14 de dezembro de 2009

Neil Young: Heart Of Gold






Sinopse

Neil Young mostra que ainda é um dos maiores nomes do rock neste filme concerto feito logo após completar seu aclamado álbum Prairie Wind. O show sacudiu o Ryman Auditorium - o histórico palco do Nashville´s Grand Old Opry, agiatando a platéria com emocionantes apresentações de canções recentes e clássicas, como "The Painter", "Heart of Gold" e "Harvest Moon". Acompanhado por um grupo de artistas de primeira linha, incluindo sua esposa Pegi Young e a vocalista Emmylou Harris, Neil Young Triunfa!

Informações Técnicas

Título no Brasil: Neil Young: Heart Of Gold
Título Original: Neil Young: Heart Of Gold
País de Origem: EUA
Gênero: Documentário
Classificação etária: Livre
Tempo de Duração: 103 minutos
Ano de Lançamento: 2006
Site Oficial: http://www.heartofgoldmovie.com
Estúdio/Distrib.: Paramount Home Entertainment
Direção: Jonathan Demme

Elenco

Grant Boatwright .... Himself
Larry Cragg .... Himself
Anthony Crawford .... Himself
Chad Cromwell .... Himself
Diana DeWitt .... Herself
Clinton Gregory .... Himself
Emmylou Harris .... Herself
Karl T. Himmel .... Himself
Wayne Jackson .... Himself
Ben Keith .... Himself
Tom McGinley .... Himself
Spooner Oldham .... Himself
Gary W. Pigg .... Himself
Rick Rosas .... Himself
Jimmy Sharp .... Himself
Neil Young .... Himself
Pegi Young .... Herself

A História da New Wave Of British Heavy Metal





Como já é de conhecimento dos maníacos por heavy metal antigo, a década de 80 foi sem sombra de dúvida a mais prolífica em se tratando do surgimento de bandas de rock pesado. Muitas não conseguiram gravar sequer um álbum, lançaram apenas demos, mas mesmo assim ficaram em nossos corações rockeiros com muito orgulho.


Inúmeras bandas conseguiram lançar singles, outras álbuns completos e EP’s, muitos destes itens raríssimos e dificílimos de encontrar. Outras obtiveram mais sorte conseguindo bons contratos com grandes gravadoras, tendo assim a oportunidade de lançar muitos discos para deleite de nós, incomensuráveis fãs. E sem muitas delongas, tentarei explanar nas próximas humildes páginas este maravilhoso "boom" de heavy metal, a nomeada "New Wave Of British Heavy Metal".

Bem, obviamente tudo começou na Inglaterra (ótimas bandas também surgiram na década de 80 em outros países como Estados Unidos, Espanha, França, etc., mas vamos nos concentrar primeiramente no "berço", ou seja, nossa querida Inglaterra). Um crítico de uma revista inglesa musical da época batizou este levante metálico de "New Wave Of British Heavy Metal", uma sacada irônica para com a moda pop new wave em voga na época (vide B-52’s, Go-go’s, Devo, etc.). O punk também reinava com a explosão de 1977 com as bandas Sex Pistols, The Clash, Dead Kennedys, Exploited, etc. E na ocasião, quem gostava de heavy metal se encontrava órfão, pois até a malfadada disco-music assombrava a galera de então. Pois bem, quando tudo parecia perdido e muitos diziam que o heavy metal estava morto (na verdade estava só adormecido), eis que como uma autêntica fênix, nosso querido e amado metal renasce das cinzas. Para se ter uma idéia, os grandes monstros sagrados do rock pesado haviam terminado ou sofriam com as constantes trocas de componentes no fim da década de 70 e começo da de 80. Exemplos: O Led Zeppelin havia anunciado a sua dissolução devido à morte do batera John Bonham por causa de sua famosa ingestão de quarenta doses de vodka. O Deep Purple e o Black Sabbath tentavam dar a volta por cima após a saída de seus vocalistas, respectivamente Ian Gillan e Ozzy Osbourne. Na época entrariam para os postos o desconhecido David Coverdale para o Purple e nada mais nada menos do que Ronnie James Dio (ex-ELF e ex-Rainbow) para o Sabbath. Ian Gillan cantaria no Sabbath, antes de sua volta para o Purple, no ótimo álbum Born Again de 1983, surpreendendo a todos. Já outras bandas como Uriah Heep, Blue Oyster Cult, Grand Funk e Budgie, apesar de excelentes, não conseguiam mais segurar a onda.

Sendo assim, os verdadeiros amantes do heavy metal, cansados da mediocridade musical da época (vide pop, punk e disco-music), resolvem empunhar as guitarras como um brado e resgatar de uma vez a semente plantada pelos monstros sagrados. E o surgimento deste levante impulsionou o heavy metal de volta ao lugar que ele merece, ou seja o topo.

Analisaremos a seguir estas bandas, dando na medida do possível alguns toques a respeito dos principais integrantes, melhores discos (na minha opinião, é claro), faixas destacadas, etc., começando obviamente com as bandas que fazem parte de meu acervo discográfico. E não poderia deixar de começar pela melhor banda do movimento NWOBHM e melhor banda de heavy metal de todos os tempos (empatando pau a pau com o Black Sabbath). Estou falando do:




IRON MAIDEN - Quando se fala em metal pesado, ou apenas rock and roll de uma maneira geral, fala-se em Iron Maiden. Na minha humilde opinião o disco Piece Of Mind, o quarto de estúdio, sintetiza todo o rock pesado desde os primórdios até hoje em dia. Com certeza ele estaria incluído nos cinco discos que levaria até uma ilha deserta. Os outros quatro são... bem, por enquanto deixa pra lá. Pois é, quem é fã ou ao menos gosta de metal, concorda comigo. Lançado em 1983, no auge da NWOBHM, o Iron conseguiu algo que parecia impossível, pois este disco superou (volto a frisar... "em minha opinião") a obra-prima The Number Of The Beast lançado um ano antes. Piece Of Mind é um álbum coeso, forte, enigmático e maravilhoso. Começa arrebentando com a "esmaga-crânios" Where Eagles Dare e termina com a épica To Tame A Land. Sem falar de outras pedradas como Revelations, Flight of Icarus e The Trooper. A capa, as letras, o som e sobretudo o entrosamento perfeito de Bruce Dickinson (vocais), Steve Harris (baixo), Adrian Smith e Dave Murray (guitarras) e a estréia de Nicko Mcbrain (ex- Trust) substituindo o insubstituível Clive Burr na batera, nos levam ao delírio e a refletir como o heavy metal é grandioso e apaixonante. O Maiden aterrissou em terras tupiniquins nada mais nada menos do que quatro vezes e talvez faça uma quinta aparição no Rock In Rio 3 com a velha – nova formação (um sexteto, já que Janick Geers continua apesar da volta de Adrian Smith). Aguardamos ansiosamente esta nova vinda e pelo novo disco, o 12° álbum de estúdio. "Longa vida a Donzela de Ferro".



SAXON - Outra excelente banda, bem no estilo do Iron Maiden. O carisma de seu vocalista Biff Byford, dono de um timbre inconfundível, é digno de nota. Arrebatou muitos fãs ao redor do mundo e seu melhor disco, na minha humilde opinião, é Power and Glory (a faixa auto-intitulada é de arregaçar), apesar de que muitos apontem Crusader seu melhor disco, sem falar do potente ao vivo The Eagle Has Landed. Visitou-nos duas vezes e o show no Palace foi um dos melhores que já vi em minha vida; três horas de pura energia!! Atualmente Biff Byford luta na justiça contra ex-integrantes do Saxon que alegam ter direito sobre o nome. Estes ex-integrantes se apresentam atualmente com o singelo nome de Son of A Bitch, curiosamente o primeiro nome do Saxon.



DEF LEPPARD - Seus dois primeiros discos On Through The Night e High’N’Dry são muito bons, nos fazem relembrar de grandes bandas dos anos 70 como Thin Lizzy e UFO, mas depois amaciaram muito o som apelando para o comercialismo de FM’s. Uma pena, apesar de que seus álbuns subsequentes foram sucesso de venda. Conseguiram obviamente muitas fãs não muito adeptos do metal pesado, mas eu particularmente não aprovo isso. Os dois primeiros discos sintetizam a NWOBHM e só eles já valem para conhecer o Def Leppard. Duas notas tristes: a morte de um dos guitarristas por overdose e a perda de um braço do batera em um acidente.


GIRLSCHOLL - Uma banda formada apenas por mulheres, assim como as Runaways e no começo tiveram muito apoio do pessoal do Motörhead; saíram juntos em turnês, inclusive. Seu som era um heavy/rock bem básico, raivoso, com muita energia e com pitadas de... Motörhead (sintomático, não é?). Os discos Demolition e Hit And Run são a prova disso.





RAVEN - Uma das mais rápidas da NWOBHM. Seus três primeiros discos são irrepreensíveis e o duplo ao vivo Live at the inferno mostra toda a fúria deste power-trio do metal. Em determinado ponto da carreira quiseram amaciar seu poderoso som percebendo logo em seguida que isso era uma besteira. Os reais headbangers nunca aprovam que sua banda preferida se venda!!! Jamais!! Logo após dois pecados cometidos (Stay Hard e The Pack is Back – na verdade não eram tão ruins assim), voltaram com o razoável Life is a Bitch, conseguindo depois a redenção com o ótimo Nothing Exceeds Like Excess. Estão vendo? Boiolagem também tem cura.



TYGERS OF PAN TANG - Outra bandaça bem na linha de Thin Lizzy. Foi responsável pelo surgimento do guitarrista John Sykes que tocou no excelente disco Spellbound, o segundo da carreira do Tygers. Depois Sykes formaria o Blue Murder e participaria do próprio Thin Lizzy e do Whitesnake. Infelizmente a banda acabou prematuramente; tinha grande potencial, mas deixou-nos grandes legados como o dèbut Wild Cat e o já citado Spellbound. O vocalista original Jess Cox hoje é um dos diretores da grande gravadora inglesa Neat Records e responsável pelo relançamento de toda a discografia de sua ex-banda recheada de faixas bônus. Imperdível.



ANGEL WITCH - Uma das minhas preferidas. Sem dúvida uma das fiéis seguidoras do estilo do saudoso Black Sabbath, sobretudo na parte lírica. Seu primeiro disco auto-intitulado, antológico, traz a arrepiante faixa Angel of Death (nada a ver com a homônima do Slayer) e assim como muitas outras bandas acabou cedo (dizem que se reunirão novamente agora em 2000, esperamos que sim). Alguns de seus integrantes formariam o Tytan juntamente com ex-membros de outra lenda da NWOBHM, o A II Z. Esta última lançou seu dèbut ao vivo (The Witches of Berkeley), uma raridade. Sendo assim podemos afirmar que ouvir Angel Witch é uma experiência incomum e muitas bandas de death, thrash e black metal que surgiriam posteriormente citam Angel Witch como grande influência.



DIAMOND HEAD - Se possuíssem mais sorte fariam frente aos baluartes do heavy metal como Iron, Saxon e Cia., pois competência era o que não faltava. Simplesmente uma das melhores bandas da atualidade gravou "apenas" quatro covers do Diamond Head em seu disco Garage Inc. Que banda é essa? Ora... Metallica! Seu batera, Lars Ulrich, fanático pela NWOBHM, inclusive idealizou uma excelente coletânea dupla com suas bandas e músicas favoritas chamada NWOBHM’79 Revisited. Esta coletânea saiu pela gravadora Metal Blade. Sem dúvida, uma das maiores influências do Metallica foi Diamond Head que lançou no começo da carreira uma pequena obra-prima de nome Lightning to the Nations com pérolas como I Am Evil, The Prince e a erótica Suckying my Love. Seu vocalista era muito bom e a música uma mistura de agressividade com um som melódico sem ser contudo comercial. Tentaram uma volta com o disco Death and Progress com participação de Tony Iommi (guitarrista do Black Sabbath) e apesar do disco não ser ruim, ficou muito aquém das maravilhas dos anos 80.



JAGUAR - Esta é uma banda das mais esquisitas. Seu dèbut Power Games foi um dos melhores lançamentos metálicos da época; tenho a versão em vinil lançado pela Continental, vejam só. Este disco é uma maravilha, som rápido, vibrante, energético (parece propaganda de Gatorade), etc. Pois bem, tudo levava a crer que o segundo viria na mesma linha ou até melhor... pois é, viria... O segundo álbum This Time é uma verdadeira "merda", desculpem o palavreado. Lembro-me que quando comprei esta "coisa" e ouvi, pensei: "Não é possível, não pode ser o Jaguar... talvez uma outra banda com o mesmo nome". Qual nada! Para o meu desespero era a mesma banda . Quase quebrei o disco de raiva. Não é possível fazer um excepcional dèbut e depois "cometer" uma heresia logo após. Quiseram se vender e caíram do cavalo. Não conseguiram novos fãs e perderam os antigos. Mas o rock and roll têm muito disso infelizmente. Cogita-se uma possível volta do Jaguar, mas se for para lançar algo como This Time, que continuem no anonimato. Fiquemos com o magistral Power Games.



VENOM - Esta banda maldita, odiada por uns e amada por outros talvez não devesse estar englobada na NWOBHM e sim numa matéria de black metal, mas enfim... O nome de seu disco definitivo é, paradoxalmente, Black Metal, mas o som propriamente dito é um heavy/speed com temática pesada; digamos um encontro de Sabbath com Motörhead. Se tiverem a oportunidade, assistam o sensacional vídeo Ultimate Revenge onde tocam além do Venom, o Slayer e o Exodus. Um momento engraçado do vídeo é quando Cronos, vocalista e baixista, tenta quebrar seu baixo com a perna e quase quebra a própria perna! Mas podem falar o que quiserem, o Venom foi tido como uma aberração, ruindade mesmo, mas a verdade é que eles foram os principais influenciadores, juntamente com os suiços do Hellhammer (depois Celtic Frost) e o sueco Bathory de uma leva de bandas de black metal malditas que surgiriam nos anos 90. Junto com a banda americana Cirith Ungol foram tidos como as piores bandas de metal de todos os tempos, uma injustiça, apesar das palhaçadas de Cronos e dos vocais esganiçados de Tim Baker do Cirith Ungol, grupo este que nos dava um som extremamente trabalhado e devoto de Black Sabbath. Uma pena que os críticos acabaram com eles. Em tempo: Estamos falando de heavy inglês dos anos 80, mas apesar do Citith Ungol ser ianque vale destacar que os dois primeiros belíssimos discos – Frost and Fire e King of Dead – saíram no Brasil em vinil com as capas trocadas entre si. Há! E o terceiro – One Foot in Hell – é uma obra-prima. Fodam-se os críticos!!



QUARTZ - Seu primeiro disco foi produzido por nada mais nada menos do que Tony Iommi, sendo assim a sonoridade como era de esperar se assemelhava (um pouco) com o grande Black Sabbath (é incrível, mas se o Sabbath não existisse não apareceriam 70% das bandas de metal que hoje conhecemos). Mas assim como muitas outras não conseguiram uma melhor sorte apesar da boa musicalidade.





WITCHFINDER GENERAL - E dá-lhe mais Black Sabbath, para profundo agradecimento de nós, humildes fãs. Esta banda é extremamente cultuada e seus dois primeiros discos de estúdio são geniais. São eles: Death Penalty e Friends of hell. Itens dificílimos de encontrar em suas versões originais em vinil. Quem têm tem, quem não têm ... chora! E eu choro! Mas a gloriosa gravadora Heavy Metal Records num arremedo de sanidade genial lançou os dois discos em CD’s para a nossa felicidade antes que as cópias originais dos plays sumissem do mapa. O som é Sabbath puro misturado à sonoridade peculiar da NWOBHM. As capas também são chocantes, com os membros da banda vestidos de inquisitores prontos para degolar algumas bruxas. Se não estou enganado, algum membro do Witchfinder General está tocando, ou tocou, com a banda black metal Cradle of Filth.



TANK - Este "tanque" na verdadeira concepção da palavra foge um pouco das características da NWOBHM assim como o Venom, pois seu som é muito difícil de rotular. Digamos que seja uma mistura de punk, Motörhead (de novo) e heavy tradicional. Seus álbuns originais também são difíceis de encontrar (só importados), mas um disco auto-intitulado chegou a sair no Brasil em vinil, e eu logicamente tenho. Creio eu que o Tank é uma típica banda ame ou deixe. Fico com a primeira opção.



CHARIOT - Quando comecei a tomar gosto pelo heavy rock lá pelos idos de 1985/86, lembro-me que esta banda foi uma das primeiras a fazer parte de minha coleção. Na época a revista Rock Brigade e a loja Woodstock Discos lançaram dezenas de discos no Brasil e eu, hipnotizado pelo metal, comprava tudo que meu dinheirinho dava, sendo a banda ruim ou boa. Era também o começo da fase áurea do thrash com Metallica, Exodus, Anthrax, Dark Angel, Exciter e muitas outras. E o Chariot, bem longe do thrash e perto do típico heavy inglês, fez parte das minhas aquisições vinílicas. Seu dèbut The Warrior e o sucessor Burning Ambition se não possuem nada de extraordinário, rendem momentos agradabilíssimos aos ouvidos se você não exigir demais. É som honesto, competente, simples e com energia, ou seja, para quê um som mirabolante, cheio de efeitos especiais e solos virtuosos se isso nos chega aos ouvidos de um modo artificial? É só colocar simplicidade, honestidade e amor ao rock and roll que a nota dez estará garantida. E isso o Chariot sabe fazer muito bem.



TOKYO BLADE - Outro caso perdido, assim como o Jaguar. Seus dois primeiros discos são fantásticos, totalmente NWOBHM – Night of the Blade e Powergame (coincidência?) – mas perderam-se pelo caminho. Farofaram o som e se ferraram pois não seguiram o exemplo de seus conterrâneos do Iron Maiden que soube modernizar o som sem perder sua identidade. Pois é. Tentaram "deflepparizar" mas não obtiveram êxito. Bem feito.





SATAN - Acho que o único pecado que cometeram foi o nome da banda, pois satanismo e coisas afins nunca fizeram parte da temática do grupo. Acho que quiseram chamar a atenção, mas o que conseguiram foi muita resignação por parte das gravadoras que torceram o nariz para o nome da banda. Contudo, conseguiram gravar o primeiro disco pela Metal Blade que se tornou um dos melhores lançamentos da NWOBHM. O álbum intitulado Court in the Act (tenho o vinil importado original, he, he, he) é simplesmente fantástico. Som poderosíssimo, vibrante e cheio de heavy metal até a medula. Os vocais estupendos de Brian Ross (atual Blitzkrieg, outra grande banda da NWOBHM) se encaixaram perfeitamente fazendo com que Court in the Act se tornasse um clássico indispensável para os amantes da música pesada. Ainda com o nome de Satan lançaram o ótimo EP Suspended Sentence e o excelente LP Into the Future com outro vocalista (Brian Ross já havia puxado o carro) de nome... Michael Jackson (ops!!), mas não "aquele". Apesar da qualidade dos mesmos, não obtiveram altas vendagens por causa do nome da banda. Percebendo a mancada, muito tarde por sinal, mudaram o nome para Blind Fury e depois para Pariah, mas infelizmente, alguns bons discos depois, tudo acabou. Atualmente alguns ex-membros fazem parte da banda de heavy/gothic Sky Clad .



WITCHFYNDE - Banda obscura, mas bem legal e bastante criativa. Como muitos grupos que estamos estudando, lançaram discos por gravadoras pequenas, portanto difíceis de encontrar e se tornando verdadeiras raridades. Mas nossa amiga gravadora British Steel torna possível ouvir estas bandas pois costuma ter o salutar hábito de relançar estes velhos vinis em CD’s, sejam nas formas de coletânea ou em álbuns completos. O som do Witchfynde é bem britânico e muito bem feito, com certeza deveriam melhor sorte. Vale a pena conhecê-los pois suas músicas contém belíssimas passagens e harmonias cativantes com peso na medida certa.

BLADE RUNNER - Na linha de Judas Priest e Iron Maiden mas mais leve. Não tenho muitas notícias dessa banda, mas possuo o primeiro disco em vinil importado intitulado Hunted. È bacana mas sem muitas qualidades excepcionais. Realmente não é uma banda que mudará sua vida, mas suas músicas rendem bons momentos de entretenimento.



VARDIS - Como o Witchfynde, seus discos são itens de colecionador; lançaram o dèbut ao vivo(!), o aclamado 100HPM, e muitos EP’s durante sua curta carreira. Faziam um rock and roll mais básico, quase chegado num glam (gravaram covers de T. Rex, Rolling Stones e Hawkind), mas com mais ênfase no boogie. Seu vocalista/guitarrista, assim como Johnny Winter, é albino e o som é contagiante apesar de não extremamente metálico.



SAMSON - Outra banda que poderia fazer grande sucesso se seu vocalista não tivesse ido para o ... tchan, tchan, tchan ... Iron Maiden! Pois é, o nosso grande amigo Bruce Dickinson (ou Bruce Bruce como era conhecido) cantou no glorioso Samson no começo da carreira nos álbuns Head On e Shock Tactics, mas o convite para o Maiden foi irrecusável (sorte nossa). O Samson continuou com o ótimo Nicky Moore no lugar de Bruce, lançaram o bom disco Before the Storm mas não conseguiram o sucesso desejado. Nos anos 90 voltaram com o disco Refugee, mas infelizmente só haviam conseguido alguma glória nos tempos de Dickinson.



DEMON - Outro grupo muito cultuado no meio underground e seus dois primeiros discos chegaram a sair no Brasil em vinil. O nome, assim como o Satan, e as capas, nos levam a crer que o som é uma pauleira só. Ledo engano. Não é heavy metal na verdadeira concepção da palavra, mas um hard rock mais suave com letras pesadas.






GASKIN - Uma banda das mais envolventes, pois seu som mescla o puro heavy britânico com pitadas de hard rock e até progressivo, ou seja, não ficaram limitados somente à pauleira, tentaram novos horizontes mas não foram compreendidos pelos mais radicais apesar da incrível qualidade de sua música. Seus dois álbuns – End of the World e No Way Out – foram lançados em um CD pela gravadora British Steel (grande British Steel), portanto imperdível para os amantes da NWOBHM, já que o preço do CD está salgado. Leva-se dois pelo preço de um. Ótimo!!



SAVAGE - Juntamente com o Satan, podemos considerar o Savage como um dos grupos memoráveis da NWOBHM (no que se diz respeito às bandas que não conseguiram muito sucesso como Iron e Cia.) pois lançou um dos discos mais arrasadores da época: Loose ‘N Lethal. Um disco perfeito, forte, potente, incrível! O som da guitarra de Andy Dawson neste play está qualquer coisa de extraordinário, apesar do próprio Dawson afirmar que não sabia tocar direito. Ta aí! Música com o coração, sem virtuosismos à la Steve Vai e Yngwie Malmsteen. Não disseram que até Jimi Hendrix não sabia ler partituras? Para que tantas firulas? O heavy e o hard setentista eram feitos com paixão e o Savage (principalmente neste magistral disco) faz isso com atitude e acontece! Hoje inúmeras bandas fazem heavy com extrema competência, mas às vezes exageram com inúmeros teclados, bateria à velocidade da luz e vocais extremamentes melódicos e irritantes. Como frisei anteriormente, quando a música é feita de modo simples, ela sai mais honesta. Pois bem, o segundo álbum do Savage – Hyperactive – apesar de bem feito, não conseguiu o sucesso do antecessor, pois também pudera... Loose ‘N Lethal está muitos degraus acima. Atualmente eles estão com disco novo na praça – Babylon – tentando voltar à ativa novamente, já que até o Metallica deu uma forcinha gravando uma de suas músicas. Bem-vindo à estrada, Savage! Em tempo: Esta preciosidade que você observam aí em baixo (Loose ‘N Lethal) faz parte de meu acervo discográfico na versão original em vinil!!! Como sou feliz!



TYSONDOG - Assim como o Chariot, o Tysondog surgiu um pouco mais tarde (idos de 1985/86) junto com a leva de thrash metal; mesmo assim englobamos esta boa banda como NWOBHM. Lembro que comprei seu dèbut – Beware of the Dog – em vinil nacional lançado pela Woodstock discos. O som era legal, mas o batera era muito ruim... Deus me perdoe mas como era ruim (talvez fosse a produção, já que ela estava infelizmente a cargo de Cronos do Venom). Foi prontamente chutado, coitado, e no segundo álbum tocou outro batera, desta vez um pouco melhor. Fiquei sabendo, na época, que uma das músicas do Beware of the Dog (Dead Meet = carne morta) agredia gratuitamente o Iron Maiden e eu, indignado, quase detonei o vinil. Pensei melhor e passei-o para frente. Hoje, passados todos esses anos, foi lançado pela Rock Brigade Records os dois primeiros discos (o segundo chama-se Crimes of Insanity) em CD duplo pelo preço de simples. Bingo! Não poderia deixar passar e tenho de novo o malfadado Beware of the Dog. Hoje, sinto que era apenas inveja que sentiam do Iron Maiden, sendo assim perdôo o Tysondog.



BITCHES SIN - Outra banda obscura, mas tenho o vinil original importado, que seria seu dèbut: Predator, um bom disco mas com qualidade de gravação muito abaixo das expectativas. Mancada de nossa querida gravadora Heavy Metal Records. Chegaram a lançar o segundo álbum – Invaders – mas depois sumiriam do mapa. Aí está reproduzido a capa de um cassete-demo do Bitches Sin.




DESOLATION ANGELS - Também surgiu durante a explosão thrash de 1985/86 mas seu som não tem nada a ver com este movimento, muito pelo contrário. Seu primeiro petardo, auto-intitulado, era tipicamente NWOBHM com pitadas "sabatescas" ; saiu por uma gravadora independente, inclusive no Brasil... milagre! Infelizmente não conseguiram chegar sequer ao segundo disco, talvez engolidos por esta explosão thrash frisada anteriormente. Uma pena. A capa que vocês vêem a seguir é de um 7" de nome Valhalla.

Como vocês puderam observar, possuo pouquíssimos discos deste importante momento da história do rock. Creio que não chegue a 1% do total de bandas, pois como frisei anteriormente a grande maioria das bandas só lançaram singles, EP’s e compactos que estão nas mãos de colecionadores ou sumidos do mapa. Na medida do possível tento adquirir os LP’s importados (caríssimos), quando o dinheirinho dá e quando, obviamente, consigo localizá-los em sebos encravados no fim do mundo. Êta vício danado!!

Mas as pequenas gravadoras do exterior, pensando nos apaixonados pela NWOBHM, lançam estas importantes obras em formato CD quando é claro, conseguem as cópias originais dos discos. Muitos destes CD’s vem com qualidade modesta, outros remasterizados e com faixas bônus e outros contendo até dois álbuns em um só CD, sem falar das coletâneas, imperdíveis. Pois é, estas gravadoras estão de parabéns pois nem sempre todos os headbangers são ricos , muito pelo contrário (são ricos em cultura, salvo exceções), e nem sempre o retorno é grande pois somado o fato dos headbangers serem de camadas menos favorecidas da população, poucos iniciados gostam e conhecem a NWOBHM atualmente. Portanto estes CD’s tem pouca ou nenhuma saída em comparação com outros setores da música que vendem horrores. E os coitados dos rockeiros brasileiros ficam numa situação ainda pior pois todos estes CD’s são importados, portanto caros. E nem pense que estes discos sairão em versões nacionais pois nossas gravadoras estão mais interessadas em sertanejo, pagode, axé-music e outras aberrações. É incrível a medíocridade musical a que nós estamos submetidos atualmente; os consumidores deste tipo de música geralmente são pessoas limitadas intelectualmente e de gostos duvidosos. E depois afirmam que heavy metal é um lixo, anti-cultural, só barulho, etc. Certamente encontraremos bandas de metal imbecis e acéfalas, pois nem tudo é perfeito, mas o que dizer destes "grupelhos" de pagode que não dizem outra coisa a não ser "te amo", "te quero", "sou corno" (e é mesmo!), "que saudade", etc., e das "dançarinas" de axé que só balançam o rabo mas não sabem articular uma frase correta. Não sou o dono da verdade, nem tampouco livre de erros de todos os tipos, mas acho ultrajante assistir nossas crianças, que nem ao menos obtiveram maturidade suficiente para entender o que estão fazendo, dançar "coisas eróticas" como "dança da garrafa" e "dança da bundinha". E os pais acham isso o máximo! Este mundo está perdido...

Então congratulações às grandes gravadoras Neat Records, British Steel, Metal Blade, Heavy Metal Records, Axe Killer, etc., etc. e etc. que prestam um excelente serviço a nós, reais amantes da música!! Se não fosse por elas jamais conheceríamos todas estas bandas citadas acima (é claro, não citei as "majors" como a EMI, gravadora do Iron Maiden), nem tampouco as que irei citar agora. Vamos lá... Primeiramente citarei as que me vem à mente e depois, na medida do possível, indicarei os discos legais.



GRIM REAPER - Se tiverem a oportunidade comprem o CD 2 em 1 contendo os dois primeiros plays com os títulos See You in Hell e Fear No Evil. Foi lançada também uma coletânea, mas o melhor do Grim Reaper está mesmo nestes dois discos. (2 em 1 já comprado).





BLITZKRIEG - Banda do nosso lutador Brian Ross (ex-Satan e ex-Avenger), pois aos trancos e barrancos ele continua com o grupo na ativa até hoje. Houveram alguns hiatos durante a carreira, mas a perseverança deste incrível vocalista somada à ajuda da brilhante gravadora Neat Records eles estão com disco novo na praça: The Mists of Avalon. Mas o clássico do Blitzkrieg continua sendo seu dèbut A Time of Changes lançado no auge da NWOBHM.



A II Z - Como citado anteriormente seu primeiro álbum, e que seria o único, foi gravado ao vivo e se tornou uma raridade. Gary Owens, seu guitarrista, formaria mais tarde o Tytan com ex-integrantes do saudoso Angel Witch.






FASTWAY - Muitos setores da mídia colocam o Fastway como apenas uma banda de hard rock mas outros a englobam como sendo da NWOBHM. Que fique bem claro que nem todas as bandas surgidas no período deveriam estar numa matéria de NWOBHM, senão deveríamos colocar por exemplo o Whitesnake e o Wild Horses (grupo de Brian Robertson ex- Thin Lizzy) nesta categoria, pois são duas bandas surgidas no fim da década de 70 e começo da de 80 na Inglaterra, mas enfim... sigo fontes mais fidedignas e que, no caso, colocam o bom Fastway como integrante da "New Wave Of..." Bem, sem mais enrolações esta banda foi surgida depois que o guitarrista Fast "Eddie" Clark foi chutado do Motörhead. Clark chamou o ex-UFO Pete Way (que não chegou a gravar sequer o primeiro álbum pois Way formaria o malfadado Waysted) para o baixo e o excelente batera Jerry Shirley ex-Humble Pie. Pois bem, juntamente com o vocalista Dave King (quem?) gravam o dèbut, excelente por sinal, chamado simplesmente Fastway numa linha mais Cream e Led Zeppelin. Lançam um segundo disco, mas crises internas dissolvem esta boa banda que prometia muito mas que durou pouco, infelizmente.



AVENGER - Banda capitaneada por quem...? Brian Ross, nosso herói da NWOBHM, apesar de que os dois LP’s de estúdio – Blood Sports e Killer Elite (recentemente adquirido o vinil importado) – serem cantados por outros vocalistas. O som é tipicamente inglês mas com alguma influência do thrash, já que o som era extremamente poderoso. O baixista, Mick Moore, também é co-fundador do Avenger, que possui um homônimo alemão (mais tarde este passaria a se chamar Rage) de speed/thrash. Na contra-capa do Killer Elite pode-se ler uma frase em uma típica ironia inglesa: "Beware with the Germany imitations".



TYTAN - Outra grande banda que, apesar dos músicos excelentes, não obteve sucesso. Conseguiram lançar o primeiro álbum – Rough Justice – depois de muito tempo "guardado na gaveta" pois na ocasião do lançamento a gravadora faliu. Perseverante, o trio composto por ex-integrantes do Angel Witch e A II Z, conseguiram um contrato com outra gravadora que lançou o disco, mas numa época em que o grande público do metal começava a se interessar por thrash; consequentemente este ótimo disco não teve a atenção que merecia pois continha um metal clássico, sem firulas e com grandes canções. Contudo, parece-me que o Tytan foi reformulado e que lançou um novo álbum na praça. Esperemos para constatar se o vocalista ainda continua com seu vozeirão à la Ronnie James Dio.



ELIXIR: Seu disco "The Son of Odin", que você observa representado aqui, é simplesmente matador, excelente! Uma obra-prima! Estava a muito tempo atrás do disco em vinil importado, mas neca de encontrar. Claro, você até o encontra nas importadoras através de consultas a muitos sites que vendem LPs, mas a hora que vê o preço, hummm... quase caí pra trás, como nos preços da maioria de todos os outros discos. É meu filho, tá pensando que ser um rockeiro colecionador é fácil? Haja bufunfa! Pois então, quando estava quase desistindo, conheci alguns camaradas que possuíam esta preciosidade, pois para nosso delírio o play foi relançado em CD pela gravadora "Cult Metal Classics" e o que é melhor, com 3 faixas bônus sendo uma delas ao vivo! Consegui, portanto, a gravação do "The Son of Odin". O som é fantástico, total heavy tradicional e tipicamente britânico. Bem, o ELIXIR deu uma parada e voltou em 1989 lançando o play "Lethal Poison" com, curiosamente, Clive Burr na batera. Pra quem não sabe, ex baterista do IRON MAIDEN e hoje sofrendo de esclerose múltipla, infelizmente. Contudo, "Lethal Poison" não conseguiu a magnitude do "The Son of Odin", fazendo com que encerrarem atividades. Mas, ótima notícia, em 2002 parece-me que lançaram um novo play: "The Idol". Quem conhecer ou tiver, por favor, avise-me!!



CHATEAUX: Excepcional power trio. Seu poderoso som pode ser melhor analisado no disco "Fire Power" e principalmente no disco "Highly Strung". Heavy metal de primeira, saindo um pouco do tradicional da época, já que nestes dois plays o som é mais rápido, numa corrente, digamos, "RAVENiana". O début em LP - "Chained and Desperate" - possui aquela batida mais cadenciada, nem por isso devemos rejeitar, pelo contrário, este disco é ótimo, mas não devemos compará-lo com os posteriores. Os três são altamente recomendáveis!!



MORE: Já ouviram falar do vocalista Paul Mario Day? Não? Pois é, confesso que sou fã incondicional do IRON MAIDEN, tenho todos os discos, li sobre a maioria dos ex-integrantes, etc., mas não sabia que nosso amigo havia participado do MAIDEN bem no comecinho da carreira, pelos idos de 1976. Faz tempo, não? Depois ele entrou para o MORE cantando no primeiro álbum, "Warhead", cuja capa representamos aqui. Saiu fora e entrou para o WILDFIRE, outra banda da NWOBHM. Voltando ao MORE: Também é uma banda dificílima de se encontrar, não sei se saiu algo em CD, mas consegui o segundo play - "Blood and Thunder" - encravado na loja de um camarada no meio de outros discos. Foi um achado! Sobre este disco posso assegurar que é excepcional, mesmo sem o bom Mario Day nos vocais. Quem segura o microfone neste disco é Mick Stratton. O som é contagiante, variando do mais puro metal à passagens mais hard, quase setentistas, com riffs bem na linha de SAXON (repare na música "Killer On The Prowl" que abre o disco). Há, não ligue para a capa e a contra capa deste disco, o som é que vale!



DRAGSTER: Conseguir um disco desta banda foi um custo, pois não tinham nada lançado (LP, EP ou Mini LP), exceto um single de 1981, intitulado "Ambitions". Pois não é que vim a saber que lançaram um "Best of" em CD?? Best of do quê?? Bom, comprei o CD e não me arrependi pois o som é muito legal e bem tradicional. Lógico, colocaram músicas do tempo das demos, regravações e covers, mas nada que desabone o produto final, já que como bom curtidor de NWOBHM, temos que ouvir para poder comentar, certo ou errado?



WHITE SPIRIT: Meu amigo, minha amiga, esta banda você deve conhecer já! Nos áureos tempos dos anos 80, o WHITE SPIRIT abria, nos shows, para a banda solo de Ian Gillan, ex-DEEP PURPLE, à época. Com certeza, Gillan, que não é bobo nem nada, deslumbrou-se com o guitarrista branquelo do WHITE SPIRIT, um tal de Janick Gers. Há! Já ouviu falar, né? Pois é, a proposta para Gers ingressar na IAN GILLAN BAND foi irrecusável, fazendo com que o WHITE SPIRIT encerrasse atividades. Antes, porém, o grupo lançaria uma obra-prima que leva o próprio nome da banda. O disco é maravilhoso e mágico! Não é heavy metal pesado na verdadeira concepção da palavra, mas um heavy rock bem parecido com o DEEP PURPLE. Ouça a bela faixa épica "Fool for the Gods" e comprove. Atualmente Janick Gers, que também não é bobo nem nada, está no IRON MAIDEN. Uma curiosidade, ouça o riff da faixa de abertura do disco do WHITE SPIRIT, "Midnight Chaser" (originalmente gravada para o single "Midnight Chaser") e compare com uma música do IRON MAIDEN, que não vou dizer aqui (descubra, hehe...), e perceba a "coincidência". O riff também é muito parecido com a introdução de "Flash Rocking' Man" do álbum "Restless and Wild" do ACCEPT. Estas "homenagens"...



EZY MEAT: Não é só nome que é esquisito, o som também. Na verdade a banda é norte irlandesa, mas como em muitas discografias catalogam-na como fazendo parte da NWOBHM, vamos nessa! Ainda mais que consegui o CD com 6 faixas-bônus (!!) do álbum "Not for Wimps". Bem, são três caras que fazem um som que não aceita rótulos, pois além de passagens altamente metalizadas, encontramos pinceladas hard aqui e ali, um pouco de "garagem" e sons que lembram até MOTORHEAD!! É só escutar a música "Get'Em Off" para comprovar. O riff é bem parecido com "No Class" do MOTORHEAD. Enfim, é um disco que pode agradar a todos e ao mesmo a ninguém, ou seja, 8 ou 80! Mas como sou eclético, o CD está lá na prateleira ao alcance da minha mão!!



CLOVEN HOOF: Sensacional, este é heavy metal de primeira linha, forte, poderoso e com belas passagens e harmonia. Fiz questão de conseguir toda a discografia, apesar da dificuldade, mas valeu muito a pena. Todos os discos são excelentes e altamente recomendáveis, desde o compacto independente "Opening Ritual" até o álbum de 1989 "A Sultan's Ramson". O legal é que foi lançado em CD, versão 2 em 1, o álbum "Cloven Hoof" juntamente com o compacto, pela gravadora "Reborn Classics". Aliás, esta gravadora está de parabéns pois sempre coloca no mercado Cds com bônus-tracks raros, dois discos em 1 e o que é mais legal, às vezes lança discos de bandas diferentes no mesmo CD. Muito louco!! Voltando ao CLOVEN HOOF: em seu som você encontra elementos "maidenianos" e "sabáticos"; inclusive a temática também é sobre o oculto, vide o álbum auto-intitulado com uma capa pra lá de sombria. Última notícia: agora em 2003 parece-me que vai sair do forno um novo disco chamado "Absolute Power... Corrupts Absolutely". Vamos aguardar para conferir se o som continua maravilhoso como nos anos 80. Não perca!!



ARAGORN: Não confundir com vários homônimos por aí como os alemães e o americano! Este é o inglês, autêntico heavy britânico, puro e genuíno, pena que lançaram apenas um single e uma demo. Mas que single, mama mia!!!! Duas faixas arrasadoras e só a faixa "Black Ice" (que leva o nome do single) já vale por um LP inteiro. A introdução da guitarra é qualquer coisa de terrível - no bom sentido - pois parece que vai começar um thrash daqueles, e olhe que o single é de 1981!! Daí o som vira um heavy mágico com os vocais quase que psicodélicos!! E você me pergunta: "mas como você conseguiu esta pequena pérola de duas faixas"? Não consegui. Descobri a banda em uma coletânea da excepcional gravadora "NEAT RECORDS". Ela lançou 3 Cds duplos para a edição de aniversário e quem ganhou presente fomos nós, leais headbangers!! Nos Cds encontramos, além do ARAGORN no volume 1 da "The Neat Records Singles Collection", outras bandas seminais da NWOBHM com faixas raras, de demos, etc. como TYGERS OF PAN TANG, RAW DEAL, CRUCIFIXION, FIST, VALHALLA, etc. E mais: está para sair um "The Anthology" do ARAGORN, só não sei quantas músicas aparecerão, hehe. Imperdível!!



CHINATOWN: Esqueça o visual dos caras, bem no estilo "glam" mesmo, pelo menos na capa do único LP da banda, "Play it to Death". O som é legal, nada de extraordinário, mas com belas passagens. A única coisa que enjoa um pouco é o vocal meio "bichesco" de Steve Pragnell. Contudo dá pra ouvir numa boa se você, claro, não for radical. Ainda mais porque o disco foi relançado pela gravadora "Vinyl Tap" recheado de bônus, live, etc. Já o LP tornou-se raridade e custa uma fábula. Se você o tiver, cuide-o muito bem!!



BATTLEAXE: É, meu caro amigo... se você chegou até aqui é porquê têm paciência em ler estas mal traçadas linhas e, principalmente, porquê têm o verdadeiro sangue metálico correndo em suas veias, parabéns! E parabéns também porquê vai ter a oportunidade de conhecer a respeito de uma das bandas mais envolventes que já tive oportunidade de escutar, BATTLEAXE!! (não confundir com o homônimo americano) Heavy metal puro, autêntico, sem firulas e nheco-nheco. Um direto! Porrada na orelha! Claro, não teremos aqui um metal ultra rápido com bateria bate estaca, baixo estridente e guitarras à velocidade da luz. Teremos "apenas" o heavy tradicional feito com paixão e competência, numa época em que os instrumentistas não estavam preocupados em atingir a cifra de um milhão de discos vendidos ou de esmerilhar a guitarra até o talo. Não estavam preocupados em aparecer ou fazer caras e bocas na frente das câmaras; estavam preocupados apenas em produzir a música mais vibrante do planeta, o metal pesado! E que peso! Caro amigo, os dois LPs da banda, "Burn This Town" de 1983 e "Power from the Universe" de 1984 foram realizados no finzinho da NWOBHM, mas com entusiasmo, você sente isso em cada acorde e em cada batida. E o bacana é que, como frisei, não há qualquer espécie de efeito mirabolante no som, muito pelo contrário, o som é toscão, rude e agressivo, essencialmente no primeiro disco. E é exatamente por isso que nós gostamos!! Então delire com pérolas metálicas lapidadas como "Ready to Deliver", "Burn This Town", Star Maker", "Hands Off" do dèbut e a sensacional "Fortune Lady" do álbum "Power from the Universe" onde vemos na capa nossos amigos da banda alcançando a Luz! Sobre a faixa "Fortune Lady" o que posso dizer? Acho que a melhor comparação seria a um "orgasmo", pois ela começa devagar, cadenciada, com um baixão marcante seguido de guitarras vibrantes e um ótimo vocal para depois explodir em um milhão de quilowatts num clímax estonteante que você quer que nunca, nunca, nunca acabe...



HERITAGE: Banda também de apenas um single e um LP lançados. O LP chama-se "Remorse Code" (belo trocadilho, não?) e também extremamente raro. Mas para para nossa sorte foi relançado em CD pela gravadora "British Steel" com duas faixas bônus, tirados do single. Contudo, tive que ouvir o disco algumas vezes para avaliar bem a proposta do HERITAGE, pois apesar de alguns momentos bem energéticos, o play prima mais por um som mais, digamos, "suave", chegando a não emplacar caso queiramos heavy metal de primeira. Não recomendado, portanto, aos mais "radicais". Quanto aos aficcionados da NWOBHM é item obrigatório, sim senhor!



SOLDIER: Assim como o ARAGORN, não chegou a lançar um LP, infelizmente, mas o que temos gravado é de primeiríssima qualidade! Existe até um cassete-demo com 8 (!) faixas intitulado "Live Forces", um EP ao vivo (!) e um single com as músicas "Sheralee" e "Force"; estas duas faixas aparecem na excelente coletânea "NWOBHM - Rarities Metal Volume 3" onde além do SOLDIER temos TWISTED ACE, DENIGH, STATIC, SEVENTH SON, etc. A sonzeira do SOLDIER é extremamente bem trabalhada com belíssimas passagens, heavy metal pra nenhum botar defeito. E mais: Agora em 2003 a banda vai lançar um EP de 4 faixas intitulado "Infantrycide"! É esperar pra ouvir!!



MYTHRA: Banda surgida bem no começo da NWOBHM com o EP "Death and Destiny" (1979) e, como era de se esperar, com aquele sonzão típico da época, ou seja, metal seco, direto e sem frescuras. E para nosso delírio, foi relançado em 1998 o CD com o mesmo nome deste EP com todas as faixas deste, mais outras 9 outras pérolas. E visitando a página oficial da banda conseguimos ter uma idéia do quão indispensável é o som do MYTHRA, vide suas influências destacadas na página: THIN LIZZY, UFO, SABBATH, HUMBLE PIE, ou seja, a quintessência das maravilhas metálicas. Lembram-se da música "Breadfan" do grande BUDGIE, que inclusive foi regravada pelo METALLICA? Pois é, ouçam a música "Killer" do MYTHRA e confiram as "influências" nos riffs da introdução. Então, quando temos a oportunidade de ouvir uma banda que, infelizmente, não conseguiu sair do ostracismo, temos que venerar a raça daqueles que crêem no autêntico heavy metal e o resgate, que estas bandas dos anos 80 conseguem, do mais puro heavy rock setentista. Parabéns, MYTHRA! Em tempo: Está saindo, ou já saiu (tenho que correr atrás!), o novíssimo petardo da banda, intitulado: "The Darkener"! Há, e com uma belíssima capa a qual vocês conferem aqui!



SPARTAN WARRIOR: Espetacular! Maravilhoso! São adjetivos bem colocados para referirmos a esta banda surgida no finzinho da NWOBHM. Claro, quando coloca-se o disco pra tocar (tenho o primeiro, "Steel N' Chains") cheiramos um certo ar de SAXON no ar. E isso é ótimo, não? Então o que temos? Sim, um brilhante heavy metal! Bem dosado, com riffs e solos contagiantes, bateria segura, baixo marcante e momentos épicos. Nada de velocidade de Ferrari, apenas e tão somente nosso bom e amado metal pesado. O segundo foi lançado em 1984 (auto-intitulado) e também é muito bom. Confira o som destes "guerreiros espartanos", você não vai se decepcionar!



E.F. BAND: Será um disco perdido do BLACK SABBATH? Ou seria um do ANGEL WITCH, ou PENTAGRAM ou mesmo do WITCHFINDER GENERAL? Que nada, meus amigos... é E.F. BAND!! Sabe, quando escuto o play deles de 1981, ou seja, do auge da NWOBHM chamado "Last Laugh Is On You" sinto orgulho de gostar do autêntico heavy metal. Este disco é extraordinário, verdadeiro "divisor de águas" do hard setentista e do heavy mais pesado como o thrash e o speed. Lógico, não teremos aqui velocidade extrema, mas não há como duvidar que todas as bandas da explosão thrash da metade até o fim dos anos 80, beberam na fonte das bandas mais antigas dos anos 80. Putz, escute o carro-chefe deste disco, ou seja, a faixa título que abre o disco e confira a rapidez, o forte refrão e a harmonia desta música! E como não poderia deixar de ser, o play fecha com a enigmática e "sabbática" "Anything For You", um épico que começa acústico e termina com um trovão de decibéis para orgulho de nossos corações rockeiros! Esta banda, apesar de sueca, faz parte da NWOBHM pois ingleses integravam-na, inclusive Dave Dufort (batera) que depois ingressaria no ANGEL WITCH e no TYTAN. Curiosidade: nosso amigo é irmão de Denise Dufort das GIRLSCHOOL'S. É isso aí, família rockeira unida...


TRESPASS: Outra banda muito boa da safra oitentista britânica. E o mais legal é que apesar de não possuir um LP (apenas singles e uma demo), foi lançado no mercado dois Cds ("The Works 1" e "The Works 2" - compilações) recheados de músicas, ou seja, de todos estes singles e a demo, mais inéditas, sendo que a música mais famosa "One Of These Days" encontra-se nos dois CDs. Vale a pena conferir o som dos caras, principalmente porque temos agora a oportunidade de adquirir as compilações citadas, pois os singles originais são raríssimos. Curiosidade: Existe uma música do TRESPASS intitulada "Ace of Spades"; fui direto a ela quando fui escutar o disco pensando a mesma coisa que você agora. Mas foi alarme falso, não era mais uma das covers "motorhedianas", hehe...



DARK STAR: E para completar esta segunda parte da "História da New Wave of British Heavy Metal" deixei esta banda para o fim de modo sintomático, ou seja, para fechar mesmo com chave de ouro. DARK STAR, uma estrela da constelação metálica que, apesar de sua brevidade deixou seu legado, principalmente no disco auto-intitulado de 1981. 'Heavy metal & heavy rock' aqui é a lei suprema e pudera todas as bandas conseguirem seguir seu exemplo. Som forte, altamente metalizado, com peso e harmonia nas medidas certas. O play conta com "Lady of Mars", a mais conhecida. Contudo, todas as outras devem ser guardadas para a posteridade. Um disco que serve de exemplo, como citei, de como o heavy metal era feito de modo apaixonante por aqueles que se propunham a serem os representantes da continuação da saga do verdadeiro 'heavy and rock' gerada pelos monstros sagrados de outrora. Completamente imperdível! Em tempo: O disco foi relançado em CD, no Japão, com 6 faixas-bônus!

Bem, pessoal, como diria a turma do Pernalonga, por enquanto é só. Mas eu disse, "por enquanto". Como vocês, antes de tudo sou um amante do heavy metal em todas as suas vertentes, principalmente da NWOBHM e de todo o metal oitentista obscuro, além do hard 70. Também adoro o "thrash/speed" de bandas "das antigas" como DARK ANGEL, EXCITER, EXODUS, DAMIEN THORNE, ARTILLERY, IRON ANGEL, DESTRUCTION, WHIPLASH, OVERKILL, etc, etc e mais etcs... bandas estas que também dariam formato a mais matérias sobre o universo metálico antigo. Mas, acredito, existem antes ainda dezenas de bandas da NWOBHM a serem resenhadas e resgatadas, de modo que ainda continuo atrás destas jóias raras para poder comentar sobre seus discos. Jóias raras de nomes como FIST, BLACK ROSE, MILLENIUM, LEGEND, HOLOCAUST, SARACEN, SHIVA, ETHEL THE FROG e muitas, muitas outras. Podem contar que vocês ainda tem um compromisso marcado comigo e assim que possível colocarei, quando este espaço ainda me permitir, outros comentários a respeito destas maravilhosas e seminais bandas. Certo??

Aproveitando, gostaria de agradecer mais uma vez a todos que escreveram e trocaram idéias sobre a NWOBHM; a minha família e a meus amigos "metálicos", novos e antigos, onde pude, com estes, conhecer um pouco mais sobre as raridades e obscuridades do metal e do rock antigos. Então meu muito obrigado, Zé Luiz (grande chapa, conhece tudo de anos 60, garagem e 'underground'); Bentão ('Poeira Zine' & enciclopédia ambulante do rock); Diaz (vinil, raridades e muita cerveja!!); Itamar ('heavy metal das MG'); Alexandre; Daniel; André Sutti; Sérgio Turano (Xará da NWOBHM); Luciano (Paraná); Edilson (Metal On Metal) e muitos outros rockeiros de carteirinha que, como disse, ajudaram-me a desvendar um pouco mais sobre o heavy'n'rock. Também gostaria de agradecer às lojas da galeria do rock e a todos os sebos de São Paulo, onde pude, depois de gastar muito "suor e paciência" e claro, "money", descobrir raridades encravadas no meio de coisas como "Lionel Ritchie" e "Julio Iglesias" para a felicidade deste humilde rockeiro que vos escreve. Hoje, com todos estes relançamentos em CD, encomendas pela Internet, etc., tudo ficou relativamente mais fácil, não? Mas antes, no tempo do vinilzão, a "garimpagem" corria solta, né, amigão Zé Luiz? Quantos sábados de chuva ou sol, lá estávamos nós dois à caça das raridades nos quatro cantos de São Paulo. Êta, tempo bom... não tinha porão ou sótão de loja onde não "fuçavámos". É isso aí, quem é "rato de sebo" sabe do que estou falando.

Conhecer a NWOBHM é uma "obrigação", principalmente porque foi um movimento que deixou um legado extraordinário no universo do heavy metal. Ademais, conhecendo os grupos que fizeram parte deste movimento, você dá um passo gigantesco para descobrir outras bandas dos gloriosos anos 80, obscuras ou não, de muitos outros países, como a Espanha (Angeles Del Infierno, Baron Rojo...), Suécia (Heavy Load, Axe Witch...) , México (Luzbel...), Alemanha (Tyrant, Faithful Breath... ), França (High Power, ADX...), Japão (Gorgon, Metalucifer... obs: estas duas bandas nipônicas são dos anos 90 mas fazem um revival oitentista matador, inclusive com covers da própria NWOBHM), Itália (Black Hole, Vanadium...), do leste europeu e Rússia (Citron, Aria...), Argentina (V8, Riff...), Estados Unidos (Griffin, Sacred Rite...), além do nosso próprio "Brasilzão" (Salário Mínimo, Azul Limão, Stress, Harppia...), é lógico! São bandas, que como frisei na primeira parte da matéria, lançaram discos extraordinários - claro, em muitas vezes toscamente e sem efeitos mirabolantes de estúdio, por isso mesmo é que são legais - tornando-se verdadeiros tesouros escondidos. E eu, colecionador inveterado, assim que possível corro atrás destas raridades "fuçando" sebos, lojas, feiras e visitando sites de colecionadores do mundo todo. Às vezes dá vontade de chorar quando você consegue uma lista de discos de um cara lá do outro lado do mundo e constata que dos 6.000 discos dele, 5.999 são raros e que você não têm nem 10% do total. Ai, meu Deus do Céu!! Mas tudo bem, como diria 'Jack - o Estripador', vamos por partes... primeiro conhecendo o "básico" pra depois buscar, aos poucos, o restante. Óbvio que é humanamente impossível conhecer tudo de tudo, portanto fica claro a intenção da continuidade desta matéria pois, como disse, é um modo de conseguir mostrar algo que ficou na memória da história metálica e que muitos não conhecem; para aqueles que conhecem ou ouviram falar, também é uma boa para podermos trocar idéias a respeito e para vocês me corrigirem, caso pise na bola ou esqueça algum detalhe importante, certo?


O Texto original foi escrito Por Sérgio Alberto Bauchiglione mas eu não apenas concordo como assino em baixo sobre todas as bandas desse movimento...não concordo muito com uma ou outra indicação de melhor albúm de algumas bandas e só...!

A tensa relação entre o Led Zeppelin e a imprensa





Talvez nenhuma banda na história do rock tenha tido uma relação tão complicada com a imprensa como o Led Zeppelin. Na biografia da grupo existe várias passagens de tensões entre eles e a crítica musical. John Bonham costumava andar com uma camisa estampada com a frase: “Rock’n Roll contra o jornalismo”.

Esta relação começou logo no início da carreira do grupo, quando eles ganharam destaque no meio musical. Pelo fato da banda, que é britânica, se lançar logo de cara no mercado americano, antes mesmo do que em seu país de origem, muitos críticos classificaram como uma “inescrupulosa jogada de marketing”. Da mesma forma, quando foram tocar no Reino Unido a recepção da mídia também não foi nada amistosa.

Depois de assinarem contrato com a Atlantic Records, sem que os executivos da gravadora ao menos tivessem assistido a um concerto, a imprensa passou a acusá-los de um produto feito com excesso de propaganda. Entre as frases que a Atlantic publicou, estavam: “A Atlantic Records assina com o grupo mais quente da Inglaterra, o Led Zeppelin, em um dos maiores contratos do ano”.

Com o lançamento do disco de estreia, surgiram as acusações que passariam a acompanhar a banda até mesmo depois de sua existência, os plágios. A partir de então, os integrantes do Led tomaram a decisão de simplesmente ignorar a crítica e agir como se ela não existisse. Depois de um tempo essa atitude foi adotada por ambos os lados, e mesmo com o Led Zeppelin vendendo cinco vezes mais que os Rolling Stones, não havia sequer uma linha sobre eles na imprensa.

O cenário mudou por um breve período depois que a banda lançou o quarto disco, considerado por muitos como sua obra-prima. Pela primeira vez, desde que estourou, a imprensa se referia ao Led Zeppelin como a maior banda do planeta. mas com o lançamento de “Houses of The Holy”, o quinto disco do grupo, a relação tensa voltou, tendo o disco recebendo raros elogios entre as publicações musicais.

A partir daí, o estilo de vida dos integrantes, que levavam ao pé da letra a tríade sexo, drogas e rock’n roll, passou a interessar muito mais a imprensa do que a própria música feita por eles. Com o interesse de Jimmy Page pelo oculto cada vez mais explícito, foi à vez da mídia criar o mito de que o Led Zeppelin estaria amaldiçoado.

A primeira vez em que foi falado nisso foi depois de um grave acidente de carro sofrido por Robert Plant e sua família na Grécia, com o vocalista tendo que andar de cadeira de rodas por mais de um ano. Mais tarde, os jornais não pouparam o Led Zeppelin nem depois da repentina morte de Karac, filho de Plant, vítima de uma infecção. Noticiaram mais uma vez que teria sido causado pela relação de Page com o satanismo.

Depois do lançamento de “In Through The Out”, o último disco de estúdio do grupo ainda em atividade, a revista Sounds trouxe uma crítica com o título “Close the Door, Put Out the Lights” (“Feche a Porta, Apague as luzes”), frase da canção “No Quarter”. O empresário da banda, Peter Grant, furioso, exigiu que a Atlantic Records retirasse os anúncios da revista e impediu que ela tivesse uma tenda no Knebworth Festival daquele ano, que teve o Led como atração principal.

O último capítulo desta novela ocorreu depois da morte de um próprio membro da banda, John Bonham, em 1980, em que mais uma vez a história de que o grupo estaria amaldiçoado foi falada. Estes e muitos outros fatos sobre o Led Zeppelin estão na biografia da banda “Quando os gigantes caminhavam sobre a Terra”, de Mick Wall, que ganhou recentemente uma versão em português.

Uma das poucas vezes em que o grupo teve uma relação amistosa com a imprensa foi durante a matéria feita por um repórter de 15 anos da revista Rolling Stone. Anos depois, este garoto se transformou em um famoso diretor de cinema e criou um filme baseado nesta passagem. O tal garoto é Cameron Crowe e o filme se chama “Quase famosos”. É importante lembrar que o longa é uma ficção, que apenas se baseou nesta etapa da vida do diretor.

De qualquer forma, é uma obra interessante para qualquer fã do Led ou “crítico” de rock’n roll!


Fonte:BlogCena

Hoje na história do Rock no mundo - 14/12




Ringo Starr dirige filme sobre T.Rex


[14/12/1972] Há 37 anos

O filme "Born To Boogie", um registro cinematográfico de um show do T.Rex, gravado no dia 18 de março, em Wembley, estréia na sala de cinema Oscar 1, em Londres. Nele, o ex-beatle Ringo Starr fazia sua estréia como diretor.


Alice Cooper faz compras de natal


[14/12/1972] Há 37 anos

A loja de departamentos Alexander, em Nova York, nos Estados Unidos, fica aberta durante quatro horas para que Alice Cooper possa fazer suas compras de Natal com exclusividade.


Yoko Ono pede orações por John Lennon


[14/12/1980] Há 29 anos

Atendendo a um pedido de Yoko Ono, fãs de John Lennon, no mundo todo, prestam um tributo ao ex-Beatle, fazendo dez minutos de orações silenciosas. Lennon havia sido assassinado com quatro tiros, seis dias antes. Em Nova York, cerca de 100 mil pessoas dirigiram-se ao Central Park, às 14h. Em Londres, o fato se repetiu do lado de fora do St. George's Hall, na Lime Street.


James Taylor casa-se com Kathryn Walker


[14/12/1985] Há 24 anos

Durante um mês totalmente atribulado, James Taylor arruma um dia de folga e casa-se com a atriz Kathryn Walker, do filme D.A.R.Y.L.. Na época, ele havia gravado uma música de natal com o cantor Ricky Skaggs, chamada "New Star Shining", e acabado de finalizar "That's Why I'm Here", seu primeiro álbum em quatro anos.


Paul McCartney volta ao Cavern


[14/12/1999] Há 10 anos

Promovendo o lançamento do álbum "Run Devil Run", composto, basicamente, por regravações de clássicos das décadas de 50 e 60, Paul McCartney volta ao Cavern Club, em Londres, depois de 36 anos - no passado, ele havia tocado lá com os Beatles. O show foi transmitido via internet, virou atração de redes de TV à cabo ao redor do mundo e, mais tarde, acabou sendo lançado em DVD. No palco, McCartney contou com a ajuda de grandes feras, como David Gilmour (Pink Floyd), na guitarra, e Ian Paice (Deep Purple), na bateria. Um dos fãs que testemunharam a apresentação (o Cavern comporta apenas cerca de 300 pessoas) entrou no local de maneira bastante curiosa. Ele ganhou um ingresso após provar que havia mudado seu nome de batismo para John Lennon.

Hoje na história do Rock Brasileiro - 14/12




ATENÇÃO - 1923: Nasceu, em Nova Jersey (EUA), David Drew Zingg, jornalista, fotógrafo e vocalista do Joelho de Porco. Ele foi editor e repórter das revistas Look e Life e foi colunista da Folha de São Paulo de 1987 a 2000. Como fotógrafo fez retratos de Pixinguinha, Tom Jobim, João Gilberto, Pelé... Também fez fotos de discos de Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, entre outros. Ele chegou ao Brasil na década de 60 e também ajudou a levar a Bossa Nova para os EUA. David morreu de falência múltipla dos órgãos em 28 de julho de 2000.

- 1992: A banda paulistana Okotô lançou o segundo disco Monstro. Os destaques são “Give Me Your Money” e “Godzilla”. A banda era formada por Cherry (vocal e guitarra), Miguel Angel (bateria), Andrei (baixo) e André Fonseca (ex-Patife Band, guitarra).

ATENÇÃO - 1992: O Skank lançou o primeiro disco de forma independente. Os destaques são “In(dig)nação”, “O Homem Que Sabia Demais” e “Baixada News”. Em 1993 a gravadora Sony relançou o disco.

ATENÇÃO - 1998: Aconteceu, no Empório (RJ), o primeiro show da banda Los Hermanos. Tirando os convidados, foram 57 pagantes.

- 2000: Patrick, baixista do Los Hermanos, deixou a banda por divergências musicais durante a pré-produção do segundo disco Bloco do Eu Sozinho. Após sua saída ele tocou com Biquini Cavadão e Rodox.


Em homenagem estão aí duas fotos feitas por David: