendricks e o trouxe ao convívio dos Isleys. Além de talentoso, Jimmy provara ser praticamente um irmão do conjunto. Passou a morar com o grupo e se tornaria o vínculo entre os três mais velhos e os dois mais novos, provocando-os a pegar nos instrumentos dos irmãos quando estes não estavam vendo. Fazia tudo com a guitarra em punho e desde o início provava seu talento no instrumento. Singles como "More Over and Let Me Dance" e "Testify" (este último o primeiro lançamento da T-Neck) mostravam que o jovem guitarrista tinha um futuro e tanto pela frente. Largou o grupo e continuou sua carreira, voltando aos holofotes poucos anos depois, com seu novo grupo, Experience, e mudando a caligrafia de seu nome. Agora se chamava Jimi Hendrix e nem o rock nem a guitarra jamais seriam os mesmos.

Enquanto isso, os Isleys baixavam a guarda à toda poderosa Motown, a principal gravadora negra americana nos anos 60, que vinha há tempos paquerando o grupo. Foram recebidos como astros e tiveram tratamento de primeiro time ao serem entregues às mãos dos mesmos Holland-Dozier-Holland que haviam produzido hits para Marvin Gaye, os Four Tops e as Supremes. Havia se tornado questão de honra para a Motown produzir mais um hit para os Isleys e este foi "This Old Heart of Mine", uma baladaça no velho estilo da gravadora de Berry Gordy, em que Ronald deitou e rolou. Mas o grupo era a ovelha negra entre os ternos e vestidos claros da Motown, sequer moravam em Detroit e fugiam do padrão industrial que todo artista ali era submetido. O segundo single, "Take Me in Your Arms (Rock Me a Little While)", mantinha a qualidade mas não teve o mesmo sucesso comercial. Percebendo que seu destino fosse andar com as próprias pernas, nunca com a ajuda dos outros, mais uma vez os irmãos deixaram seu antigo patrão para tentar a sorte com as próprias asas.

Enquanto isso, Ernie e Marvin cresciam ouvindo não apenas a música que os irmãos faziam, como todo o resto. Quando o primeiro disco de Jimi Hendrix viu a luz do dia, ele deu um estalo em ambos caçulas que passariam a dedicar-se a ensaios secretos com Ernie à bateria, Marvin no baixo e o cunhado Chris Jasper ao teclado, que metiam as canelas adolescentes no pegajoso pântano do funk. Procurando opinião da família para uma música que havia acabado de compor, Ronald desceu ao porão e encontrou os três moleques numa tremenda jam session. A atmosfera o inspirou a cantar a nova música sobre a base pesada dos irmãos e o resultado foi a contagiante "It’s Your Thing", que batizaria o novo disco do grupo, o primeiro álbum pela ressuscitada T-Neck.

A música os colocou como pioneiros do funk, uma novidade que a música negra havia produzido nos anos 60 e que reinaria na década seguinte. O ano era 1969 e as duas principais gravadoras negras daquela década (a Motown e a Stax) mostravam que suas fórmulas estavam desgastadas. Era preciso reinventar-se e os Isley Brothers perceberam isso antes que todo mundo. Depois que os Isleys atravessaram a barreira entre a soul music e o funk, artistas como Isaac Hayes, Marvin Gaye, Temptations, Stevie Wonder, Booker T & the MGs, entre muitos outros atravessaram uma fronteira que poucos (James Brown, Sly Stone, George Clinton) haviam conseguido. O sucesso do agora sexteto (embora oficialmente ainda um trio) foi fundamental para que a música negra percebesse que era possível a transição para um novo gênero sem que o artista se descaracterizasse.

Mas era apenas o começo da era funk dos Isleys. Discos como The Brothers: Isley (com "I Turned You On" e "The Blacker The Berrie"), Brother Brother Brother (com a faixa-título, "Lay Away" e "Work to Do") e Get Into Something (com a faixa-título, "Keep On Doin’" e "Freedom") amadureceriam ainda mais o grupo, que aprofundava-se cada vez mais na alma humana, engajando-se numa política humanista que parecia ser uma conclusão de seu trabalho em família. Uma comunhão entre gêneros tão distintos quanto doo-wop, soul e gospel era encontrada por baixo do peso espetacular que a nova cozinha dava pro grupo. O grupo aceitou um desafio pessoal ao embarcar no disco Givin’ It Back, em que dava arranjos cobertos de melanina para hits de artistas brancos, como Neil Young ("Ohio"), Stephen Stills ("Love the One You’re With"), James Taylor ("Fire and Rain"), Carole King ("Nothing to Do But Today") e Bob Dylan ("Lay Lady Lay").

A participação dos novatos logo passou a ser importante o suficiente para comprometer o processo de criação e os irmãos mais velhos decidiram oficializar os outros três no grupo. Agora acompanhados pelo firme baterista George Moreland, os novos Isley Brothers agora eram seis elementos e a fusão das gerações foi orgulhosamente anunciada na capa e no título do álbum do grupo de 1973, 3 + 3. A nova formação trazia uma sutil mas importante mudança. Ernie havia deixado as baquetas para assumir a guitarra e o resultado deixou os irmãos mais velhos boquiabertos. Um improviso sobre a velha "Who’s that Lady?" (lançada pelo grupo em 1964) foi o suficiente para o grupo ter certeza de relançá-la, com o novo arranjo dado pela guitarra emborrachada de Ernie.

Os anos 70 continuaram com grandes discos, ajudando a criar a disco music competindo cabeça a cabeça com outros titãs da black music, o Earth Wind & Fire. "Competíamos pela atenção dos executivos de nossa gravadora. Competíamos contra o outro nas paradas. "That’s the Way of the World" contra "Fight the Power". "I Love Music" contra "For the Love of You". Era negócio sério", lembra Ronald no encarte da caixa. Os hits vinham em discos como Live it Up ("Midnight Sky", "Hello It’s Me" - de Todd Rundgren! - e a faixa-título), The Heat is On ("For the Love of You", "Make Me Say it Again Girl" e "Fight the Power"), Go For Your Guns (com "Voyage to Atlantis", "The Pride" e "Footsteps in the Dark"), Showdown (com "Groove With You"), Mission to Please, Harvest for the World e Between the Sheets (os três últimos sucessos com suas faixas-título). Até que o ano de 1985 assistiu o primeiro desfalque no grupo, quando os três caçulas saíram e lançaram o poderoso Caravan of Love como Isley Jasper Isley.

Novamente a morte uniu os irmãos, quando o primogênito Kelly morreu durante o sono em 1986. A morte de Kelly fez com que Rudolph passasse a se dedicar à igreja, deixando de lado o showbusiness. O som dos Isleys iria demorar para voltar a ter o brilho de outrora, mas este era polida por toda a nova geração do rap. Do Public Enemy ao Dr. Dre, os principais nomes do gênero da década de 80 deram ao grupo o respaldo artístico que a crítica dos anos 70 fingia não ver. O sucesso restaurado do grupo fez com que eles entrassem nos anos 90 como um dos primeiros nomes do Rock and Roll Hall of Fame, sendo indicados no mesmo ano que Hendrix, 1992.

Nada mal para uma família que passou por todas as etapas da história do rock quase incólume, tentando se adaptar e criando regras para cada novo gênero que o mercado parecia impor. Andando por conta própria, os Isleys cresceram ao apostar neles mesmos, num exemplo de autodeterminação e força de vontade contada por uma caixa com mais de três horas do melhor da música negra. "Até mesmo hoje, quando estou para cantar uma faixa, eu penso como será que Sam Cooke cantaria. Ou como Ray Charles deveria estar fazendo", explica Ronald, "Então eu percebo: ei, não preciso esperar por eles. Posso fazer eu mesmo". A síntese do pensamento de uma linhagem histórica, sangue bom que fez com que o mundo acompanhasse o ritmo que eles quisessem que o mundo dançasse. Afinal de contas, como eles mesmos disseram: "It’s your thing/ Do what you wanna do".

Posted by Alexandre Matias on maio 19, 2007(http://www.gardenal.org/trabalhosujo/2007/05/isley_brothers.html)


Hoje na história do Rock no mundo - 19/01




Helter Skelter no julgamento de Charles Manson


[19/01/1971] Há 39 anos

A música "Helter Skelter", composta por John Lennon e Paul McCartney, teve sua execução mais tenebrosa ao ser tocada no julgamento de Charles Manson. No local de um dos assassinatos cometidos pelo psicopata, os policiais encontraram a letra do clássico dos Beatles escrita na parede.


Show de Bob Dylan gera trânsito infernal em Miami


[19/01/1974] Há 36 anos

A turnê conjunta de Bob Dylan e do grupo The Band, que havia começado no dia 3 de janeiro, passa pelo Sportsatorium, em Miami, e gera um congestionamento gigantesco na cidade. Muitos dos fãs que já estavam com o ingresso nas mãos só conseguiram entrar no local, quase no final do show.


Beatles recebem proposta milionária


[19/01/1976] Há 34 anos

Os Beatles recebem a primeira proposta para uma reunião. O promotor Bill Sargent ofereceu 30 milhões de dólares por um show, mas a banda recusou.


Fleetwood Mac na posse de Bill Clinton


[19/01/1993] Há 17 anos

A formação mais popular do Fleetwood Mac, composta por Stevie Nicks, Lindsey Buckingham, Christine McVie, John McVie e Mick Fleetwood, reúne-se para tocar a música "Don't Stop" na posse do presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, no Capital Centre, em Landover, Maryland. Clinto havia usado o clássico do grupo como tema de sua campanha eleitoral.


Carl Perkins morre aos 65 anos de idade


[19/01/1998] Há 12 anos

Após sofrer três derrames em apenas dois meses, Carl Perkins morre aos 65 anos de idade no Jackson-Madison County General Hospital, em Jackson, nos Estados Unidos. Ele deixou a esposa Valda e quatro filhos. Em 1987, Perkins havia sido nomeado no Hall da Fama do Rock And Roll, devido a importância de seu trabalho e a influência que teve sobre Elvis Presley e Beatles, entre outros. Um de seus maiores sucessos foi "Blue Suede Shoes", de 1956, que antes mesmo de estourar na versão de Elvis, vendeu dois milhões de cópias.

Hoje na história do Rock Brasileiro - 19/01





- 1996: A banda novairoquina Psycho 69, que tinha Supla no vocal, lançou seu primeiro e único disco. Os destaques são “Back To Nowhere” e “Non Stop Action”.


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