21 de dezembro de 2009

O Som do Coração [August Rush]







O Som do Coração [August Rush]

Sinopse:

Era uma vez um garoto chamado August Rush. Filho de um encontro casual entre Louis, um guitarrista de rock e Lyla, uma violoncelista clássica, ele cresceu em um orfanato com a determinação de um dia encontrar seus pais Dono de um talento musical impressionante, August se apresenta nas ruas de Nova York sob o olhar atento de dezenas de pessoas e de Mago. Porém, mesmo se transformando num astro mirim da música, August continua certo que o encontro com seus pais pode acontecer a qualquer hora.


ficha técnica:

* título original:August Rush
* gênero:Drama
* duração:01 hs 40 min
* ano de lançamento:2007
* site oficial:
* estúdio:CJ Entertainment / Southpaw Entertainment / Odyssey Entertainment
* distribuidora:Warner Bros. Pictures
* direção: Kirsten Sheridan
* roteiro:Nick Castle e James V. Hart, baseado em estória de Paul Castro e Nick Castle
* produção:Richard Barton Lewis
* música:Mark Mancina
* fotografia:John Mathieson
* direção de arte:Mario Ventenilla
* figurino:Frank L. Fleming
* edição:William Steinkamp
* efeitos especiais:Invisible Pictures

Elenco:

Freddie Highmore ... Evan Taylor - 'August Rush'
Keri Russell ... Lyla Novacek
Jonathan Rhys Meyers ... Louis Connelly
Terrence Howard ... Richard Jeffries
Robin Williams ... Maxwell 'Wizard' Wallace
William Sadler ... Thomas Novacek
Marian Seldes ... The Dean
Leon G. Thomas III ... Arthur
Mykelti Williamson ... Reverend James
Aaron Staton ... Nick
Alex O'Loughlin ... Marshall
Jamia Simone Nash ... Hope
Ronald Guttman ... Professor
Bonnie McKee ... Lizzy
Michael Drayer ... Mannix


prêmios:

- Recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Canção Original ("Raise It Up").


curiosidades

- Claire Danes e Liv Tyler estiveram cotadas para a personagem Lyla Novacek.

- O personagem Louis Connelly foi oferecido ao cantor James Morrison, que o recusou por preferir se concentrar na música.

- Robin Williams declarou que se baseou no cantor Bono, da banda U2, na composição do personagem Wizard.

- As filmagens ocorreram entre 13 de fevereiro e 25 de abril de 2006.

Trilha Sonora

“This Time”
Escrita por Chris Trapper
Interpretada por Jonathan Rhys Meyers

“The Swan”
Escrita por Daniel Levy
Interpretada por Uncle Moni

“Ritual Dance”
Escrita por Michael Hedges
Interpretada por Kaki King

“Raise It Up”
Escrita por Jamal Joseph, Charles Mack e Tevin Thomas
Interpretada por Impact

Trailer


A história da Atlantic Records





A Atlantic nasceu da mente, vontade e competência de um turco chamado Ahmet Ertegun. Sua familia veio à América por conta do trabalho de seu pai, Munir Ertegun, que se tornara o novo embaixador da Turquia nos Estados Unidos. Com Munir chega sua esposa Hayrunisa, e três crianças, dois meninos, Nesuhi e Ahmet, e uma menina, Selma.

Os dois rapazes eram Nesuhi então com 16 anos, e Ahmet, aos 11. Uma mulher extremamente atraída por musica, Hayrunisa, a mãe dos meninos, cantava, dançava e tocava vários instrumentos de ouvido. Ela também gostava de colecionar discos, o que naturalmente contribuiu muito para a educação musical dos dois irmãos. Eles rapidamente se apaixonaram pela música americana, atraídos mais para a música negra do que o country mais caipira. Sendo a família Ertegun pessoas financeiramente abastadas, até chegarem à faculdade, os dois irmãos juntos já teriam acumulado uma coleção com cerca de 15 mil discos de jazz e blues.

Enquanto estudava filosofia no St. Johns College, Ahmet e Nesuhi passaram a promover shows com artistas como Lester Young, Duke Ellington, Sidney Bechet, Lena Horne e Jelly Roll Morton. Tornam-se os reponsáveis pelos primeiros shows integrando artistas brancos e negros na cidade de Washington DC. Na época, o único lugar que conseguiram alugar que aceitasse romper tal tabu sem fazer objeções, foi o Centro Comunitário Judaíco. Com o sucesso da empreitada, conquistaram a confiança de pessoas influentes e passaram a alugar o auditório do National Press Club, clube do sindicato da imprensa.

Foi durante este periodo que os irmãos conheceram um estudante de odontologia chamado Herb Abramson, que produzia artistas como Joe Turner e Pete Johnson para ajudar a pagar os estudos. Durante boa parte da década de quarenta, esses três rapazes iriam cada um seguir um caminho diferente, mais tarde se reencontrando e criando o legado da gravadora Atlantic Records.

Abramson acabaria trabalhando como caça talentos da National Records em Nova York durante boa parte da década de quarenta. Em 1943, Nesuho casa com a dona de uma loja de discos em California chamado The Jazzman Record Shop. Na costa oeste, Nesuho passaria boa parte da década de quarenta ouvindo e conhecendo pessoalmente as bandas e artistas de jazz da região. Em tempo, Nesuho seria reconhecido e respeitado como um dos maiores especialistas no estilo. Em 1944, com a morte de seu pai, o embaixador, Ahmet aluga um apartamento e opta por terminar seus estudos na América enquanto sua mãe e irmã retornam a Turquia.

Para ganhar a vida, Ahmet passa a trabalhar em uma loja que concertava radios velhos e vendia aparelhos novos e usados. A loja se chamava Quality Radio Repair Shop, cujo dono, Maz Silverman, também vendia discos usados por dez centavos cada. Em tempo, a venda de discos acabaria dominando o movimento da loja até que Silverman o transforme simplesmente em loja de discos, passando a chamar o local de Waxie Maxie. A intenção de Ahmet desde o inicio, era de usar a experiência na loja para aprender o máximo possivel sobre como discos eram feitos e vendidos. De fato, foi na loja onde Ahmet aprendeu muito sobre o que vende e porque certas coisas tinham mais procura do que outras. Silverman depois passou a cuidar também de um programa de rádio. Este trabalho trouxe contatos com donos de pequenos selos independentes que ofereciam seus produtos para serem tocados na radio.

Foi somente em 1947 que Ahmet se considerou pronto para investir em seu próprio selo e procurou o seu velho conhecido Herb Abramson em Nova York. A esta altura de sua carreira, Abramson, além de saber negociar contratos com artistas, também já havia produzido algumas sessões de gravações para a National Records. Seu esforço já produzira dois grandes hits para o selo com "Prisoner of Love" e "Cottage for Sale” de Billy Eckstine. Desta maneira, Herb Abramson entra com os contatos e experiência enquanto Ahmet Ertegun contribui trazendo Max Silverman para ser o executivo financeiro, ou seja, o principal investidor da organização. Nasce então o Jubilee Records que se prenderia a produzir apenas discos de música gospell. Os planos continham ainda a intenção de fundarem um segundo selo chamado Quality Records, que cuidaria exclusivamente de um catalogo de jazz e rhythm & blues.

O público alvo era o consumidor negro, não havia nenhuma expectativa de brancos comprando este tipo de musica. Todavia, as fraquíssimas vendas dos primeiros lançamentos fez Max Silverman pedir para sair do negócio, voltando suas atenções para a loja de discos e programa de rádio. Quem comprou sua parte no selo foi um rapaz chamado Jerry Blaine que rapidamente começou a trazer sucesso comercial para a Jubilee com uma série de discos de piadas. A nova direção artística que o selo tomou não interessou aos outros dois sócios que venderam o selo para Blaine por $2.500. Embora Julilee continuaria a produzir uma grande quantidade de discos de comédia, com o interesse por rock’n’roll e r&b, o selo voltaria a investir neste gênero. Talvez um de seus maiores sucessos seja a versão original de “Do You Wanna Dance” de Bobby Freeman lançado em 1958.

Este capital foi usado para ser o o primeiro investimento para uma nova gravadora. Procuraram vários nomes para batizá-lo, sem chegar a nenhuma conclusão. Ao descobrirem existir um selo chamado Pacific Jazz Records na costa oeste, Abramson e Ahmet concordam em chamar o novo selo de Atlantic Records.

Inaugurado em setembro de 1947, Herb Abramson se torna o primeiro presidente do selo enquanto Ahmet Ertegun e Miriam Beinstock Abramson, esposa de Herb seus dois vice-presidentes. O primeiro escritório da companhia foi a sala de um apartamento alugado no antigo Hotel Jefferson na rua 56. Miriam cuidava da contabilidade, pagava contas e tratava dos afazeres diários referentes ao escritório. Ahmet morava no quarto do referido apartamento e ainda alugava uma das camas para um poeta para ajudar nas despesas.

A habilidade de Ahmet de conversar, encantar e atrair investidores trouxe para o projeto um novo sócio, Dr. Vahdi Sabit, dentista da familia Ertegun. Dr. Sabit investiu um considerável capital de $10.000 dólares na companhia, sem pressiona-los por resultados, o que foi um trunfo considerável olhando pela perspecitiva artística. Não precisando se preocupar em apresentar resultados imediatos, a dupla pode confiar mais nos instintos para buscar artistas e músicos de melhor calibre. Mas a grande diferença da Atlantic Records em seus primórdios era o tratamento da firma para com os artistas.

Atlantic foi logo ganhando uma reputação de tratar os músicos com muito respeito, não só pagando corretamente, como também pagando royalties, sistema pouco usual em se tratando de músicos negros. A política praticado pelas outras gravadoras independentes pagavam geralmente abaixo de 1% de royalties para artistas brancos e nada para os negros que recebiam apenas um valor fixo pela sessão de que tivessem participado. Atlantic Records pagava royalties para todos os seus artistas, independente de cor, remunerando sempre em torno de 3% à 5%.


Esta politica trouxe para o selo os melhores músicos disponíveis. Muitos artistas aceitavam assinar contratos por longos períodos, confiando que seus direitos seriam respeitados. Com uma greve proclamado pelo sindicato das gravadoras marcada para começar dia primeiro de janeiro de 1948, Atlantic gravou sessenta e cinco canções entre novembro e o ano novo. Seu primeiro lançamento sendo "The Rose of the Rio Grande" pelos Harlemaires.

Entre a primeira leva de músicos gravando, temos uma eclética variação que conta com grupos vocais como the Harlemaires, the Delta Rhythm Boys, the Clovers, e the Cardinals; cantores de jazz como a dupla Jackie & Roy ou Sarah Vaughan; artístas de jazz progressivo como Howard McGhee, James Moody e Dizzy Gillespie; cantores de rhythm & blues como Ruth Brown, Stick McGhee e Joe Turner; cantores de blues como Leadbelly ou Sonny Terry; e crooners brancos como Mabel Mercer, Sylvia Syms e Bobby Short.


O primeiro artista a vender a ponto de dar lucro real à gravadora foi Joe Turner com os sucessivos sucessos "Chains of Love," "Honey Hush," e "TV Mama", seguido de perto pela cantora Ruth Brown e suas gravações para "So Long," "Teardrops From My Eyes," e "I'll Wait for You."

Outro detalhe que as vezes escapa a atenção é o fato de que a Atlantic Records foi uma das primeiras gravadoras a experimentar com a rotação 33 1/3. Lançando já em março de 1949, uma série de discos com leituras poéticas, a novidade veio inicialmente no formato de dez polegadas, antes de chegar nos tradicionais doze polegadas. Também em 1949, Ahmet e o arranjador Jesse Stone, vão para o sul do país para analisar aquele mercado em uma tentativa de melhorar suas vendas pela região. A pesquisa acabou rendendo a primeira gravação com Professor Longhair, lendário pianista de New Orleans. Gradativamente a música produzida em Atlantic iria mudar, gravitando para o que mais tarde seria reconhecido como rock’n’roll.

Em 1953, Herb Abramson é convocado para o exército para lutar na Segunda Guerra Mundial. Embora mantivesse o título e o salário na companhia durante sua ausência, ao voltar em 1955, Abramson totalmente sem noção das ultimas tendências, encontrou a gravadora atingindo níveis de sucesso excelentes. Para suprir sua ausência foi trazido Jerry Wexler, um jornalista que trabalhou um longo período para a Billboard. Foi Wexler quem cunhou o termo ‘rhythm & blues’ para identificar a música sendo feita pelos artistas negros, antes chamados apenas de ‘race records’, ou seja, discos da raça (negra).

Foi dado a Wexler a obrigação de cuidar da produção dos discos de rhythm & blues da gravadora. Ele trouxe para o selo uma nova mentalidade para promoção de seus artistas, como tambem escolhendo a dedo produtores e até estudios de acordo com o tipo de artista e o tipo de musica a ser gravado.


Foi Wexler que descobriu os estudios da Fame e Muscle Shoals forjando a aliança entre a Atlantic e a Stax Records. Essa união foi primordial para a difusão de artistas ainda desconhecidos como Aretha Franklin, Wilson Pickett, Joe Tex, Sam & Dave, Eddie Floyd e Otis Redding, entre outros. Com a década de sessenta, Jerry Wexler se tornou essencialmente um produtor gravando de Lavern Baker à Bob Dylan.

Com Ahmet descobrindo e contratando os talentos e Wexler produzindo os discos, Atlantic Records se tornou rapidamente um dos mais bem sucedidos selos independentes da América. Sucessos tem como memoráveis as gravações originais de ‘Shake, Rattle and Roll’ escrito por Jesse Stone sob o pseudonimo de Charles Calhoun e gravado por Big Joe Turner e ‘I Got A Woman’ de Ray Charles, gravação considerado pro alguns como sendo o nascimento da soul music.


Outro contratado foi Nesuhi Ertegun, irmão de Ahmet, a quem foi dada a responsabilidade de criar o setor de jazz da gravadora. Nesuhi trouxe para a Atlantic artistas como Shorty Rogers, Jimmy Giuffre, Herbie Mann e Les McCann, todos da costa oeste. Depois se involveu com produção, ativamente envolvido com projetos de artistas como John Coltrane, Charles Mingus, Ornette Coleman, e the Modern Jazz Quartet. Mais tarde ele iria também trabalhar com alguns artístas de rhythm & blues consguindo produzir hits para Ray Charles, the Drifters, Bobby Darin e Roberta Flack.

Nesuhi se preocupou em colocar Atlantic para investir na qualidade do disco que é colocado no mercado, atentando aos detalhes envolvendo desde a qualidade do vinil à qualidade da capa. Atlantic passa a usar não só papelão de melhor qualidade como tambem laminação para proteger a capa, uma novidade para o mercado. Ao entrar em uma loja de discos na década de cinquenta, o consumidor não podia deixar de reparar como o acabamento vistoso dos álbuns da Atlantic, mesmo sendo um selo independente, eram muito melhores do que os de grandes selos como RCA, Columbia, Capitol e Decca. Tudo isto são influências do trabalho de Nesuhi Ertegun no selo, como também a de pádronizar o formato de doze polegadas com 33 1/3 rpms, prática logo adotado pela indústria ao redor do mundo.

Wexler e Ahmet fundam dois selos menores, Cat e Atlas, quando Abramson deixa o exército e retorna à Atlantic. Ao se separar de Miriam, suas ações são divididas pela metade. Sem ter mais espaço dentro da Atlantic, a ele é dado o selo Atlas, agora sob o nome de Atco, para gerenciar. Em novembro de 1955, Atlantic toma outra decisão certa ao comprar o selo Spark Records de Los Angeles. O selo tinha três donos que vieram trabalhar para a Atlantic. São eles Lester Sill, Jerry Leiber e Mike Stoller. Leiber e Stoller se tornariam durante os anos que se seguem, uma das mais famosas duplas de compositores da história do rock’n’roll. Outro fruto da compra da Spark seria Phil Spector, que já trabalhara com Lieber e Stroller, e que em 1960, troca Los Angeles por Nova York para trabalhar na Atlantic, primeiro como guitarrista de estúdio e depois produtor.


Em meados dos anos cinquenta, a moda passa a ser artistas brancos regravarem músicas de negros, com letra menos atrevida para um público jovem branco. Assim, viram numeros originais da Atlantic como ‘Shake, Rattle and Roll’ escrito por Jesse Stone sob o pseudonimo de Charles Calhoun e gravado por Big Joe Turner fazer um sucesso estupendo com Bill Haley & the Comets e sete regravações dos sucessos dos Drifters como "Sh-Boom", "Honey Love" e "Such A Night".

Uma vez que adolescentes brancos passam a ter contato com rhythm & blues, não demorou muito para a curiosidade natural jovem atraí-los a conhecer as versões originais gravadas pelos artístas negros. Este fenômeno desencadeou as expectativas deste e outros selos que produzem música negra, a puderem cogitar vender para um público não somente negro. O público alvo passa a ser jovem, independente da cor da pele e o nome da música agora passa a ser rock and roll.

Atlantic passaria a lentamente investir em gravações em estéreo a partir de 1957, novamente sendo uma das primeiras a experimentar com a novidade tecnológica. No ano seguinte, Abramson vende a sua parte, calculada em $300.000 dólares. Com esse dinheiro, Herb Abramson fundaria o selo Triumph, continuando a produzir uma série de artistas, e pode ser lembrado por ter sido o compositor da canção “High Heelded Sneakers”, sucesso na voz de Tommy Tucker em 1964, que ele também produziu. Com sua saída Ahmet Ertegun se torna o novo presidente de Atlantic Records, dando início a uma mudança geral na organização estrutural da firma. O trio Jerry Wexler, Ahmet e Nesuhi Ertegun, compram as demais partes de Herb Abramson, Miriam B. Abramson, e Dr. Vahdi Sabit, tornando-se os donos.

Foi somente depois da invasão dos Beatles que Ahmet começou a investir em bandas de rock, atualizando assim a imagem do selo na mente do público. O primeiro artista deste novo gênero adotado pelo selo foi a dupla Sonny & Cher contratados em 1965, e que obtiveram um mega sucesso logo com o primeiro disco “I Got You Babe.”


Outros artistas seriam Bee Gees, The Young Rascals, Buffalo Springfield, Cream, King Crimson, Yes, e o mais lucrative de todos, Led Zeppelin. A década de setenta começou com a contratação dos Rolling Stones e de lá para cá vem um número infindável de nomes e atrações.

Bem estruturada, a Atlantic continua até os dias de hoje no mercado extremamente competivo que é a industria fonográfica. Um dos poucos selos independentes a sobreviver, tornou-se uma gravadora grande ao ser encorporada pela Kinney Corporation, que também era dona da Warner e que em 1971 compraria a Elektra, fundando assim a WEA Records; WEA significando Warner-Elektra-Atlantic. A Kinney permite que cada selo tenha sua diretoria própria, o que permitiu a Ahmet continuar a mandar dentro da Atlantic. Ele também passa a fazer parte de uma comitê dentro da WEA que analisa os resultados do setor fonográfico da empresa como um todo.

A Kinney Corporation mudaria de nome e é hoje a Time-Warner Communications, da qual Ahmet Ertegun se torna em 1996, co-presidente. Nesuhi Ertegun foi chefe da divisão internacional da Warner Records até aposentar em 1987. Ele faleceu dois anos depois, aos 71 anos. Com status de lenda viva na indústria fonográfica, Jerry Wexler se aposentou na década de noventa, se mudando e morando agora na Florida.

Jerry Wexler e Ahmet Ertegun foram nomeados para o Hall of Fame de Rock ‘n’ Roll em 1987, instituição que Ahmet Ertegun ajudou a criar. Nesuhi Ertegun foi nomeado para o mesmo Hall of Fame do Rock ‘n’ Roll em 1991.

Por trás das asas dos besouros





Há alguns anos atrás, me deparei com aquela notícia nos jornais, de uma tal banda britânica de uns tais irmãos Gallagher, do sucesso que estavam fazendo com o seu disco ‘What’s the Story? – Morning Glory’ e seu estrondoso êxito obtido com o single Wonderwall, e logo comecei a ler os primeiros arroubos de egocentrismo de Liam, se auto proclamando o “novo John Lennon” e comparando o Oasis aos Beatles de minuto em minuto. Fui conferir e - apesar de achar o som dos caras legal, pasmem! – aquilo não era igual a Beatles, não é e nunca será. Então, o que é que há? Sem querer soar muito redundante, apesar disso já haver sido levantado e perguntado por inúmeros outros críticos e curiosos: por que os garotos de Liverpool ainda são o parâmetro pelo qual se medem todas as outras bandas de pop e rock? Neste artigo, procurei responder a esta pergunta, analisando tudo o que contribui para isto – exceto o óbvio. Veremos que existem inúmeros fatores, não muito claros ou perceptíveis para muitas pessoas, e alguns marcados por incríveis suposições e fatos “obscuros”, que influíram sobremaneira no fato dos Beatles ainda carregarem esse cetro de “melhor banda” e “maior fenômeno musical do século XX”.

Recentemente, mais uma vez, o nome deles apareceu na mídia com grande alarde, como costuma acontecer, praticamente, uma vez por mês quase. Dessa vez, porque estiveram no centro das atenções os dois ex-integrantes tidos como os maiores responsáveis pela “magia” do grupo – John Lennon (in memoriam – pra valer!) e Paul McCartney – e a pretensa rivalidade que ambos nutriam um pelo outro, no momento da composição dos maiores clássicos do grupo, retumbou quase que de forma herética para muitos dos seus admiradores, especialmente aqueles mais chegados a Lennon, quando de repente, sem mais nem menos, deu na telha de McCartney, em seu último CD ao vivo – em que, obviamente, ele toca músicas dos Beatles – trocar a ordem natural dos nomes na maior parceria musical do século XX, e ao invés de colocar “Lennon-McCartney”, como normalmente vemos impresso em discos, revistas, cartazes etc., ele inverteu para “McCartney-Lennon”, sob a alegação de que algumas das composições realmente tiveram uma maior dedicação dele e tal, blá-blá-blá... Yoko Ono ficou de cabelo em pé, fãs chiaram, outros concordaram, mas a polêmica ainda vai longe.


Mas o interessante a se notar, em tudo isso, é: puxa, como os Beatles estão sempre em voga mesmo! É incrível! Qualquer coisa é motivo para, vez ou outra, voilá – lá estarem eles novamente nas páginas do noticiário internacional. Forçosamente, através de golpes publicitários? Definitivamente, não: uma pesquisa feita na década de 1980, por encomenda da EMI, constatou que, num momento em que nenhum produto novo da banda havia sido lançado, de 100% do lucro que se arrecadava naquele momento com o nome ‘Beatles’, 34% não estavam indo para ela – e isto é um sinal de que esta considerável fatia de mercado não estava sendo impulsionada por nenhuma campanha promocional da tradicional gravadora dos Beatles, mas estava sendo, simplesmente, gerada por um mercado paralelo e espontâneo: um mercado naturalmente saudosista e interessado (souvenirs, bugigangas, revistas dos Beatles...). Isto prova que os Beatles provocam fenômenos econômicos e sociológicos exatamente correspondentes àqueles que acontecem em decorrência dos grandes mitos e lendas que, pelo próprio peso imagético e cultural que carregam, possuem a própria e peculiar natureza de estarem sempre sob alguma forma de evidência – mesmo que não muito evidente, às vezes, mas sempre onipresente e implícita, quando são espécies de qualquer gênero (Picasso, para a pintura; Guevara, para a revolução; ou Woodstock, para qualquer evento contracultural ou pan-cultural de grande porte).

É exatamente assim com os Beatles em relação ao rock e à música pop, não é mesmo? E especialmente depois da verdadeira febre beatlemaníaca do final do século passado, que foi o projeto Anthology, seguido, dois anos depois, por mais um relançamento de hits remasterizados pela EMI (a coletânea One), e mais uma série de DVDs (a nova versão de A Hard Day’s Night), vídeos, souvenirs e bugigangas e etc., toda a sorte de produtos que remonta à verdadeira parafernália que o mercado da arte popular de consumo, que atinge as grandes massas, costuma despejar pelo globo terrestre). Enfim: os Beatles nasceram, existiram, se foram, permanecem, e sempre continuarão na moda. Invejável, não? E mesmo a ocorrência de fatos trágicos – como a estúpida morte de Lennon, assassinado em 1980, ou a mais recente perda (para a batalha contra o câncer, aliás) de George Harrison, em 2001 – gera ainda mais divulgação, mais interesse, mais promoção e bajulação em torno de um nome tão singular, tão simples e comum, que viria a soar como uma ode barulhenta a insetos tão mundanos – sim, se você não sabe ou não se lembra, beatles é besouros, com “a” no lugar do “e” normalmente dobrado no original em inglês (beetles).


Esta era uma das estórias preferidas do guitarrista, cantor e letrista John Winston Lennon, que ocupou a posição de líder da maior banda de todos os tempos até meados de 1967, quando sua supremacia no grupo começou a ser ameaçada tanto pela maior ocupação de espaço, nas decisões, pelo seu colega Paul McCartney, bem como pelo seu crescente interesse por duas paixões distintas: drogas e Yoko Ono. Mas voltemos ao que Lennon gostava de dizer. Em uma entrevista de rádio no início do sucesso do grupo, em 1963, Lennon começaria a divulgar a folclórica versão de que a decisão pelo nome “beatles” com um “a”, ao invés do “e”, teria se dado após uma visão que ele teve, em que um homem aparecia voando, “em uma torta flamejante. Então ele veio e disse: sejam ‘beatles’ com ‘a’. E assim foi feito”. Nada a ver com a versão oficial espalhada pelos biógrafos da banda – de que tudo havia sido um jogo de palavras, um trocadilho, feito por John e Stu Sutcliffe, ex-baixista do grupo, numa aposta entre ambos. A tal estória da “torta flamejante” entraria para a mitologia pop, e renderia uma bela homenagem de Paul, concedendo tal nome a um disco solo seu da década de 90 (Flaming Pie) – e, na verdade, esta brincadeira é uma das muitas estórias que ajudaram a tecer uma singular aura de misticismo em torno dos Beatles, como veremos logo adiante.

Antes que comecemos a discutir qualquer influência psicológica que os quatro príncipes de Liverpool estenderam sobre seus súditos, lembremo-nos de que há, acima de tudo isso, a música. De nada adiantaria, realmente, toda a imagem e a mitologia em volta da banda se realmente não tocassem bem, não fossem competentes e extremamente criativos, especialmente juntos – eram, como bem lembrou um crítico de arte certa feita, desses grupos em que a soma dos potenciais conjuntos é absurdamente maior do que o potencial individual de cada um – juntos, são magníficos, insuperáveis. Separados, podem ter seus momentos isolados de brilhantismo, mas se tornam comuns, apagados.


Mas o grande segredo mesmo por trás da incrível produção musical dos Beatles, que fascinou a humanidade no curto período de oito anos (de 1962 a 1970, enquanto existiram como a banda que todos conhecem), talvez seja a sua formidável versatilidade musical. Isto será sempre difícil de superar, se não impossível. Os Beatles foram destes fenômenos que aconteceram no momento certo, e no lugar certo. O próprio panorama cultural e musical que existia no início dos anos 60, na Inglaterra e nos EUA – pólos da grande produção cultural de massa, até hoje – privilegiou imensamente aqueles rapazes pobres de uma mediana cidade portuária do Reino Unido. Os EUA viviam um de seus momentos culturais mais críticos – exatamente aquele vazio deixado pelo fim do primeiro grande período áureo do rock and roll (a geração de Elvis, Chuck Berry, Little Richard etc.), demarcado pela trágica morte em um acidente de avião dos ícones Buddy Holly, Ritchie Valens e Big Bopper, e que tentava ser preenchido por várias formas de danças e ritmos impulsionados pela mídia, tentando capitalizar em cima de tal vão – twist, calypso, doo-woop etc. Da antiga rebeldia e originalidade do rock, mesmo, só se encontravam resquícios nas canções da nova geração folk que estava surgindo, gente como Joan Baez e Bob Dylan. Mesmo assim, as mudanças trazidas pelos novos tempos, com a conscientização política dos jovens, a sua discussão em torno do perigo das armas nucleares e da Guerra Fria, e a tensão que envolvia o mundo antes e depois do assassinato de John F. Kennedy – tudo isto exigia, na verdade, uma música mais dinâmica e que servisse como um comentário mais ágil desta sociedade em período de transformações e ebulição.


De repente, irrompem os Beatles na Inglaterra, trazendo de volta todas aquelas raízes sonoras e regurgitadas, cheias de inovações e misturas rítmicas – eles eram capazes de tocar até mesmo operetas em ritmo de rock com pitadas de rumba (“Besame Mucho”, presente no Live at BBC), ou mesmo bom e velho country & western (“I Forgot to Remember to Forget Her”, anteriormente gravada por Elvis e também presente em Live at BBC, ou a balada “I Don’t Want to Spoil the Party”, do álbum Beatles For Sale, de 1964). Esta ampla diversidade musical – como eu já disse, irrepetitível nos dias atuais – era fruto de um extenso background sonoro que os ouvidos de John, Paul, George e Ringo possuíam. Eles cresceram ouvindo de tudo – de Sarita Montiel a Roy Orbison, toda uma plêiade de artistas pop que vinham desde os tempos do pós-guerra - e podiam tocar de tudo, sempre revertendo para o ritmo que eles mais apreciavam – o rock and roll. Hoje em dia, se um grupo se arriscar a fazer isso, provavelmente vai ser chamado de pretensioso, ou alternativo demais, e não conseguirá fazer sucesso, pois o que existe hoje é o estabelecimento de nichos no mercado de música. Quem não pertence a uma tendência ou rótulo, não tem vez. O rock, como o conhecíamos, acabou, já era – como uma vez sabiamente disse Tom Petty. Esfacelou-se, multi-dividiu-se em um sem número de sub-gêneros, que hoje fica até difícil você tentar convencer um cara mais radical, que acha que Stratovarius ou Iron Maiden é que é rock, de que U2 e Radiohead também fazem rock. Como se vê, o tal do preconceito, um dos maiores inimigos do rock em seu surgimento, acabou tomando conta até do próprio, e é difundido pelos seus seguidores – preconceito este que não existia na época dos Beatles (sorte deles...).


Assim, podemos dizer que este ecletismo dos Beatles é um dos grandes motivos pelos quais ainda são tão ouvidos, admirados e comentados até hoje. Há de tudo para todos, como tão comumente se pode dizer: do pop desvairadamente romântico de McCartney (principalmente ele...), em “And I Love Her” ou “Til There Was You”, para os mais quarentões ou para os mais apaixonados; da batida rock minimal e adolescente de “Twist and Shout” ou “A Hard Day’s Night”, para os teenagers FM e molecadinha festeira em geral; do rock pesado vigoroso e intenso de “Revolution”, “Helter Skelter” ou “I Want You” (do disco Abbey Road), para os roqueiros mais radicais; e, ainda, até o experimentalismo sensorial de coisas como “Revolution n. 9”, “I Am the Walrus” ou “A Day in the Life”, faixas totalmente dentro do conceito artístico de desconstrução dos padrões, tão caro aos vanguardistas e admiradores de música conceitual. É fácil notar que ninguém, até hoje, conseguiu alcançar tantas áreas, invadir tantas praias, com tão admirável êxito e longevidade, e eis aí um dos principais motivos para o contínuo grande sucesso dos Beatles.

Mas, lembrando-nos de coisas como as citadas “Helter...” e “Revolution n. 9”, é inevitável, também, nos lembrarmos de um aspecto também marcante dos Beatles – este, bem menos alegre, e um tanto quanto macabro e sombrio. Nos lembramos de Charles Manson, o notório carniceiro hippie, o grande serial killer dos anos 60, que alegou, na época de seus famosos crimes, ter matado as suas vítimas todas sob a influência das músicas dos Beatles. Manson provou, de uma das maneiras mais feias e horrendas, que, onde residiam a popularidade e a histeria, moravam também a loucura e a paranóia.

Para quem não conhece direito a estória, ou não se lembra, vale mencionar que Manson era, em 1966, um aspirante a cantor e compositor medíocre, cujas canções de cunho deslavadamente pop e comercial (como pode-se comprovar por “Look at your Game, Girl”, uma composição sua regravada nos anos 90, pelos Guns N’ Roses) não conseguiram impressionar famosos produtores musicais de Los Angeles ou mesmo gente conhecida de Manson no meio artístico – como os Beach Boys. Entretanto, alguns deles, como Mike Love, se tornaram grandes amigos de Manson – ou, pelo menos, grandes discípulos de sua fala envolvente e enigmática, repleta de referências místicas à Bíblia e premonições fantásticas. Se Manson não tinha um talento nato para a música, pelo menos tinha para o visionarismo charlatão – aquele mesmo que faz a grana de gente como Walter Mercado e outros hoje em dia – e, notando isso, ele não tardou a tornar-se uma espécie de “guru” hippie do jetset californiano, tendo conseguido impressionar vários artistas e empresários da indústria do cinema e da música pop com sua conversa calma e seus gestos suaves. A delirante fauna pop dos anos 60 apenas o auxiliou em sua jornada: as festas promovidas por músicos e produtores endinheirados, nas quais Manson inevitavelmente comparecia, regadas a drogas alucinógenas e jovens fugidos de casa, sob o signo do libertarismo contracultural daquela época, forneceu ainda mais situações favoráveis a que Manson arregimentasse um grande rebanho de fiéis e seguidores de suas palavras anti-convencionais. Esta “seita” de Manson passou a ser chamada pelo próprio de “Crianças da Flor”, ou, em outras vezes, “A Família”, e a partir dali, o estrago que seria feito já estava muito próximo.


Manson relacionava, em suas alucinadas pregações, ouvidas em “cultos” em que rolava muito LSD e sexo, passagens explosivas da Bíblia – como a que se refere à grande batalha de Armagedon, do livro do Apocalipse – com versos de músicas dos Beatles. Desse modo, “Blackbird”, do Álbum Branco, se transformava, na atordoada mente de Manson, numa alegoria sobre uma grande guerra entre negros e brancos, que ocorreria justamente na batalha das batalhas: “You were only waiting for this moment to arise” (Você estava apenas esperando por esse momento para se levantar) seria um chamamento à guerra, feito aos negros por Paul McCartney, em código. Outra faixa do Álbum Branco, – tido como a transcrição musical da Bíblia em metáforas, segundo Manson – “Helter Skelter”, continha em seu título uma referência a desordem, confusão, numa gíria que estava sendo muito utilizada na Inglaterra, na época, para descrever passeios de montanha russa. Pois Manson referiu-se a esta helter skelter como a eclosão da grande guerra, e neste confronto todas as parcelas da sociedade iriam se enfrentar: negros contra brancos, jovens contra velhos, pais contra filhos, inconformistas contra toda a ordem estabelecida. As teorias sedutoras de Manson abarcavam várias vertentes, arrebatando todo e qualquer adolescente que tivesse um pouquinho de revolta na cabeça pronta a ser detonada.

Mas a demência de Manson não parava por aí. Várias outras faixas do Álbum Branco – como “Piggies” e “Revolution n. 9” – conteriam mensagens secretas que haviam sido decifradas pela família Manson, e o próprio, constatou-se depois, havia gastado mais de 200 dólares em fichas telefônicas, quando o Álbum Branco dos Beatles saiu, tentando ligar para os próprios em Londres, na desesperada tentativa de um contato pessoal. Invariavelmente, ele apenas conseguia deixar recados desconexos no escritório dos Beatles na Apple Corporation, a empresa que eles haviam fundado – “diga a John e Paul que eu entendi tudo, que eu já peguei toda a mensagem!”.

Quando a polícia inglesa verificou a existência de tais chamadas, o clã de Manson já havia cometido as duas chacinas que tristemente dividiram a era dos sonhos hippie em duas fases: a fase da utopia, da alegria e da exuberante tentativa de se acreditar em uma sociedade jovem melhor, e a fase negra do medo, do ódio e da perversão, da alucinação em massa gerada pelas drogas e pela loucura em mentes mais frágeis e despreparadas para viver neste novo tipo de “sociedade” imaginada pelos pensadores da contracultura. Foi em 1969, em dois dias que se seguiram, um após o outro, exatamente uma semana antes da realização do Festival de Woodstock, que celebrava a “paz e o amor” – no sábado, os Manson celebraram um banho de sangue na casa da atriz Sharon Tate, então casada com o cineasta Roman Polanski (que teria também morrido, caso não estivesse viajando para promover um filme). Eles mataram, com requintes de crueldade, Sharon e convidados seus, e espalharam o sangue das vítimas pelas paredes da casa, com ele escrevendo, justamente, os títulos das músicas dos Beatles, - “Piggies”, “Revolution”. – e também slogans fazendo referência ao Apocalipse segundo Manson – “pigs!”, “death to all the pigs”, “rise!” (porcos!, morte a todos os porcos!, levantem-se!) Detalhe: Sharon estava grávida.

No dia seguinte, um domingo, novo massacre: desta vez, na residência do casal LaBianca, também amigos de vários produtores musicais e de cinema de Los Angeles. Desta vez, os fanáticos deixaram escrita, na porta da geladeira da casa, também com o sangue das vítimas, a frase “helter skelter”.


Não é preciso dizer que os crimes deixaram os Beatles chocados, e que, se já havia algum tempo, eles andavam tentando se pronunciar politicamente sobre várias questões (desde 1966, John Lennon tentava falar para a imprensa algo sobre a Guerra do Vietnam, por exemplo, mas era impedido pelo empresário da banda, Brian Epstein), a partir dali, eles resolveram calar suas bocas, pressentindo que sua nefasta influência sobre mentes jovens mais distorcidas poderia provocar novos desastres, e tiveram muito de seu potencial criativo esgotado. Além de vários outros fatores, este desgaste emocional por se sentirem porta-vozes de uma geração dourada, que agora despertava para o medo de suas próprias neuroses, fez com que os Beatles logo se separassem, acuados pelas indagações de imprensa, jornalistas, TV – de tudo e de todos. Lennon, por exemplo, passou, a partir de então, em todas as suas novas músicas e declarações, a fazer uma apologia da paz interminável – como se pode notar por músicas como “Give Peace a Chance” e o grande hit “Imagine”; pelas campanhas pela paz promovidas por ele e Yoko em vários países. Talvez, tentando realmente expurgar, da melhor forma possível, todos os fantasmas da ambigüidade que os Beatles haviam gerado na cabeça de gente como Manson.


Na verdade, os Beatles não gerariam fantasmas ou ilusões sobrenaturais apenas na mente perturbada de Manson, mas o fariam também com grande parte da população mundial – um dos pontos a serem discutidos aqui é justamente sobre como uma certa “aura” de misticismo que permeia toda a trajetória dos Fab Four sempre veio a calhar como mais um dos motivos da grande fascinação que passaram a exercer no imaginário pop do século XX.

A tal estória do “homem na torta flamejante” citada por Lennon, no início da fama da banda, por exemplo, ilustra bem uma das grandes cismas que sempre deixaram encucados místicos e seitas fundamentalistas acerca do caráter sobrenatural na carreira da banda – para alguns, mais acentuado até mesmo que o da carreira do Led Zeppelin!

O fato é que circulam especulações sobre uma das várias excursões que a banda, em seu duro início de carreira, teria feito à Alemanha, quando ainda faziam cinco shows por noite, lutando para sobreviver de sua música e desenvolver seu estilo, e o acontecimento relatado por Lennon teria ocorrido nesta época, quando os Beatles se hospedaram em uma antiga mansão nas proximidades de Hamburgo, que passara a ser um albergue. O problema é que esta antiga casa, uma velha construção aos moldes vetustos do séc. XIX, haveria pertencido, segundo burburinhos locais, a um tal de Dr. Pepper (isso mesmo que você leu! – Dr. Pepper... algo a ver com o personagem criado anos depois pelos Beatles em um de seus mais célebres LPs, o Sgt. Pepper?). O pior de tudo: o tal Dr. Pepper, um médico de renome nos velhos tempos, teria sido um estudioso de ciências ocultas e magia negra, segundo muitos, havendo feito parte até mesmo da sociedade secreta desenvolvida e mantida, por muitos anos na Europa, pelo lendário Aleister Crowley – coincidência ou não, outra figurinha tarimbada no mundo sobrenatural, que teria um lugar de honra garantido... ehr... bem, justamente na capa do disco Sgt. Pepper’s Lonley Hearts Club Band.

Mas não pára por aí. Os boatos e suposições vão mais fundo e, para uma boa parte de gente que estuda essas relações assombrosas, o tal “homem na torta flamejante” que teria aparecido para Lennon, provavelmente embriagado de bebida e bolinhas em mais uma madrugada infernal, cansado daqueles shows vagabundos em Hamburgo e à espera de um sucesso com sua música que nunca vinha, seria o próprio Dr. Pepper, em uma aparição etérea, que vinha agora propor a Lennon um acordo irrecusável...

É a partir daí que surgiriam 90% das estórias sobre como os Beatles fizeram sucesso e subiram incrivelmente rápido nas paradas mundiais, encontrando as pessoas certas nos momentos certos (Brian Epstein, George Martin), escolhendo as músicas certas (a estória da insistência deles para lançarem “Please Please Me” já faz parte há muito da mitologia do rock), aparecendo nos locais certos nas horas certas, para enfim subir incrivelmente rápido nas paradas de sucesso e alcançar um sucesso mundial e um prestígio nunca antes experimentados por nenhum artista - lembre-se: na época de Elvis, anos 50, a divulgação em alta escala de sucessos do mercado fonográfico ainda não era tão desenvolvida quanto nos anos 60, e o nascente rock n’ roll ainda era tido, pura e simplesmente, como “som tribal” ou “música de rebelião”, ou seja, o preconceito era bem maior.


Teria sido este repentino êxito da banda alavancado, então, por um pacto de Lennon com o diabo naquele dia fatídico, como tantos acreditam haver ocorrido? Para muitos, todas as respostas partem daí: o próprio “coisa ruim” haveria sugerido o nome da banda, de sonoridade fácil e contagiante (Beatles também aludia a “beat” – batida, ritmo quente, uma mensagem chave para a juventude da época sobre o som do grupo). E com Lennon tendo vendido a sua alma ao demônio em troca do sucesso, tudo se explicaria:

1) A amplamente difundida “morte publicitária” de Paul McCartney em 1966 – quando um programa de rádio sensacionalista e alguns jornais e revistas passaram a divulgar a possibilidade de Paul estar morto e um sósia seu estar participando das gravações dos discos dos Beatles imitando-o: um “truque” sugerido pelo próprio Lennon, para apaziguar a sanha do diabo, que estaria cobrando uma vida em troca de sua parte cumprida no pacto. A partir daí, surgiriam todas as famosas pistas, pretensamente deixadas pelos Beatles nas capas de seus discos, de que o verdadeiro McCartney estaria morto.

2) Lennon dá aquela sua famosa e caótica declaração: “Os Beatles são mais famosos que Jesus Cristo”...

3) O cada vez mais crescente envolvimento de Lennon com as drogas no período beatle – fruto não só de uma grande infelicidade e isolamento pessoal em virtude dos problemas com a fama e o matrimônio imperfeito (seu casamento com Cinthia havia se dado por causa da gravidez dela), mas também, da grande neura que Lennon teria por causa do acordo “celebrado” anos antes, obcecado com a idéia do diabo vir buscar a sua recompensa a qualquer minuto! Por causa disso, Lennon teria passado quase um mês imerso na leitura do “Livro dos Mortos” tibetano, – ainda que sob o efeito extasiante de bolinhas e LSD – o que resultou, diretamente, na composição da clássica “Tomorrow Never Knows” (do álbum Revolver, 1966). O relacionamento com Yoko abrandaria, em parte, mas não resolveria totalmente este problema – o complicado envolvimento de Lennon com a heroína o levaria, por exemplo, a gravar a desesperada “Cold Turkey”, em 1969, e a tentar uma radical terapia de regressão com o Dr. Janov – a famosa “terapia do grito”, que tanto influenciou o primeiro disco solo de Lennon.

4) Para abrandar os seus fantasmas pessoais e, mais uma vez, tentar se acalmar de suas obsessões sombrias, Lennon entra de corpo e alma na onda do guru Maharischi, por influência de seu companheiro de banda George Harrison. Por conseqüência, irá arrastar o resto da banda e mais uma nau de amigos para a Índia, para as sessões de meditação do guru – onde terá aquela sua famosa decepção com o velhinho, mais interessado nas “vibrações” das belas garotas inglesas do que nas vibrações cósmicas.


5) Em inúmeras músicas, Lennon teria tentado deixar, nas entrelinhas, por meio de mensagens secretas e figuras de linguagem, repletas de duplo sentido, o seu desespero e medo por causa do tal pacto – mas nenhuma é tão clara e assustadora quanto a pesada “Yer Blues”, do Álbum Branco (“De manhã quero morrer / De noite quero morrer... Se não estou morto até agora / Garota, você sabe bem o porquê”). Seria, para muita gente que estuda a imagem de ocultismo ao redor dos Beatles, uma declaração de Lennon feita diretamente ao diabo. E quando este foi convidado, no final daquele ano de 1968, para gravar o especial de TV dos Rolling Stones Rock and Roll Circus, qual música ele escolheu para cantar? Abracadabra... justamente “Yer Blues”. Ali, por sinal, o clima satânico rolou alto – no documentário do especial de TV, lançado recentemente após muitos anos engavetado por Jagger e cia., está lá Lennon se sacolejando, alucinado, durante a performance dos Stones para, adivinhe... “Sympathy for the Devil”!


6) Em 1969, nova mensagem, clara e evidente, na composição “The Ballad of John and Yoko” – em que Lennon, inclusive, mostra dons premonitórios, prevendo sua morte! “The way things are going, they’re gonna crucify me” (Do jeito que as coisas vão indo, eles ainda vão me crucificar). Lembremo-nos que a morte de Lennon é até hoje vista, no subconsciente coletivo, como uma grande crucificação – o ato final de expurgação dos exageros do rock e de suas conseqüências trágicas em um momento de despertar, atentando a todos para o quanto a maldade poderia estar entremeada em seus corações sem se aperceberem disto. Ironia das ironias: e pensar que, como um moderno mártir da era pop, Lennon dissera que seriam (ele e os Beatles) “mais famosos que Cristo”...

7) Os macabros acontecimentos envolvendo Manson e os Beatles deixam o líder do grupo cada vez mais encucado – Manson seria, de fato, um “mensageiro do mal”, enviado para lembrar Lennon do quanto a música de sua banda estaria sob o domínio das forças das trevas.

8) Mais tarde, em sua carreira solo, várias outras pistas do suposto pacto de Lennon seriam deixadas: o seu envolvimento com política e a desesperada luta pela paz, justamente para abrandar a imagem alienada e negativa deixada pela música dos Beatles no caso Manson – vide canções como “Give Peace a Chance” e “Imagine”; também, os sintomas de possessão demoníaca na música “N. 9 Dream” (Ah Bouwakawa... pousse, pousse), diretamente relacionados com a obsessão de Lennon pelo número “9” – um número bem místico, justamente o “6” virado de cabeça para baixo, de “666”, o número da besta, de acordo com referências bíblicas. Por sinal, “9” também havia sido usado por Lennon no Álbum Branco, justamente em uma colagem de sons pra lá de sombria, “Revolution n. 9” - e, se para os conhecedores de bom rock, essa ligação mística não vale, o que dizer de Jimi Hendrix, outro alvo dos grupos fundamentalistas, ele próprio a denunciando em “If Six Was Nine” (Se o Seis Fosse Nove)?

9) Finalmente, em 1980, aconteceria o que todo mundo já sabe. O resgate da recompensa, enfim? Bem, a única certeza de que se tem é a de que foi num momento dos mais inesperados – afinal, finalmente Lennon estava em paz com a sua vida e a sua carreira artística. Finalmente livre das drogas, dos medos e do fantasma dos Beatles que cerceara o amadurecimento de sua arte durante um bom tempo, mostrava-se um cara extremamente articulado e tranqüilo, cuidando com leveza e desprendimento de sua vida pessoal (família, filhos) e musical (preparando-se para lançar uma grande coleção de novas canções com Yoko – divididas entre os álbuns Double Fantasy e Milk and Honey). Segundo os entendidos em assuntos de ocultismo, é em momentos extremamente inesperados como estes que as almas cedidas em pactos são buscadas...

Realmente, não adiantou nada o próprio Lennon ter desmentido aquela sua ambígua declaração sobre a torta flamejante – por causa disso tudo que foi dito aqui. Os fatos mostrados são, a bem da verdade, muito fortes para serem esquecidos ou desprezados. Podem, com toda a certeza, ser refutados – mas existem e estão aí. E não são invenção minha ou de qualquer outra pessoa – fazem parte, simplesmente, destas “lendas urbanas” e suposições que se desenvolveram ao longo de muitos anos, discutidas à exaustão por curiosos e fãs de música pop. Como eu já disse várias vezes no decorrer deste ensaio, fazem parte do imaginário pop, do inconsciente coletivo sobre a aura mística dos Beatles – aura esta que é, inclusive, atestada pelos próprios Beatles. Senão, por que cargas d’água o próprio Paul McCartney batizaria um dos seus melhores discos solo com tão sórdido nome, envolto em tantas especulações famosas ao redor do mundo inteiro? Como dizia o grande Raulzito, realmente, o rock parece ser filho do diabo...

Suposições ou não, verdades ou mentiras... não importa.


A música dos Beatles ainda continuará sendo, por um bom tempo ainda, acredito (possivelmente, enquanto este imenso globo azul sobre o qual estamos continuar girando sob sua órbita), o retrato perfeito de uma era, de toda uma geração, e mais do que isso: um painel denso e completo dos relacionamentos e tragédias humanas, com todas as suas neuras, alegrias, fúrias, medos, mistérios... justamente por conter um pouco de tudo isso – e aqui procuramos discorrer bastante sobre o panorama fantástico, de mistérios, em que está envolta – é que a música e a trajetória dos Beatles ainda fascina e fascinará a tantos. Mas, ainda conforme algo importante que eu mencionei já anteriormente: acima de tudo isso, esse painel firma-se, básica e simplesmente, em boa música. Simples, direta, eclética e bem tocada. Não fosse ela, nada disto tudo que mostramos aqui haveria. Parece que, por mais satânicos, degenerados, tolos, inconseqüentes ou lascivos que o rock e, por conseqüência, os instintos humanos possam ser, nada consegue, no final das contas, falar mais alto do que a idílica felicidade humana, este verdadeiro Éden pessoal que pode durar apenas alguns minutos, mas que valem por toda uma eternidade. E alguns minutos conseguidos em uma boa canção pop.

É boa música – simples, direta, eclética e bem tocada. Tocada com o coração. Música que fala por si mesma: música dos Beatles.

Por:Daniel

Discos Marcantes do Tangerine Dream








Tangerine Dream - Phaedra(1974)

Origem: Alemanha

Produtor: Edgar Froese

Formação Principal no Disco:
Edgar Froese – Christopher Franke – Peter Baumann

Estilo: Art Rock, Progressive Rock

Relacionados: Kraftwerk/Can/Soft Machine

Destaque: Phaedra

Melhor Posição na Billboard: 196o


Se você não curte New Age, culpe um sujeito chamado Edgar Froese, o feiticeiro por trás dos sintetizadores, clavinetas e moogs da mítica banda alemã Tangerine Dream. E culpe outro sujeito chamado Salvador Dalí. Pios foi pintor catalão e mestre do Surealismo quem fez a cabeça do músico a pónto dele abandonar os seus arremedos de folk rock sessentista e se tornar mais um dos agitadores culturais do começo dos anos 70 que decidiu misturar arte com música popular, a partir dos movimentos deflagrados pelo Krautrock, tão genial quanto hoje ligeiramente subestimado. Depois do encontro marcante com Dalí, Froese decidiu procurar na cena undergropund alemã outros músicos que estivessem sintonizados com a sua concepção estética em desembarfcar em mares nunca dantes navegados em matéria de viagens sonoras. Na sua formação mais singular (dentre tantas), Edgar, Steve Jolliffe, Klaus Schulze e Conrad Schnitzler fariam Phaedra, um marco da música eletrônica 7 no sentido de representar um passo a frente além do estilo entronizado pela escola do Krautrock, mais baseada no ritmo do que na reelaboração do rock progressivo e o space rock, contudo essencial e oniricamente instrumental. E um dos maiores êxitos comerciais do Tangerine Dream: profusões de sintetizadores emoldurados por evoluções de linhas de contrabaixo e guitarras mimetizando sons etéreos. Phaedra é uma longa improvisação emforma de concerto em quatro movimentos, cuja tônica reside num conúbio entre 'instrumentos' eletrônicos (como a utilização de osciladores para o registro de um tempo sonoro repetitivo como tape loops) e não-eletrônicos (a flauta de Peter Baumann, por exemplo).

Tangerine Dream






Tangerine Dream

Informação geral

Origem:Berlim

País:Alemanha

Gêneros:música eletrônica,krautrock,new age,rock progressivo

Período em atividade:1967 - atualmente


Tangerine Dream é uma banda alemã, formada em 1967 por Edgar Froese (tecladista, o único remanescente da formação original do grupo), considerada como um grande expoente do rock progressivo eletrônico, junto com o Kraftwerk.

A carreira da banda é divida em várias fases. A primeira iniciada em 1969 e terminada em 1973, marca uma sonoridade inspirada no Pink Floyd -fase Syd Barrett-, com várias intervenções de teclados, e efeitos sonoros, e próxima da cena progressiva alemã denominada Krautrock. Destaque para os discos Zeit (1972) duplo com uma proposta ousada de uma "sinfonia eletrônica espacial", e Atem (1973) que incluía elementos tribais em algumas faixas.

A segunda, entre 1974 a 1982,considerada por muitos a fase de ouro do grupo, marca uma guinada na sonoridade da banda, que mesmo ainda apostando em longas suítes, marca uma maior independência sonora, em que o grupo adquiria uma identidade própria, e uma maior, e melhor utilização de teclados, sintetizadores e efeitos sonoros e, em algumas faixas, uma proposta um pouco mais acessível, mesmo que ainda bastante experimental. Destaque para os discos Phaedra (considerado a obra-prima da banda, de 1974), Stratosfear (1976), Cyclone (o único com vocais, de 1978) e Force Majeure (1979).

Na década de 80 o Tangerine Dream gravou a trilha sonora para o filme Risky Bussiness (Negócio Arriscado, com Tom Cruise), conseguindo pela primeira vez uma boa repercussão fora do círculo de iniciados. É também deles a trilha sonora do seriado exibido no Brasil como Moto Laser.

A partir de 1983 o grupo começa a seguir numa linha mais comercial, mesmo que em alguns trabalhos ainda aposte em suítes; o grupo adquire uma sonoridade mais direta, por vezes pop. Destaque para os discos Hyperborea (1983), Optical Race (1988) e Mars Polaris (1999).

Uma característica do grupo, é a constante troca de formações entre os membros da banda, onde somente Froese (que também possui trabalhos a solo) se mantendo no grupo desde 1969. Outros ex-integrantes da banda, como Michael Hoening, Peter Baumman e Christopher Franke, tem carreiras solos que merecem citação.


Discografia

Álbuns de estúdio

* 1970 - Electronic Meditation
* 1971 - Alpha Centauri
* 1972 - Zeit
* 1973 - Atem
* 1973 - Green Desert
* 1974 - Phaedra
* 1975 - Rubycon
* 1976 - Stratosfear
* 1977 - Sorcere
* 1977 - Encore
* 1978 - Cyclone
* 1979 - Force Majeure
* 1980 - Quichotte
* 1980 - Tangram
* 1981 - Exit
* 1981 - Thief
* 1982 - White Eagle
* 1983 - Hyperborea
* 1985 - Le Parc
* 1985 - Dream Sequence
* 1986 - Underwater Sunlight
* 1987 - Tyger
* 1988 - Optical Race
* 1989 - Lily on the Beach
* 1989 - Miracle Mile
* 1990 - Melrose
* 1992 - Rockoon
* 1992 - Quinoa
* 1994 - Turn of the Tides
* 1995 - Tyranny of Beauty
* 1995 - Dream Mixes
* 1996 - Goblins Club
* 1997 - Ambient Monkeys
* 1997 - Tournado
* 1998 - The Hollywood Years Vol. 1
* 1998 - The Hollywood Years Vol. 2
* 1999 - Mars Polaris
* 1999 - Canyon Dreams
* 1999 - Rockoon
* 2000 - The Seven Letters From Tibet
* 2005 - Jeanne D'Arc
* 2005 - Phaedra 2005
* 2006 - Metaphor
* 2006 - Paradiso
* 2006 - Blue Dawn
* 2006 - Autumn in Hiroshima
* 2006 - Summer in Nagasaki
* 2006 - Springtime in Nagasaki
* 2007 - Madcap's Flaming Duty
* 2007 - Sleeping Watches Snoring In Silence
* 2007 - One Night in Space
* 2007 - One Times One
* 2007 - Tangines Scales
* 2008 - The Epsilon Journey
* 2008 - Fallen Angels
* 2008 - Das Romantische Opfer
* 2008 - Purple Diluvial
* 2008 - Views from a Red Train

Álbuns ao vivo

* 1975 - Ricochet
* 1977 - Encore
* 1980 - Quichotte
* 1982 - Logos - Live at the Dominium
* 1984 - Poland - The Warsaw Concert
* 1985 - Pergamon Live
* 1988 - Live Miles
* 1993 - 220 Volt Live
* 2006 - Tempodrome Live Concert
* 2007 - Orange Odyssey - The Eberswalde Concert
* 2007 - London Astoria Club Concert
* 2008 - Loreley - Live Open Air (Germany)


Hoje na história do Rock no mundo - 21/12




Beach Boys recebem três discos de ouro


[21/12/1966] Há 43 anos

Em um único dia, os Beach Boys recebem três discos de ouro. A honra foi concedida graças ao sucesso de vendas do single "Good Vibrations", que estava em primeiro lugar desde o início do mês, e dos álbuns "Little Deuce Coupe" e "Shut Down - Volume 2".


Crosby, Stills & Nash fazem o primeiro show


[21/12/1968] Há 41 anos

Após uma temporada de ensaios e composições, em Londres, e na casa de John Sebastian, em Long Island, nos Estados Unidos, o trio Crosby, Stills & Nash faz sua primeira apresentação pública. Pouco antes disso, Graham Nash ainda estava no Hollies, grupo do qual era integrante desde 1963.


Elvis Presley conhece o presidente Nixon


[21/12/1970] Há 39 anos

Hospedado em um hotel de Washington DC, sob o nome de Joe Burrows, Elvis Presley vai até a Casa Branca e encontra-se com o presidente dos Estados Unidos, Richard Nixon. Na ocasião, ele se ofereceu como voluntário na campanha nacional que o governo estava fazendo contra as drogas.


Eagles e Chicago fazem showmício

[21/12/1979] Há 30 anos

O Eagles, o Chicago e a cantora Linda Ronstadt participam de um show para ajudar a campanha presidencial do governador da Califórnia, Jerry Brown (futuro namorado de Ronstadt). Eles subiram ao palco do San Diego Sports Arena e depois fizeram outra apresentação similar no Addin Theater, em Las Vegas. Juntos, os dois shows renderam cerca de 450 mil dólares.


The Cure vira Cult Heroes


[21/12/1979] Há 30 anos

Após diversas mudanças na formação, o The Cure sai, temporariamente, de cena. O líder do grupo, Robert Smith, e o tecladista Lol Tolhurst lançaram a música "I'm a Cult Hero", usando a alcunha de Cult Heroes, e convocaram Simon Gallup e o vocalista Frank Bell para fazer alguns shows na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos. A banda principal de Smith voltou a ativa no ano seguinte.

Hoje na história do Rock Brasileiro - 21/12




- 1983: A Cor do Som lançou o disco As Quatro Cores do Amor. Os destaques são “Eu Sempre Quis Andar de Jeep”, “Lua Para Ti” e a faixa título. A formação da banda era Mú (teclados), Dadi (baixo), Gustavo (bateria), Victor Biglione (guitarra) e Ary Dias (percussão).

ATENÇÃO - 1989: Morreu o cantor e compositor gaúcho Joe Euthanázia, num acidente de carro em Porto Alegre (RS). Ele fez parte da banda de apoio de Ivan Lins e lançou dois discos em 1985 e 1989, além de um compacto em 1983 acompanhado por uma super banda composta por Lobão na bateria, Marcos Lessa (ex-Liverpool) na guitarra e Luiz Paulo Simas (ex-Vímana) nos teclados. Joe compôs músicas como “Me Leva Pra Casa” e “Tudo Pode Mudar” (Metrô) e “Mintchura” (Neusinha Brizola).


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