28 de dezembro de 2009

"Born Again", o álbum mais injustiçado do Black Sabbath?





Ser um álbum de destaque dentro de uma discografia como a do Black Sabbath não é tarefa fácil. Afinal, estamos falando de uma banda que gravou vários clássicos do heavy metal, alguns em seqüência, além de ter brilhado com diferentes formações. O que se poderia esperar de uma reunião de Tony Iommi, Geezer Butler e Bill Ward com aquele que é considerado um dos melhores vocalistas da história do rock (pra muita gente, o melhor)? Bem, a adição de Ian Gillan ao Sabbath criou um dos maiores ‘dream teams’ que o metal já viu e, por isso mesmo, o que se esperava era um sucesso estrondoso e absoluto.




As coisas não andavam muito boas para nenhum dos lados. O Black Sabbath perdera seu vocalista, ninguém menos que Ronnie James Dio, que deixava a banda após desentendimentos devido à mixagem e ao lançamento do ao vivo “Live Evil”, levando ainda o batera Vinny Appice na história. O grupo via-se então sem vocalista e sem baterista e precisaria encontrar alguém para ocupar os postos deixados pelos ex-integrantes. Para a bateria, acabaram optando pelo óbvio e convidaram Bill Ward para voltar à banda, sendo que o mesmo aceitou o convite de bate-pronto. Para o vocal, começaram a fazer algumas audições, só que substituir um monstro sagrado como Dio por alguém do mesmo nível era algo praticamente impossível. Diz a lenda que até Michael Bolton enviou fitas para uma possível audição com a banda. Muito se fala que Iommi queria muito que David Coverdale assumisse os vocais do Sabbath, só que a coisa toda era muito difícil pois David estava mais ocupado com o seu Whitesnake.

Ian Gillan estava se despedindo de sua carreira-solo, marcada por excelentes trabalhos mas que não obtiveram nenhum sucesso comercial e que não conseguiam atingir um público maior. O “Silver Voice” jamais escondera que sua real intenção era um retorno com o Deep Purple, difícil também àquela época, já que Ritchie Blackmore estava bem ocupado com o Rainbow. Eis que após um encontro num bar e alguns goles a mais (alguns não, vários goles a mais), Gillan, Iommi e Butler viram uma excelente possibilidade, que era o Black Sabbath com Gillan nos vocais. Após tudo acertado, a banda entra em estúdio e em agosto de 1983 lança o álbum “Born Again”. A princípio, não parecia que a coisa pudesse dar errado. O álbum já saiu direto no quarto lugar da parada britânica, melhor resultado comercial do Sabbath em muitos anos. Mas não foi exatamente o que aconteceu com o passar daqueles meses que se seguiram. Uma turnê não muito bem sucedida, o mal estar de Gillan no posto de vocal do Sabbath, críticas de vários fãs, sobretudo os mais radicais, fariam com que aquela reunião não tivesse continuidade e que os envolvidos passassem a considerar que aquilo tudo, incluindo-se o próprio “Born Again”, havia sido um grande equívoco.

Bom, após relembrar e entender o que rolou naquele período, vamos analisar o álbum em si. Existe uma corrente forte que afirma que “Born Again” tem poucos fãs pelo mundo e que, inclusive, boa parte deles estaria aqui no Brasil. Para alguns, tudo relacionado a esse trabalho serviria de motivo para críticas e implicâncias. A capa do disco é uma das mais criticadas e ridicularizadas da história do metal. Olhando ela hoje, realmente fica difícil defender aquela gravura. Mas se toda a crítica que se faz a esse álbum fosse resumida à capa, estaria tudo bem. O negócio é que muita gente criticava todo o resto: os videoclips gerados a partir de músicas do álbum que, pra muita gente, representaram algo ridículo e constrangedor para a banda. A turnê de divulgação, o setlist, a irritação que Gillan provocava em alguns, sobretudo nos mais radicais, com suas tentativas de impor o seu estilo pessoal às canções mais antigas da banda, principalmente nas da “fase Ozzy”, até mesmo o “sacrilégio”, na visão de alguns fãs, que foi incluírem “Smoke On The Water”, clássico do Purple, num setlist do Sabbath. Bill Ward, completamente impossibilitado de sair em turnê, acabou sendo substituído pelo competente Bev Bevan. Agora, se você reparar bem, tudo o que eu citei foram acontecimentos relativos àquele período. Mas e o principal? E as músicas do álbum em si? Afinal, não é isso o que realmente conta?

Bem, o Sabbath sempre primou pelo peso em toda a sua obra. De todas as características da banda, a que mais salta aos olhos é que a banda sempre soou muito pesada. E se houvesse um campeonato para ver qual álbum da banda é o mais pesado, “Born Again” ganharia o primeiro lugar fácil, fácil... É de impressionar até hoje a agressividade desse disco. A pancadaria começa com “Trashed”, uma daquelas porradas em que se leva um tempo até entender o que aconteceu. A assustadora “Disturbing the Priest” pode pegar de surpresa aquele menos atento, com o peso da guitarra de Iommi e os berros desesperados de Gillan. Como não se lembrar e não se empolgar com “Zero the Hero”, além de outras porradas mais do que pavorosas e diretas, como “Digital Bitch” e “Hot Line”. A banda só pegaria mais leve em duas músicas, a belíssima e emocionante “Born Again” e em “Keep It Warm”. Completando o álbum com “Stonehange” e “The Dark”, o resultado final em termos de composições é um dos melhores trabalhos já realizados pelo Black Sabbath em todos os tempos. Não era simplesmente um bom resultado em termos de pegada, de agressividade, era também um grande disco em termos de arranjos, harmonias e melodias. Os músicos todos em um ótimo momento (mesmo com os problemas de Bill Ward) e Ian Gillan entregando ao mundo o que muita gente considera o melhor trabalho vocal de sua carreira. Calma, antes de se revoltar comigo, o que estou dizendo é apenas uma afirmação de vários fãs do Sabbath, do Purple e do próprio Ian. Se a afirmação procede, é uma questão de avaliação de cada um. Agora, que a performance de Gillan nesse álbum é uma das coisas mais impressionantes já vistas no heavy metal, isso não há como negar. O cara parecia estar possuído, executando vocais matadores, notas altíssimas e gritos absolutamente desesperados. Cantou tudo o que sabia e mais um pouco. O grande ponto baixo em termos de sonoridade nesse trabalho está na sua produção e mixagem, que deixou o som abafado e, em certas partes, até meio embolado. É sabido que um amplificador de Tony Iommi queimou já no início das gravações e ninguém se deu conta disso até o fim da mixagem. Entretanto, esses deslizes parecem até ter contribuído para o clima pesado e agressivo de “Born Again”.

Hoje, os músicos afirmam não gostar do álbum, dizem que aquela reunião não deu certo, que ‘não rolou a química’. Na minha opinião, esse álbum de 1983 foi um dos melhores momentos do metal oitentista e do heavy metal como um todo. Como seria bom se outros álbuns desse nível chegassem ao mercado nos dias atuais. “Born Again”, ainda que de maneira torta e com várias críticas no seu encalço, pode, e pode muito, ser considerado um clássico, coisa que muita gente já o considera, mas normalmente deixando-o num nível diferente e um pouco abaixo de outras obras clássicas do Black Sabbath. Por isso mesmo, ostentando o status de ‘clássico’ para muitos, de ‘cult’ para outros e de um equívoco para alguns, esse é um disco cuja qualidade supera em muito a receptividade que teve e a importância e reconhecimento que realmente sempre mereceu.

Por hora, se você tem o álbum, coloque-o pra tocar aí onde estiver. Se não tem, vá correndo comprar ou pegar emprestado com alguém. Agora, em ambos os casos, balance a cabeça até o pescoço não agüentar mais, ao som de “Trashed”, “Disturbing the Priest” e etc. Depois mande a sua opinião sobre essa obra mais do que injustiçada.(minha sincera e humilde opinião de fã da banda e claro de um bom metal...!)

O dia em que Fidel Castro homenageou John Lennon





Que o mundo dá voltas todo mundo sabe mas há encontros insólitos que só acontecem no mundo da música. Um deles ocorreu em 08 de dezembro de 2000 em Cuba, data em que foi inaugurada, naquele país, uma estátua de John Lennon na praça que leva o seu nome. Isso por si só já mereceria destaque, mas o mais incrível é que a estátua foi inaugurada por Fidel Castro em pessoa, com direito a solenidade e discurso.



A estátua localizada em Havana é em tamanho natural, com Lennon sentado em um banco, com as pernas cruzada, vestindo camisa de mangas e jeans, com seus inseparáveis óculos redondos, aparência relaxada e serena, como alguém que está sentado em um parque desfrutando da paisagem. A obra, toda em bronze, é de autoria do escultor cubano José Villa Soberón.

Mas um detalhe que deixa a história mais curiosa é que logo depois da revolução cubana, em 1959, a música dos Beatles foi proibida de ser tocada na Ilha e os vinis banidos, virando artigos de luxo no mercado negro. Por tudo isso foi perguntado a Fidel, caso encontrasse Lennon, o que ele lhe diria. Fidel respondeu que diria: “Gostaria de ter lhe conhecido antes”.


De símbolo do imperialismo capitalista Lennon transformou-se em ídolo comunista, em parte devido a suas músicas pós-Beatles como "Imagine" e "Work Class Hero". Lennon foi ainda perseguido pelo FBI por opiniões contrárias às do governo em questões como a da Guerra do Vietnã.



Them Crooked Vultures: "podemos fazer até sete álbuns"





Segundo a notícia divulgada pelo portal IG Música, Dave Grohl, ex-integrante do NIRVANA e atual vocalista do FOO FIGHTERS, disse durante uma entrevista à BBC que o grupo THEM CROOKED VULTURES, formado por ele em conjunto com Josh Homme, do QUEENS OF THE STONE AGE e John Paul Jones, do Led Zeppelin, é um projeto duradouro.

"Se você colocar nós três dentro de uma sala algo vai acontecer. Eu não acho que teremos problemas em fazer cinco, seis ou sete discos se assim quisermos. É só uma questão de quando, onde e como", afirmou o baterista, cujo trio acaba de lançar seu primeiro trabalho.

Segundo Grohl, muitas músicas ficaram de fora deste primeiro trabalho e ele deseja que sejam lançadas em álbuns posteriores.

Grohl ainda revelou que tem sido um desafio coordenar sua vida entre o Fighters e o Vultures "É duro porque tocar no Vultures é a melhor coisa do mundo e nossas outras bandas são fantásticas também. É uma questão de tentar organizar uma forma de fazer tudo. Agora estamos aqui e é um bom lugar para se estar", diz o músico.

E ainda diz que em algum momento o FOO FIGHTERS lançará algum álbum novo, que os fãs da banda não precisam se preocupar.

Fonte desta matéria: IG Música

Megadeth: Dave Mustaine elege seu top 5 da Austrália e UK





Dave Mustaine, líder do Megadeth, elegeu seu "Top 5" somente de artistas australianos e britânicos para a revista Rolling Stone, confira:

01. CROWDED HOUSE – "Don't Dream It's Over"

"Escuto isso onde quer que eu vá", diz Mustaine sobre a canção romântica melancólica do álbum de estréia de 1986 da banda australiana. "Posso estar tendo um momento absurdamente horrível, mas escuto essa música e ela melhora meu dia".

02. MIKE AND THE MECHANICS – "The Living Years"

O primeiro colocado das listas de 1989, da banda do então ex-guitarrista do GENESIS, traz alegria a Mustaine. "Estava tocando na limousine depois que me casei", ele diz. "Me faz lembrar desse dia maravilhoso".

03. THE Beatles – "I Want You (She's So Heavy)"

A faixa mais obscura de "Abbey Road" fez Mustaine gostar de riffs pesados de guitarra ainda enquanto criança: "Representa tudo o que os Beatles significam para mim".

04. Led Zeppelin – "The Song Remains the Same"

O frontman pegou algumas dicas do "Houses of the Holy": "A invasão britânica foi muito importante na minha abordagem da guitarra".

05. AC/DC – "Let There Be Rock"

Ele conseguiu o clássico de 1977 numa troca em uma loja de discos. "Assim que a agulha encostou no disco", ele diz, "percebi que minha vida havia mudado para sempre".

Fonte desta matéria (em inglês): Blabbermouth

Discos Marcantes do Neu!






Neu! - Neu! '75 (1975)

Origem: Alemanha

Produtor: Conny Plank, Neu

Formação Principal no Disco: Ross Konrad "Conny" Plank – Michael Rother – Klaus
Dinger - Thomas Dinger – Hans Lampe

Estilo: German Rock

Relacionados: Faust/Kraftwerk/Can

Destaque: Leb' Wohl

Melhor Posição na Billboard: Não encontrado


Quando John Peel começou a divulgar o novo som que vinha dos porões e dos estúdios de gravação da Alemanha Ocidental, nos fins dos anos 60, alguém logo se apressou em rotular aquele misto de rock de compasso quadrado e frenético, e com largo uso de phasing na percussão e instrumentos eletrônicos viajandões de baixo contínuo de Krautrock. Muitos músicos ficaram magoadíssimos — achavam que fosse algo depreciativo. Afinal, "kraut" era a forma "degenerativa" com que os britânicos se referiam aos soldados da Alemanha do III Reich. Mais ou menos como os nossos pracinhas da FEB os apelidavam, também de maneira jocosa, de "tedescos". Enfim, seria algo como "Rock Tedesco". Porém, antes que pudessem se dar conta que era apenas um rótulo simpático, a música deles já estava fazendo a cabeça de um monte de gente — isso numa época em que o rock queria atingir um ideal sinfônico, com as megra-produções de gente como Emerson, Lake And Palmer, King Crimson, Jethro Tull, Pink Floyd. Enquanto o progressivo emergente rejeitava o sonho da psicodelia, o Krautrock queria diluir esse estilo dentro da estética do free jazz, porém mantendo a base do 4/4 do rock. A trajetória do Neu veio do começo do Kraftwerk do tempo em que surgiramos primeiros festivais de "rock tedesco", em Essen, em 68, quando eles se chamavam Organisation. Nesse período, o Kfraftwerk era basicamente Florian Schneider e Ralf Hütter com outros músicos aleatoriamente destacados para suas produções. Dois deles, o guitarista Michael Rother e o baterista Klaus Dinger, iriam deixar a banda para formar o Neu, em 1971. O primeiro disco, lançado no mesmo ano, vendeu mais ou menos dentro da expectativa de um grupo que transava com um tipo de música essencialmente alternativo, mas a boa aceitação de público fez com que eles se sentissem estimulados a lançar uma seqüência. O problema foi de dinheiro: como o primeiro elepê não vendeu, a gravadora não quis liberar o porquinho para outra viagem. Com o orçamento pela metade, conseguiram gravar material só para um lado do disco; o outro virou uma espécie de variação sobre o mesmo tema: eles pagaram uma canção obscura, lançada originalmente em single, e fizeram diversas faixas como remixes, mudando a rotação dos tapes e acrescentando instrumentação através de overdubs. Poderia ser considerado uma grande besteira, se não se tornasse procursor de algo que, décadas depois, virasse algo comum — o remix. O terceiro disco, Neu! '75, porém, só viria à lume três anos depois e era fruto da intransponível discórdia entre Michael e Klaus: o primeiro queria investir numa sonoridade Motorik, uma viagem melódica mas com a base no bate-estaca "analógico" 4/4, com uma atitude mais rock; Dinger estava mais a fimde fazer algo mais próximo da música ambiente — aquilo que Brian Eno, que inicialmente também foi um dos que bebeu na fonte do krautrock do Neu!, estava começando a desenvolver na sua carreira-solo. O resultado dessa disensão bizantina é o Neu!'75. O lado A, mais agressivo, para agradar a Rother e o B, mais onírico, para Dinger. A primeira parte passa a limpo a música dos dois primeiros trabalhos da banda e pode ser entendido como o movimento rápido da suíte; o segundo, evocativo, amalgamando música concreta e improvisações nos teclados e nos vocais, é um belo contraponto ao Lado A. A singularidade do álbum, com efeito, se faz pela compeltitude das duas partes que, á sua maneira, iriam influenciar boa parte do que foi feito dentro desse paradigma musical, ou seja, é um disco mais cultuado por músicos do que por ouvintes em geral. Depois de mudar o som de Brian Eno, ele iria fazer o mesmo com gente como Bowie, John Lydon, PiL, Joy Division (nem seria preciso citá-los) e toda aquela onda techno que surgiria nos estertores dos anos 80. Coincidentemente ou não, logo após o lançamento do elepê, o Neu! encerraria as suas atividades, ensaiando um retorno, cerca de uma década depois.

Faixas

Lado um
  1. "Isi" — 5:06
  2. "Seeland" — 6:54
  3. "Leb' Wohl" — 8:50
Lado dois
  1. "Hero" — 7:11
  2. "E-Musik" — 9:57
  3. "After Eight" — 4:44

Neu!








Neu! (alemão: "Novo") foi uma banda alemã de rock, um dos maiores expoentes do Krautrock. Foi formada em 1971, em Düsseldorf, por Michael Rother e Klaus Dinger após os dois terem participado da banda alemã Kraftwerk. A história dos Neu! é feita de separações e reuniões, álbum após álbum. O último trabalho gravado foi Neu! 4, durante a década de 1980, mas apenas em 1996 o álbum foi editado. Apesar de pouco sucesso comercial, a banda é creditada como influência por diversos grupos de artistas, como PiL, Joy Division, David Bowie, Stereolab, Gary Numan, Ultravox e Simple Minds.

Informação geral

Origem:Düsseldorf

País:Alemanha

Gêneros:Krautrock,industrial,art rock,música eletrônica

Período em atividade:1971 - 1975; 1985 - 1986

Gravadoras:Brain Records,Billingsgate,Astralwerks,Grönland Records

Integrantes:Klaus Dinger,Michael Rother,Konrad "Conny" Plank,Thomas Dinger,Hans Lampe,Eberhard Kranemann,Uli Trepte

História

O Neu! foi formado em 1971 em Düsseldorf como uma variação de uma das formações de outra banda de krautrock, Kraftwerk, cujos primeiros trabalhos também foram produzidos por Conny Plank.

O baterista Klaus Dinger reuniu-se ao Kraftwerk durante as sessões de gravação do álbum debut. O guitarrista Michael Rother foi então recrutado para a banda para o término do álbum. O fundador do Kraftwerk Ralf Hütter deixou a banda nesse momento, e por seis meses a bana consistia de Rother, Dinger e Florian Schneider, uma formação que apresentava-se esporadicamente e que realizava aparições na televisão no programa alemão Beat Club.

O primeiro e homônimo álbum foi lançado em 1972 e vendeu pouco, mas atualmente é citado por diversos artistas como uma referência. Já o segundo álbum Neu! 2 apresenta alguns dos primeiros exemplos de remixes. Empolgados para gravar outro álbum, os integrantes decidiram comprar diversos instrumentos musicais. Com o capital investido pela gravadora eles puderam gravar somente metade do material para um álbum. A empresa não queria aumentar a verba pois as vendas do primeiro álbum não haviam sido boas. Para preencher a falta de material, a banda compôs o segundo lado do álbum com versões manipuladas de seu compacto já lançado, "Neuschnee"/"Super". A canção "Super 16," tornou-se tema do filme de artes marciais de 1976 Master of the Flying Guillotine, de Jimmy Wang Yu. O filme foi posteriormente referenciado por Quentin Tarantino em Kill Bill, também apresentando a canção.

Dinger e Rother eram muito diferentes quando não criavam material juntos, o que influenciou o próximo álbum do grupo, Neu! '75. Um dos lados continha produções de Rother influenciadas pela música ambiente, enquanto segundo tornou-se posteriormente uma influência para a cena punk rock britânica. A banda terminou após o lançamento desse álbum.

Entre outubro de 1985 e abril de 1986, Dinger e Rother voltaram e tentaram adicionar mais sintetizadores e um aspecto mais comercial às canções. Conny Plank faleceu em 1987. Dinger e Rother não trabalharam juntos até a década de 1990, existindo certa acidez entre os dois, parcialmente devido ao lançamento de Dinger de material do Neu! sem conhecimento ou consentimento de Rother, através da Captain Trip Records. No final de 1995 essa gravadora lançou as sessões de gravação de Neu! 4, entre 1985 e 1986. Também lnaçou Neu! '72 Live in Dusseldorf (gravado em 6 de maio de 1972).

Um álbum de tributo ao Neu! foi lançado em 1999, A Homage to NEU! (Cleopatra Records), contando com versões executadas por artistas como Legendary Pink Dots, Download, Autechre, Dead Voices On Air, Khan, Sunroof, System 7 e James Plotkin.

Os direitos do catálogo da banda são conjuntos de Rother, Dinger e Christa Fast, esta, viúva de Plank. Entretanto, por muito anos existiu desentendimento entre Rother e Dinger no licenciamento para tornar a música da banda disponível em CD. A situação foi resolvida em 2001, quando a dupla entrou em estúdio para transferir os álbuns clássicos da banda para CD. A obra foi lançada pela Grönland Records no Reino Unido.

Integrantes

* Klaus Dinger — vocal, bateria, guitarra e teclado (1971 — 1975, 1985 — 1986)
* Michael Rother — vocal, guitarra e teclado (1971 — 1975, 1985 — 1986)
* Konrad "Conny" Plank — produção e engenharia de som

Colaboradores

* Thomas Dinger — bateria (1975)
* Hans Lampe — bateria (1975)
* Eberhard Kranemann — baixo (1972)
* Uli Trepte (1972)

Discografia

Álbuns

* 1972 - Neu! (Brain Records)
* 1973 - Neu! 2 (Brain Records)
* 1975 - Neu! '75 (Brain Records)
* 1995 - Neu! 4 (Captain Trip Records)
* 1996 - Neu! '72 Live in Dusseldorf (Captain Trip Records)

Compactos

* 1972 - "Super / Neuschnee" (Brain Records)

Hoje na história do Rock no mundo - 28/12





Festival em Miami atrai mais de 100 mil

[28/12/1968] Há 41 anos

Com ingressos de 6 e 7 dólares, o Miami Festival, primeiro evento de grande porte realizado na costa leste dos Estados Unidos, atrai mais de 100 mil pessoas. Os shows aconteceram em Hallendale e reuniram grandes nomes do rock, como Creedence Clearwater Revival, Procol Harum, Chuck Berry, Fleetwood Mac, Joni Mitchell, Marvin Gaye, Canned Heat e Three Dog Night, entre outros.


Baterista do Who vira mestre de cerimônias

[28/12/1971] Há 38 anos

Enquanto o single do The Who, "Behind Blue Eyes", continuava a fazer sucesso nos Estados Unidos, o baterista Keith Moon vira mestre de cerimônias do Sha Na Na, um de seus grupos prediletos. O show aconteceu no famoso Carnegie Hall, em Nova York.


O caçador Ted Nugent vira a caça

[28/12/1975] Há 34 anos

Famoso por praticar caça, anualmente, em Michigan, nos Estados Unidos, Ted Nugent passa a conhecer o real valor da expressão "um dia da caça, outro dia do caçador", durante um show, em Spokane, Washington. Do meio da multidão, David Geffer, um homem de 54 anos de idade, apontou uma magnum .44 para o guitarrista, com o intuito de disparar. Rapidamente, fãs e seguranças pularam em cima dele e levaram-no ao chão. Geffer foi preso e acusado de "intimidação com porte de arma".


Beach Boy morre afogado


[28/12/1983] Há 26 anos

O integrante mais novo dos Beach Boys, Dennis Wilson (na ocasião com 39 anos), morre afogado, enquanto nadava próximo ao porto de Marina Del Ray, na Califórnia. Comovido, o presidente dos Estados Unidos, Ronald Reagan, prestou suas condolências à família Wilson. O funeral do baterista foi realizado em alto mar - uma prática destinada, geralmente, ao pessoal da marinha.


Nasce o segundo filho de Paul Simon


[28/12/1992] Há 17 anos

Nasce Adrian Edward, filho de Paul Simon com Edie Brickell. O primeiro filho do músico, Harper, havia nascido vinte anos antes e é filho de sua primeira esposa, Peggy Simon.

Hoje na história do Rock Brasileiro - 28/12




- 1946: Nasceu, em São Paulo, no bairro da Mooca, Miriam Ângela Lavecchia, mais conhecida como Mirian Batucada. Sambista, ganhou esse apelido por fazer batucada nas mãos. Em 1971 Mirian participou do disco Sociedade da Grã-Ordem Kavernista apresenta Sessão das Dez junto com Raul Seixas, Sérgio Sampaio e Edy Star. Mirian só foi registrada no dia 1º de janeiro de 1947. Ela morreu em 02 de julho de 1994 após sofrer um infarto.

- 1974: A banda de rock progressivo/psicodélico do Recife Ave Sangria se apresentou com o show Perfumes Y Baratchos no Teatro Santa Isabel. Conhecida como o Rolling Stones do Nordeste, a banda lançou um disco ao vivo dessas duas apresentações que, segundo relatos dos integrantes e do público, foram as melhores da banda. No mês seguinte Alceu Valença convidou o Ave Sangria para ser sua banda de apoio. Pouco tempo depois a banda se desfez.


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